27 de agosto de 2015

O Templo de Ártemis em Éfeso

۞ ADM Dama Gótica



 "Eu já toquei meus olhos na parede de a Babilônia doce, que é uma estrada para carruagens e a estátua de Zeus de alfeos e os jardins suspensos e o Colosso do sol e o enorme trabalho de altas pirâmides e o grande túmulo de Mausolo;"", mas quando vi a casa de ARTEMIS, empoleirada lá nas nuvens, esses outros mármores perderam seu brilho, e eu disse: além de Olympus, o sol nunca pareceu tão grande"
Antípatro de Sídon - antologia grega (IX.58)

O Templo de Ártemis (ou templo de Diana) foi uma das sete maravilhas do Mundo Antigo, localizado em Éfeso, atual Turquia. Construído no século VI a.C., foi o maior templo do mundo antigo, e durante muito tempo o mais significativo feito da civilização grega e do helenismo. No templo, chegaram a trabalhar centenas de sacerdotisas virgens, as quais praticavam a abstinência sexual e artes mágicas, acreditando na superioridade feminina.

Os colonizadores gregos encontraram os habitantes da Ásia Menor cultuando uma deusa que identificaram como Ártemis (Diana para os romanos), deusa da caça, da vida selvagem e do nascimento. Então construíram um pequeno templo em homenagem a essa deusa, que foi reconstruído e aumentado outras vezes. 



Durante o Período Arcaico da Grécia Antiga, no século VI a.C., o conquistador Creso, então rei da Lídia, ordenou a construção de um grande templo, em Éfeso, para ampliar o pequeno templo anterior que já havia passado por uma série de avarias. Sua construção se deu no porto mais rico da Ásia Menor pelo arquiteto cretense Quersifrão e por seu filho, Metagenes. Essa foi a quarta expansão o templo, que levou mais 120 anos para ser terminada e incluída na lista das sete maravilhas do mundo antigo. 

Ao fim da obra o templo era composto por 127 colunas de mármore, em estilo jônico dispostas em filas duplas, todas decoradas com obras de arte, tendo cada uma 20 metros de altura. Tinha 138 metros de comprimento e 71,5 metros de largura. E entre as obras de arte existia uma escultura da deusa Artemins em ébano, ouro, prata e pedra preta, cercada por esculturas em bronze de Praxíteles. A escultura da deusa tinha uma saia comprida coberta com relevos de animais cobrindo suas pernas e quadris. Era caracterizada ainda pelas três fileiras de seios que possuía, simbolizando sua fertilidade. Na cabeça havia um ornamento em forma de pilar.



O templo foi destruído duas vezes: a primeira em 21 de julho do ano de 356 a.C. (na noite do nascimento de Alexandre) num incêndio causado por Heróstrato (um incendiário grego que cometeu esse ato para que seu nome fosse imortalizado na historia). Vinte anos depois foi reerguido por Alexandre, o Grande, mas acabou sendo pilhado e parcialmente destruído em 260 d.C. por um ataque dos godos.

Documentos registram que o templo encontrava-se em razoável estado de conservação no século VI d.C., mas muito do material utilizado em sua estrutura já estava sendo utilizado para a construção de igrejas em Éfeso, fazendo com que a destruição do templo tenha se intensificado. A depredação foi completada com a invasão otomana, quando alguns de seus últimos vestígios foram aproveitados em mesquitas. Atualmente, após sucessivos terremotos e saques, apenas uma solitária coluna do templo reerguida por arqueólogos alemães no século XIX encontra-se de pé no local, e restam algumas esculturas e objetos, expostos no Museu Britânico em Londres.



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