15 de maio de 2019

Gueggiahora

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Gueggiahora é uma divindade da tribo dos antigos índios Camacãs, hoje identificados como Pataxós-hã-hã-hães e habitantes da região sul da Bahia. Tido ser invisível e habitar acima das estrelas, Gueggiahora não era adorado pelos camacãs, apesar de ser considerado por eles uma divindade suprema.

fonte:
  • Encyclopedia of Ancient Deities, de Charles Russell Coulter e Patricia Turner.

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13 de maio de 2019

Pamola

۞ ADM Sleipnir

Pamola (também conhecido como Pomola, Bemola, Bmola, Bemohla, Bmohla, Bahmolai, Pomolo, Bumole, Pamolai, Pamole, P'mula, P-mol-a) é um espírito pássaro pertencente à mitologia dos povos Abenaki e Penobscot. Especificamente, de acordo com a tribo Penobscot, Pamola habitava o Monte Katahdin, a montanha mais alta do estado norte-americano do Maine, e era tido como o deus protetor da montanha, sendo associado à noite, ao vento, à neve e às tempestades.

Ele é geralmente descrito como um ser com o corpo de um homem, a cabeça de um alce e asas e garras de uma águia. Algumas descrições o apresentam apenas como um pássaro com a cabeça de alce, e há uma lenda que afirma que ele era grande o suficiente para carregar um alce, em vez de apenas se parecer com um. Pamola era tanto temido quanto respeitado pelos Abenakis e Penobscots, e sua presença era uma das principais razões pelas quais escalar o Monte Katahdin era considerado tabu. Ele era conhecido por devorar aqueles que ousavam subir a montanha, e há relatos de mulheres que foram levadas por ele e violadas.

Lendas

As histórias em torno de Pamola descrevem-no como um espírito poderoso e vingativo. Os Penobscots faziam sacrifícios para apaziguá-lo, temendo que ele os amaldiçoasse ou causasse algum mal. Embora caçassem e pescassem nas florestas e lagos ao redor do Monte Katahdin, jamais tentavam alcançar seu topo, pois acreditavam que quem subisse jamais retornaria, sendo morto ou devorado por Pamola.

Em uma das tradições, um Penobscot tentou escapar da morte certa após uma tempestade de neve inesperada, clamando por Pamola em desespero. O espírito, atraído pelos sacrifícios de óleo e gordura queimados no acampamento do caçador, desceu da montanha e poupou sua vida. Pamola, ao ser chamado de "parceiro" pelo caçador, o aceitou e o levou para o interior da montanha, onde lhe ofereceu conforto e até mesmo sua filha como esposa, alertando-o para nunca se casar novamente com outra mulher, sob pena de ser condenado a viver para sempre no Monte Katahdin.

No entanto, a lenda não termina aí. Outro episódio relata que Pamola raptou uma jovem que duvidava de sua existência, levando-a para dentro da montanha e tornando-a sua companheira. Ela deu à luz um filho com poderes sobrenaturais, capaz de matar com o simples apontar de seu dedo. Esse poder causou grande temor entre os membros da tribo, e a mulher foi aconselhada a manter o filho afastado da sociedade. Pamola, mais uma vez, advertiu que ela não deveria se casar novamente, ou ambos seriam levados de volta para a montanha para sempre. Eventualmente, ao ceder à pressão da tribo e se casar novamente, ela e seu filho desapareceram para nunca mais serem vistos.

Arte de Shane-D-Solomon
fontes:


Postagem revisada e atualizada em 21/10/2024
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10 de maio de 2019

Tulpar


۞ ADM Sleipnir

Tulpar (russo: Тулпар​) é um mítico cavalo alado pertencente à mitologia turca, comparável ao Pégaso da mitologia grega. Normalmente atuando como a montaria de um herói cultural, o Tulpar o serve como um assistente indispensável e incorruptível, ajudando-o na luta contra monstros e protegendo-o dos mais variados perigos.
Um Tulpar é reconhecido por sua grande velocidade, mas também possui o poder de lançar ventos e relâmpagos, e ainda consegue compreender os pensamentos e ações de outros seres (humanos, animais, deuses, demônios, etc), podendo ele mesmo se comunicar usando uma voz humana.

A aparência de um Tulpar não é num primeiro momento algo bonito de se ver. À primeira vista, ele é um cavalo feio, magro e sarnento. Uma vez que ele tenha suas qualidades especiais reconhecidas por um valoroso herói, ele assume a aparência de um belo corcel. Dizem que suas asas não devem ser vistas por ninguém, nem mesmo pelo seu cavaleiro. Caso isso ocorra, o mesmo morrerá, ou segundo algumas histórias, ele perderá seu poder ou abandonará seu dono. Por isso, o Tulpar evitar mostrá-las, geralmente fazendo-o somente no escuro.

Arte de TelorLareda

A lenda do Tulpar provavelmente surgiu com os primeiros habitantes da Ásia Central, que caçavam montados a cavalo e usando aves de rapina. Os dois animais acabaram sendo fundidos pela imaginação popular tornando-se uma só criatura.

O Tulpar aparece nos emblemas de estado do CasaquistãoMongólia Bascortostão.


Emblema do estado da Mongólia


fontes:
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2 de maio de 2019

Barba Azul

۞ ADM Sleipnir

Arte de Waldemar von Kozak

Barba Azul é o personagem principal de um famoso conto infantil sobre um nobre violento e sua esposa curiosa. Com o título de "La Barbe-Bleue", foi escrito por Charles Perrault e publicado pela primeira vez no livro que ficou conhecido como Les Contes de ma Mère l'Oye ("Contos da Mamãe Gansa"), de 1697.

Barba Azul era um rico aristocrata, assustador por ser muito feio, com uma horrível barba azul. Ele já se tinha casado seis vezes, mas ninguém sabia o que tinha acontecido com as esposas, que desapareceram. Quando o Barba Azul visitou um de seus vizinhos e pediu para casar com uma de suas filhas, a família ficou apavorada. O Barba Azul acabou por convencer a filha caçula. Os dois casaram-se e foram viver no castelo do nobre.

Arte de CoalRye

Pouco tempo depois, o Barba Azul avisou que iria viajar por uns tempos; ele entregou todas as chaves da casa para sua esposa, incluindo a de um pequeno quarto que ele a havia proibido de entrar. Logo que ele se ausentou, a mulher começou a sofrer de grande curiosidade sobre o quarto proibido. Após alguns dias pensando no que havia lá, a mulher resolveu bisbilhotar o que havia no quarto, ela descobriu o macabro segredo do marido: o chão do quarto estava todo manchado de sangue, e os corpos das ex-esposas do Barba Azul estavam pendurados na parede. Apavorada, ela trancou o quarto, mas não viu que o sangue havia sujado a chave.

Arte de Ken McCuen
Quando o Barba Azul retornou, ele percebeu imediatamente o que sua esposa tinha feito. Cego de raiva, ele ameaçou-a, mas ela conseguiu escapar e trancar-se junto da irmã, na torre mais alta da casa. Quando o Barba Azul, armado com uma espada, tentava derrubar a porta, chegaram dois irmãos das mulheres. Os irmãos mataram o nobre enlouquecido e salvaram suas parentes.

A mulher do Barba Azul ficou com a fortuna do marido morto: com parte do dinheiro, ela ajudou sua irmã a casar com seu amado; outra parte ela deu aos seus irmãos. Ela guardou o dinheiro restante, até se casar com um cavalheiro que lhe fez esquecer do suplício que passara.

Embora conhecido como um conto popular, o personagem Barba Azul parece derivar de lendas relacionadas com indivíduos históricos da Britânia. A origem mais conhecida e frequentemente citada é do nobre bretão do século XV e notório assassino, Gilles de Rais. Entretanto, Gilles de Rais não matou sua esposa, nem foram encontrados quaisquer corpos em sua propriedade, porém os crimes pelos quais foi condenado envolviam abuso e assassinato brutal de crianças.

Gilles de Rais
Outra possível fonte provém da obra de São Gildas, "Conomor, O Amaldiçoado", onde descreve um nobre casado com uma mulher aristocrata, Triphine. Ela foi avisada pelos fantasmas das ex-esposas do nobre, assassinadas quando estavam grávidas. Quando também engravidou, foi morta pelo marido mas São Gildas milagrosamente a ressuscitou. E quando ela foi trazida de volta para Conomor, as paredes do castelo ruíram. Conomor é uma figura histórica, camponeses locais acreditavam que ele era um lobisomem. Em vários outros lugares há igrejas dedicadas a Santa Triphine e o filho dela, São Tremeur.

Uma terceira possível origem do personagem Barba Azul pode ser traçada a partir de Henrique VIII da Inglaterra, famoso por matar duas de suas seis esposas.

fonte:
  • Wikipédia
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Ruby