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29 de julho de 2016

Afanc

۞ ADM Sleipnir


Afanc (em galês, pronuncia-se "Avanc"), também chamado Addanc, Addane, Abhac ou Abac, é uma monstruosa criatura dos lagos presente na mitologias galesa, também figurando nos folclores celta e britânico. Ele é descrito alternativamente como sendo um crocodilo, um castor ou uma criatura parecida com um anão, e as vezes é dito ser um demônio. Como a maioria dos monstros dos lagos, o Afanc devora qualquer um que seja tolo o suficiente para nadar em seu território. 

Uma lenda conta que o Afanc certa vez tornou-se impotente diante de uma donzela que o deixou dormir sobre suas pernas, enquanto a mesma sentava na margem do lago. Tão logo a criatura adormeceu, os aldeões da região amarraram a criatura com correntes. Quanto despertou, o Afanc teve um ataque de fúria, e durante o mesmo acabou esmagando a donzela. No fim, ele foi arrastado ao fundo do lago, onde foi morto por um dos cavaleiros da Távola Redonda, Percival, ou em uma variação da história, pelo próprio Rei Arthur.

Arte de Anibalas Salvador
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27 de julho de 2016

Marie Laveau, a Rainha Vodu

۞ ADM Dama Gótica



Marie Laveau foi uma renomada praticante de vodu dos Estados Unidos, sendo chamada até hoje de "Rainha dos Vodus". Marie Laveau ensinou e praticou a sua religião Vodu, fazendo uso de poderes mágicos para tratar de assuntos de amor, questões sociais, assuntos de negócios, problemas com inimigos e questões sexuais. 

Muito pouco é conhecido com algum grau de certeza sobre a vida de Marie Laveau. Supõe-se que ela nasceu no bairro de Nova Orleans, Louisiana (EUA), no ano de 1794, sendo filha de um rico agricultor branco chamado Charles Laveau com uma mulher negra chamada Marguerite Henry, que era praticante de magia croctaw e vodu caribenho. Em 4 de agosto de 1819, já com 25 anos, Marie Laveau casou-se com Jacques Paris, um negro livre que também era agricultor. Sua certidão de casamento foi conservada na Catedral de Saint Louis, em Nova Orleans. Eles viveram numa casa que era parte do dote dado por seu pai Charles. 



Paris morreu em 1820, em circunstâncias não explicadas. Algumas fontes afirmam que Paris simplesmente a abandonou. De qualquer forma, Marie adotou o titulo de viúva de e arranjou emprego como cabeleireira. Nessa profissão, trabalhou para famílias brancas abastadas. 

Em 1826, Marie se juntou a Luis Christopher Duminy de Glapion, com quem viveu até a morte dele, em 1835. Embora nunca tenham casado, conta-se que desta união gerou 15 filhos. Após a morte de Glapion, Marie abandonou a carreira de cabeleireira e dedicou-se inteiramente ao sacerdócio vodu. Rapidamente circularam rumores de rituais Vodus secretos, em que se adorava uma serpente chamada Zombi, e nos quais se praticavam danças, se realizavam orgias nas quais abundavam a bebida e o sexo. Tais rumores apenas atraíram ainda mais o numero de frequentadores dos cerimoniais Vodus. O curioso é que um terço (ou mais) dos adoradores desta religião eram brancos, que frequentavam os rituais e procuravam Marie com o intuito de obter poder para reaver um amor perdido, ter um novo amante, levar uma nova mulher ao leito, eliminar um sócio nos negócios, ou mesmo para destruir um inimigo. 



Em meados de 1830, haviam inúmeras rainhas Vodu lutando entre si para tornarem-se a única rainha do Vodu e assim ganharem controle sob todo o movimento religioso da área, mas Laveau devastou toda a concorrência. Uma de suas vantagens era que Marie também integrou vários elementos da religião cristã nos seus rituais, o que lhe permitia apresentar espetaculares cerimônias que conquistavam seguidores tanto entre negros, como entre brancos. Marie chegou a abrir as suas cerimônias ao publico e também convidou inúmeras pessoas e instituições a assistir aos rituais. Ela chegou a abrir portas a todos os sedentos de sensações proibidas, cobrando pelo acesso, o que tornou o Vodu bastante lucrativo pela primeira vez. Diz-se que o espírito empreendedor da Maria foi ainda mais longe, quando chegou a organizar rituais secretos onde se realizavam orgias para homens ricos.

A essa altura, Marie já era uma pessoa muito bem informada sobre o que acontecia na região, especializou-se em obter informações privilegiadas de patrões ricos, mas alega-se que seu poder provinha, na verdade, de uma rede de informantes nas casas dos figurões nas quais ela tinha trabalhado como cabeleireira, e do bordel que ela supostamente mantinha. E aparentemente, causar medo nos servos destes a quem ela "curava" de males misteriosos (os quais ela pode ter causado ou sugerido).

Em 16 de junho de 1881, os jornais de Nova Orleans publicaram que Marie Laveau havia morrido. Isto é digno de nota, porque ela teria continuado a ser vista na cidade após esta data. Afirma-se que uma de suas filhas com Luis Glapion assumiu seu nome e prosseguiu com a prática mágica após a morte dela. 

Marie Laveau foi sepultada no Cemitério de São Luís em Nova Orleans, na cripta da família Glapion. A tumba continua a atrair visitantes que desenham três cruzes (XXX) na lateral, esperando que o espírito dela lhes conceda a realização de um desejo. 


Na Ficção

  • Marie Laveau aparece em muitos romances, especialmente aqueles que abordam o oculto. Estes incluem American Gods de Neil Gaiman, The Arcanum de Thomas Wheeler,Voodoo Dreams de Jewell Parker Rhodes, Midnight Moon de Lori Handeland, Zorro de Isabel Allende, entre outros. 
  • No cinema ela é antepassada de um lobisomem em Cry of the Werewolf. 
  • Na televisão, em American Horror Story: Coven, Angela Bassett interpreta Marie Laveau como rival da Suprema Fiona Goode (Jessica Lange). 
  • No universo das HQs ela foi adversária tanto de Drácula quanto do Dr. Estranho, nos quadrinhos da Marvel Comics.




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26 de julho de 2016

Mitologia dos Jogos Olímpicos

۞ ADM Sleipnir & ADM Dama Gótica


Havia muitas lendas e mitos sobre os jogos e os feitos de vários vencedores, mas quando se trata da formação dos Jogos Olímpicos, quatro personagens são centrais: Zeus, Pélope, Héracles e o rei Ífitos.

Zeus

Na Grécia antiga, todos os festivais atléticos eram celebrados sob o patrocínio de uma divindade. O festival olímpico era realizado em honra de Zeus, o líder supremo do panteão grego. Diz a lenda que Zeus marcou a cidade de Olímpia como seu recinto sagrado com um raio arremessado de seu trono no Monte Olimpo. É dito que o grande altar de Zeus que fica dentro do templo de Zeus (localizado ao norte de Olímpia) marca o local atingido pelo raio. Embora muitas cerimônias fossem oferecidas a Zeus durante os Jogos, nenhuma era mais importante ou extravagante do que a grande "hecatombe" (o sacrifício a Zeus de cem bois doados pelos Eleanos) na manhã do dia meio do festival Olímpico.



Pélope

Pélope era o herói local de Olímpia e considerado o mítico fundador dos Jogos Olímpicos. A lenda conta que Enomao, rei de Pisa e soberano de Olímpia, foi avisado por uma pitonisa que seria destronado e morto por um dos pretendentes de sua filha, a princesa Hipodâmia. Como precaução, o rei estabeleceu que somente daria a mão da filha àquele que o derrotasse em uma corrida de bigas. Mas Enomao possuía excelentes cavalos e um auriga muito experiente. Assim ele venceu e matou vários dos pretendentes.


Um dia, o jovem Pélope pediu a mão de Hipodâmia em casamento, mas Enomau respondeu com sua habitual condição. Acontece que Pélope era protegido do deus dos mares, Poseidon, que lhe cedeu um carro puxado por cavalos alados. Além disso, Hipodâmia subornou um escravo, que sabotou o carro do rei e provocou um acidente que causou a morte de Enomau. Ao mesmo tempo, o palácio do rei foi atingido por um raio e reduzido a cinzas, com exceção de uma coluna de madeira que foi venerada em Altis (bosque sagrado de Olímpia) durante séculos, e ficava perto do local do templo de Zeus .

Pélope foi proclamado o vencedor da corrida, e se casou com Hipodâmia. Após sua vitória, Pélope organizou corridas de bigas como ação de graças aos deuses e jogos funerários em honra do rei Enomau, a fim de ser perdoado pela sua morte. Foi a partir desta corrida funérea realizada em Olímpia que os Jogos Olímpicos teriam sido inspirados. 



Héracles


Segundo outra lenda, o herói Héracles teria sido o verdadeiro fundador dos Jogos Olímpicos. Héracles teve que completar doze trabalhos para se libertar da escravidão do Rei Euristeu de Argos. O quinto deles foi limpar os estábulos do rei Áugias de Elis em apenas um dia. Era um trabalho praticamente impossível de ser realizado, já que o gado era divinamente sadio (imortal) e produzia uma enorme quantidade de esterco. Mas graças ao conselho da deusa Atena, Héracles conseguiu realizá-lo em um dia, desviando o rio Alfeu para lavar os estábulos.


Áugias não ficou satisfeito com isso, pois havia prometido a Héracles um décimo de seu gado se os estábulos fossem de fato limpos em apenas um dia. Ele se recusou a cumprir sua promessa, e acabou guerreando contra Héracles. Após Héracles matar Eurito (um dos filho de Áugias), ele tomou Elis, entregando-a a Fileu (outro filho de Áugias, que havia sido testemunha do acordo), Héracles teria matado Áugias, e em comemoração por terminar o trabalho e por ter feito justiça, Héracles fundou os Jogos Olímpicos.

A versão mais famosa da lenda diz que Héracles teria fundado os jogos somente após completar seus doze trabalhos, construindo o estádio Olímpico como uma honra a Zeus. Após sua conclusão, ele andou em linha reta 200 passos e chamou essa distância de estádio (em grego: στάδιον, latim: stadium, "palco"), que mais tarde tornou-se uma unidade de distância.Héracles também plantou a oliveira sagrada que mais tarde foi a fonte de coroas para os vencedores olímpicos.

Rei Ifitos de Ilía

Ifitos, que era um descendente de Héracles, é creditado como o reformulador dos Jogos e o responsável pela instituição da trégua olímpica. No tempo de Ifitos, por volta do século IX a.C., a Grécia continental foi perturbada por guerras civis e migrações. A lenda afirma que Ifitos foi até o Oráculo de Delfos e perguntou-lhe como pôr fim às guerras e pestes que estavam gradualmente destruindo a Grécia. O oráculo o instruiu a restabelecer os Jogos e declarar uma trégua durante sua duração. Este plano deu certo e a trégua olímpica tornou-se um instrumento importante na unificação dos estados e colônias gregas.

Segundo a tradição, foi Ifitos que primeiro estabeleceu a coroa de folhas da oliveira de Héracles como um prêmio, mais uma vez após um conselho do Oráculo de Delfos, que lhe disse para ir a Olímpia e procurar a árvore "adornada com teias de gaze."

Nestes primeiros jogos, o rei Ifitos foi oficializado como o único juiz. Mais tarde, como os Jogos cresceram, juízes de Elis (Hellanodikai) se tornaram os oficiais olímpicos.


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25 de julho de 2016

Opochtli

۞ ADM Sleipnir

O deus Opochtli, imagem do Codex Florentius

Opochtli foi um deus asteca da caça e da pesca, adorado por aqueles que ganhavam a vida nos lagos e pântanos no Vale do México, especialmente na parte sul da bacia. O Codex Florentius representa o deus como um homem negro usando uma coroa de plumas e segurando um arpão em sua mão esquerda e um escudo em sua mão direita.

Opochtli é uma divindade bastante obscura, e o pouco que se sabe dele é que era conhecido como "Aquele que divide as águas" ou "O Canhoto", e que foi creditado como sendo o inventor de itens associados com a pesca e a caça às aves aquáticas, em particular o atlatl (dispositivo utilizado para aumentar a velocidade inicial de lançamento de um projétil) e o minacachalli (uma lança com três pontas usada para capturar peixes).

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22 de julho de 2016

Tuonetar

Tuonetar ("Rainha dos Mortos") é a deusa finlandesa dos mortos e rainha de Tuonela (ou Manala), o submundo finlandês, o qual governa ao lado de seu marido Tuoni, também um deus dos mortos. Juntos, Tuonetar e Tuoni são os pais de uma série de deuses e monstros sombrios. Dentre seus filhos mais famosos estão Loviatar (deusa da pragas), Kalma (deusa da morte), Kipu-tyttö (deusa da doença), Kivutar (deusa das enfermidades), e Vammatar (deusa da dor). 

Tuonela, o submundo, é descrito como uma sombria floresta separada do mundo dos vivos por um rio de águas negras. Nele, Tuonetar conduz uma embarcação negra na qual transporta as almas dos mortos. Era possível para os mortais entrar em Tuonela vivo, porém muitos poucos eram capazes de retornar, devido aos enormes perigos que ele oferecia. Primeiro, era preciso vagar durante sete dias por um emaranhado de arbustos espinhentos. Sobrevivendo a isto, deveria cruzar um imenso pântano, que também levava sete dias para ser atravessado. Por fim, havia ainda uma escura e densa floresta negra, que também levava mais sete dias de viagem árdua para ser cruzada. Os três territórios eram repletos de perigos, e aqueles que conseguissem atravessá-los encontrariam no fim a margem do rio que cerca Tuonela, onde deveriam conseguir a permissão das filhas de Tuonetar para prosseguir sua jornada e se encontrar com Tuonetar.

Ao chegar a presença de Tuonetar, ela oferecia ao mortal uma porção feita de sapos e vermes, que se fosse consumida, fazia com que o mesmo perdesse a memória, impossibilitando-o de deixar Tuonela, onde ficaria preso para sempre. De acordo com a mitologia, somente o herói Väinämöinen foi capaz de escapar de Tuonela vivo, pois não consumiu a porção de Tuonetar.


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20 de julho de 2016

Anhur

۞ ADM Sleipnir


Anhur (Han-her, Inhert, também conhecido por seu nome grego, Onúris) era um antigo deus egípcio da guerra e da caça adorado na cidade de This (ou Thinis). Seu dever era proteger seu pai (o deus sol ) de seus inimigos, recebendo assim o epíteto de "Matador de Inimigos". Anhur era um dos deuses que ficavam a frente da barca solar de Rá e defendiam-no contra os ataques da terrível serpente Apep. Ele era o patrono do antigo exército egípcio, e a personificação dos guerreiros reais, mas também representava a criatividade do homem e por isso não era sempre uma divindade violenta. Em festivais em sua homenagem, simulações de batalhas eram encenadas.

Seu nome significa "aquele que trouxe de volta a Distante" (embora outra tradução possível seja "portador do céu"). Esse nome parece referir-se a lenda em que o "Olho de Ra" (sua filha, que conforme a versão da lenda pode ser Hathor, Sekhmet, Tefnut, Mut, ou Bastet) abandonou o Egito e viajou para a Núbia, sob a forma de uma leoa feroz. Mas Rá sentia falta dela, e por isso ele enviou um emissário para trazê-la de volta. Na versão em que Anhur é o emissário de Rá, o Olho de Rá é a deusa Menhit, que ao retornar ao Egito, se torna sua consorte.


Iconografia

Anhur é geralmente retratado como um homem barbudo ou com cabeça de leão, vestindo uma túnica semelhante a um kilt e um cocar com quatro penas e segurando uma lança na mão direita e um pedaço de corda na mão esquerda. Ocasionalmente, ele é retratado sem a lança ou a corda, mas muitas vezes suas mãos estão na posição que estariam se estivesse carregando-as.

Associação com outros deuses

Anhur era um dos filhos de Rá, mas também foi considerado o filho de Hathor. Como um deus da guerra, ele estava intimamente associado com os deuses Montu e Sopdu, e foi associado pelos gregos e romanos com Ares/Marte. Durante a era romana, o Imperador Tibério foi retratado vestindo a coroa de Anhur nas paredes do templo de Kom Ombo (dedicado a Sobek e Hórus). Embora Anhur fosse uma divindade original de This, seu principal centro de culto estava na cidade de Sebennytos (moderna Samannud) no Delta, onde ele era considerado um aspecto do deus do ar, Shu. Como Anhur era um deus mais popular que Shu, ele absorveu grande parte dos atributos do mesmo.

A popularidade de Anhur cresceu durante o Império Novo, quando ele tornou-se intimamente associado com Hórus, como a divindade composta Hórus-Anhur, o guerreiro modelo e o "salvador" daqueles em batalha. Os núbios renomearam Hórus-Anhur como Ary-hes-Nefer (ou Arensnuphis, Arsnuphis, Harensnuphis), que possivelmente significa "Hórus da bela casa". Essa divindade era tida como sendo casada com Ísis, e por tanto, acabou sendo associada também a Osíris.

Arte de Robin Ruan
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18 de julho de 2016

San La Muerte

۞ ADM Sleipnir



San La Muerte ("São Morte") é um popular santo pagão venerado no Paraguai, no nordeste da Argentina (principalmente na província de Corrientes, mas também em Misiones, Chaco e Formosa), além do sul do Brasil (especificamente nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Ele também é conhecido como Senhor da Boa Morte e Senhor da MorteNão deve ser confundido com a Santa Muerte, santa popular venerada no México, que apesar de possuir rituais e poderes semelhantes, é uma santa a parte.

Origem

A origem de San La Muerte remonta à época das Missões Jesuíticas do século XVI. Conta a lenda que este santo foi um monge franciscano ou jesuíta que curava as pessoas de várias enfermidades principalmente de Lepra. Como ele atuava de forma independente da igreja, e se tornava cada vez mais popular, seus superiores lhe advertiram inúmeras vezes para não fazê-lo. Como ele não pois um fim em suas atividades, acabou sendo preso, e em protesto, se manteve em jejum de pé dentro de sua cela. Após um tempo, ele foi encontrado morto na mesma posição em que estivera jejuando, já completamente esquelético, vestindo seu manto e um cajado que usava para caminhar.

Representações

As representações de San La Murte variam, mas a figura clássica é a de um esqueleto humano, de pé, com recursos simples, minimalistas. O esqueleto geralmente carrega uma foice, em alguns casos com gotas de sangue na ponta. Outras representações incluem um esqueleto de pé sem uma foice, ou sentado em um caixão.


Suas esculturas podem ser esculpidas em madeira, ossos, metal (especialmente balas) e, geralmente, se situam entre 3 e 15 centímetros de altura. O aumento dos poderes são atribuídos às esculturas que são criadas a partir de materiais de origem significativa, como a falange do dedo mínimo, um osso de bebê morto, a madeira retirada do caixão de uma pessoa morta, ou um crucifixo que pertencia a alguém falecido recentemente. Outras matérias-primas mais comuns incluem madeira de cedro.

De acordo com os crentes, a escultura, a fim de ser capaz de conceder favores, precisa ser consagrada por um padre católico sete vezes. Se a escultura é esculpida em osso de um homem católico ele só precisa ser consagrado cinco vezes, pois o osso já foi consagrado duas vezes. Para obter esculturas abençoadas, os fiéis recorrem a subterfúgios, tais quais, esconder uma imagem debaixo de uma de um santo convencional. Quando um padre abençoa a imagem normal, considera-se que a outra também foi abençoada.

Além das esculturas que são normalmente mantidas em um altar ou em um lugar fixo em casa, há uma série de formas pessoais do ritual que envolvem representações na forma de amuletos e tatuagens ou no corpo sob a forma de entalhes inseridos sob a pele do fiel. Tatuagens, amuletos e inserções do corpo ofereceriam proteção especial da morte e evitariam lesão corporal e prisão. Entre os devotos, as balas disparadas, de preferência as que tenham ferido ou matado um homem cristão são consideradas matéria-prima mais eficiente para amuletos.




Culto

Para seus devotos, San La Muerte existe no contexto da fé católica e é comparável a outros seres puramente sobrenaturais como arcanjos. A devoção envolve orações, rituais e oferendas, que são dadas diretamente ao santo na expectativa do atendimento de solicitações específicas. As ofertas podem incluir sangue, bebidas alcoólicas, velas e outros objetos valiosos. O santo recebe oferendas em troca de favores relacionados a uma ampla gama de problemas pessoais. Pode ajudar a restaurar o amor, saúde e fortuna, proteger os adoradores de feitiçaria, eliminar o mau-olhado e conceder boa sorte em jogos de azar. Além desses poderes, que são comumente atribuídos aos santos populares, em geral, seria capaz de conceder uma série de pedidos que estão ligados ao crime e à violência. Por exemplo, acredita-se que o santo esquelético pode trazer a morte sobre os inimigos de seus devotos, pode impedir as pessoas de serem enviadas para a prisão e ainda encurtar a prisão de detentos, além de ajudar na recuperação de itens roubados e desviados.




Sua devoção é caracterizada por um código moral que deve ser obedecido. Seus devotos têm numerosas obrigações para com o santo. A comunicação ocorre por meio de orações que são passadas ​​entre os crentes. O culto também se baseia na punição e submissão ao ter concedido um favor ou graça. Quando as graças são concedidas, o santo é recompensado, mas nunca totalmente, a fim de aumentar as chances dele em breve estar disposto a conceder outra graça.

Para a maioria dos devotos, o santo oferece proteção pessoal e intransferível que só será acessível para os outros quando, após a morte do proprietário original, outro adquira a sua escultura. Há também os intermediários, tais como curandeiros e médicos tradicionais que invocam o seu poder, em nome de seus clientes. Em outros casos São Morte é mantido escondido em casa, estendendo sua proteção a todos os membros da família, sem distinção. Uma série de altares públicos também podem ser encontrados. Eles são executados por devotos que atuam como guardiões de cuidadores. As festas públicas ocorrem em 15 de agosto, dia do santo. Já que não é reconhecido e incluído no calendário de santos da Igreja Católica, a data é contestada e, em alguns casos, é festejada em 13 de agosto.


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15 de julho de 2016

Wishpooshi

۞ ADM Sleipnir


Wishpooshi é um castor gigante originário do folclore da tribo Nez Perce, que vivem na região do noroeste pacífico dos Estados Unidos. Ele é dito habitar o lago Cle Elum, e de acordo com o folclore, não permitia que nenhum animal pegasse peixes em seu lago. Ele ameaçava todos que se aproximavam do lago, e aqueles que não deixassem o local eram arrastados para  dentro do mesmo, morrendo afogados.

Coyote, o deus malandro, não gostava da maneira como Wishpooshi tratava os animais. e decidiu por um fim nessa situação. Ele foi até o lago Cle Elum armado com sua lança amarrada em seu pulso e então começou a pescar. Assim que avistou o deus, Wishpooshi o atacou. Coyote atirou a lança e perfurou o castor. Imediatamente, Wishpooshi mergulhou para o fundo do lago, arrastando Coyote com ele.

Conforme lutavam, os dois remodelavam a região criando canais e desfiladeiros e eventualmente desviando toda a água do lago para outro local. Wishpooshi era monstruoso, e por um momento Coyote ficou assustado com sua demonstração de poder. Mas como era o mais astuto de todos os animais, Coyote arquitetou um plano. Transformando-se em um galho de árvore, Coyote flutuou entre os peixes até Wishpooshi o engolir. Voltando à sua forma natural, Coyote pegou uma faca e cortou os tendões no interior do castor gigante. Wishpooshi deu um grande grito e depois pereceu. Vencedor, Coyote usou então a carcaça de Wishpooshi para criar as tribos de homens.

Arte de Melissa Mitchel

fonte:
  • Livro "Encyclopedia of Beasts and Monsters in Myth, Legend and Folklore", de Theresa Bane
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13 de julho de 2016

Narciso

۞ ADM Sleipnir


Na mitologia grega, Narciso (do grego Narkissos) era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. De acordo com o mito, ele era um jovem famoso por sua extrema beleza, que despertava a paixão de muitos homens e mulheres. Porém, por ser tão belo, Narciso era arrogante, e rejeitava a todos que tentavam se aproximar dele, e isto foi a sua ruína. 

A história de Narciso possui várias versões. A versão mais famosa é a escrita pelo poeta Ovídio, do 3º livro de sua obra Metamorfoses. Nesta versão, quando Narciso ainda era pequeno, sua mãe procurou o profeta Tirésias para consulta-lo em relação ao futuro de seu filho, pois temia que ele tivesse problemas por causa de sua extraordinária beleza. Após vê-lo, Tirésias predisse a sua mãe que ele iria desfrutar de uma vida longa, desde que ele nunca visse o seu próprio reflexo. 

Como o profeta havia predito, Narciso cresceu e a cada dia tornava-se mais belo, atraindo todo o tipo de pretendentes. Um dia, quando Narciso caminhava pela floresta, a ninfa Eco o viu e ficou loucamente apaixonada por ele. Ela começou a segui-lo, e ao sentir que alguém o seguia, Narciso perguntou: -"Quem está aí?". Eco respondeu-lhe repetindo sua pergunta: -"Quem está aí?", e isso se prolongou por algum tempo até que Eco decidiu aparecer perante ele. Eco tentou abraça-lo, mas Narciso se afastou, dizendo-lhe para deixá-lo sozinho. Eco ficou inconsolável e em seu desespero acabou desaparecendo, não deixando nada para trás, além da assombrosa voz de seu eco. 

Nêmesis, a deusa da vingança, tomou conhecimento sobre Narciso e sobre o que havia acontecido a ninfa Eco, e então decidiu puni-lo. A deusa o atraiu até uma fonte, onde ele acabou se debruçando e vendo seu próprio reflexo.

Arte de Emanuella Kozas
Narciso ficou fascinado com sua visão, e acabou apaixonando-se pela imagem, sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas. Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Olhando sem parar para o reflexo, ele lentamente definhou e foi transformado pelas ninfas em uma flor narciso. Outros, porém, dizem que ele ficou cheio de desespero e remorso e suicidou-se ao lado da fonte, e do sangue de sua vida se esvaindo a flor nasceu.

A versão do poeta grego Conon, contemporâneo de Ovídio, tem o mesmo fim, porém nela, não foi Eco o estopim para o fim de Narciso, mas sim um jovem chamado Ameinias. O jovem havia se apaixonado por Narciso, porém este o desprezou, como fazia com todos os outros. Devastado, Ameinias foi até a porta da casa de Narciso e se suicidou. Porém, antes de fazer isso, Ameinias clamou aos deuses para que punissem Narciso. Os deuses ouviram o seu clamor e rapidamente atenderam o seu pedido, fazendo Narciso se apaixonar por sua própria imagem refletida em uma fonte.



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11 de julho de 2016

Kinnaras

۞ ADM Sleipnir

Arte de Traci Shepard

Kinnaras (singular: Kinnara, feminino Kinnari) são fabulosas criaturas meio-pássaro, meio-humanas, originarias da mitologia budista e hindu. São criaturas celestiais, conhecidos por sua graça e beleza, assim como por sua habilidade musical e de dança. 

A parte superior de seus corpos é humana, enquanto a inferior é de um pássaro, geralmente um cisne. Também existe uma versão híbrida entre cavalo e humano. Muitas vezes aparecem com pouca roupa, e com seu corpo e penas enfeitado com inúmeros objetos coloridos, geralmente nas estátuas e desenhos onde a criatura é descrita elas aparecem com uma espécie de coroa, que em alguns casos lembra um gênero de flor, em sua cabeça.



Mitologia

Em inúmeras lendas indianas as Kinnaras são seres celestiais que pertencem ao coro que rodeia as principais divindades das crenças indianas e é um símbolo auspicioso.

No Hinduismo, elas são uma das míticas criaturas que habitam o Himavanta, que é uma floresta lendária situada na base de uma montanha sagrada chamada Monte Meru. Em outras descrições as Kinnaras vivem também nos Himalaias e muitas vezes cuidam do bem estar dos seres humanos quando eles estão com dificuldades ou em perigo 

No budismo, são geralmente descritas como deuses ou semi-deuses da musica, e por vezes como uma das 8 criaturas não humanas que ''protegem'' os ensinamentos de Buda, são criaturas de destaque em inúmeros textos budistas, incluindo o Lotus Sutra. Em algumas tradições budistas, é dito que 4 das reencarnações de Buda eram Kinnaras. Também é dito que elas protegem o Kalpavriksha, uma árvore lendária que aparece em muitas descrições do Budismo e Hinduísmo e por vezes descrita sendo a árvore divina da vida.

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8 de julho de 2016

Keythong

۞ ADM Sleipnir


O Keythong é um criatura semelhante a um grifo sem asas, descrito pela primeira vez em um manuscrito inglês sobre heráldica do séc XV. Assim como o grifo, ele possui o corpo de um leão e a cabeça e as patas dianteiras de uma águia, mas em vez de asas, ele ostenta espinhos em suas costas e ombros. Estes espinhos são muitas vezes dourados, o que provavelmente simboliza o sol, embora também possa ser por causa do uso comum da cor dourada para representar grifos na heráldica. Eventualmente é representado possuindo também chifres em sua cabeça.



Keythongs eram considerados grifos do sexo masculino, embora haja um debate dentro da comunidade heráldica quanto a saber se o termo "grifo masculino" é um termo impróprio para o keythong, tornando-se uma besta à parte. Quando apareceu pela primeira vez, não havia uma distinção adequada entre ele e o grifo, de forma que eles compartilhavam muitos atributos das lendas medievais. 

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6 de julho de 2016

O Dragão de Beaucaire

۞ ADM Sleipnir


Beaucaire é uma bonita aldeia da Provença, localizada na margem direita do Ródano, no departamento francês de Gard, na região de Languedoc-Roussillon. Este antigo povoado, fundado no século VI a.C., possui uma grande quantidade de lendas ancestrais, das quais a mais famosa é sem dúvida a do Drac (dragão em francês), um terrível dragão aquático que outrora vivia no Ródano. Escondido nas profundezas do rio, atraía as crianças, fazendo brilhar ouro e pedras preciosas debaixo d'água. O Drac também conseguia tornar-se invisível e assim percorria as ruas de Beaucaire para apanhar as presas à vontade. Pobre de quem caísse na armadilha! O Drac acabava impiedosamente com suas presas.

Uma das lendas mais famosas sobre o Dragão de Beaucaire conta que um dia, uma jovem lavadeira foi lavar a roupa nas margens do Ródano. Enquanto trabalhava, a jóvem ouviu uma voz suave que a convidava a se aproximar da água e, ao olhar, conseguiu ver o brilho de milhares de jóias no fundo... A jovem começou a ficar com sono, e sob hipnose, acabou entrando no rio. Então o dragão a pegou e e a levou para o fundo, até chegar no seu esconderijo. Uma vez em seu esconderijo, o dragão não matou a jovem. Ao invés disso, entregou-lhe seu filho, que tivera a pouco tempo com uma donzela, para que ela cuidasse dele.

Passaram-se assim sete anos, sem que ninguém em Beaucaire fizesse a minima ideia do paradeiro da lavadeira, até que um belo dia, ela reapareceu na cidade, Entre abraços e manifestações de alegria, a lavadeira retomou a sua vida. Mas depois de algum tempo, na praça do mercado, ela avistou o dragão e foi cumprimentá-lo. O dragão, percebendo que a lavadeira havia adquirido o poder de vê-lo, a cegou instantaneamente. Assim, ele pode continuar sua rotina de caça sem ser notado por ninguém.

Estátua do Drac de Beaucaire, localizada na Place de la République, em Paris

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4 de julho de 2016

Patupaiarehe

۞ ADM Sleipnir


Os Patupaiarehe, também referidos como TurehuNgati Hotu e Urukehu ("cabeças vermelhas"), são seres espirituais semelhantes a elfos/fadas originários da mitologia maori, ditos habitarem as partes mais profundas das florestas e o topo das montanhas da Nova Zelândia. Eles são geralmente descritos como pequenos seres de cabelos vermelhos e pele pálida, porém alguns contos relatam que eles possuem a altura de um ser humano, ou até mesmo gigantes.

Eles raramente são vistos, e quando o são, costumam ser hostis aos seres humanos. Eventualmente eles podem aparecer para os mesmos envoltos em névoas e até mesmo ensinar-lhes magia. De acordo com algumas histórias, eles são ininteligíveis, porém de alguma forma aqueles que os encontram são capazes de entender sua língua.

Os sons de seu canto, misturado ao som de músicas de flauta podem ser ouvidos a distância do local onde vivem, porém qualquer mortal que resolver seguir o som corre o risco de acabar perdido em meio a floresta.


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1 de julho de 2016

Adad

۞ ADM Sleipnir


Adad (provavelmente derivado da palavra árabe haddat, "trovão") era o deus acadiano do clima, sendo um deus popular nas regiões norte da Síria e da Babilônia. Outras culturas na região chamavam o deus de Ishkur, Remon, Addu, Hadad ou Baal-Hadad. Sua consorte é usualmente apontada como sendo a deusa síria Atargatis.

Tido como filho do deus do céu Anu, Adad detinha o poder sobre as tempestades e a chuva. Ele foi muitas vezes retratado como um guerreiro segurando um raio bifurcado ou um clube, e sua montaria era um touro, cujos berros e rugido eram como o som do trovão.

Como o próprio tempo, Adad tinha dois lados: um benéfico e outro destrutivo. Como o portador da chuva, Adad era saudado como o "Senhor da Abundância", cujo dom tornava as colheitas férteis e a terra nutrida. Pessoas de muitas terras áridas da Mesopotâmiao adoravam por este motivo. Como o portador de seca ou de temíveis tempestades, no entanto, Adad podia atacar seus inimigos com a fome, inundações, escuridão e morte.

Arte de Gonzo Snow

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Ruby