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31 de outubro de 2016

Aoyin

۞ ADM Sleipnir


Aoyin (chinês 獓狠) é uma criatura mitológica chinesa, descrita no Shan Hai Jing (chinês 山海經, "Clássico das montanhas e mares") sendo semelhante a um boi, ostentando dois pares de chifres e com o corpo coberto de pelos semelhantes a palha usada em antigas capas de chuva chinesas. 

Aoyin era conhecido como sendo um animal predador, que caçava e devorava seres humanos. Ele habitava uma montanha chamada "Montanha dos Três Perigos", que acredita-se estar localizada próxima das Grutas de Mogao, também conhecidas como as "Cavernas dos Mil Budas", na cidade de Dunhuang, Gansu, China.



fonte:
  • Livro "A Chinese Bestiary - Strange Creatures from the Guideways through Mountains and Seas", de Richard E. Strassberg.
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28 de outubro de 2016

Awilix

۞ ADM Sleipnir

Arte do MOBA Smite
Awilix (pronuncia-se Auilix ou Avilix) era a deusa (ou deus, segundo alguns estudiosos) da lua cultuada no período pós-clássico (entre os séc. X a VI) pelo povo quiché-maia, e era conhecida como a Rainha da Noite. Ela era a protetora da linhagem nobre Nija'ib, que governou a capital quiché Gumarcaj entre 1425–1475, e possuía um grande templo na cidade dedicado ao seu culto. A águia era o totem animal dos Nija'ib, e presume-se que a ave era associada com o aspecto lunar da deusa, enquanto o jaguar era associado com seu aspecto de deusa da noite.

Awilix era uma das três principais divindades do povo quiché, juntamente com  os deuses Tohil Jacawitz, e essa trindade foi por vezes referida coletivamente como Tohil, pois este era o mais importante dos três. Awilix é mencionada no Popol Vuh e também em outro importante documento quiché conhecido como o Título de TotonicapánIxbalanque, um dos heróis gêmeos protagonistas do Popol Vuh, é dito ser a encarnação de Awilix.

É provável que Awilix tenha sido derivada da deusa da lua do povo Chontal maia, C'abawil Ix, ou de outra deusa da lua do período clássico maia.

Na cultura popular, Awilix é uma das divindades presentes no MOBA Smite.

Arte de Rafal Gorniak
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27 de outubro de 2016

Portal no Youtube: Saci

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Nosso vídeo falando sobre o Saci, um dos personagens mais famosos do folclore brasileiro. Inscrevam-se em nosso canal, e se gostarem do vídeo, qualifiquem-o e compartilhem-o nas redes sociais!



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26 de outubro de 2016

Lissa


۞ ADM Sleipnir


Lissa (ou Lýssa, em grego: Λύσσα) era uma deusa grega ou espírito personificado (daimona) do frenesi e da fúria desenfreada, bem como da raiva em animais. Os atenienses escreviam seu nome como Lýtta (grego: Λύττα). Sua equivalente romana era denominada Ira ou FurorPor seus atributos, Lissa é relacionada com outros espíritos como Mania (a loucura), Coalemos (a estupidez) e Anoia (a demência).

O poeta Eurípides identifica Lissa em sua tragédia Héracles como sendo filha da deusa primordial da noite, Nix, que foi fecundada pelo icor que verteu de Urano após ele ter sido castrado por Cronos. Já o poeta Higino a descreve como sendo filha de Gaia e Éter

Participação nos mitos

Em racles, Eurípides relata como a deusa Hera ordenou a Lissa, por intermédio de sua mensageira Íris, que enlouquecesse Héracles, do qual Hera era grande inimiga. Lissa tentou dissuadir a Íris, sem êxito algum, e contra sua vontade, se introduziu no herói, incitando-lhe a matar sua mulher e seus próprios filhos.

O poeta Ésquilo identifica Lissa como sendo o agente enviado por Dionísio para enlouquecer as filhas ímpias de Mínias, que por sua vez desmembraram o rei de Tebas, Penteu.

Pinturas em vasos gregos da época revelam seu envolvimento no mito de Ácteon, o caçador dilacerado por seus próprios cães, enfurecidos como um castigo por ter visto a deusa Ártemis nua. Nesta cena, ela aparece uma mulher vestida com uma saia curta, e coroada com uma cabeça canina, representando a loucura da raiva.

fonte da imagem: theoi.com

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25 de outubro de 2016

Portal no Youtube: Klabautermann

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Nosso vídeo falando sobre o Klabautermann, o espírito protetor de embarcações do folclore alemão. Inscrevam-se em nosso canal, e se gostarem do vídeo, qualifiquem-o e compartilhem-o nas redes sociais!





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24 de outubro de 2016

Ziburinis

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Ziburinis (lituano: žiburinis, "iluminado") são espíritos da floresta presentes no folclore lituânio, sendo uma variação regional do Fogo-Fátuo (ou Ignis Fatuus, Will-o-Wisp). De acordo com o folclore, Ziburinis são espíritos metamorfos, que geralmente assumem a forma de esqueletos envoltos em chamas fosforescentes.

Acredita-se que a presença de Ziburinis em um determinado local significa a morte iminente de alguém por perto.

Arte de Traci Shepard

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21 de outubro de 2016

Nábrók

۞ ADM Sleipnir

Uma réplica de Nábrók, em exposição no Museu de Feitiçaria e Bruxaria Islandesa, em Hólmavík.

Nábrók (literalmente traduzido como "necro-calça" ou "calça da morte") é uma espécie de calça feita com a pele de um homem morto, e que de acordo com um antigo ritual de bruxaria islandês praticado no século XVII, é capaz de atrair um fluxo constante e ilimitado de dinheiro para quem a vestir. 

O Ritual 

Para se confeccionar uma Nábrók, era necessário primeiro obter a permissão de uma pessoa para usar sua pele após a sua morte. Após a pessoa morrer e ser enterrada, ela era desenterrada e sua pele era esfolada tirando uma peça de pele inteira da cintura para baixo. Depois de curtida, a pele devia ser vestida ainda fresca para que ela grudasse ao corpo do usuário. Além disso, o usuário da necro-calça deveria ainda roubar uma moeda de uma viúva pobre durante uma festividade como o Natal, Páscoa ou Finados, e depositá-la no escroto da calça, juntamente com um símbolo mágico chamado Nábrókarstafur,  escrito em um pedaço de papel, para assim garantir o efeito mágico do ritual. 

Nábrókarstafur

O dono da necro-calça podia usá-la por toda a vida para usufruir de seus poderes, porém era proibido morrer vestindo a peça ou, do contrário, corria o risco de que seu corpo fosse imediatamente infestado por piolhos e de ter que vagar por toda a eternidade pela Terra. Assim, a necro-calça deveria ser passada de uma geração para a outra, mas, para que ela continuasse trazendo fortuna, o novo dono precisava vestir a perna direita antes que o antigo proprietário retirasse a perna esquerda da calça. 

Arte de Jakub Wilczek

fontes:
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20 de outubro de 2016

Portal no Youtube: Susanoo

۞ ADM Sleipnir

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19 de outubro de 2016

Canotila

۞ ADM Sleipnir


Os Canotila (pronuncia-se chawn-oh-tee-lah) são espíritos da floresta pertencentes ao folclore da tribo Sioux, geralmente aparecendo como sprites ou anões. "Canoti" significa literalmente "morador da árvore", e "canotila" significa "pequeno morador da árvore". Eles foram considerados mensageiros do mundo espiritual e, muitas vezes apareciam para o povo Sioux em seus sonhos.

Grafias alternativas: Canoti, Can Oti, Canotina, Chan-o-te-na, Can'otial, C'an Do't'idah, Can Hotidan, Chanhotina, Can-o-tila, Cano'ti'na, Hohno'gicidan, Chahoterdah, Oh-no-ge-cha, Oglugechana, Ungnagicaca

fonte:
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18 de outubro de 2016

Portal no Youtube: Anúbis

۞ ADM Sleipnir

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17 de outubro de 2016

Belial

۞ ADM Sleipnir

Arte de Daniel Kamarudin

Belial (Beliar, Belhor, Baalial, Beliall ou Beliel) é, de acordo com a mitologia judaico-cristã e a demonologia, um dos mais veneráveis demônios de Satanás. Ele é também o 68º espírito listado na Ars GoetiaSeu nome aparece no Antigo Testamento aproximadamente 13 vezes, algumas como substantivo próprio indicando status de divindade, outras como adjetivo simples, sinônimo de vil, indigno, mal, blasfemo, impuro ou contrário às leis de Deus.

De fato, antes do Novo Testamento estabelecer firmemente a figura de Satanás como o líder das forças do mal, Belial era o encarregado. No Antigo Testamento, a palavra belial tinha o significado de inutilidade ou maldade, porém veio a ser usada mais tarde como um nome próprio para o Diabo ou Satanás.

De acordo com um dos Manuscritos do Mar Morto ("A Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas"), Belial é o governante incontestável das trevas:
"Mas, por corrupção fizeste Belial, um anjo de hostilidade. Todo o seu domínio jaz em trevas, e seu propósito é trazer maldade e culpa."

Belial é reconhecido na Bíblia como uma fonte de grande mal, e até mesmo como o senhor de todos os demônios. Alguns livros apócrifos declaram que Belial foi criado juntamente com Lúcifer, e que ele é um rei do inferno que rege 80 legiões infernais. Outros creditam Belial como sendo o pai de Lúcifer e o anjo que o convenceu a travar uma rebelião no Céu contra Deus, e que, como tal, ele foi o primeiro dos anjos caídos a ser expulso dos céus.

Enganoso e mal de coração, Belial já foi considerado igual a Belzebu, mas nos tempos medievais ele foi relegado a um dos demônios menores do Inferno. Nos textos apócrifos Ascensão de Isaías e Evangelho de Bartolomeu, ele é rotulado como o demônio da ilegalidade:
"E Manassés desviou seu coração para servir Belial, pois o anjo da ilegalidade, que é o príncipe deste mundo, é Belial, cujo nome é Matanbuchus." (Ascenção de Isaías 2:4)

Em Paraíso Perdido de John Milton, Belial é referido como o "filho falso-intitulado de Deus." Quando Belial aparece pela primeira vez, Milton declara:

“Espírito nenhum mais torpe que ele
Dos altos Céus caiu no fundo do Orco,
Nem mais grosseiro para amar o vício
Só por ser vício. Em honra desse monstro
Não se erguem templos, nem altares fumam;
Porém, com refinada hipocrisia,
É quem templos e altares mais freqüenta
Chegando a ser ateus os sacerdotes
Bem como de Eli sucedeu os filhos
Que de Deus os alcáceres encheram
De atroz fereza, de brutal lascívia!
Reina ele pelas cortes, nos palácios
E nas cidades onde os vícios moram,
Onde a devassidão, a infâmia, o ultraje,
Sobem por cima das mais altas torres.
Ali, assim que tolda a noite nas ruas,
Os filhos de Belial nela divagam…”

Em uma passagem do livro Das Buch Belial, publicado em 1473 por Jacobus de Téramo, Belial apresentou-se e dançou diante do rei Salomão. Na Bíblia, Belial é identificado como Satanás, quando Paulo de Tarso pergunta como Cristo e Belial poderiam concordar um com o outro (II Coríntios 6:15). 


Jacobus de Teramo - "O demônio Belial diante do Portão do Inferno", gravura do livro Das Buch Belial

Goetia

Belial é o 68° Espírito, um poderoso Rei que pode aparecer na forma de um belo anjo numa carruagem de fogo, como um demônio de pequena estatura em trajes vermelhos e atraindo para si toda a luz num vácuo de escuridão, como uma imensa pomba de olhos de fogo ou como dois lindos anjos. Acredita-se que ele proporciona bons familiares e causa o favor de amigos e inimigos, mas oferendas e sacrifícios devem ser feitos em sua honra. De acordo com a Goetia, este é o selo que deve ser utilizado em sua invocação:




fontes:


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14 de outubro de 2016

Zoryas

۞ ADM Sleipnir

Arte de Victoria
As Zoryas (alternadamente: Zarya, Zvezda, Zwezda) são as deusas eslavas do amanhecer e do anoitecer (também conhecidas como as Auroras), servas do deus sol Dazbog, seu pai. Segundo a mitologia, sua principal função é guardar e vigiar o cão do juízo final, Simargl, que está acorrentado à estrela Polaris, na constelação de Ursa Menor. Todos os dias Simargl tenta devorar Polaris, e segundo o mito, se a corrente que o aprisiona se quebrar, ele irá devorar a Ursa Maior e todo o universo será destruído. Assim, as Zoryas são tidas como as deusas que guardam o universo. 

Existem controvérsias sobre a quantidade de Zoryas, se existem duas ou três delas. Normalmente são consideradas apenas duas: Zorya Utrennyaya ( "Aurora da Manhã", também conhecida como Zvezda Danica, Zvezda Dennitsa, Zwezda Dnieca ou Zvezda Zornitsa [Zvezda significa "estrela"]) e Zorya Vechernyaya ("Aurora da Noite", também conhecida como Vecernja Zvezda, Zvezda Vechernaya, Zwezda Wieczoniaia, Zwezda Wieczernica ou Zvezda Vechernitsa). Todas as manhãs, Zorya Utrennyayaela abre os portões do palácio oriental de Dazbog, para que seus cavalos possam puxar sua carruagem através do céu. À noite, quando Dazbog retorna ao seu palácio, Zorya Vechernyaya fecha os portões.

A terceira Zorya chama-se Zorya Polunochnaya ("Aurora da Meia Noite"), mas algumas lendas a omitem, afirmando somente a existência das outras duas Auroras. A aparência desta Zorya é um mistério e dizem que o Sol morre todas as noites em seus braços e renasce ao amanhecer. Ela é uma divindade associada à morte, renascimento, misticismo, magia e sabedoria.

Arte de DarthCrotalus
fontes:

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13 de outubro de 2016

Portal no Youtube: Urano

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Nosso vídeo falando sobre Urano, a personificação do céu e o pai dos titãs da mitologia grega! Inscrevam-se em nosso canal, e se gostarem do vídeo, qualifiquem-o e compartilhem-o nas redes sociais!


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12 de outubro de 2016

Ynaguinid e Macanduc

۞ ADM Sleipnir

Ynaguinid (esquerda) e Macanduc (direita), arte de Jewel Jade Flores

Ynaguinid e Macanduc são deuses da guerra da mitologia filipina, e integravam o panteão dos deuses cultuados pelos antigos povos do arquipélago das Visayas. Eles serviam como inspiração e estandarte para os antigos Visayans na arte da guerra, dos cercos e pilhagens. Os Babaylans (os líderes religiosos/ shamans das tribos visayan) e os chefes das tribos oravam a esses deuses formidáveis ​​para abençoar os guerreiros com a sua força e coragem, para que pudessem superar seus inimigos.

Ynaguinid

Ynaguinid também é conhecida por ser uma deusa das armas e criação de venenos. Uma velha história conta que certa vez Ynaguinid apareceu a um grupo de caçadores perdidos ou guerreiros na forma de uma bela mulher, e ensinou-lhes os segredos sobre como criar venenos através da mistura de óleos vegetais de plantas tóxicas, para serem usados na caça e nas batalhas.Ela também lhes ensinou como extrair veneno de víbora e misturá-lo em óleo de ervas para criar um veneno especial, chamado de odto ("meio dia") porque qualquer um que fosse ferido por uma arma revestida com esse veneno não viveria além do meio-dia (a maioria da batalhas travadas pelos antigos visayan eram realizadas pela manhã). Foi devido a essas histórias e contribuições atribuídas a Ynaguinid que fizeram dela a deusa dos venenos, e do norte do arquipélago Visayan até a região de Bicol, Ynaguinid também é conhecida como Nagined, e foi emparelhada com os deuses Makbarubak e Arapayan como a trindade dos deuses do veneno. 

Macanduc era uma divindade popular das tribos Visayan do sul e sudeste de outrora, e acreditava-se que ele era um deus realmente sanguinário, que adorava espalhar carnificina e conflitos nos campos de batalha onde pisava, tomando vidas de pessoas de ambos os lados, sem discriminação. Acredita-se também que ele possuía os líderes da tribo e babaylans antes da guerra, para inspirar as pessoas com coragem e sede de vitória.


Culto 

O historiador William Henry Scott, que documentou a vida dos antigos Visayans no século XVI observou que alguns ritos e rituais eram realizados antes da guerra para acalmar os deuses da guerra. Ele também notou que os antigos Visayans comemoravam a arte da guerra do mar e se sobressaiam nela. Um dos rituais que os Visayans realizavam antes de irem para a guerra no mar era o ritual chamado "pagdaga", onde eles marcavam a proa e a quilha dos barcos dos guerreiros com o sangue de seus inimigos. Ynaguinid e Macanduc também eram venerados pelos ferreiros de armas, que oravam a esses deuses antes de fazer uma arma e também após o término da mesma.

Os antigos Visayans também mantinham ídolos dessas divindades da guerra guardados nas casas dos chefes da tribo e dos babaylans, e eles os traziam para fora durante festividades como o início e o fim de uma guerra, para celebrar os guerreiros e os vencedores dessas batalhas.

A Chegada dos Espanhóis e do Cristianismo

Quando os espanhóis chegaram ao arquipélago das Visayas, os guerreiros Visayan lutaram bravamente contra esses invasores, acreditando que eram abençoados pelos poderosos Ynaguinid e Macanduc em seus esforços para proteger suas terras e aldeias. Embora a maioria dessas tribos tenham sido bem sucedidas em expulsar os espanhóis num primeiro momento, eles logo descobriram que eles só haviam recuado temporariamente. Os espanhóis retornaram com mais força e atacaram fortemente os Visayans, reivindicando a vitória no final. Os espanhóis não perderam tempo em colonizar as ilhas Visayan, e converter os nativos ao cristianismo. Eles também ordenaram que os ídolos de deuses da natureza e tudo o que lembrasse os nativos da sua antiga religião fosse destruído e queimado, incluindo ídolos de Ynaguinid e Macanduc, levando-os a serem esquecidos ao longo do tempo. Hoje em dia, as poderosas divindades de guerra Ynaguinid e Macanduc, e também as histórias de bravura dos antigos guerreiros Visayan permanecem na memória das poucas tribos Visayan sobreviventes, passado de geração em geração através da tradição oral.


fontes:


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11 de outubro de 2016

Portal no Youtube: O Cavaleiro-Sem-Cabeça

۞ ADM Sleipnir

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10 de outubro de 2016

Potamoi

Os Potamoi (em grego antigo: ποταμός, Potamos, "rio"eram os deuses gregos dos rios e córregos da terra, todos filhos dos titãs Oceano e Tétis. Suas irmãs eram as Oceânides, deusas de pequenos córregos, nuvens e chuva, e suas filhas eram as Náiades, ninfas de nascentes e mananciais.

Esses deuses costumam ser retratados em várias formas: um touro, um homem com cabeça de touro, um homem com cabeça de touro e corpo de serpente da cintura para baixo ou em forma humana segurando uma ânfora vertendo água. Acredita-se que existiam cerca de 3.000 deuses dos rios. Um dos mais célebres é Peneus, protetor do rio Peneios e pai da ninfa Dafne.


Héracles enfrentando Aqueloo, 
Arte de Cornelis Cornelisz van Haarlem (1590)


Lista de Deuses-rios 

Deuses-rios masculinos, relacionados a rios geograficamente reais:
  • Ácis, Akis: um deus-rio da Sicília no sul da Itália. Foi originalmente um rapaz mortal, amado pela nereida Galateia. Depois que o ciumento cíclope Polifemo o esmagou sob uma pedra, Galateia o transformou em um rio de águas muito claras, no qual se banhava diariamente.
  • Acragante, Akragas: um deus-rio da Sicília, no sul da Itália
  • Aias: um deus-rio do Epiro (na atual Albânia).
  • Aisar: um deus-rio da Etrúria, atual Toscana (Itália). Atual rio Sérquio (italiano Serchio, Auser para os romanos)
  • Alfeu, Alpheios: um deus-rio de Arcádia e da Élida, no Peloponeso, sul da Grécia. Amou a ninfa Aretusa e a perseguiu sob o mar até a Sicília
  • Almo: um deus-rio do Lácio,na Itália.
  • Amniso, Amnisos: um deus-rio da ilha de Creta. no Egeu. Suas filhas eram companheiras da deusa Ártemis.
  • Anapo, Anapos: um deus-rio da Sicília.
  • Anauro, Anauros: um deus-rio da Tessália, no norte da Grécia.
  • Anfriso, Amphrysos: um deus-rio da Tessália, no norte da Grécia.
  • Anigro, Anigros, um deus-rio da Élida no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Apidano, Apidanos: um deus-rio da Tessália.
  • Aqueloo, Akheloios: um deus-rio da Etólia, na Grécia central. Lutou com Héracles pela mão da princesa Dejanira da Etólia, mas foi vencido pelo herói. Um dos seus chifres foi quebrado na luta e se transformou em uma cornucópia.
  • Aqueronte, Akheron: um deus-rio da Tesprótia, no noroeste da Grécia (distinto do mítico Aqueronte do Hades).
  • Árdesco, Ardeskos: um deus-rio da Trácia (na atual Bulgária).
  • Arno, Arnos: um deus-rio da Etrúria. (atual rio Arno)
  • Ascânio, Askanios, um deus-rio da Mísia, na Anatólia (na atual Turquia).
  • Asopo, Asopos, um deus-rio da Beócia e de Argos, no sul da Grécia. Suas vinte belas filhas náiades foram sequestradas pelos deuses. Quando tentou recuperar uma delas, Aigina ou Egina, Zeus o fulminou com um relâmpago.
  • Astério, Asterion, um deus-rio de Argos no Peloponeso, sul da Grécia. Suas filhas eram aias de Hera.
  • Áxio, Axios, um deus-rio da Peônia (na atual República da Macedônia).
  • Báfira, Baphyras, um deus-rio da Piéria, atual norte da Grécia e Macedônia.
  • Borístenes, Borysthenes, um deus-rio da Cítia central (Ucrânia moderna). Seu rio é chamado agora Dniéper ou Dniepre.
  • Brícon, Brykhon, um deus-rio do Quersoneso na Trácia (norte da atual Grécia). Era um aliado do Gigantes em sua guerra contra os deuses.
  • Caico, Kaikos, um deus-rio de Teutrânia, na Anatólia (na atual Turquia).
  • Caistro, Kaystros, um deus-rio da Lídia na Anatólia (na atual Turquia).
  • Cébren, Kebren, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia).
  • Cecino, Kaikinos, um deus-rio do Brútio (atual Calábria, na Itália do sul).
  • Cefisso, Kephissos (1), um deus-rio da Fócida na Grécia central.
  • Cefisso, Kephissos (2), um deus-rio da Ática no sul da Grécia.
  • Cefisso, Kephissos (3), um deus-rio de Argos no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Cidno, Kydnos, um deus-rio da Cilícia na Anatólia (na atual Turquia).
  • Citero, Kytheros, um deus-rio da Élida no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Cladeu, Kladeos, um deus-rio da Élida no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Cocito, Kokytos, um deus-rio da Tesprótia, na Grécia do noroeste, afluente do Aqueronte (distinto do Cocito do Hades).
  • Crêmete, Khremetes, um deus-rio da Líbia na África do norte.
  • Crimiso, Krimisos, um deus-rio da Sicília, Itália. Seduziu uma princesa Troiana disfarçado como um cão.
  • Elísson, Elisson, um deus-rio da Acaia no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Enipeu, Enipeus, um deus-rio da Tessália em norte da Grécia.
  • Erasino, Erasinos, um deus-rio de Argos no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Erídano, Eridanos, um deus-rio da Ática em sul da Grécia (não confundir com o lendário Erídano da Hiperbórea)
  • Erimanto, Erymanthos, um deus-rio de Arcádia no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Escamandro, Skamandros, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia). Lutou com o deus Hefestos para apoiar os troianos em sua guerra com os gregos. O rio também era chamado Xanto.
  • Esepo, Aisepos, um deus-rio da Tróada, na Anatólia (na atual Turquia).
  • Esperqueu, Sperkheios, um deus-rio de Malis na Grécia central.
  • Estrímon, Strymon, um deus-rio de Edônia na Trácia (norte de Grécia).
  • Eufrates, Euphrates, um deus-rio da Assíria (Turquia oriental e Iraque modernos).
  • Eveno, Euenos, um deus-rio de Aitolia na Grécia central.
  • Fase, Phasis, um deus-rio da Cólquida, no Cáucaso (na atual Geórgia). Atual rio Rioni.
  • Fílis, Phyllis, um deus-rio de Tínia, na costa do Helesponto, Anatólia (na atual Turquia).
  • Ganges, Ganges, um deus-rio da Índia.
  • Grênico, Grenikos, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia).
  • Haliacmon, Haliakmon, um deus-rio de Macedônia e de Piéria em norte da Grécia.
  • Hális, Halys, um deus-rio de Paphlygonia e de Pontos na Anatólia (na atual Turquia). Seu nome atual, em turco, é Kızıl
  • Hebro, Hebros, um deus-rio da Cicônia, na Trácia (atualmente norte da Grécia e sul da Bulgária).
  • Heptáporo, Heptaporos, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia).
  • Hermo, Hermos, um deus-rio da Lídia na Anatólia (na atual Turquia).
  • Hidaspes, Hydaspes, um deus-rio da Índia (atual Caxemira). Lutou ao lado dos indianos contra Dioniso. Atual rio Jelum ou Jhelum.
  • Ilisso, Ilissos, um deus-rio da Ática no sul da Grécia.
  • Ímbraso, Imbrasos, um deus-rio da ilha de Samos no grego egeu.
  • Ínaco, Inakhos, um deus-rio de Argos no Peloponeso, sul da Grécia. Foi o primeiro rei de Argos.
  • Indo, Indos, um deus-rio da Cária na Anatólia (na atual Turquia). Não confundir com o rio indiano.
  • Inopo, Inopos, um deus-rio da ilha de Delos, no Egeu (na verdade, um pequeno córrego)
  • Ismeno, Ismenos, um deus-rio da Beócia na Grécia central.
  • Istro, Istros, um deus-rio da Cítia ocidental (atual Romênia). Seu rio, Ister para os romanos, é hoje chamado Danúbio.
  • Ládon, Ladon, um deus-rio de Arcádia no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Lamo, Lamos, um deus-rio da Cilíciana Anatólia (na atual Turquia) ou de Beócia na Grécia central. Suas filhas eram aias de Dioniso.
  • Meandro, Maiandros, um deus-rio da Cária na Anatólia (na atual Turquia).
  • Meles, Meles, um deus-rio da Lídia na Anatólia (na atual Turquia).
  • Míncio, Minkios, um deus-rio da Gália.
  • Nesto, Nestos, um deus-rio da Bistônia, na Trácia (norte da Grécia Moderna).
  • Nilo, Neilos o deus-rio do Egito. Seu rio é agora o Nilo.
  • Ninfeu, Nymphaios, um deus-rio da Bitínia e de Paflagônia na Anatólia (na atual Turquia).
  • Nomício, Nomikios, um deus-rio do Lácio,em Itália.
  • Orontes, Orontes, um deus-rio da Síria, na Ásia ocidental. Seu rio é hoje chamado, em árabe, ‘Asi.
  • Pactolo, Paktolos, um deus-rio da Lídia na Anatólia (na atual Turquia).
  • Partênio, Parthenios, um deus-rio de Paflagônia na Anatólia (na atual Turquia).
  • Peneu, Peneios, um deus-rio da Tessália, norte da Grécia.
  • Plisto, Pleistos, um deus-rio da Fócida na Grécia central.
  • Pórpax, Porpax, um deus-rio da Sicília, na Itália do sul.
  • Reso, Rhesos, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia).
  • Rino, Rhinos, um deus-rio da Ibéria (na atual Espanha).
  • Ródio, Rhodios, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia).
  • Sangário, Sangarios, um deus-rio da Frígia e da Bitínia na Anatólia (na atual Turquia). Era um associado da grande deusa Cibele da Frígia (identificada com Reia).
  • Satnióis, Satnioeis, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia).
  • Selemno, Selemnos, um deus-rio da Acaia no Peloponeso, sul da Grécia.
  • Simeto, Symaithos, um deus-rio da Sicília, na Itália do sul.
  • Simóis, Simoeis, um deus-rio da Tróade na Anatólia (na atual Turquia).
  • Tânais, Tanais, um deus-rio da Cítia oriental (Rússia moderna). Seu rio é agora o Don.
  • Telmesso, Telmessos: um deus-rio da Sicília, na Itália do sul.
  • Termesso, Termessos: um deus-rio de Beócia na Grécia central.
  • Termodonte, Thermodon: um deus-rio do Ponto e da Assíria, na Anatólia (na atual Turquia).
  • Tiberino, Tiberinos: um deus-rio do Lácio,em Itália. Seu rio é hoje o Tibre.
  • Tigre, Tigris: um deus-rio da Assíria (Turquia oriental e Iraque modernos) na Ásia ocidental.
  • Titaresso, Titaressos: um deus-rio da Tessália, norte da Grécia.

Deuses-rios de terras míticas:
  • Egeu, Aigaios: um deus-rio da ilha de Esquéria, o mítico lar dos Feácios, identificado mais tarde com a atual ilha grega de Córcira ou Corfu.
  • Erídano, Eridanos: ("cedo queimado" ou "cedo tostado", devido ao mito de Faetonte, que teria caído em chamas nesse rio), um deus-rio da Hiperbórea (identificado mais tarde com o atual Reno ou com o Pó).

Deusas-rios e deusas-lagos:
  • Bolbe, Bolbe: deusa-lago da Tessália, no norte da Grécia.
  • Gige, Gygaie: deusa-lago ou deus-lago da Lídia, na Anatólia (Turquia moderna).
  • Neda: oceânida, deusa-rio de Arcádia, sul da Grécia e uma das aias de Zeus.
  • Tritônis, Tritonis: deusa-lago do lago Tritônis, no norte da África, hoje seco e reduzido a um pântano salgado sazonal, o Chott el-Djerid, no sul da Tunísia.

Deuses-rios e deusas-rios do Hades:
  • Aqueronte, Akheron: "pântano", associado por etimologia popular ao grego akhos, "dor". Um deus-rio do Hades, o submundo, que toma o nome de um rio real da Tesprótia, no noroeste da Grécia, que após atravessar uma região selvagem, desaparecia nas entranhas da terra e ressurgia formando um pântano insalubre numa paisagem solitária. Filho de Gaia, teria sido condenado a permanecer nas entranhas da Terra por ter permitido que os Gigantes, durante a luta contra os deuses, bebessem de suas águas. É um dos rios atravessados pela barca de Caronte e suas águas são paradas, com as margens cobertas de caniços.
  • Cocito, Kokytos: "grito de dor", um deus-rio do Hades, o submundo, que toma o nome de um rio real da Tesprótia, afluente do Aqueronte.
  • Estige, Styx: "odiosa, horrível", uma deusa-rio do Hades, o submundo, relacionada a uma fonte da Arcádia, perto da cidade de Nonácris, que descia de um rochedo escarpado e perdia-se nas entranhas da Terra. Tinha a reputação de envenenar seres humanos e rebanhos e corroer metais e cerâmicas. O único material que lhe resistia era o casco de um cavalo. Dizia uma lenda que Alexandre Magno foi envenenado com água do Estige.
  • Lete, Lethe: "esquecimento", uma deusa-rio do Hades, o submundo, de cujas águas as almas bebiam para esquecer a vida terrestre – e, nas concepções órficas e platônicas, voltavam a beber antes de reencarnar, para esquecer sua existência entre as sombras. Estava relacionada a uma fonte do mesmo nome no oráculo de Trofônio, em Lebadia, na Beócia, da qual os consulentes bebiam para esquecer o profano (depois bebiam da fonte Mnemósine, "memória, para se lembrarem do oráculo sagrado).
  • Piriflegetonte ou Flegetonte, Pyriphlegethon: "de chamas ardentes", um deus-rio do Hades, o submundo. É citado pela primeira vez na Odisseia, ao lado do Aqueronte, Cocito e Estige.
Aqueronte, Arte de Bernando Curvello
fontes:
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7 de outubro de 2016

Íblis

۞ ADM Sleipnir



Íblis (árabe: إبليس, também conhecido como Shaitan, Al-Shaitaan, Ash-Shatan) é o principal demônio do islamismo, uma contraparte do Satanás judaico-cristão. Segundo o Alcorão, Iblis era um ser celestial, criado a partir do Fogo pelo próprio Alá. Ele é retratado como um ser rebelde, que durante a criação do mundo, recusou-se a se curvar diante do homem de barro, recém criado – em sua mente, o fogo do qual ele é constituído é superior ao barro por poder destruí-lo. Pela sua prepotência e desobediência, foi expulso do Éden.
“Criamo-vos e vos demos configuração, então dissemos aos anjos: Prostrais-vos ante Adão! E todos se prostraram, menos Iblis, que se recusou a ser dos prostrados. 12. Perguntou-lhe (Deus): Que foi que te impediu de prostrar-te, embora to tivéssemos ordenado? Respondeu: Sou superior a ele; a mim criaste do fogo, e a ele do barro. 13. Disse-lhe: Desce daqui (do Paraíso), porque aqui não é permitido te ensoberbeceres. Vai-te daqui, porque és um dos abjetos!”

Após sua expulsão, Íblis roga a Alá que lhe conceda imortalidade até o dia do Juízo final, tornando-se “Ash-Shatan” (Inimigo da humanidade), prometendo tentá-la até o dia final. Os diálogos entre Alá e Iblis no Alcorão demonstram que ele passa da classe celestial a classe de “Djinn”, um espírito de fogo que, embora não exerça poder sobre a humanidade, exerce influência sobre a mesma. Tal influência limita-se aos homens que se desviam das leis de Alá, os fiéis de coração sendo incorruptíveis.

Iblis é retratado o tempo todo como um ser arrogante, que decaiu através de seu orgulho. Entretanto, alguns filósofos considerados hereges o consideram como o único e verdadeiro monoteísta, já que recusou-se a curvar diante de qualquer um que não fosse o próprio Alá. Mas dentro da tradição islâmica (hadith) essa recusa não foi um ato de amor, mas de pura soberba. Iblis provoca a queda do homem, que é expulso do Éden.

Possuindo livre arbítrio, o homem é avisado para não misturar-se com Ash-Shatan através de seus atos, como heresias, idolatria, quebra das leis humanas e divinas (Haraam – ‘Pecados’) e a feitiçaria. O Alcorão deixa claro que o objetivo de Íblis é desviar o homem do caminho de Alá, do ‘Caminho Direito’; pervertendo-os a seus próprios caminhos. Possuindo o homem livre arbítrio a única escolha nessa dualidade é dele mesmo, escolher Alá ou Íblis como seu protetor. 
“Deus amaldiçoou. Ele (Ash-Shatan) disse: Juro que me apoderarei de uma parte determinada dos Teus servos, 119. A qual desviarei, fazendo-lhes falsas promessas. Ordenar-lhes-ei cercear as orelhas do gado e os incitarei a desfigurar a criação de Deus! Porém, quem tomar Satanás por protetor, em vez de Deus, Ter-se-á perdido manifestamente! “ -Al-Quran, Sura 4

Dentro dessa luta de influências, embora tido nas escrituras sagradas como ‘perdedor nato’, Íblis conseguiu algum prestígio sobre a Terra. Existiram e ainda existem tribos de nômades e civilizações isoladas espalhadas pelo oriente médio que cultuam a Ash-Shatan ao invés de Alá.
“Porém, Iblis sussurrou-lhe, dizendo: Ó Adão, queres que te indique a árvore da prosperidade e do reino eterno? 156 121. E ambos comeram (os frutos) da árvore, e suas vergonhas foram-lhes manifestadas, e puseram-se a cobrir os seus corpos com folhas de plantas do Paraíso. Adão desobedeceu ao seu Senhor e foi seduzido. 122. Mas logo o seu Senhor o elegeu, absolvendo-o e encaminhando-o. 123. Disse: Descei ambos do Paraíso! Sereis inimigos uns dos outros. Porém, logo vos chegará a Minha orientação e quem seguir a Minha orientação, jamais se desviará, nem será desventurado.” -Al-Quran, Sura 20
Assim como nos outros mitos, Íblis também concede o conhecimento ao homem, associando-se desta forma com o mito prometeico. Da mesma forma que outras escrituras sagradas, o Islã também possui uma manifestação do Caos, exilada pela “mão direita”, pelos seguidores de Deus (Alá) e uma ‘mão esquerda’, fora das leis humanas e divinas. Entretanto, o radicalismo islâmico fez com que tais grupos de adoradores se isolassem, vivendo nas sombras e nas margens da sociedade, se tornando ainda mais envoltos em mistérios, a mesmo molde dos Yézidis vítimas de violências por “idolatrarem satã”.




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Ruby