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28 de novembro de 2014

Vampiros: Espécies

۞ ADM Dama Gótica e ADM Sleipnir



Vampiros são criaturas sobrenaturais, que sobrevivem se alimentando da essência vital de outras criaturas. Ao contrário do que muitos acreditam, eles não estão limitados a se alimentarem somente de sangue, mas também de outros fluídos corporais, respiração, e até mesmo a própria força vital de sua vítima. Abaixo trazemos uma classificação dos vampiros quanto ao tipo de vampirismo que praticam:

Vampiros Astrais

Esses vampiros se projetam astralmente e atacam suas vitimas humanas sugando principalmente sua força vital ou energia espiritual.

Vampiros de Essência

Esses vampiros alimentam-se dos seguintes elementos: força vital, respiração e essência sexual.
  • Força vital: acredita-se que a força vital seja feita de energia pura e circule pelo nosso corpo ao longo de meridianos, cuja localização se assemelha ao sistema circulatório. As pessoas geralmente produzem essa energia naturalmente, porem os vampiros de essência não conseguem fazer o mesmo e precisam roubar dos humanos para manter sua própria existência.
  • Respiração: muitos desses vampiros são metamorfose e atacam da seguinte forma: transformam-se em gatos fogo-fátuo ou insetos voadores e pousam sobre os humanos drenando assim a respiração de suas vitimas para si fazendo com que elas tenham falta de ar.
  • Essência sexual: esses vampiros seduzem suas vitimas e drenam a potencia sexual do homem ou a fertilidade da mulher.

Vampiros Sexuais

Muitos desses vampiros podem ser de essência, mas em muitos casos há outras características que os diferenciam. Quase sempre visitam suas vitimas a noite com o único objetivo de se alimentar de sua energia ou potencia sexual geradas a partir de relações sexuais, especialmente as energias excedentes geradas no momento do orgasmo. Eles podem fazê-lo psiquicamente ou a partir de fluidos corporais. Vampiros sexuais femininos são muitas vezes referidos como súcubos e vampiros sexuais masculinos são por vezes referido como íncubos

Vampiros psíquicos: 

Os vampiros psíquicos podem ser humanos ou sobrenaturais: 
  • Vampiros psíquicos humanos: sugam o subconsciente de outros humanos para drenar energia emocional, metal ou psicológica e é conhecido popularmente como “ olho gordo ou inveja”.
  • Vampiros psíquicos sobrenaturais: se alimentam de energia vital, de memórias e pensamentos dos mortais. Eles não são capazes de alimentar-se de emoções (esta é empáticas Vampiros) . Eles também não precisam ter contato físico com a vítima, embora o processo de alimentação seja mais forte com o contato físico. Para se alimentarem, precisam manter contato visual com sua vítima, independente de haver ou não contato físico com ela. Uma vez que o contato visual é estabelecido, é praticamente impossível para a vítima se livrar dele, a menos que o seu captor a liberte. Dadas as energias de que se alimentam, é muito fácil para um vampiro Psiquico  matar suas vítimas, especialmente se elas sofrerem de instabilidade mental, estiverem doentes ou possuírem uma lesão física grave.
Vampiros Humanos

São humanos comuns que adotam supostos aspectos da vida de vampiros e se identificam com eles, pessoas que se alto denominam vampiros por praticarem atividades que envolvem sangue ou ingestão do mesmo.

Nosferatus

São uma das espécies de vampiros que espalham doenças no mundo a tradução da palavra romena nosferatus é “ portador da praga”.



Espectros

São "mortos-vivos" que se levantaram de seus túmulos, como vampiros, zumbis ou fantasmas.

Vampiros sedutores

Usam a sedução para atrair sua vitima, esse sub grupo compõe-se principalmente de sugadores de sangue e comedores de carne.

Metamorfos carismáticos

Eles assumem a forma de um belo homem ou mulher atraindo sua vitima para um encontro. Quando estão a sós, a criatura assume a sua verdadeira forma e ataca ferozmente sua vitima sugando seu sangue e comendo sua carne.



Vampiros de Almas

Essa espécie se alimenta da alma dos seres humanos. Eles não têm escolha a não ser matar sua vítima, a menos que desejem transformá-la em um vampiro de alma. O processo de alimentação é o mais íntimo de todas as espécies de vampiros, pois o vampiro deve beijar, ou estar muito próximo de sua vítima. Eles literalmente sugam a alma de suas vítimas. Eles não têm outra opção a não ser sugar toda a alma de sua vítima, e ao fazer isso, eles aprendem tudo sobre sua vítima, acessando as memórias e aprendendo suas habilidades.

Uma vez que a alma é consumida pelo vampiro, ela não pode passar para o próximo reino , seja céu, inferno ou não. Será no entanto, escapar do corpo do vampiro , ao longo de uma semana e uma vez que a semana é para cima, a alma pode finalmente movimentar de seu reino a vida após a morte , e o vampiro precisa se alimentar novamente.

Se o ser humano em que eles escolheram para alimentação não está disposto, ele pode ser muito difícil para o Vampiro alma para tomar sua alma , ainda que às vezes são capazes de forçar o ser humano em um beijo ou para abrir a boca para que eles possam sugar o alma deles. Isso nem sempre vai funcionar, no entanto, por isso não confie nele.

Vampiros dos sonhos

Essa talvez seja a mais encantadora de todas as espécies de vampiros, graciosa e bonita , eles não são tão escuro na aparência como outras espécies. Afinal, eles têm que ser capazes de entrar nos sonhos de suas vítimas. Os vampiros dos sonhos também são os mais próximos de seres humanos, embora eles geralmente não gostam de admitir isso. Eles são a única espécie de vampiro que precisam dormir.



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27 de novembro de 2014

Uller

۞ ADM Sleipnir



Uller (Ullr, Ull) é um antigo deus nórdico associado ao inverno, a neve e a caça. Seu nome vem de wuldor, que significa "glória" e aparece freqüentemente como parte de nomes de lugares escandinavos, um indício de que ele foi um deus muito importante para o povo nórdico. Uller era um excelente esquiador e um arqueiro habilidoso. Ele também era um deus honrado e íntegro, e essas qualidades lhe conferiram a regência de Asgard durante a ausência de Odin, que foi obrigado a se afastar por ter violentado a giganta Rind (que mas tarde deu a luz à seu filho Vali).

Características

Uller era descrito como um homem robusto, moreno, vestido com roupas e botas de pele de animais. Geralmente empunhando um escudo e um arco. Ele também era frequentemente representado com patins de neve ou esquis nos pés, e por isso ele tem sido considerado o deus moderno do esqui. Saxo Grammaticus, historiador dinamarquês do século XIII, disse que Uller viajava sobre o mar usando um osso mágico. Uller também era chamado de "Deus do Escudo", e o escudo era conhecido como seu "navio", o que pode ser uma referência ao uso de um escudo ou placa em forma de escudo, como uma espécie de trenó ou prancha para deslizar sobre a água ou neve.




Relações

O pai de Uller era uma figura desconhecida, possivelmente um dos Jotunn (gigantes do gelo). Alguns afirmam que ele era o filho de Egill / Aurvandil, o grande arqueiro, que foi companheiro de caça de Thor. Sua mãe é a deusa Sif, portanto é enteado de Thor. Os anglo-saxões o chamavam de Vulder; e em alguns lugares na Alemanha, ele era conhecido como Holler e era dito ser o marido da deusa germânica Holda. Segundo alguns contos pagãos, Uller tornou-se consorte da giganta Skadi, após a mesma se separar de NjordAlguns o vêem como um membro da classe Aesir por causa de sua mãe e seu padrasto. Já outros o vêem como um membro da classe Vanir por causa de sua natureza caçadora.

Um dos poemas da Edda Poética, o Grímnismál, afirma que a sua morada chama-se Ýdalir, "Bosque dos Teixos"A madeira de Yew era a melhor madeira para a confecção de arcos, o que explica essa associação. Uller teria sido obrigado por Odin a deixar Asgard e viver em Ydalir, e o motivo foi o ciúme do mesmo devido à impecável conduta e atuação de Uller no comando de Asgard durante a sua ausência.



fontes de pesquisa:
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26 de novembro de 2014

Aker

۞ ADM Sleipnir

Arte de chichibio

Aker (também conhecido como Akar) era um antigo deus egípcio da terra e a personificação do horizonte. Ele era também o guardião das fronteiras leste e oeste do submundo, e um dos deuses que protegia o deus-sol Ra durante sua viagem diária através do mesmo. Ao anoitecer, Ra era atacado pela serpente Apep, mas com a ajuda de Aker e dos demais deuses ele sempre prevalecia. Após ser derrotada, Apep era dividida em pedaços pela deusa Ísis e esses pedaços eram guardados por Aker até o próximo anoitecer, quando Apep retomava sua forma original e dava inicio a um novo combate.

Embora fosse uma divindade terrena e, portanto, dos seres vivos, por ser guardião da entrada e da saída do além-túmulo, Aker recebia os apelos dos mortos para que lhes pemitisse a entrada no além e, em função de sua face dupla, lá os protegia dos perigos surgidos pela frente ou pelas costas do falecido.


Representações

Como a personificação do horizonte, Aker foi originalmente descrito como uma estreita faixa de terra, com duas cabeças posicionadas em direções opostas. Estas cabeças eram geralmente de leões (ocasionalmente eram representadas como cabeças humanas), e com o tempo, se tornaram figuras completas de leões, um de costas pro outro. Esses leões representam os conceitos de ontem (Sef em egípcio) e de amanhã (Duau em egípcio). Os leões são muitas vezes cobertos com manchas similares as dos leopardos, uma possível alusão ao já extinto leão da barbária, que, ao contrário das espécies africanas, tinha uma pelagem malhada.

Entre os dois leões, muitas vezes aparece o hieróglifo para o horizonte (akhet), que é o disco solar colocado entre duas montanhas chamadas Manu e BakhuConsequentemente, Aker muitas vezes era chamado de Ruti, que significa "dois leões"


Simbolismo

Estátuas de Aker eram colocadas nas portas de palácios e tumbas para repelir os maus espíritos e entidades maléficas. Foi a essas estátuas com cabeças de seres humanos que os gregos deram o nome de esfinges. Nos telhados dos templos, cabeças de leões se tornaram extremidades de gárgulas, provavelmente porque se acreditava que ali o leão absorveria as maléficas tempestades de Seth, o deus do mal, e as cuspiria pelas laterais do edifício. Mobílias funerárias e às vezes as camas e cadeiras dos vivos também eram adornadas com patas ou cabeças de leões. Embora o motivo para isso possa ter sido apenas decorativo, é possível que houvesse um significado mágico, no sentido de garantir que o indivíduo levantaria renovado depois do sono ou repouso. 

Apesar de todo o simbolismo em torno de sua figura, Aker não possuía templos dedicados a ele. Sua figura acabou sendo ofuscada por Geb, marido de Nut e membro da Enéade de Heliópolis.

fontes:

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25 de novembro de 2014

Ukko

۞ ADM Sleipnir


Ukko (finlandês para "homem velho") ou Uku, é na mitologia finlandesa/estoniana o deus do céu, do tempo e da colheita, dentre outros. Ele é a divindade mais importante da mitologia finlandesa, e a palavra Ukkonen ("tempestade do trovão"), é derivada de seu nome. No Kalevala (o épico nacional finlandês) Ukko também é chamado de Jumala ("deus supremo"), representando a divindade de todas as causas maiores. Embora retratado ativo nos mitos, todas as suas aparições são unicamente por meio de fenômenos naturais como trovões, chuvas de granizo, etc.

Sua residência fica no centro da abóbada celeste, o umbigo do céu; por isso, muitas vezes ele era chamado de Ylijumala (Jurmala), que siginifica "Deus do Céu". Acreditava-se que Ukko controlava as chuvas e, portanto, a fertilidade da terra, e sacrifícios eram realizados para ele no início da época de plantio e em épocas de seca.

Sua consorte é Akka, deusa da fertilidade. Conta-se que quando eles acasalavam, provocavam tempestades. Estas também eram criadas quando Ukko conduzia sua carruagem através das nuvens. Ukko possui uma arma chamada Ukonvasara, geralmente representada como um martelo, machado ou uma espada, e com a qual Ukko lança ataques diretos, além de trovões e relâmpagos. 


Origem

Ukko costuma ser equiparado ao deus nórdico Odin, mas no contexto teogônico, se assemelha mais ao seu filho, ThorEle provavelmente teve sua origem na figura do deus báltico do trovão Pērkons/Perkunas, e na remota divindade do céu finlandesa IlmarinenCom o passar do tempo, Ukko tomou o posto de Ilmarinen como divindade celestial, e Ilmarinen deixou de ser uma divindade, tornando-se um mero herói e ferreiro mortal. 

Culto 

As pessoas recorriam a Ukko desejando boa sorte na caça, pesca e também nas guerras. Ukko possuía um festival somente em honra dele, chamado de Vakkajuhlat, também conhecido como Ukkon Vakka, Ukon Wacka ou simplesmente Vakat. Esse festival geralmente ocorria nos bosques, com muita animação e perdurou até o século XIX e começo do século XX. Durante o Ukkon Vakka, comidas, bebidas alcoólicas e também sacrifícios animais eram oferecidos para Ukko. 
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24 de novembro de 2014

Matinta Pereira

۞ ADM Dama Gótica



A Matinta Pereira (também conhecida como Mati-Taperê) é uma personagem do folclore brasileiro, mais precisamente na região norte ou nordeste do país. Nas cidades amazônicas existem duas versões para a lenda da Matinta: a primeira é que ela é uma idosa e se transforma em uma coruja rasga-mortalha ou num corvo. A outra versão diz que ela se veste de uma roupa preta que lhe cobre todo o corpo dando-lhe nos braços uma espécie de asa para que possa planar sobre as casas. Porem em todas as versões é certo que se trata de um indivíduo nômade, que assovia de forma assustadora e leva azar por onde passa. Dizem que ela é o Saci Pererê em uma de suas formas. 

A Matinta aparece de noite nas vilas, cidades ou povoados, voando e soltando seu grito arrepiante. Ela que pousa sobre os muros e telhados das casas e se põe a assobiar. Assim, ouvindo seu grito os moradores da casa lhe promete algo (geralmente cigarro, mas também pode ser café, cachaça ou peixe). Desta forma ela deixaria de assustar as pessoas da casa, parando de assoviar. Caso contrário, ficaria assoviando todas as noites nas proximidades da casa. No dia seguinte a velha vem até a casa do morador perturbado para cobrar o combinado, caso o prometido seja negado uma desgraça acontece na casa do que fez a promessa não cumprida. Acredita-se que ela possua poderes sobrenaturais e que seus feitiços possam causar dores ou doenças nas pessoas. 


Não se sabe ao certo a origem da lenda, muitos dizem que se trata de uma feiticeira que usa da magia para se transformar em Matinta. Os mais velhos diziam que a sina de transformação seria hereditária, ou seja passaria de mãe para filha. No caso de não haver herdeira para a sina Matinta, a dona da maldição se esconde na floresta e espera que uma mulher passe por lá. Quando uma mulher finalmente passa, então ela pergunta: "quem quer?". Se a moça responder: "eu quero!" então ela se torna no mesmo instante a Matinta Perera.

Há quem diga que existe um jeito de prender a Matinta e os materiais são simples: uma tesoura, uma chave comum, um rosário bento e uma vassoura virgem. A chave deve ser enterrada e a tesoura fincada em cima do local, o rosário se põe por cima da tesoura. Toda Matinta que passar por ali ficará presa, mas depois que ela for libertada deve-se varrer o local com a vassoura para que a sina não se espalhe. Outra versão diz que ela não pode ouvir o nome de Deus enquanto estiver transformada, pois senão o feitiço acaba.

Para os índios Tupinambás esta ave era a mensageira das coisas do outro mundo, e trazia notícias dos parentes mortos. Era chamada de Matintaperera. 


Em alguns lugares, se apresenta como um velho, a cabeça amarrada com um pano ou lenço, como se fosse uma pessoa doente, indo de porta em porta, também a pedir tabaco. 

Especificamente no Pará, a Matinta Pereira seria um pequeno índio de uma perna só e com um gorro vermelho na cabeça, semelhante ao Saci, que não evacua nem urina, sujeito a uma horrível velha, a quem acompanha às noites de porta em porta, para pedir tabaco. A velha que o acompanha canta, ao som do canto de um pássaro noturno chamado Matin-ta-perê. 

Em Pernambuco, na localidade de Porto de Galinhas, no litoral daquele estado, há uma referência a uma ave noturna cujo canto se assemelha a um grito, muito temido por todosnpor ser considerado de mau agouro. É a mesma Matinta, mas esta parece dizer: "Saia-Dela". 

Esta é provavelmente uma adaptação da lenda do Saci. Inclusive o pássaro no qual ela se transforma, chamada Matin-ta-perê, que além de ser negro tem o costume de andar pulando numa perna só, é a mesma que entre os Tupinambás, com o tempo se transformou no moleque Saci.


Fontes:


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21 de novembro de 2014

Catoblepas

۞ ADM Sleipnir


O Catoblepas é um animal lendário originário da Etiópia, citado por Plínio, o Velho em sua obra História Natural (livro VIII) e mais tarde por Claudius Aelianus (Da Natureza dos Animais, 7.6). Seu nome vem do grego καταβλέπω (katablépō), que significa "olhar para baixo". 

Características

Catoblepas é geralmente descrito como um animal quadrúpede de porte médio, com um corpo negro semelhante a um búfalo e a cabeça de um gnu ou javali. Em algumas descrições, ele tinha escamas que cobriam as suas costas, protegendo-o. Sua cabeça era muito pesada para que pudesse sustentá-la normalmente, e por isso estava sempre inclinada para baixo.


De acordo com a descrição de Plínio, o olhar de um Catoblepas, assim como o do Basilisco, poderia transformar pessoas e animais em pedra, ou até mesmo matá-los instantaneamente. Já na descrição de Claudius, seu olhar não é fatal, mas sua respiração, tão venenosa a ponto de matar toda a vegetação ao seu redor, muitas vezes deixando-o sem nada para comer. Sem alimento disponível, o Catoblepas mastigava suas próprias pernas afim de saciar sua fome.

Acredita-se que a figura do Catoblepas tenha sido baseada em avistamentos de gnus, mamíferos comuns nas savanas africanas.  Como andam sempre em bandos, e é possível que visitantes estrangeiros tenham avistado um deles isolado de seu bando e assim acabaram construindo um mito em cima dessa visão. Alguns dicionários relacionam a palavra catoblepas como sendo sinônimo de gnu.

"Catoblepas Repugnante", copyright: Wizards of the Coast
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20 de novembro de 2014

Ixtab

۞ ADM Sleipnir

Arte de jaggudada

Ixtab (em quiché: Xťab, "A da corda"; pronuncia-se Ishtab) é uma suposta deusa maia do suicídio, mais precisamente do suicídio por enforcamento. A única fonte antiga que cita essa deusa é a obra Relación de las cosas de Yucatán (de 1566), compilada pelo bispo e inquisidor espanhol Diego de LandaDe acordo com a citação de Diego, aqueles que se enforcavam iam para uma espécie de céu/paraíso; e por isso, muitas pessoas que se encontravam em situações de tristeza, problemas ou doenças, se enforcavam a fim de escapar dessas coisas e descansarem. Ixtab atuava então como uma espécie de psicopompo, guiando os enforcados até o seu descanso eterno. 

Iconografia

Quanto a iconografia de Ixtab, geralmente ela é descrita e representada como uma mulher morta enforcada ou como uma mulher com o nó de enforcamento no pescoço. Essas representações modernas tem como base a imagem de uma mulher enforcada presente no Códice de Dresden, página 53b (imagem abaixo)



Apesar de ser comumente associada à Ixtab, a imagem acima ocorre em uma seção dedicada aos eclipses do sol e da lua, e pode ter sido usada para simbolizar um eclipse lunar e suas terríveis consequências para as mulheres, que estavam intimamente associadas à deusa da lua. 

Uma deusa fabricada?

Alguns estudiosos da cultura maia defendem a teoria de que Ixtab é uma invenção moderna, baseada em interpretações/percepções errôneas de Diego de Landa sobre o povo maia. Apesar de certas obras e autores modernos citarem que o suicídio por enforcamento era uma forma honorável de morrer para os antigos maias, tendo inclusive um status comparável ao das vítimas de sacrifícios, mulheres que morriam ao dar a luz e guerreiros mortos em combate, a verdade é que o suicídio por enforcamento era muito mais comum na cultura espanhola da qual Landa se originou do que na cultura maia que ele estava narrando. 

A popularidade de Ixtab como uma deusa do suicídio teve um grande crescimento nas últimas décadas, e segundo um artigo publicado em 2013 pela professora e PhD em Antropologia Beatriz Mireya Reyes-Foster, tal popularidade estaria ligada às altas taxas de suicídio no atual estado de Yucatan. Em seu artigo, Reyes-Foster relaciona imagens de jornais de jovens indígenas que se suicidaram na década de 1930 a essa ideia de uma predisposição maia ao suicídio, que é então reforçada por essa noção de que os maias tinham uma divindade pré-colonial especificamente para enforcamento. Para ela, acreditar que os maias tinham uma divindade apenas para o suicídio por enforcamento é outra forma de perpetuar o conceito dos maias como "outros".


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fontes:

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19 de novembro de 2014

۞ ADM Sleipnir


(grego: Παν; ou Lupércio, para os romanos) é o deus grego dos campos, dos bosques, das montanhas, dos pastores e dos rebanhos, venerado na Arcádia. Geralmente é dito ser filho de Hermes e da dríade Penelope (muitas vezes confundida com a esposa de Odisseu) mas alguns autores atribuem sua paternidade a Zeus sua ama de leite, a cabra Amaltéia. Há ainda autores que atribuem sua paternidade à  Apolo e também à Dioníso.

Seu nome é a base para a palavra "pânico". Existem duas explicações diferentes para isso. A primeira é que Pã (considerando que este seja filho de Zeus) estaria presente no momento em que os deuses derrotaram os Titãs, e seus gritos teriam aterrorizado e afugentado os mesmos. A segunda é que ele seria o responsável por pelos ruídos na floresta à noite que assustam os viajantes.

Características

Pã é geralmente caracterizado como um homem com os chifres, patas e a cauda de um bode. Ele possui uma barba espessa, um nariz arrebitado e orelhas pontudas. Pã é famoso por seus poderes sexuais, e devido a isso, era muitas vezes representado com um falo ereto. Ele foi muitas vezes representado entre os membros da comitiva do deus Dioníso, ao lado de outros deuses rústicos. Amante da música, Pã sempre carregava consigo uma flauta, a qual costumava tocar enquanto vagava pelos bosques e montanhas perseguindo ninfas. Como era um deus muito feio, elas comumente fugiam de suas investidas. 

Pã e Siringe

Siringe (ou Syrínx) era uma bela ninfa das águas, filha do deus-rio da Arcádia, Ladon. Um dia, enquanto percorria o Monte Liceu, Pã viu Siringe e se apaixonou por ela de imediato. Pã tentou se aproximar dela e convencê-la a se tornar sua esposa porém Siringe, apavorada, fugiu de sua presença correndo. Pã perseguiu Siringe por todo o Monte Liceu, até que ela chegou ao rio Ladon, seu pai. Este rio era muito profundo, e sabendo que não conseguiria atravessá-lo, Siringe clamou as suas irmãs ninfas e a deusa Ártemis para que a salvasse.

Ao ver Siringe encurralada, Pã logo tratou de saltar sobre ela e abraçá-la, mas só o que conseguiu agarrar foi um caniço, que era a própria transformada pelo seu pai. Ainda apaixonado, Pã levou arrancou alguns dos caniços, pois ele não pode identificar qual deles Siringe havia se tornado, e os cortou em sete peças (ou de acordo com algumas versões, nove) de tamanhos diferentes. Ele as juntou lado a lado e assim criou a flauta, que batizou com o nome de sua amada Siringe.

Pã e Pítis 

Pítis era uma oréade (ninfa das montanhas) que em certa ocasião também foi cobiçada e perseguida por Pã. Por não corresponder aos seus desejos, Pã acaba transformando-a em um pinheiro (pítis = pinheiro em grego). 

Existe uma outra versão dessa lenda, onde o amor de Pítis é disputado por Pã e Bóreas, e ela preferiu se entregar à Pã. Enciumado, Bóreas a lança do alto de um penhasco. Gaia se compadece de Pítis e a acolhe em seu seio, transformando-a em um pinheiro. Dizia-se que a alma de Pítis gemia quando Bóreas agitava a folhagem dos pinheiros, e dava com prazer seus ramos para Pã enfeitar-se com eles.


Pã e a Ninfa Eco

Uma das versões do mito da ninfa Eco atribui a Pã a responsabilidade por sua "morte". O deus se apaixona por ela, mas obtém apenas o seu desdém. Possuído por sua lascívia, Pã se enfurece e ordena aos seus seguidores para que a matassem. Eco então é estripada, e seus pedaços são espalhados por toda a Terra. Gaia, a deusa da terra, recebeu os pedaços da ninfa e guardou a sua voz e o seu talento de repetir qualquer som. 

Em algumas versões do mito, Pã e Eco chegam a se relacionar e ter dois filhos, chamados Lambe e Lynx.
 
Pã e Selene

Selene, a deusa da lua, foi a maior e bem sucedida conquista amorosa de Pã. A lenda diz que ele a seduziu após se disfarçar vestindo a pele branca de um cordeiro, para não afugentá-la com sua aparência. Ao ver o falso carneiro, Selene se sentiu atraída pela beleza de sua pele e desceu dos céus para montá-lo e assim passear pelos montes.

Em troca do passeio, o falso cordeiro pediu a Selene que atendesse a um desejo seu. Selene aceita o acordo de Pã, e afirma que estava disposta a fazer o que ele quisesse, provavelmente já sabendo qual seria o desejo do mesmo. Após o passeio, Pã e Selene desfrutaram plenamente um do outro. Posteriormente, Pã a presenteou com um rebanho de bois inteiramente brancos que ela usava para puxar seu carro noturno.


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18 de novembro de 2014

Huldra

۞ ADM Sleipnir

Arte de Julia Lundgren

Huldra (também Skogsrå ou Tallemaja) é uma espécie de fada ou espírito das florestas pertencente à mitologia escandinava. É descrita como uma bela e sedutora mulher, com um buraco em suas costas semelhante a um tronco velho e uma cauda de raposa ou vaca. 

Huldras são sempre do sexo feminino e são dotadas de força sobre-humana, poderes sobrenaturais e alta resistência a ferimentos. Segundo as lendas, elas costumam aparecer aos humanos em meio à neblina ou chuva, de forma gentil e amigável. Costumam estar vestidas como damas, e se preocupam em esconder sua cauda por baixo de sua saia e o buraco de suas costas com os cabelos. Elas possuem impulsos sexuais hiperativos e gostam de seduzir e atrair os homens para dentro da floresta, com o objetivo de ter relações sexuais com eles. Se o homem atraído por uma Huldra for capaz de satisfazer suas necessidades sexuais, ela o deixará vivo e até mesmo o abençoará com o seu poder. No entanto, se o homem não puder satisfazê-la, ela irá matá-lo. 

Arte de Björn Rehnqvist

Mesmo que um homem consiga satisfazer sexualmente uma Huldra, isso não garante a sua segurança, pois ele se torna obcecado por ela e irá retornar todos os dias para se relacionar com ela. Eventualmente, acabará ficando esgotado e se não puder satisfazê-la mais, será morto. 

Assim como outros tipos de fadas, as Huldras raptam crianças humanas e deixam para trás um de seus próprios filhos em seu lugar. Elas também podem se casar com homens mortais, porém não podem entrar em igrejas. Se o fizer, sua cauda cairá e sua beleza se transformará em eterna feiura.

Proteção

Existem algumas formas de se proteger das Huldras. Como a maioria das fadas, Huldras temem objetos de ferro e sal, portanto basta carregar algo feito de ferro e/ou um punhado de sal e ela não se aproximará. Caso uma Huldra encante um homem, ele deverá amarrar em si próprio alguns ramos de Tibast Vandelrot, duas ervas nativas da região escandinava. Essas ervas fazem com que a Huldra perca o interesse pelo homem. Conta-se também que ver o buraco em suas costas quebra o seu encanto. 

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17 de novembro de 2014

Ekeko

۞ ADM Sleipnir



Ekeko (ou Equeco) é um deus da prosperidade e abundância, originário de uma antiga civilização pré-colombiana chamada Tiwanaku, que habitava a zona do lago Titicaca. Com a chegada dos Incas, estes adotaram sua imagem e converteram-na numa importante divindade da fertilidade e boa sorte. Nos primórdios, sua imagem era de pedra, corcunda e completamente nu, com seu pênis ereto simbolizando fertilidade. Durante a colonização, os espanhóis tentaram erradicar a sua devoção mas, os indígenas resistiram.A Igreja Católica também tentou sem sucesso erradicar o seu culto, embora a sua imagem tenha sofriso algumas mudanças, entre elas a cobertura de sua nudez e a alteração de seus traços alterados para algo mais mestiço. 

Atualmente ele é retratado como um anão cheinho, de bigode e com os braços abertos, vestindo roupas tradicionais andinas (especialmente o poncho) e em seu corpo são colocá-los pendurados objetos em miniatura que representam os desejos da pessoa: casas, carros, alimentos e dinheiro, entre outros. Suas estátuas também apresentam um orifício apropriado em sua boca para que se possa introduzir cigarros acesos, os quais a estátua "fuma". 



Alasitas

O festival Alasitas é realizado todos os anos no dia 24 de janeiro em La Paz, Bolívia. Ele se estende ao longo de muitas ruas e parques no centro de La Paz e eventos menores são realizadas em vários bairros da cidade. Pessoas vindas de todas as partes da Bolívia e também de outros países compram versões em miniatura dos produtos que eles gostariam de dar a outra pessoa. Estes bens podem ser abençoado por qualquer um dos homens e (menos freqüentemente) mulheres atuando como xamãs. Acredita-se que as pessoas que ganham de presente uma dessas miniaturas abençoadas, receberão o bem real no decorrer do ano seguinte. 




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14 de novembro de 2014

Ceuci

۞ ADM Sleipnir


Ceuci (tupi: "mãe do pranto", também grafado Ceuici, Ceucy, Cyucy, Ceichu, Ciyucê ou Ciuce) é uma deusa virginal tupi-guarani, protetora das lavouras e das moradias. Era filha dos deuses Tupã e Luaci, e mãe de Jurupari, considerado o "Moisés" dos Tupis". Sendo uma deusa virgem e sem nenhum consorte, sua gravidez se deu de forma miraculosa.

Certo dia, Ceuci descansava debaixo da sombra de uma árvore amazônica chamada Cucura (ou Purumã, dependendo da versão do conto), cuja a ingestão de seus frutos era proibida às moças no dia em que estivessem em período fértil. Ao avistar os belos frutos maduros da árvore, Ceuci não se conteve e apanhou um deles para comer. O caldo do fruto acabou escorrendo pelo seu corpo nu, alcançando suas partes íntimas e fecundando-a.

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Alguns meses depois, a sua gravidez ficou evidente, e o conselho de anciãos de sua aldeia resolveu punir Ceuci com o exílio. Longe de sua aldeia, Ceuci deu a luz à Jurupari, "o Filho do Sol". Jurupari foi enviado a terra pelo próprio sol, para reformar os costumes da terra e também para encontrar a mulher perfeita, com a qual o sol pretendia se casar.

Com  apenas sete dias de vida, Jurupari já tinha a aparência de uma criança de dez anos, e sua sabedoria atraiu a atenção de todos, que passaram a ouvir suas palavras e o ensinamento dos novos costumes, que colocavam um fim na sociedade matriarcal e instituíam o patriarcado. Jurupari instituiu grandes festas cerimoniais, as quais somente os homens podiam tomar parte, e onde ele aproveitava para passar seus ensinamentos. Isso tudo acabou afastando Jurupari de sua mãe.

Inconformada com essas novas leis e também com saudades de seu filho, Ceuci resolveu uma noite ir espiar o cerimonial dos homens, uma infração que era punida com pena de morte. Furtivamente, ela entrou no território onde os homens estavam reunidos, mas antes do término do cerimonial, Ceuci foi fulminada por um raio enviado por Tupã (outras versões afirmam que foi o próprio Jurupari quem conjurou o raio, sem reconhecer que era sua própria mãe quem os espiava). Jurupari foi imediatamente chamado para ressuscitar Ceuci, mas nada fez, pois não podia abrir precedentes em suas leis. Jurupari então diz:

-Morreste mãe, porque desobedeceste à lei de Tupã. É a lei que eu vivo a ensinar. Não vou te ressuscitar, mas te recomendo: sobe, bela, radiante e pura para um mundo melhor. Cumpriste a verdadeira missão de mãe, que sempre é cheia de amor, renúncia, desenganos e sofrimento. Meu pai vai recebê-la de braços abertos lá no céu.

O corpo da deusa, então, cheio de luminosidade, começou a subir. Ele atravessou o espaço e transformou-se na estrela mais resplandecente da constelação das Plêiades. Ela permanece lá até hoje, para lembrar aos selvagens o respeito às leis de Jurupari, o Filho do Sol.

Ceuci, arte presente na HQ Sawe, de Tom Gomes, em campanha no Catarse

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13 de novembro de 2014

Basilisco

۞ ADM Dama Gótica


O Basilisco é uma serpente lendária nascida a partir de um ovo de cobra ou sapo chocado por uma galinha, ou ainda de um ovo de galinha chocado por um sapo ou cobra. Ele detém duas descrições distintas, e ambas são referidas como o rei das serpentes. A descrição tradicional refere-se na verdade ao seu parente mais próximo, o Cocatrice, que possui  a cabeça, as pernas e o corpo de um galo, e as asas e a cauda de um dragão. As descrições mais modernas do Basilisco consistem em uma serpente gigante com a capacidade de matar qualquer  um com seu olhar.

Historias antigas sobre o basilisco tendem a coincidir entre si, mas o tamanho da criatura varia desde muito pequeno (aproximadamente o tamanho de um galo) a muito grande (maior do que um cavalo, talvez do tamanho de um dragão). Sua respiração é venenosa e seu olhar é muito perigoso, pois pode petrificar ou ate mesmo matar a vitima. 

Os inimigos mortais dos basiliscos eram as doninhas, que para conseguir lutar contra seu oponente, recorriam ao odor letal de sua urina, e alimentavam-se com folhas de arruda, planta que não sucumbia à presença do basilisco. Usufruindo dessas armas, as doninhas só aceitavam o fim do combate quando tinham certeza que o basilisco estava totalmente liquidado.


O veneno

Acreditava-se que se um homem a cavalo tentasse matar um basilisco com uma lança, o poder de seu veneno, seria conduzido através da arma, e consequentemente mataria o cavaleiro e o cavalo também. A única maneira de matar um basilisco seria colocando um espelho diante de seus olhos, evitando olhar diretamente para ele. E no momento em que a criatura olhasse o seu próprio reflexo, ela morre de susto.

A carcaça de um basilisco era muitas vezes pendurada nas casas para manter as aranhas a distância. Também era usada nos templos de Apolo e Diana, onde nenhuma andorinha se atrevia a entrar. Na heráldica, o basilisco é representado como um animal com a cabeça, o tronco e pernas de pau, a língua de uma cobra e as asas de um morcego.

O naturalista romano Plínio, o Velho, descreveu o basilisco simplesmente como uma serpente com uma coroa dourada e que não rastejava como as outras serpentes. Na Idade Média, sua imagem tornou-se uma cobra com a cabeça de um galo, e às vezes com a cabeça de um ser humano. Nas artes, o basilisco simbolizava o diabo e o anticristo. Para os protestantes, era um símbolo do papado.

É possível que a descrição original do basilisco venha de relatos de testemunhas oculares da cobra-real, que tem uma marca em sua cabeça que lembra a forma de uma coroa, além de ser o inimiga natural do mangusto (animal que é muitas vezes confundido com a doninha).


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Ruby