24 de fevereiro de 2013

A Casa dos Rostos

۞ ADM Sleipnir


Ao entrar em sua modesta cozinha em uma abafada tarde de agosto de 1971, Maria Gomez Pereira, uma dona de casa espanhola, espantou-se com o que lhe pareceu um rosto pintado no chão de cimento. Estaria ela sonhando ou alucinando? Não, a estranha imagem que manchava o chão parecia de fato o esboço de uma pintura, um retrato.

Com o passar dos dias, a imagem foi ganhando detalhes e a noticia do rosto misterioso espalhou-se com rapidez pela pequena aldeia de Belmez, perto de Córdoba, no sul da Espanha. Alarmados pela imagem inexplicável e incomodados com o crescente número de curiosos, os Pereira decidiram destruir o rosto; seis dias depois que este apareceu, o filho de Maria, Miguel, quebrou o chão a marretadas. Fizeram um novo piso e a vida dos Pereira voltou ao normal, mas não por muito tempo. Em uma semana, um novo rosto começou a se formar, no mesmo lugar do primeiro. Esse rosto, aparentemente de um homem de meia idade, era ainda mais detalhado. Primeiro apareceram os olhos, depois o nariz, os lábios e o queixo.


Já não havia como manter os curiosos a distância. Centenas de pessoas faziam fila fora da casa todos os dias, clamando para ver a “Casa dos Rostos”. Os Pereira tiveram que chamar a policia para controlar as multidões. Após a noticia se espalhar, a família resolveu preservar a imagem. Ele recortaram cuidadosamente o retrato e puseram em uma moldura, protegida com vidro, pendurando-o então ao lado da lareira.

Antes de consertar o chão, pesquisadores cavaram o local e acharam inúmeros ossos humanos, a quase três metros de profundidade. Todos passaram a acreditar que os rostos retratados no chão seriam dos mortos ali enterrados. Mas muitas pessoas não aceitaram essa explicação, pois a maior das casas da rua foram construídas sobre um antigo cemitério, mas só a casa dos Pereira estava sendo afetada pelos rostos misteriosos.


Duas semanas depois que o chão da cozinha foi cimentado pela segunda vez, outra imagem apareceu. Um quarto rosto - de mulher - veio duas semanas depois. Em volta deste ultimo apareceram vários rostos menores; os observadores contaram de nove a dezoito imagens. Ao longo dos anos os rostos mudaram de formato, alguns foram se apagando. E então, no inicio dos anos oitenta, começaram a aparecer outros.

O que ou quem criou os rostos fantasmagóricos no chão daquela humilde casa? Pelo menos um dos pesquisadores sugeriu que as imagens seriam obra de algum membro da família Pereira. Mas alguns químicos que examinaram o cimento declararam-se perplexos com o fenômeno. Cientistas, professores universitários, parapsicólogos, a policia, sacerdotes e outros analisaram minuciosamente a imagem no chão da cozinha de Maria Gomes Pereira, mas não concluíram nada que pudesse explicar a origem dos retratos.


4 comentários:

  1. Muito bom! mas gostaria d deixar uma sugestâo: é um pouco cansativo ler os textos escritos em vermelho no fundo preto..sério! Apesar d ficar visualmente bonito,atrapalha um pouco! Se pudesem mudar iso,seria perfeito!É só uma dica! No mais, ótimo seu blog!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. ADM Sleipnir: Obrigado pela sugestão, talvez isso seja ajustado num próximo layout do blog, mas por hora manteremos essa cor de letra, mais pelo visual mesmo.

      Excluir
  2. Mantenha o vermelho na fonte!
    muito bom conteudo e o site em si!
    parabens!

    ResponderExcluir



Seu comentário é muito importante e muito bem vindo, porém é necessário que evitem:

1) Xingamentos ou ofensas gratuitas ao autor e a outros comentaristas;
2)Comentários racistas, homofóbicos, xenófobos e similares;
3)Spam de conteúdo e divulgações não autorizadas;
4)Publicar referências e links para conteúdo pornográfico;
5)Comentários que nada tenham a ver com a postagem.

Comentários que inflijam um desses pontos estão sujeitos a exclusão.

De preferência, evite fazer comentários anônimos. Faça login com uma conta do Google, assim poderei responder seus comentários de forma mais apropriada, e de brinde você poderá entrar no ranking dos top comentaristas do blog.



Ruby