3 de fevereiro de 2015

Chaac

۞ ADM Sleipnir



Chaac (ou Chac) era o deus maia da chuva e das tempestades, equivalente ao deus asteca Tlaloc. Dentre os deuses maias, ele era o mais popular e o mais representado em templos, porque seu papel como provedor da chuva era essencial para a agricultura. Suas ações garantiam o crescimento do milho e da vegetação em geral, bem como os ciclos naturais da vida. Eventos naturais de diferentes intensidades, incluindo chuvas de granizo e até furacões eram considerados manifestações do deus.

Chaac era essencialmente um deus bom, mas a manutenção da sua bondade dependia de rituais e sacrifícios regulares. Por vezes, dava ordens ao povo para se abster de comer ou de ter sexo, mas quando estava de mau humor podia ordenar que fossem atados e atirados para o poço sagrado em Chichén Itzá.

Características

Chaac é retratado como um ser humano, mas com características de animais. Ele tem atributos reptilianos e escamas de peixe, um nariz encaracolado e o lábio inferior saliente. Ele usa um cocar elaborado, e em suas mãos.empunha um machado de pedra, usado para produzir raios e com o qual ele golpeia uma serpente cheia de água que ele carrega em suas costas para assim produzir as chuvas.

Apesar de Chaac ser uma das mais antigas divindades maias, não existem representações do deus anteriores aos períodos clássico e pós-clássico. A maioria das imagens que descrevem o deus da chuva estão pintadas em vasos do período clássico e em códices do período pós-clássico. 




Avatares de Chaac

Assim como outros deuses maias, Chaac também estava ligado aos quatro pontos cardeais. Cada direção era ligada a um avatar de Chaac e uma cor específica:
  • Chaak Xib Chaac, o Chaac Vermelho, representante do Leste
  • Sak Xib Chaac, o Chaac Branco, representante do Norte
  • Ex Xib Chaac, o Chaac Preto, representante do Oeste, 
  • Kan Xib Chaac, o Chaac Amarelo, representante do Sul
Juntos, eles eram chamados de Chaacob (plural de Chaac) e eram adorados como divindades em muitas partes da região dos Maias, especialmente em Yucatan.

Mito

Um mito famoso envolvendo Chaac o mostra provendo alimento ao seu povo. Numa ocasião onde os homens passavam por um período de fome, os homens clamaram a Chaac por comida. Chaac atendeu ao clamor dos homens, tomando seu machado e cravando-o numa montanha. A mesma se partiu em duas, e revelou em seu interior uma enorme quantidade de espigas de milho.





Culto

Cerimônias em honra de Chaac eram realizadas em cada cidade maia e em diferentes níveis da sociedade. Uma das cerimônias relacionadas ao deus era a "Cerimônia dos Sapos" (Cha-Chaac). Nesta cerimônia, quatro garotos eram instados a imitar o coaxar de um sapo, com o intuito de invocar o deus da chuva.

Um dos aspectos do culto de Chaac são os cenotes, espécie de poços profundos onde eram realizados afogamentos sacrificiais. Neles eram lançadas em oferta a Chaac as vítimas sacrificiais, juntamente com animais e riquezas, pois os maias acreditavam que esses poços eram na verdade portais sobrenaturais para a morada subterrânea do deus. O cenote mais famoso era o cenote de Chichén Itzá. Em raras ocasiões, a vítima sobrevivia ao primeiro afogamento, mas era entorpecida e lançada novamente ao poço. Caso a vítima conseguisse sobrevive ao segundo afogamento, era inquirida pelos sacerdotes sobre o que ela "ouviu" do deus ou dos habitantes do inframundo durante sua imersão na água. Caso os sacerdotes julgassem o relato da vítima como sendo favorável, ela escapava de uma vez por todas do sacrifício, e tornava-se uma espécie de santo ou favorito do deus.



fontes:



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