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23 de março de 2023

Moshup

 ۞ ADM Sleipnir

 Mural de Stan Murphy sobre Moshup, localizado em Martha's Vineyard

Moshup (lê-se "moxup" ou "mauxup", também grafado Maushop, Moshop, Maushup, Mausop, Maushope, Maushump, Moiship e Manshop) é um gigante é o herói cultural dos povos nativo-americanos Mohegan, Wampanoag e Pequot. Diz-se que ele vivia na ilha de Martha's Vineyard, ao sul de Massachussets, e que costumava se sentar no topo de uma colina próxima a cidade de Aquinnah (Gay Head), onde dizem que ainda hoje existem evidências de seu assento em uma cratera acima da colina. Moshup era bondoso e pacífico, e sempre visitava o continente e auxiliava os povos nativos, ensinando-lhes todo tipo de habilidades que pudessem ajudá-los a prosperarem.

Relação com as Baleias

Moshup era fortemente associado às baleias, das quais ele sabia tudo e podia inclusive se transformar nelas por capricho. Ele costumava pescá-las com as próprias mãos, e depois as cozinhava numa fogueira que fazia usando as árvores que o cercavam. Seria este o motivo pelo qual hoje em dia restam poucas árvores em Gay Head. Moshup costumava dividir a sua carne de baleia com os nativos, que em retribuição a sua bondade, costumavam juntar todo o tabaco possível e presenteá-lo ao gigante.


Moshup e Squannit

Em algumas lendas, Moshup tem uma esposa chamada Squannit. Embora Moshup seja geralmente retratado como um gigante, Squannit é considerada uma das Pessoas Pequenas (makiawisug), possuindo entre cinquenta centímetros e um metro de altura. As histórias sobre Squannit variam muito de comunidade para comunidade, mas ela geralmente tem poderes mágicos e é frequentemente associada ao mar e às tempestades - para algumas lendas, fortes tempestades são causadas pelas discussões de Squannit com Moshup. 

A Partida de Moshup

Uma lenda conta que quando Moshup concluiu que havia ensinado tudo o que podia aos nativos, ele se transformou em uma grande baleia branca e desapareceu no oceano pela última vez, seguro de que seus ensinamentos os ajudariam a seguir em frente sem ele.

Outra lenda fala que ele previu a chegada de "uma nova raça de homens, com uma pele mais clara" logo chegaria à sua terra. Ele advertiu os nativos para não permitissem que eles passassem da costa, pois se o fizessem, eles não viveriam mais. Algum tempo depois, os primeiros colonos europeus chegaram ao local, e foram alegremente recebidos pelos nativos. Desde aquele dia, Moshup nunca mais foi visto.


fontes:
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22 de março de 2023

Mulher da Capa Preta

  ۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Mulher da Capa Preta é um fantasma cuja lenda atrai curiosos ao Cemitério Nossa Senhora da Piedade no bairro do Prado, em Maceió, há décadas. Tal lenda originou-se no início do século XX, quando um certo rapaz conheceu uma bela jovem em um baile, e os dois passaram a noite juntos. Como já era tarde e chovia, o rapaz se ofereceu para levá-la em casa, e assim ele o fez. Fazia muito frio, então o rapaz emprestou sua capa para a jovem se aquecer, e seguiram sua caminhada rumo à casa dela. Ao se aproximarem do cemitério, a jovem pediu que o rapaz a deixasse ali mesmo, mas antes dele ir embora, passou-lhe o seu endereço.

Já no dia seguinte, o rapaz foi até o endereço, animado e ansioso para reencontrar a jovem. Porém, chegando lá ele foi informado que ela já havia morrido. O rapaz recusou-se a acreditar, pensando que fosse algum tipo de brincadeira, e após uma longa conversa com a família dela, o jovem foi convidado para ir até o cemitério. Lá, ele foi levado até o túmulo da jovem onde, para a sua surpresa, a capa preta que ele havia emprestado à ela jazia pendurada em cima de uma cruz.

O túmulo existe até hoje, e nele foi construído uma réplica em mármore de uma capa preta jogada sobre uma cruz juntamente com a descrição com o nome da mulher, data de nascimento e falecimento em números romanos.  E todo ano, no dia de finados, dezenas de pessoas visitam o túmulo, curiosos para ver a tão famosa capa.



fontes:
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21 de março de 2023

Abdiel

۞ ADM Sleipnir

Arte de Mauricio Carrasco

Abdiel (do hebraico עֲבְדִּיאֵל, "servo de Deus") é um anjo mencionado no Sefer Raziel HaMalach (Livro de Raziel, o Anjo), grimório de Cabala Prática datado da Idade Média, porém mais conhecido por sua participação na obra Paraíso Perdido (1667), de John Milton. Nela, Abdiel é contado entre os anjos revoltosos contra Deus, sendo ele um dos únicos a se opor a idéia de confrontar o criador. 

Abdiel confronta Lúcifer após ouvi-lo incitar os demais anjos, e  o abandona para levar a notícia de sua deserção até Deus. Ao chegar, porém, descobre que os preparativos para a batalha celeste já estavam em andamento. Durante a batalha contra os anjos rebeldes, Abdiel feriu vários deles com sua espada, incluindo o próprio Lúcifer.

"Abdiel Confronta Lúcifer", arte de Kamila Oleszczuk


fontes:
  • A Enciclopédia dos Anjos, de Richard Webster;
  • Dictionary of Angels, de Gustav Davidson.

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20 de março de 2023

Ichiren-bōzu

۞ ADM Sleipnir

Ichiren-bōzu (em japonês: 壱連坊主, "monge de contas") é um yokai do folclore japonês, sendo um dos muitos do tipo tsukumogami (付喪神 - "espírito artefato"). Ele surge a partir de contas de oração abandonadas por mais de um século.

Ichiren-bōzu é o protagonista do pergaminho Tsukumogami Emaki  (付喪神絵巻), datado do período Muromachi (entre 1336 e 1573), e que traz a história de espíritos artefatos que, revoltados com os humanos por terem os abandonado, resolvem causar todo tipo de transtorno a eles. Ichiren-bōzu tenta conduzi-los pelo caminho da retidão, mas é confrontado por Aratarō (荒太郎, uma clava tsukumogami), que interrompe seu sermão e o espanca. 

Ichiren-bōzu foge e se refugia nas montanhas, onde ele funda um templo e se torna mais sábio. Os outros tsukumogami seguem seu caminho de vingança contra os humanos, até que os deuses enviam os gohō dōji (japonês 護法童子; um tipo de espírito guardião do folclore budista japonês ) para por um fim em suas ações malignas. Sem saber o que fazer, esses tsukumogami buscam abrigo no templo de  Ichiren-bōzu, que os perdoa e permite que se juntem a ele. Lá, todos corrigiram seus caminhos e trilharam o caminho do budismo, conseguindo alcançar a iluminação.

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17 de março de 2023

Gná

۞ ADM Sleipnir


Gná (nórdico antigo ɡnɒ, possivelmente de derivado do nórdico antigo gnæfa, “a que se eleva”) é na mitologia nórdica uma deusa menor que serve a deusa Frigga como uma de suas assistentes, juntamente com Fulla e Hlín. Ela é descrita no capítulo 35 do Gylfaginning, primeira parte da Edda em Prosa de Snorri Stulurson, como sendo responsável por levar recados de Frigga para outros mundos. Em sua tarefa, Gná conta com o auxílio de Hófvarpnir (nórdico antigo; "aquele que joga seus cascos ", "arremessador de cascos" ou "chutador de cascos"), um cavalo capaz de cavalgar em terra, mar ou ar (assim como Sleipnir, o corcel de oito patas pertencente à Odin).

Frigg and her Maidens (1902)

Cultura Popular

Em God of War: Ragnarok, Gná é a deusa vanir do vento e da plenitude, e uma ex-serva de Freya. Ela é apresentada como a nova Rainha das Valquírias, desde que Sigrún recuperou sua liberdade após sua derrota nas mãos de Kratos e Atreus, três anos atrás.

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16 de março de 2023

Orko

۞ ADM Sleipnir


Orko é um espírito oriundo do folclore croata, descrito como sendo uma espécie de cavalo-fada, mas que pode se metamorfosear em outros animais, como um cachorro, um cabrito, uma ovelha ou um rato. Dizem que ele é um espírito amaldiçoado por Deus, embora as fontes não deixem claro de qual deus se trata, ou o motivo pelo qual o mesmo tornou-se maldito. Acredita-se que ele nasça a partir de excrementos de galinha que ficaram intocados por sete anos.

O passatempo de um Orko é abordar pessoas durante a noite (geralmente viajantes cansados), se metendo por entre as pernas delas e então voando com elas em suas costas com destino a algum lugar distante e inóspito, como um deserto ou um pântano. Ele então simplesmente deixa a pessoa nesse local e desaparece. Dizem que o horário mais perigoso para ser arrebatado por um Orko é o próximo ao amanhecer, pois o espírito também desaparece assim que o galo canta, e se houver alguém em suas costas nesse momento, acabará morrendo ao cair em queda livre.

Dizem que um Orko pode ser controlado através de um fio de lã de cordeiro ou um rosário, e aquele que conseguir fazê-lo se tornará ele próprio uma fada.


fontes:

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Ruby