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Ghatotkacha (sânscrito घटोत्कच, literalmente "cabeça de pote"), é um personagem da mitologia hindu, filho de Bhima, o "terrível" (um dos irmãos Pandavas) com a rakshasa Hidimbi. Ele recebeu esse nome graças ao formato de sua cabeça, que segundo as histórias lembra um pote. Sua linhagem materna o tornava meio rakshasa (uma espécie de demônio), e deu a ele muitos poderes mágicos como voar, aumentar ou diminuir de tamanho e se tornar invisível. Além disso, Ghatotkacha possuía o dom de aparecer onde quer que fosse chamado por seu pai ou seus tios Pandavas, bastando que pensassem nele para que ele aparecesse. Esses poderes o tornaram um lutador importante durante a Guerra de Kurukshetra, o clímax do épico Mahabharata. Assim como o pai, Ghatotkacha também lutava utilizando uma maça como principal arma.
Mitologia
Buscando um sacrifício para a mãe e reencontrando o pai
Logo após seu nascimento, seu pai Bhima teve que deixar sua família, pois ainda tinha deveres a cumprir. Ghatotkacha cresceu sob os cuidados de Hidimbi. Certo dia, Hidimbi pediu a ele que trouxesse um humano para que ela pudesse fazer um sacrifício à deusa Kali. No caminho para fazer isso, Gathotkacha avistou um brâmane e sua esposa viajando com seus três filhos. Ghatotkacha se aproximou deles e perguntou qual deles deveria ir com ele para ser o sacrifício de sua mãe para Kali. O brâmane se ofereceu, mas sua esposa insistiu que iria em seu lugar. Finalmente, seu segundo filho concordou em ir com Ghatotkacha e pediu sua permissão para se banhar primeiro no rio Ganga.
Enquanto Gathotkacha e o filho do brâmane estavam no rio, Bhima apareceu e, sem saber que falava com seu filho, perguntou a ele o que pretendia fazer com o rapaz. Ghatotkacha, que também não reconheceu o pai, lhe conta que estava levando o rapaz à pedido de sua mãe para realizar um sacrifício em nome da deusa Kali. Bhima acaba propondo em trocar no lugar do rapaz e ir com Ghatotkacha, mas somente com a condição de que Ghatotkacha o derrotasse em uma luta.
A Luta contra Bhima
A luta começou com pai e filho lutando com as mãos nuas. Após dias de luta, os dois já estavam exaustos, quando tiveram sua luta interrompida por Hidimbi. Ela informou a Ghatotkacha que Bhima é seu pai, e ele caiu aos pés de seu pai, que por sua vez o abraçou e elogiou dizendo-lhe que raramente lutava contra alguém que pudesse se igualar a ele em termos de força. Bhima aproveita a situação para criticar sua esposa e seu filho por seguirem a prática do sacrifício humano.
Participação na Guerra de Kurukshetra
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Arte de Carl-Ellistrator |
Karna combateu Ghatotkacha, porém não conseguia fazê-lo parar de usar seus poderes, e muito menos se retirar da batalha. Enquanto isso, Ghatotkacha permanecia usando seus poderes, principalmente o de tornar-se invisível, para atacar o exército Kaurava.
Sem opções, e com o exército kaurava perto do colapso, Karna conjurou sua Vasavi Shakti a e a disparou contra Ghatotkacha, que no momento voava sob o exército Kaurava. Atingido em cheio no peito, Ghatotkacha morreu, porém quando seu corpo estava caindo, mesmo morto ele foi capaz de aumentar seu tamanho. Seu corpo caiu sobre o exército Kaurava, matando centenas de milhares no processo.
A morte de Ghatotkacha é considerada o ponto de virada da Guerra de Kurukshetra. Após a sua morte, apesar de seus aliados estarem profundamente tristes por sua morte, Krishna, avatar de Vishnu e conselheiro do exército pandava, sorria e celebrava, contente pois Karna já não poderia utilizar aquela astra contra Arjuna.
Ghatotkacha tinha uma esposa chamada Ahilawati e três filhos: Barbarika, Meghavarna e Anjanaparvan. O último participou juntamente com o pai e o avô da Guerra de Kurukshetra, onde acabou sendo morto pelo guerreiro Ashwattama.
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Arte de molee |
fontes:
۞ ADM Sleipnir
۞ ADM Sleipnir
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Arte de Oleg Mironishin |
Parashu
Parashu (também chamado Vidyudabhi) é o machado divino pertencente à Parashurama (sexto avatar de Vishnu), dado a ele por Shiva e depois passado para o deus Ganesha. Invencível e indestrutível, esse astra é dito ser o melhor para combates em curta distância. Ele possui quatro arestas de corte, uma em cada extremidade da cabeça da lâmina e uma em cada extremidade do eixo. Parashurama usou esse machado para exterminar todos os xátrias da face da terra. Confira a história de Parashurama AQUI.
Agneyastra
Agneyastra é a astra pertencente ao deus Agni, capaz de produzir chamas ditas serem impossíveis de serem extinguidas por meios normais. Quando conjurada, Agneyastra se manifesta como um grande projétil e ocupa todo o firmamento. Em seguida, ilumina todo o campo de batalha e cria incêndios por todo o céu que chovem como meteoros causando enorme destruição ao inimigo.
Varunastra
Varunastra é uma poderosa astra criada pelo deus marinho Varuna, de acordo com as escrituras hindus. Diz-se que ela é capaz de assumir a forma de qualquer arma conhecida, e ao ser utilizada, produz torrentes catastróficas de água, provocando inundações e varrendo grandes exércitos. Já foi utilizada para combater as chamas provocadas pela Agneyastra de Agni, e também já foi neutralizada pela Visoshanastra do deus Indra.
As escrituras dizem que esta arma pode ser obtida meditando em Varuna ou Shiva, e deve ser usada com grande cuidado e habilidade. O seu uso não é possível para nenhum guerreiro inexperiente, pois um leve erro cometido e o próprio usuário poderia ser destruído. De acordo com vários textos hindus, esta astra foi utilizada por inúmeros personagens, como Rama, Lakshmana, Hanuman, Ravana, Meghanada, Vishvamitra, Vasishta, Arjuna, Karna, Krishna , Satyaki, Abhimanyu, Pradyumna, Drona, Bhishma, dentre muitos outros.
Visoshanastra
Visoshanastra (ou somente Visoshana), cujo nome significa "aquilo que seca", é uma das astras de Indra e utilizada por Arjuna durante um dos eventos ocorridos no Mahabharata. Descrita como "terrível e flamejante", Vishosana é capaz de secar toda fonte de água por perto, sendo assim considerada a oposição perfeita contra a Varunaastra.
Bhargavastra
Narayanastra
Narayanastra é uma poderosa astra pertencente à Vishnu. Essa astra é descrita como um disco capaz de criar e disparar uma rajada de milhões de flechas (ou mísseis) simultâneas e autoguiados, aniquilando todo um exército de uma só vez. Além disso, se o inimigo tentar resistir ao seu ataque, sua força destrutiva só aumentaria. A única forma de parar seu ataque era abrir mão de suas próprias armas e escudos e se render completamente. De acordo com o Mahabharata, somente Krishna, Drona e Ashwatthama eram capazes de invocar essa astra. Ashwatthama tentou utiliza-la contra o exército dos Pandavas durante a Guerra de Kurukshetra, mas seu efeito foi frustrado por Krishna, que lutava ao lado dos Pandavas e conhecia o método para pará-la.
Um dos detalhes mais interessantes sobre essa arma é que ela só poderia ser usada uma vez durante uma guerra. Se alguém tentasse usá-la duas vezes, destruiria o seu próprio exército.
Twashtarastra
Twashtarastra era uma astra criada por Vishvakarma e possuída por Arjuna. Tudo o que sabemos a respeito dela é que tinha um poder bastante peculiar. Quando utilizada contra um grupo de oponentes (como um exército), ela fazia como que eles se confundissem com inimigos e lutassem entre si.
Chandrahas
Chandrahas é uma espada dita ser indestrutível, pertencente ao demônio Ravana e dada a ele por Shiva. Ravana era um grande devoto de Shiva, e em uma história narrada no Ramayana, enquanto retornava em sua carruagem para o seu reino, ele encontrou o Monte Kailash, morada de Shiva e sua esposa Parvati. Ravana ficou furioso porque sua carruagem não era capaz de cruzar a montanha, então em um estado de fúria, ele ordenou que a montanha cedesse a ele. A montanha recusou, pois era o local de residência do Senhor Shiva e da Deusa Parvati. Ravana então desceu da carruagem e tentou erguer a montanha e removê-la de seu caminho. Shiva empurrou a montanha de volta ao lugar com o dedo do pé, esmagando os dedos de Ravana no processo. Percebendo seu erro, Ravana cantou pela primeira vez um hino chamado Shiva Tandava Strotram, o qual exalta o poder e a beleza de Shiva. O ato de arrependimento de Ravana agradou tanto a Shiva que ele lhe concedeu esta espada indestrutível como recompensa.
Vajra (ou Vajrayudha)
Vasavi Shakti é outra astra pertencente ao deus Indra, entregue por ele á Karna antes do início da Guerra de Kurukshetra. Esta astra é descrita como um dardo mágico que nunca erra o seu alvo.
Nandaka
Nandaka (também Nandaki) é a espada do deus hindu Vishnu. Geralmente só é retratada na iconografia de Vishnu quando o mesmo é representado com mais de quatro braços. No Vishnu Purana, a espada é comparada ao conhecimento das escrituras hindus, e seu invólucro é a ignorância das mesmas.
Uma história conta que um dia enquanto Brahma meditava, um asura chamado Lohasura tentou perturbá-lo. Da meditação de Brahma surgiu um homem (dito ser uma manifestação de Vishnu) que se transformou em uma espada divina (Nandaka). Os deuses então pediram a Vishnu para empunhar a espada e defender Brahma. Vishnu derrotou o demônio e seus restos mortais se transformaram em metais terrestres.
Pinaka
Pinaka (sânscrito पिनाक) é um astra e o arco divino de Shiva, criado pelo arquiteto divino Vishwakarma, juntamente com o arco de Vishnu, Sharanga. Conta-se que além de ser invencível, infunde no coração dos inimigos de Shiva um grande terror. Diferente de outros arcos da mitologia hindu, Pinaka não pode ser empunhado ou carregado por mortais, talvez devido ao seu enorme peso e tamanho.
Certa vez, Brahma queria saber quem era o melhor arqueiro, Vishnu ou Shiva. Brahma criou uma disputa entre os dois, o que levou a um duelo terrível. O impacto de sua luta foi tal que o equilíbrio de todo o universo foi perturbado. No fim Vishnu acabou vencendo o duelo, deixando Pinaka imóvel apenas pronunciando "hum". Após perder a disputa, Shiva entregou Pinaka a um rei ancestral do rei Janaka, pai de Sita (que se tornaria esposa de Rama). Durante uma cerimônia para encontrar um marido para Sita, na qual os pretendentes tinham que manejar o arco divino, Rama não só o empunhou como acabou quebrando-o ao esticar sua corda.
Sharanga
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Arte de Bach Zim |
Sharanga (também conhecido como Kodanda) é arco divino e uns dos astras de Vishnu. Este arco foi feito pelo arquiteto divino Vishwakarma, juntamente com o arco de Shiva, Pinaka. Dizem que esse arco é capaz de ferir somente os maus.
Após a disputa com Shiva, Vishnu entregou seu arco ao sábio Richika. Com o tempo, o arco foi parar nas mãos de outros personagens como Parashurama, Indra, Krishna, Arjuna e por último Rama. Rama o utilizou contra Ravana durante a guerra de Lanka, e ao partir desse mundo, levou o arco consigo de volta para o reino de Vishnu, Vaikhunta.
Kaladanda
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Arte de cristian huerta |
Kaladanda é a clava pertencente ao deus da morte e governante de Naraka, Yama. Conta-se que essa clava executa quem quer que seja o seu alvo, independente das bençãos ou proteções divinas que ele possa ter.
Em certa ocasião o demônio Ravana desafiou Yama para um combate, e quando estava próximo a ser aniquilado pela Kaladanda, conjurou a Bhramastra e forçou Yama a se retirar.
Pasha
Rudrastra
Rudrastra é uma das mais poderosas e devastadoras astras à disposição de Shiva. Após conjurada, ela libera um raio que reduz a paisagem à cinzas e conta-se que também é capaz de destruir seres divinos. Uma vez lançada, só pode ser interrompida por uma astra presidida por Vishnu.
Karna utilizou esta arma durante a Guerra de Kurukshetra, atingindo Arjuna no peito, que só não morreu porque trajava uma armadura divina (kavach) dada a ele por Krishna (avatar de Vishnu). Apesar de não ter morrido, Arjuna acabou perdendo parte do seu controle sobre o seu arco Gandiva.
Vijaya
Gandiva
Gandiva é uma astra na forma de um arco, criado pelo deus Brahma. Inicialmente de propriedade do deus Shiva, este arco passou pelas mãos de várias divindades até chegar às mãos do deus Varuna, que por fim o entregou ao mítico guerreiro Arjuna.
Usado por Arjuna durante a Guerra de Kurukshetra, conta-se que esse arco o tornava praticamente invencível, considerando que qualquer ser humano comum não seria capaz nem mesmo de erguê-lo. O arco possuía 108 cordas, dando ao seu usuário uma vantagem significativa em combate. As cordas soltavam um trovão sempre que um arco era disparado e emitiam um clarão tão forte que a maioria nem conseguia olhar diretamente para ele.
Anjalikastra
Anjalikastra é outra astra pertencente ao deus Indra, capaz de decapitar seu alvo ao atingí-lo. Apesar de não ter um poder destrutivo tão absurdo quanto outras astras, foi a astra que Arjuna utilizou para matar Karna durante a Guerra de Kurukshetra.
Brahmastra
A arma é considerada causadora de graves danos ambientais. A terra onde a arma for usada torna-se estéril e toda a vida dentro e ao redor dessa área deixa de existir, pois tanto as mulheres quanto os homens se tornam inférteis. Há também uma diminuição drástica nas chuvas e o surgimento de rachaduras na terra, como em uma seca. Isso pode ser devido à grande quantidade de radiação emitida pela arma. Algumas pessoas se referem a esta astra como arma nuclear e acreditam que os antigos possuíam o conhecimento de armas nucleares.
Por todos esses efeitos danosos ao mundo, essa arma era geralmente utilizada como um último recurso em batalha, quando seu usuário não tem mais nenhuma outra alternativa para vencer um combate. Essa astra também nunca foi utilizada por ninguém em sua potência máxima. De acordo com as lendas, apenas Arjuna era perito na utilização da Brahmastra, embora inúmeros outros guerreiros fossem capazes de conjurá-la. Karna tentou conjurá-la para derrotar Arjuna durante o combate dos dois na Guerra de Kurukshetra, mas esqueceu o mantra para invocá-la devido a uma maldição lançada sobre ele por seu mestre Parashurama.
Brahmashirsha astra
A Brahmashirsha astra é uma arma basicamente idêntica à Brahmastra, porém dita ter um potencial destrutivo quatro vezes maior que a mesma. Além disso, conta-se que essa arma pode destruir tanto a criação quanto os deuses. Ao ser atirada, manifestasse na forma das quatro cabeças de Brahma, que convocam uma chuva de fogo e meteoros contra os inimigos. Poucos personagens da mitologia hindu possuíam o conhecimento para conjurar essa astra, dentre os quais destacam-se Arjuna e Ashwattama.
Trishula
Trishula é o tridente do deus Shiva, e talvez a mais reconhecida e famosa das astras hindus, sendo usado como um importante símbolo no hinduísmo e também no budismo. De acordo com o Vishnu Purana, o arquiteto divino Vishwakarma criou o Trishula usando parte da matéria solar, e o deu a Shiva. O tridente é dito ser capaz de cortar qualquer coisa, seja no mundo físico, no espiritual ou mesmo a mente de uma pessoa.
De acordo com as crenças do Xivaísmo (braço da religião hindu que cultua o deus), é a arma mais poderosa de todas, e após atirada contra um alvo, só pode ser detida pelo próprio Shiva. Apesar disso, Atikaya, filho de Ravana, certa vez enfureceu Shiva e o deus atirou o Trishula contra ele. Atikaya foi capaz de apanhar o Trishula com as mãos, e após prestar reverências a Shiva, recebeu do deus os segredos para conjurar armas divinas.
Em uma história famosa, Shiva corta a cabeça de Ganesha usando esta astra, após o deus não permitir que Shiva entrasse em casa sob ordens da deusa Parvati.
Sudarshana Charka
O Sudarshana Chakra é uma astra em forma de disco semelhante a uma shuriken com 108 lâminas serrilhadas, pertencente ao deus Vishnu e também utilizada por seu avatar Krishna. Foi forjada pelo arquiteto dos deuses, Vishwakarma, a partir da poeira do sol e de lascas retiradas do tridente de Shiva, Trishula.
De acordo com as lendas, Sudarshana Chakra é infalível; uma vez lançada, só retorna ao seu dono após ter destruído seu alvo, ou pela vontade do próprio Vishnu. Outro detalhe sobre ela é que nunca fica parada, estando em perpétuo movimento nos dedos do seu dono.
Pashupatastra é a astra mais poderosa de Shiva, e a personificação de sua energia e poder. Quando disparada, uma manifestação feroz de Shiva aparece no céu, dotada de mil cabeças, mil olhos, mil estômagos e mil pés. Essa manifestação envolve todas as direções e despeja diversas armas sobre o inimigo, causando enorme destruição, comparável a explosão de uma bomba de hidrogênio. Quando disparada pelos braços do próprio Shiva, ela tem o potencial de destruir todo o universo em menos da metade do tempo necessário para um piscar de olhos.
O conhecimento de como conjurar essa astra só pode ser obtido diretamente de Shiva, e de acordo com o Mahabharata, o mesmo foi passado para Arjuna, que nunca chegou a usá-lo; primeiro porque não foi necessário, e segundo porque o uso dessa astra não era permitido contra mortais.
Menções honrosas
fontes:
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Arte de Margarita Rudenko |
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Arte de Wezyk |
۞ ADM Sleipnir
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Arte de Gerard Mirabelli |
Febe (grego: Φοιβη, latim Phoebe; "brilhante" ou "profética") é uma titânide da mitologia grega, associada ao intelecto e à profecia. Ela é uma dos doze titãs filhos de Urano e Gaia, e consorte e irmã do titã Céos, com quem teve duas filhas: Astéria (deusa das estrelas, e mãe da deusa Hécate) e Leto (mãe de Apolo e Ártemis). Febe costuma ser erroneamente associada à lua, provavelmente porque sua neta Àrtemis era identificada pelo nome Feba em sua homenagem, assim como seu neto Apolo era chamado de Febo.
Como todas as suas irmãs, Febe não se envolveu no conflito entre os deuses do Olimpo e os Titãs (a Titanomaquia), e, portanto, poupada de ser aprisionada no Tártaro. Em vez disso, ela se tornou uma profetisa no Oráculo de Delfos. Febe foi a terceira divindade a presidir o oráculo de Delfos, após Gaia e Têmis (uma de suas irmãs). De acordo com a tragédia grega Eumênides, de autoria do dramaturgo Ésquilo, mais tarde passou o rito do oráculo para seu neto Apolo como presente de aniversário.
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fontes:
۞ ADM Sleipnir
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Mahuika (ou Mahu-ika) é a deusa o fogo na mitologia maori. Suas histórias, relações e até o sexo mudam conforme a região, mas de acordo com a versão mais comum, ela é irmã mais nova da deusa da morte Hine-nui-te-po e consorte do deus Auahitūroa, com quem teve cinco filhos chamados Konui, Koroa, Mapere, Manawa e Koiti (chamados coletivamente de Ngā Mānawa).O nome de seus filhos são os mesmos dos cinco dedos da mão humana.
Mitos
O mito mais conhecido envolvendo Mahuika envolve Maui, famoso herói da mitologia maori, tido em várias histórias como sendo seu neto. Certa noite, depois de comer uma refeição farta, Maui estava deitado ao lado do fogo, olhando para as chamas. Observando-as tremeluzirem e dançarem, ele pensou consigo mesmo: "De onde vem o fogo?" (nesse tempo os homens não sabiam produzir o fogo, apesar de não ficar claro na lenda como eles o obtinham antes). Sendo muito curioso, Maui decidiu descobrir a resposta. No meio da noite, enquanto todos dormiam, Maui foi de aldeia em aldeia e apagou todas as chamas até que não houvesse uma única chama acesa no mundo. Ele então voltou para sua casa e esperou. Na manhã seguinte, houve um alvoroço na aldeia.
"Como podemos cozinhar nosso café da manhã? não há fogo!" - gritou uma mãe preocupada.
"Como vamos nos manter aquecidos à noite?" - gritou outro.
"Não podemos viver sem fogo!" diziam os aldeões uns aos outros.
Todos estavam muito assustados, e recorreram até Taranga, mãe de Maui e líder da aldeia (rangatira), em busca de uma solução. "Alguém terá que ir ver a grande deusa, Mahuika, e pedir-lhe fogo", disse Taranga aos aldeões, mas nenhum deles estava disposto a ir até a deusa, que vivia em uma montanha escaldante. Então Maui, secretamente feliz por seu plano ter funcionado, se ofereceu para ir em busca de Mahuika.
"Tenha muito cuidado!" - disse Taranga. "Embora você seja um descendente de Mahuika, ela não vai gostar de você se você tentar enganá-la."
"Vou encontrar a grande ancestral Mahuika e trazer o fogo de volta ao mundo", assegurou Maui à mãe. Maui caminhou até a montanha escaldante até o fim da terra seguindo as instruções de sua mãe e encontrou uma enorme montanha brilhando em brasa com o calor. Na base da montanha, Maui viu a entrada de uma caverna. Antes de entrar, Maui sussurrou um karakia (oração/encantamento) especial para si mesmo como proteção contra o que estava além.
Ao entrar na caverna, Mahuika ergueu-se diante dele. Chamas saíam por todos os poros de seu corpo. Seu cabelo também era envolto em chamas, os braços estavam estendidos e no lugar dos olhos, haviam apenas dois buracos negros. Ela cheirou o ar e disse: "Quem é este mortal que se atreve a entrar em minha morada?"
Maui reuniu coragem para falar: "Sou eu, Maui, filho de Taranga."
"Huh!" gritou Mahuika. "Maui, o filho de Taranga?"
"Sim, o último nascido, Māui-tikitiki-a-Taranga."
"Bem, então, Māui-tikitiki-a-Taranga, bem-vindo, bem-vindo à essência da chama, bem-vindo meu neto!"
Mahuika se aproximou de Maui, cheirando profundamente seu perfume. Maui ficou completamente imóvel, embora as chamas da pele de Mahuika fossem insuportavelmente quentes.
"Então ... por que você veio, Māui-tikitiki-a-Taranga?" - Mahuika finalmente perguntou.
Maui disse: "As chamas do mundo foram extintas, vim pedir-lhe fogo." Mahuika ouviu Maui atentamente e então riu. Ela puxou uma unha de um de seus dedos em chamas e deu a ele.
"Leve este fogo como um presente para seu povo. Honre este fogo como você me honra."
Então Maui deixou a morada de Mahuika levando consigo a unha de fogo. Enquanto Maui caminhava ao longo da estrada, ele pensou consigo mesmo: "E se Mahuika não tivesse mais fogo, de onde ela conseguiria seu fogo?". Maui não conseguia conter sua curiosidade. Ele rapidamente jogou a unha em um riacho e voltou para a caverna de Mahuika.
"Eu tropecei e caí", disse Maui. "Posso ter outra unha?"
Mahuika estava de bom humor. Ela não falava com alguém há muito tempo e gostava de Maui. Ela alegremente deu a Maui outra de suas unhas. Mas Maui logo extinguiu essa unha também e voltou para Mahuika com outra desculpa.
"Um peixe respingou em minhas chamas enquanto eu cruzava o rio", disse Maui.
Mahuika forneceu outra de suas unhas, sem suspeitar que estava sendo enganada. Isso continuou durante a maior parte do dia, até que Mahuika usou todas as unhas da mão e já estava usando as dos pés. Quando Maui voltou para pedir outra, Mahuika ficou furiosa. Ela sabia que Maui a estava enganando e jogou uma unha em chamas no chão. Instantaneamente, Maui foi cercado por chamas e expulso da caverna.
Maui se transformou em um falcão e escapou para o céu, mas as chamas queimaram tão alto que chamuscaram a parte inferior de suas asas, tornando-as numa cor vermelho brilhante. Maui mergulhou em direção a um rio, na esperança de evitar as chamas no frescor da água, mas o imenso calor fez a água ferver. A essa altura Maui estava desesperado. Ele pediu ajuda a seu ancestral Tāwhirimātea, e então, uma massa de nuvens se formou e uma torrente de chuva caiu para apagar os muitos incêndios. A montanha de fogo de Mahuika não queimava mais.
Mahuika havia perdido muito de seu poder, mas ainda assim ela não havia desistido. Ela pegou sua última unha e atirou em Maui com raiva. A unha de fogo acabou não atingindo Maui, mas caindo sob cinco árvores - Mahoe, Tōtara, Patete, Pukatea e Kaikōmako. Essas árvores consideraram um grande presente da deusa, e guardaram a chama em si.
Ao voltar para sua aldeia, Maui não trouxe o fogo de volta como os aldeões esperavam. Em vez disso, ele trouxe madeira seca da árvore Kaikōmako e ensinou a eles como esfregar os galhos secos, formando o atrito que acabaria por criar uma chama. Os aldeões ficaram muito felizes por poder cozinhar sua comida mais uma vez e ter o calor de suas fogueiras à noite para confortá-los. Maui satisfez sua curiosidade em descobrir a origem do fogo, embora quase tenha pago com a vida ao fazê-lo. Até hoje, o Kahu, o falcão nativo de Aotearoa, ainda mantém as penas vermelhas chamuscadas na parte inferior de suas asas, um lembrete de como Maui esteve perto da morte.
Uma variação do mito estabelece relação entre os filhos de Mahuika e seus dedos. Cada vez que Maui volta até ela e lhe pede uma nova unha, Mahuika na verdade está cedendo um de seus próprios filhos. Outra variação conta que Maui mata Mahuika e depois coloca fogo nas árvores citadas acima. Desde então a madeira dessas árvores tem sido usada para obter fogo por fricção.
Mahuika também teria desempenhado um papel na formação da Ilha Rangitoto, pedindo a Ruaumoko, deus dos terremotos e erupções, que destruísse um casal que a amaldiçoou.
Em algumas partes da Nova Zelândia e também da Polinésia tropical (como o arquipélago Tuamotu e o arquipélago das Marquesas), Mahuika é vista nos mitos como uma divindade masculina. Em outras partes ainda, conhecem-se outros deuses com nomes e funções semelhantes como Mafui'e, Mafuike, Mahui'e e Mahuike. Na maioria dos mitos Maui enfrenta esses deuses para obter o fogo para a humanidade.
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