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30 de julho de 2021

Chinawezi

۞ ADM Sleipnir

Arte de Andantonius

Chinawezi (também Chinaweji ou Tianza Ngombeé uma divindade criadora pertencente à mitologia dos Lubas, povo indígena da República Democrática do Congo. Descrita como uma serpente cósmica, Chinawezi era a mãe de todas as coisas. Segundo o mito, no início de tudo ela criou e dividiu o mundo com o seu marido e consorte, Nkuba (o relâmpago, também chamado Nzashi). Nkuba escolheu o céu como o seu domínio, e de lá produzia a chuva usando sua urina. Chinawezi por sua governava a Terra e as águas, e sempre que ouvia o som dos trovões, fazia com que os rios se enchessem. 

Chinaweshi deu à luz um filho, Konde, e uma filha, Naweshi. A relação incestuosa entre esses dois gerou três filhos, dos quais descendem todos os Lubas.

fontes:

  • African Mythology A to Z, 2º Edição, de Patricia Ann Lynch
  • Astrology, Science and Culture: Pulling down the Moon de Roy Willis e Patrick Curry
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28 de julho de 2021

Urmahlullu

 ۞ ADM Sleipnir


Urmahlullu ("homem leão indomado") é uma antiga criatura mítica da Mesopotâmia, descrita como um leão-centauro, às vezes segurando um porrete e usando um chapéu divino característico de divindades sumério-mesopotâmicas. 

Assim como o Lamassu, o Urmahlullu era considerado um espírito guardião, tendo sua imagem utilizada como um amuleto de proteção contra demônios, em particular contra Mukīl rēš lemutti, um demônio leonino alado considerado um prenúncio de infortúnios e associado a dores de cabeça e fortes oscilações de humor; e contra Šulak, uma espécie de demônio babilônico dito atacar pessoas enquanto usam lavatórios. Estátuas de Urmahlullu às vezes eram instaladas do lado de fora dos lavatórios públicos, como os do Palácio Norte de Nínive, ou enterradas em ambos os lados da porta de lavatórios em casas de famílias ricas o suficiente para terem lavatórios em suas instalações.

Arte de Kayla Stith

fontes:
  • Encyclopedia of Beasts and Monsters in Myth, Legend and Folklore, de Theresa Bane
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Urmahlullu

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26 de julho de 2021

Alyosha Popovich

۞ ADM Sleipnir

Arte de Feig

Alyosha Popovich (russo: Алёша Попович, literalmente "Alexei, filho do padre", também conhecido como Alesha Popovich), é um herói popular do principado de Kiev. Dito ser filho de Leôncio, bispo de Rostov, ele é o mais novo dos três principais bogatyri (cavaleiros errantes) do folclore russo; os outros dois são Dobrynya Nikitich e Ilya Muromets. Todos os três são representados juntos na famosa pintura de Viktor Vasnetsov, "Bogatyrs"

Viktor Vasnetsov, "Bogatyrs"

Alyosha é o mais novo dentre os três, porém enquanto os outros bogatyri são conhecidos por sua força física e sua destreza ao combater os inimigos da Rússia, ele é conhecido por sua agilidade, inteligência, engenhosidade, desenvoltura e por sua atração por mulheres e por cortejá-las. Alyosha no entanto se destaca mesmo por sua capacidade de usar truques e enganar os outros, seja inimigos ou aliados (como veremos a seguir).

Passando a perna em Dobrynya Nikitich

Certa vez, Alyosha recomendou Dobrynya Nikitich ao príncipe Vladimir, como sendo o homem adequado para ir em auxílio do rei da Lituânia, que se encontrava sitiado pelos seus inimigos. Alyosha no entanto, tinha o desejo oculto de se livrar de Dobrynya e se casar com sua esposa Nastasya Nikulichna. Dobrynya ficou anos longe, e por várias vezes Alyosha espalhou que ele havia morrido e também constantemente pedia que Nastasya se casasse com ele. 

Arte de Stepan Gilev

Ela porém sempre recusava o pedido, dizendo que preferia esperar mais três anos a aceitar se casar novamente. Depois de muito esperar, Nastasya acaba finalmente aceitando se casar com Alyosha, e os preparativos para o casamento foram feitos. A notícia da cerimônia iminente chegou à Dobrynya Nikitich, que retornou a Kiev disfarçado e até cantou canções de celebração ao casal durante a mesma. No momento que o casamente estava pra ser sacramentado, Dobrynya revelou sua identidade, reunindo-se com sua esposa novamente e dando uma bela surra em Alyosha.

Em outra ocasião, quando a princesa Zabava foi sequestrada pelo dragão Zmey Gorynych, Alyosha contou a Vladimir que o dragão era amigo de Dobrynya, e isso fez com que o príncipe Vladimir designasse o bogatyr a ir resgatá-la, sob a pena de ser decapitado.

Alyosha e Tugarin


A história mais famosa envolvendo Alyosha Popovich envolve seu duelo contra Tugarin Zmeyevich, um monstro descrito ora como um gigante, ora um dragão antropomórfico ou dragão completo, e que personifica o mal e a crueldade. Nesta história, Alyosha Popovich e seu escudeiro Yekim foram até Kiev para se encontrar com o príncipe Vladimir. Quando eles chegaram, Vladimir estava promovendo um banquete e ofereceu à Alyosha um assento próximo a ele na cabeceira da mesa. Alyosha recusou a oferta, escolhendo sentar-se em um ponto ao lado do fogão, o qual era geralmente ocupado por servos. Pouco depois após refeição começar, a porta do salão foi aberta e uma criatura gigante e bruta entrou. Era Tugarin Zmeyevich, que sem prestar nenhum respeito a Vladimir, sentou-se entre o príncipe e sua esposa.


Assistindo a cena, Alyosha se perguntava o que havia entre o príncipe e sua esposa para permitir que uma criatura como aquela se sentasse entre eles ( algumas versões dessa história sugerem que isso ocorreu porque Tugarin e a esposa de Vladimir estavam tendo um caso). Tugarin cravou a lâmina de sua faca em um cisne assado que estava colocado diante dele e o comeu inteiro, cuspindo os ossos enquanto engolia a carne. Alyosha então provocou Tugarin, dizendo que seu pai uma vez teve um cachorro vira-lata que morreu sufocado com um osso de cisne e que esperava que Tugarin fizesse o mesmo. Tugarin ignorou Alyosha e devorou ​​uma enorme torta com uma única mordida. Alyosha resolveu provocá-lo mais uma vez, dizendo que seu pai tinha uma velha vaca que tinha remexido na terra em busca de comida e morreu sufocada. Disse ainda que esperava que as más maneiras de Tugarin o levassem ao mesmo destino.

Desta vez Tugarin mordeu a isca e perguntou ao príncipe Vladimir quem era o camponês ignorante que o insultava. Quando ele soube que era ninguém menos que Alyosha - pois até mesmo Tugarin já havia ouvido falar dele - ele atirou sua longa faca nele. Porém, o ágil escudeiro Ekim pegou a faca pelo cabo. Tugarin então empurrou a mesa e desafiou Alyosha a encontrá-lo na estepe próxima do rio Safat.

Alyosha aceitou o desafio e imediatamente partiu a pé. Enquanto se dirigia ao local do duelo, ele encontrou um peregrino que carregava um pesado cajado. Alyosha trocou de roupas com o peregrino, e também pediu emprestado o cajado. Logo depois, ele avistou Tugarin montado em um cavalo e voando acima dele (em uma versão as asas não são originais dele, mas feitas de papel, em outras versões, são de fato asas de dragão, porém bem finas).


Alyosha orou por uma forte chuva, e sua oração foi atendida quase que imediatamente. Assim que a chuva caiu, as asas de papel de Tugarin se desintegraram e ele caiu no chão (na versão em que são asas de verdade, Tugarin não consegue manter o voo por causa do peso das asas que ficaram molhadas). Tugarin percebeu quem era o peregrino e galopou em sua direção, com a intenção de esmagá-lo sob os cascos de seu cavalo. Ayosha esquivou-se agilmente do cavalo apressado e se escondeu sob sua juba esvoaçante. Enquanto Tugarin procurava por Alyosha, o bogatyr o atacou com o cajado, golpeando sua cabeça e derrubando no chão. Usando a faca que Tugarin tinha atirado contra ele, Alyosha o decapitou. Em seguida, empalou a cabeça com a ponta do cajado e retornou a Kiev montado em seu cavalo. Curiosamente, quando a esposa de Vladimir fica sabendo da morte de Tugarin, ela fica triste e repreende Alyosha Popovich pela morte de seu "querido amigo" (reforçando a teoria que de fato os dois eram amantes).


Alyosha como um personagem real

Alyosha Popovich pode ter sido baseado em um personagem real de Rostov chamado Alexandre Popovich, que  de acordo com a Crônica de Nikon, serviu ao príncipe Usevolodo, o Grande Ninho e morreu em 1223 na Batalha do Rio Kalka contra os tártaros. Há porém quem afirme que tal personagem não existiu.

Arte de Stepan Gilev

fontes:
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Alyosha_Popovich
  • https://brickthology.com/2012/11/18/alyosha-popovich
  • Encyclopedia of Russian & Slavic Myth and Legend, de Mike Dixon-Kennedy
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23 de julho de 2021

Oboroguruma

۞ ADM Sleipnir


Oboroguruma (japonês: 朧車 ou ぼろぐるま, literalmente "carro sombrio") é um yokai do tipo tsukumogami (付喪神,  "espírito artefato") presente no folclore japonês, descrito como um carro de bois meio transparente e com um enorme rosto grotesco e demoníaco em sua dianteira. De acordo com algumas lendas, quando o Oboroguruma aparece, ele sai atropelando tudo e todos que estiverem em seu caminho. Já de acordo com uma lenda em Kyoto, em noites de neblina, as pessoas podem ocasionalmente ouvir o guincho de um carro de bois na rua, e ao sair para verificar a origem do som, acabam se deparando com o carro yokai estacionado ao lado de fora de suas casas.


Imagens desse yokai figuram em pergaminhos de imagens japoneses há centenas de anos, porém ao que parece sem nenhuma lenda associada a ele. O primeiro registro de história associada ao Oboroguruma ocorreu no séc XVIII através de Toriyama Sekien no segundo volume de seu livro Konjaku Hyakki Shūi (今昔百鬼拾遺, "Apêndice aos Cem Demônios do Presente e do Passado"). Pelos seus escritos, os nobres (e seus motoristas) de Kyoto entravam constantemente em conflito para estacionar seus carrinhos, e o sentimento de ódio daqueles que não conseguiam sua vaga contaminavam o próprio carro de boi, que acabava se tornando um yokai.

Cultura Popular
  • Monstros baseados no Oboroguruma aparecem nas franquias de Super Sentai Ninja Sentai KakurangerSamurai Sentai ShinkengerShuriken Sentai Ninninger, e em suas respectivas adaptações para a franquia Power Rangers;
  • No mangá e anime Nurarihyon no Mago, um Oboroguruma é um dos moradores da Casa Nura e é usado como meio de transporte para a família Nura e seus aliados;
  • No cardgame Yu-Gi-Oh!, duas cartas ("Oboro-Guruma, o Mayakashi com Rodas" e "Shafu, o Mayakashi com Rodas") foram baseadas no yokai;
  • Em Yo-kai Watch, Mayoiguruma/No-Go Kart foi baseado no yokai;
  • Oboroguruma é ainda um inimigo no jogo Nioh 2, para Playstation 4.

fontes:


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21 de julho de 2021

Proteu

۞ ADM Sleipnir

Proteu (grego Πρωτευς) é um antigo deus profético dos mares pertencente à mitologia grega. Seus pais eram o deus Poseidon e a princesa Fenícia, irmã de EuropaOs autores clássicos atribuem duas esposas a ele: a nereida Psamathe e Torone, esta última que também era sua irmã (também filha de Poseidon e Fenícia). Com Psamathe, Proteu foi pai de Teoclímeno e Eidotéia, e com Torone, foi o pai de Tmolos (ou Polígono) e Telégono. Proteu é ainda descrito como pai de Cabeiro, ninfa marinha que se relaciona com Hefesto e dele gera os Cabiros, irmãos gêmeos que serviam ao deus em sua forja. 

Proteu estava especificamente associado à ilha de Lemnos, a vizinha península trácia de Palene e à ilha egípcia de Faros. Ele pode ter sido o equivalente grego do deus marinho fenício Melkart. A ilha de Faros, que é seu lar na Odisséia, possuía uma colônia comercial fenícia em tempos históricos.

Mitos

Recebendo o dom da profecia

Uma lenda conta que Proteu era originalmente de origem egípcio (e chamado de Cetes), mas ao viajar para a região da Trácia, conheceu Torone e se casou com ela. Porém, seus filhos com ela (Tmolos e Telégono) eram seres cruéis e que atacavam estranhos covardemente e os matavam. Incapaz de mudar o comportamento de seus filhos, Proteu clamou à Poseidon para que o levasse de volta para o Egito. Consequentemente, Poseidon abriu um abismo na terra em Palene, e através de uma passagem que ia da terra sob o mar, ele conduziu Proteu de volta ao Egito. Lá, Proteu passou a atuar como uma espécie de guardião dos rebanhos de Poseidon, cuidando dos peixes, focas e demais seres que pertenciam ao deus dos oceanos e mares. 

 Proteu, de N.C. Wyeth (1929)

Pelo bom trabalho que desempenhava, Proteu foi abençoado com o dom da profecia, dando-lhe conhecimento sobre o futuro. Quanto aos seus filhos, acabariam esbarrando com Héracles e sendo mortos por ele.

O encontro com Menelau

Uma vez possuidor do dom da profecia, Proteu passou a ser procurado por muitas pessoas que desejavam obter conhecimento sobre o próprio futuro, mas o deus não gostava de fazer essas revelações. Sempre que alguém tentava se aproximar dele, Proteu se metamorfoseava assumindo formas monstruosas para afugentar os que o procuravam. Eidotéia, uma de suas filhas, era uma das poucas pessoas que conheciam a tática do pai.

Certo dia, Menelau, o rei de Esparta, tentava regressar para sua casa após a Guerra de Troia, quando ventos contrários (obra dos deuses) acabaram levando seu navio até a ilha de Faros, nas costas do Egito, mantendo ele preso em uma calmaria por cerca de vinte dias. Suas provisões estavam acabando e seus homens já estavam desanimados. Num momento quando Menelau havia deixado a embarcação para dar uma volta na ilha e talvez pescar algum alimento, ele foi abordado por Eidotéia, que compadecida da situação dele e de seus homens, revelou que havia na ilha alguém que poderia lhe dizer o que fazer para sair dessa situação.

Menelau precisaria emboscar Proteu durante o seu sono e prendê-lo para que não pudesse escapar e assim conseguir fazer-lhe as perguntas que precisava fazer. Seguindo as instruções de Eidotéia, Menelau e três de seus homens se esconderam na gruta onde Proteu costumava descansar com seu rebanho após as refeições. Assim que o deus chegou, buscou um local cômodo para se deitar e dormir, e assim que fechou seus olhos, Menelau e seus homens pularam sobre ele e o prenderam, segurando seus braços com toda a força que podiam. Enquanto isso Proteu se metamorfoseava em animais, em uma árvore e até em um dragão, mas Menelau e seus homens o apertavam com ainda mais força. Esgotado, Proteu voltou à sua forma normal e concordou em dar a Menelau as respostas que ele precisava para poder retornar a sua terra natal.


Auxiliando Aristeu

Aristeu era uma divindade rústica, filho do deus Apolo com a ninfa Cirene, e associado a apicultura, dentre outras produções. Ao tentar seduzir Eurídice, esposa de Orfeu, acabou sendo responsável indiretamente por sua morte, pois ao fugir dele, acabou sendo picada por uma serpente venenosa.

Após ouvirem o triste canto de Orfeu, as ninfas resolveram se vingar por ele, matando todas as abelhas cultivadas por Aristeu. Sem associar o fato ao que havia ocorrido com Eurídice, Aristeu buscou a ajuda de sua mãe, que era uma ninfa dos rios, e ela lhe contou sobre a existência de Proteu, que tinha o dom da profecia e que poderia lhe revelar o porquê da morte de suas abelhas e como remediar o problema. Cirene também conhecia o truque de Proteu para evadir de seus visitantes, revelando-o a Aristeu e também instruindo-o a prendê-lo para que não fugisse. Da mesma forma como ocorreu com Menelau, Aristeu abordou Proteu enquanto este dormia em sua caverna, e como estava sozinho, o amarrou com correntes. Ao acordar, Proteu se viu preso e logo começou a transmutar-se, sem causar nenhum medo ou espanto em Aristeu. 

Aristeu prendendo Proteu, Sébastien Slodtz (1655–1726)

Vendo seus esforços serem em vão, Proteu retoma sua forma original e se coloca a disposição de Aristeu, que lhe pergunta o que provocou a morte de suas abelhas e o que ele poderia fazer para que isso não voltasse a acontecer. Proteu então revela-lhe que o ocorrido era resultado do seu ato imprudente contra Eurídice e que acabou guiando-a a morte. Revelou-lhe também que a morte das abelhas foram obra das ninfas, e que elas precisavam ter sua ira apaziguada. Aristeu deveria realizar um sacrifício de bois e vacas para as ninfas, e também prestar homenagens fúnebres para Eurídice. Segundo Proteu, nove dias após o sacrifício, ele obteria uma resposta se ele deu certo ou não. Aristeu retornou para seu lar e seguiu as instruções de Proteu. Sacrificou os animais, prestou honras a Orfeu e Eurídice e, ao voltar ao local dos sacrifícios após nove dias, observou uma maravilha: um enxame de abelhas havia tomado posse das carcaças e trabalhava como numa colmeia.

Aristeu

fontes:

  • theoi.com;
  • http://eventosmitologiagrega.blogspot.com;
  • Greek Mythology A to Z, 3º Edição, de Kathleen N. Daly;
  • https://pt.wikipedia.org

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19 de julho de 2021

Cindaku

۞ ADM Sleipnir

Arte de DilaNeko

Os Cindaku (ou Tjindaku) são, de acordo com lendas da comunidade de Kerinci (localizada na ilha de Sumatra, na Indonésia) homens capazes de se transformarem em criaturas híbridas entre homem e tigre. Diferente dos lobisomens, que de acordo com o folclore se transformam apenas em noites de lua cheia, os Cindaku podem se transformar sempre que quiserem, porém estão presos a sua terra natal, perdendo o dom de se transformar assim que a deixam. Para se transformarem, eles precisam se deitar no solo de sua terra natal, encostando o peito no chão.

Arte de Piqri Arqam

Segundo alguns relatos, a capacidade de se transformar em um Cindaku é uma espécie de "ciência da mente", herdada dos ancestrais da sociedade kerinci e passada de pessoa para pessoa dentro de determinadas famílias. Somente um sangue puro, aliado à um grande talento espiritual, garantem que o usuário seja capaz de desenvolver esse poder. 

De acordo com uma história, no entanto, o poder de se tornar homem tigre teria surgido através de um pacto feito entre ancestrais do povo Kerinci com tigres da região, visando manter um limite entre a sociedade dos homens e a dos tigres. Graças a esse pacto, tigres não atacariam mais os humanos, que poderiam viver em paz na região desde que também não atacassem os tigres. Aqueles que obtiveram o poder de se tornar meio humanos, meio tigres, tornaram-se responsáveis por moderar esse pacto. Eventuais casos de tigres atacando e devorando humanos são, por alguns, interpretados como consequências da violação desse antigo pacto.


fontes:
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16 de julho de 2021

Muma Pădurii

۞ ADM Sleipnir

Arte de Raluca Iosifescu

Muma Pădurii (literalmente "Mãe da Floresta" em romeno,  também conhecida como Pădureanca ou Muma Huciului) é uma espécie de bruxa ou criatura das florestas presente no folclore romeno, dita habitar em uma cabana escura e tenebrosa oculta no coração de florestas virgens. Sua aparência é geralmente descrita como a de uma mulher muito velha e feia, porém ela possui a capacidade de mudar de forma, assumindo imagens mais agradáveis conforme a ocasião.

Muma Pădurii é capaz de produzir poderosas poções capazes de ajudar animais feridos e também restaurar uma floresta inteira que esteja morrendo. Além disso, ela mantém invasores indesejados afastados, assustando-os, deixando-os loucos ou até mesmo matando-os.

Segundo algumas histórias, ela seria uma entidade neutra que apenas age contra aqueles que ameaçam as florestas de alguma forma. Porém, outras afirmam que ela gosta de sequestrar e escravizar crianças. Uma tradição popular diz que Muma Pădurii pode roubar crianças de seus berços ou fazê-las adoecer. Para protegê-las, as mães costumam colocar uma vassoura e uma tesoura ao lado do berço do bebê, os quais atuam como um amuleto que mantêm a Muma Pădurii afastada.Em uma história popular e idêntica à do conto de fadas João e Maia, Muma Pădurii tenta ferver uma menina viva em uma sopa. No entanto, o irmão da menina é mais esperto que Muma Pădurii e empurra a mulher-monstro no forno.

Em muitos aspectos, Muma Pădurii se assemelha à Baba Yaga do folclore russo/eslavo, podendo se tratar apenas uma variação romena da mesma.

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14 de julho de 2021

Skidbladnir

۞ ADM Sleipnir

Arte de Mateusz Komada

Skidbladnir (ou Skithblathnirnórdico antigo Skíðblaðnir,  "montado a partir de pedaços finos de madeira") é na mitologia nórdica um navio mágico pertencente ao deus FreyDescrito como o melhor dos navios, Skidbladnir foi um dos três itens mágicos criados pelos anões filhos de Ivaldi (os outros foram a lança Gungnir e os cabelos dourados de Sif) em sua disputa contra os anões irmãos Brokk e Eitri (ou Sindri), disputa essa orquestrada pelo deus da trapaça Loki

Skidbladnir era um navio capaz de ficar grande o suficiente para abrigar todos os deuses, seus cavalos e equipamentos, mas também pequeno o suficiente para ser dobrado e guardado em uma bolsa quando não estiver em uso. Outra característica que o tornava excepcional era a capacidade de locomover não só pelo mar, mas também pela terra e pelo céu. Uma vez que suas velas eram içadas, Skidbladnir sempre encontrava ventos favoráveis, permitindo que ele pudesse navegar até onde fosse preciso.

Arte de Nathan Deregnaucourt

O navio é atestado na Edda Poética, compilada no século XIII a partir de fontes tradicionais anteriores, e na Edda em Prosa e no Heimskringla, ambos escritos no século XIII por Snorri Sturluson. No capítulo 43 do Gylfaginning, primeira parte da Edda em Prosa, a figura entronizada de Hár informa a Gangleri (que era na verdade o rei Gylfi disfarçado) que embora Skidbladnir seja o melhor e o mais engenhoso navio dentre todos, o maior navio (em tamanho) é Nagflar, o navio construído com as unhas dos mortos.

Já no capítulo 7 do Heimskringla, um Odin evemerizado é dito ter possuído várias habilidades mágicas, incluindo que "ele também era capaz com meras palavras de extinguir incêndios, acalmar o mar e virar os ventos da maneira que quisesse. Ele também tinha um navio chamado Skíthblathnir com o qual navegou sobre grandes mares, e que podia ser dobrado como um pano.

Skidbladnir na HQ Loki Vol 2

fontes:

  • Wikipédia
  • Norse Mythology A to Z, 3ª edição, de Kathleen N. Daly

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13 de julho de 2021

Laevateinn

۞ ADM Sleipnir

Arte do card "Relíquia Nórdica Laevateinn" em Yu-Gi-Oh!

Laevateinn (nórdico antigo Lævateinn, "galho danoso") é na mitologia nórdica uma arma brevemente mencionada no poema Fjölsvinnsmál (nórdico antigo, "A balada de Fjölsvinn"), o segundo de dois poemas nórdicos antigos comumente publicados sob o título Svipdagsmál (nórdico antigo, "A balada de Svipdagr") e às vezes incluído em edições modernas da Edda Poética. Criada pelo deus da trapaça Loki, essa arma é descrita como sendo a única capaz de matar Vidofnir (Viðofnir), o galo que habita no topo da árvore Mimameid (Mímameiðr). Vidofinir e Mimameid também são atestados somente nesse poema, e geralmente são considerados outros nomes para a águia Hraesvelgr e a árvore do mundo Yggdrasil

Laevateinn tem sido referida de várias formas por diferentes autores e tradutores; normalmente é referida como sendo uma espada (geralmente flamejante), uma adaga, um dardo ou arma para atirá-lo, uma varinha ou um cetro mágico. Ela foi criada com um galho retirado por Loki da entrada do mundo dos mortos, e encantado com runas mágicas. Ela é ainda guardada por Sinmara, uma giganta, geralmente considerada uma consorte do gigante de fogo Surtur, senhor de Muspelheim.

Nos escritos originais, Laevateinn era chamada de Haevateinn, sendo essa pequena alteração na grafia de H para L obra do linguista norueguês Sophus Bugge (1833-1907).

Cultura Popular

Sob a forma de uma espada flamejante, Laevateinn apareceu no quinto capítulo da série Loki, da Marvel/Disney, sendo entregue ao Loki protagonista por sua variante Loki criança. Antes já havia aparecido em diversas ocasiões nos quadrinhos. A arma também aparece em outras mídias, como no card game Yu-Gi-Oh!, nos mangás/animes Kuroshitsuji e Black Clover, na série de games Touhou Project e como o nome de um personagem do mobile game Phantom of the Kill.



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12 de julho de 2021

Homens dos Pés de Louça

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de Lorar Laurenti

Os Homens dos Pés de Louça são fantasmas ou assombrações do folclore do Rio de Janeiro, ditos aparecerem no município de Mangaratiba, na Ilha/Restinga de Marambaia e na Ilha Grande. São descritos como sendo idênticos a homens comuns, com exceção de seus pés, ditos serem feitos de louça e emitirem um brilho forte. Alguns dizem que eles são as almas penadas de pescadores, enquanto outros afirmam que são os espíritos de náufragos condenados. 

De acordo com o folclore, ao se deparar com os Homens dos Pés de Louça, a pessoa deve-se virar de forma que evite contato visual com seus pés, cujo brilho pode provocar a loucura. Também deve-se evitar ouvir o seu chamado, tapando os ouvidos e se afastando o mais rápido possível do local enquanto evoca Deus por meio de uma oração.

Arte de Márcio Luiz Quedinho

fonte:
  • Dicionário do Folclore Brasileiro, de Câmara Cascudo.

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9 de julho de 2021

Pishacha

۞ ADM Sleipnir


Pishachas (sânscrito: पिशाच, Piśāca) são uma raça de demônios originários da mitologia hindu, ditos habitarem lugares escuros e assombrarem cemitérios e casas funerárias (assim como outras criaturas, como Vetalas e Bhutas), além de terem um profundo desejo de se alimentar com carne humana. Segundo algumas lendas, eles foram criados pelo próprio deus Brahma; já outras os descrevem como sendo descendentes do sábio Kashyapa e Krodhavasa, uma das filhas do deus criador Daksha. Segundo algumas crenças, eles são na verdade espíritos de pessoas que cometeram fraude, adultério, estupro ou outros atos criminosos, e que por conta disso não puderam passar para o outro plano.

Pishachas são geralmente descritos como tendo olhos vermelhos e esbugalhados, além de uma pele preta com veias salientes, bem visíveis por todo o corpo. Eles são seres metamorfos, sendo não só capazes de mudar de forma como também de se tornarem invisíveis. Eles também conseguem entrar no corpo de humanos vivos e usá-los para se alimentar de outras pessoas, seja sugando sua energia vital, seu sangue ou sua carne. Uma pessoa possuída por um Pishacha acaba sendo acometida por uma série de doenças físicas e mentais, e caso não seja liberta dessa possessão, fatalmente acabará morrendo.

Arte de Felipe Gaona

Acredita-se que mantras podem ser usados para curar os efeitos causados por algum Pishacha a uma pessoa, assim como exorcizar aqueles que foram possuídos por um deles e afugentá-los. Em certos festivais religiosos, pessoas costumam fazer oferendas aos Pishachas para convencê-los a não atacarem suas famílias.

Apesar de não comumente, os Pishachas estão presentes no folclore tailandês e também na China, sendo conhecidos em tailandês como Pisat (ปีศาจ) ou Phi Pisat (ผี ปีศาจ), e em chinês como Pí She Dū (毘舎闍). Eles são uns dos espíritos da tradição hindu-budista da Tailândia e são representados em pinturas em alguns templos budistas.

Arte de TURNPIKE HOOTENANNY
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7 de julho de 2021

Axomama

۞ ADM Sleipnir

Arte de Genzoman

Axomama ("Mãe das Batatas", também Axomamma, Ajomamma e Acsumama) é a deusa inca das batatas e uma das filhas de Pachamama, a Mãe Terra. Axomama é uma divindade obscura, mas que personifica e representa a importância que as batatas tinham na cultura inca. Os incas valorizavam muito a variedade agrícola e cultivavam milhares de tipos diferentes de batatas, em uma grande variedade de formas e cores. As batatas eram uma parte vital da cadeia alimentar do povo inca, que não só as cultivavam e se alimentavam delas, como as cultuavam. Na maioria das aldeias, havia uma batata em um formato particularmente estranho, a qual as pessoas adoravam e pediam por uma boa colheita. Entre os incas havia até mesmo o costume de enterrar batatas com seus mortos.

As batatas foram cultivadas pela primeira vez por agricultores na região dos Andes há quase sete mil anos atrás, mas só tiveram seu potencial agrícola compreendido no período do Império Inca. Após a total conquista do território inca pelo Império Espanhol, os espanhóis trouxeram para a Europa os espólios de suas conquistas, e dentre eles estavam as batatas, que se adaptaram bem aos solos europeus e tornaram-se base da alimentação no continente.


fontes:

  • You Goddess!: Lessons in Being Legendary from Awesome Immortals, por Elizabeth Foley e Beth Coates;
  • Superstitions: A Handbook of Folklore, Myths, and Legends from around the World, por D.R. McElroy;
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Axomamma
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5 de julho de 2021

Madame Koi Koi

۞ ADM Sleipnir

Arte de Godwin Apkan

A Madame Koi Koi é um fantasma presente em lendas urbanas de vários países africanos. Ela é frequentemente retratada usando um par de saltos vermelhos ou um único salto. Seu nome, aliás, vem do som que seus saltos fazem sempre que ela está por perto ("koi,koi"). Ela é conhecida principalmente por assombrar as instalações de escolas e colégios internos, com atividades que vão desde bater portas, cantar, assobiar, atacar alunos em banheiros ou estapeá-los de repente. Em alguns contos, ela frequentemente perturba os alunos à noite, exigindo que lhe devolvam o seu salto alto perdido.

Ela é um dos fantasmas de internato mais populares na Nigéria, Gana e na África do Sul, sendo conhecida por vários nomes conforme o país: Madam Koi KoiLady Koi Koi, Miss Koi Koi (Nigéria),  Madam High Heel ou Madam Moke (Gana), Miss Konkoko (Tanzânia) e Pinky Pinky (África do Sul). Ela também é conhecida em Camarões, Ruanda e  Zâmbia.

Existem várias histórias que contam a sua origem. Abaixo, algumas delas:

Nigéria

Na Nigéria, uma história conta que a Madame Koi Koi era uma bela professora que lecionava em um colégio interno. Além de sua beleza, seus saltos vermelhos chamavam a atenção de todos por onde ela passava, não só pela cor mas pelo som que fazia enquanto caminhava: koi! koi!

Dizem que ela era muito desagradável com os seus alunos, e sempre batia neles sem nenhum motivo. Ela acabou sendo demitida após dar um tapa em uma de suas alunas e machucar sua orelha. Ao deixar o colégio em direção a sua casa, acabou se envolvendo em um acidente e veio à falecer, e conta-se que ela teria jurado que se vingaria da escola e de seus alunos. Não muito tempo depois, os alunos do colégio interno onde ela lecionou começaram a ouvir um som, semelhante aos que os seus saltos faziam, nos corredores de seus dormitórios após as luzes se apagarem.

Em uma história similar, uma professora também bela e que adorava usar sapatos de salto alto costumava açoitar seus alunos sempre que podia. Alguns diziam que ela era uma sádica pura e que trabalhava como professora somente para ter um pretexto para infligir dor extrema e tortura sempre que quisesse. Seus alunos, cansados ​​da inércia da direção do colégio em repreendê-la, decidiram fazer justiça com as próprias mãos. Uma noite, enquanto ela estava saindo do colégio, os alunos a encurralaram e amordaçaram para que ela não gritasse, e em seguida começaram a espancá-la sem piedade. Um dos alunos tirou um dos seus saltos e bateu em sua cabeça com ele. Quando se deram conta, era tarde demais. Eles a haviam matado. Em pânico, eles abandonaram o corpo dela sobre uma cerca nos fundos da escola e fugiram do local. Eles  acreditaram que as pessoas achariam que ladrões teriam feito isso com ela, e assim eles sairiam impunes. Mas estavam enganados. 

Com o passar dos dias, os alunos que haviam participado da morte da professora começaram a desaparecer. O último a restar era aquele que havia batido nela com o salto, e desferiu o golpe fatal. Esse aluno passou a ouvir constantemente o som de saltos caminhando pelos corredores do colégio durante a noite, e temendo que o seu espírito viesse atrás dele como teria feito com os outros alunos, ele se trancava em seu dormitório. Ele contou a outros alunos sobre o que ele e os alunos desaparecidos haviam feito e sobre os sons que escutava, mas ninguém acreditou nele pois pensavam que ele estava apenas tentando assustá-los. Uma noite, ele decidiu deixar o dormitório e descobrir de onde vinha o som, buscando por um fim ao seu tormento, mas não retornaria.

Seu corpo foi encontrado pela manhã, com marcas de espancamento. O colégio foi fechado e os alunos foram mandados para casa. Aqueles que haviam ouvido a história do aluno morto agora criam nela e a espalharam em seus novos colégios. Então, logo surgiram novos boatos de aparições da Madame Koi Koi, dizendo que ela andava pelos corredores desses colégios durante a noite, e que caso você decidir espiar ou olhar para ela, desaparecerá e nunca mais será visto.

Gana

Em Gana, uma história similar à nigeriana fala sobre uma professora que dava aulas em uma certa escola onde os alunos eram muito problemáticos, e ela passava a maior parte do tempo perseguindo-os, tentando colocá-los em ordem. Um dia, essa professora perseguia um de seus alunos na rua, agitando um de seus saltos no ar enquanto caminhava, mas acabou não vendo um carro que se aproximava e acabou sendo atropelada e morta instantaneamente. Seu salto alto vermelho foi lançado para bem longe com o impacto.

Conta-se que seu fantasma costuma aparecer nas salas de aula na forma de um único sapato vermelho, enquanto uma voz grita: "ONDE ESTÁ O MEU SALTO?". A lenda também diz que se você a encontrar, você deve correr e gritar  MADAM HIGH HEEL!  (MADAME SALTO ALTO!). 

Arte de LolGH

África do Sul

Na África do Sul, a lenda tomou uma forma mais aterradora. Aqui o fantasma é conhecido como Pinky Pinky, e é descrito como sendo parte humana, parte animal, parte homem, parte mulher. Ele ataca crianças no banheiro da escola e ameaça estuprar meninas caso elas usem roupas íntimas de cor rosa. Ela é dita ser visível apenas pelas meninas, mas é invisível para os meninos, que vivenciam sua presença por meio de um tapa ou um arranhão na bochecha.

Arte de Somjo Ajuluchukwu
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2 de julho de 2021

Planetniki

۞ ADM Sleipnir

Arte de Marta Emilia

Planetniki (russo Планетники, também Pogibaltsi ou Hmurniki) são criaturas controladoras do clima pertencentes à mitologia eslava, em particular nos mitos dos povos eslavos do sul e do oeste. Os Planetniki são capazes de controlar as nuvens de chuva e de granizo e sua precipitação, também sendo capazes de controlar os ventos e outros aspectos do clima. De acordo com as histórias, acredita-se que pessoas que tiveram uma morte súbita e não natural, por exemplo um suicídio, podem se tornar essas criaturas.

Arte de Dawid Urbaniak

Planetniki costumam ser descritos ou representados como seres em forma de nuvem, como demônios alados ou mesmo como águias ou serpentes. Em algumas ilustrações, podem ser vistos representados como homens puxando nuvens através de correntes. Ele costumam ser bastante amigáveis com os humanos, geralmente alertando-os sobre tempestades e vindouras chuvas de granizo.

fonte:

  • Illustrated Encyclopedia of Ancient Slavic Gods and Spirits, por Olga Kryuchkovа, Elena Kryuchkova

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Ruby