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27 de janeiro de 2014

Cosmogonia Nórdica

۞ ADM Sleipnir

Ginnungagap

No início de tudo, antes do despertar dos deuses, não existia nada exceto um abismo aparentemente infinito chamado Ginnungagap. Ginnungagap era um vazio semelhante ao caos grego, cercado ao norte por Niflheim, um mundo gélido e de escuridão, e ao sul por Muspelheim, um mundo de fogo. No meio de Nifleheim corria Hvergelmir, uma cascata de onde saíam onze rios conhecidos coletivamente como Elivagar. Conforme esses rios afastavam-se de sua fonte até as bordas do Ginnungagap, o frio de Niflheim congelou suas águas e vapores transformando-os em gelo e neve. Quando as labaredas de Muspelheim encontraram-se com os Elivagar, o calor derreteu o gelo e formou um grande gigante chamado Ymir, que se tornou o pai da raça de gigantes de gelo. 

Ymir

Ymir dormiu durante varias eras e enquanto ele dormia, de seu suor surgiam outros gigantes. Havia outro ser, criado mais tarde também do encontro entre gelo e fogo, a vaca Audumla, que alimentava Ymir e seus filhos com seu leite, que corria de seus úberes formando quatro rios. Um dia, Audumla estava se alimentando, lambendo o gelo salgado de uma pedra, até que em certo ponto surgiu a cabeça de um homem . Após 3 dias lambendo a pedra, surgiu o deus Buri.  Buri deu origem a Borque casou com a giganta Bestla, a filha do gigante de gelo Boltha. Dessa união surgiram os primeiros deuses da classe dos Aesir, Odin, Vili e Ve.

Assim que os gigantes tomaram conhecimento dos deuses, iniciaram uma guerra contra eles, que só terminou quando os filhos de Bor mataram a Ymir. O volume de sangue que escorreu dos ferimentos de Ymir foi tão grande que quase todos os gigantes de gelo foram afogados na torrente. Apenas os gigantes Bergelmer e sua esposa escaparam da inundação agarrando-se a um tronco de árvore, e acabaram chegando na montanha de Jotunheim, que se tornou o lar de uma nova raça de gigantes de gelo.

Odin e seus irmãos  usaram  o corpo de Ymir para criar Midgard. Eles colocaram o corpo de Ymir sobre o vazio (Ginnungagap) e fizeram a Terra de seu corpo e as rochas de seus ossos. Pedras e cascalho originaram-se dos dentes e ossos esmigalhados do gigante morto, e seu sangue preencheu o Ginnungagap, dando origem aos lagos e mares. A abóbada celeste foi formada de seu crânio esfacelado. 


Após remexerem o cadáver do gigante, os irmãos descobriram um ninho de vermes. Odin, então, resolveu dar-lhes uma outra morada que não Midgard. Os “vermes” mais turbulentos foram chamados de anões e receberam como morada as profundesas da terra (Svartalfheim). Os demais, que pareciam ter um jeito mais nobre de se portar foram chamados de elfos e receberam as regiões amenas de Alfheim. Quatro anões chamados Nordri, Sudri, Austri e Vestri sustentam o crânio de Ymir. 

Do cabelo de Ymir formou-se a flora, e de seu cérebro originaram-se as nuvens. Faíscas de Muspelheim foram colocadas no céu, e assim surgiram as estrelas. A Terra era um grande círculo rodeado pelo oceano, e os deuses haviam construído uma grande muralha a partir das sombrancelas de Ymir, que circundavam este local que eles nomearam Midgard. Uma enorme serpente chamada Jormungandr, a Serpente de Midgard, rodeia toda a extensão do círculo da Terra, devorando qualquer homem que tentasse sair de Midgard. 

Terminada Midgard, Odin e seus irmãos caminharam sobre ela para ver se tudo estava perfeito, e encontraram dois pedaços de troncos caídos ao chão, próximos do mar. Odin então teve a idéia de criar os primeiros seres humanos, Ask (freixo) e Embla (Olmo). Odin lhes presentiou com espírito, enquanto Vili lhes deu os cinco sentidos e Ve, a vida e o sangue.

Ask e Embla

Após isso, Odin e seus irmãos decidiram criar uma morada exclusiva para os deuses, Asgard, a Cidade Dourada. Asgard estava situada acima da elevada planície de Idawold, que flutuava muito acima de Midgard, impedindo que os mortais a observassem. Além disso, um rio cujas águas nunca congelavam - o Iffing - separava a planície do restante do universo. Mas, Odin, sábio e poderoso como era, entendeu que não seria bom se jamais existisse um elo de ligação entre deuses e mortais. Por isso, determinou que fosse construída a ponte Bifrost (a ponte do Arco-íris), feita da água, do fogo e do mar. Heimdall, um estranho deus nascido ao mesmo tempo de nove gigantas, ficaria encarregado, desde então, de vigiá-la noite e dia para que os mortais não a atravessassem livremente no rumo de Asgard. Para isso, ele portava unia grande trompa, que fazia soar todas as vezes que os deuses cruzavam a ponte.

A morada dos deuses possuía várias residências, as quais foram sendo ocupadas pelos deuses à medida que iam surgindo. O palácio de Odin, o mais importante de todos, era chamado de Gladsheim. Ali, o deus supremo linha instalado o seu trono mágico, Hlidskialf, de onde podia observar tudo o que se passava nos Nove Mundos e receber de seus dois corvos, Hugin (Pensamento) e Munin (Memória), as informações trazidas das mais remotas regiões do universo.

Odin também criou mais deuses, os Aesires, para povoarem Asgard. Um outro grupo de deuses, os Vanires, surgiu antes ou após os Aesires. Suas origens são muito misteriosas, mas eles parecem povoar Vanaheim, uma terra próxima de Asgard. 

Asgard


fontes:
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9 comentários:

  1. O que me veio na cabeça:
    http://www.youtube.com/watch?v=W-bCRpP4uaM

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  2. Eu queria saber a moral do mito! Podiam explicar

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    1. não tem moral, é a origem do mundo da mitologia nórdica.

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  3. isto explica mais ou menos a mitologias nos outro só fala sobre deuses e aqui fala dos lugares bem explicado vocês estão de parabéns

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  4. queria copiar o texto pro meu trabalho porém nao consigo

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    Respostas
    1. Boa tarde! Envie um email para portaldosmitos@gmail.com solicitando o texto, e eu lhe envio.

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  5. É incrível,existem vários símbolos nesse mito de criação,é até gostoso de ler.

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  6. Discordo de tudo que foi falado. Sou cristão de matriz pentecostal, cheio de unção do Espírito Santo e falo uma pluralidade línguas celestiais, portanto, sou um homem de Deus. Acredito que seja obra de engano e mentiras essas crenças. Eu acredito que sou santo.

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