7 de setembro de 2020

Sachamama

۞ ADM Sleipnir

Arte de Juan Diego Leon

Sachamama (do quéchua sach'a, "árvore"; e mama, "mãe"; "Mãe das árvores" ou "Mãe da floresta"; também Sach’amama, Sacha-mama, Sach’a-mama, Sacha Mama, Sach’a Mama é uma das três antigas mães-cobra pertencentes ao folclore da região amazônica peruana. Ela é dita habitar as partes mais inacessíveis e pantanosas da floresta amazônica. Algumas histórias dizem que ela é a personificação do espírito dos rios da floresta. Sua aparência se assemelha a uma jibóia gigante, com cerca de quarenta metros de comprimento e dois metros de largura, com uma cabeça semelhante a de uma iguana e escamas que se assemelham a placas de pedra. Ela possui uma espécie de lâmina semelhante a uma escavadeira embaixo do pescoço. 

Sachamama não costuma se mover, e dizem que ela permanece a séculos parada no mesmo local fixo, nas profundezas da floresta. Seus movimentos são quase imperceptíveis pelos olhos humanos e animais, tornando-os incapazes de repararem nela. Com o passar do tempo, seu enorme corpo foi se assemelhando a uma velha rocha onde cresceram árvores, musgos, arbustos e outros tipos de vegetação. As plantas que crescem nas costas de Sachamama são únicas - uma verdadeira farmacopéia de ervas medicinais que poderia salvaria inúmeras vidas, caso a Sachamama permitisse que fossem colhidas. 


Assim como a Yacumama, Sachamama possui poderes hipnóticos, sendo capaz de atrair até ela qualquer ser vivo que se aproxime dela e de seu território e se alimentar dele. Nos humanos que forem tolos o suficiente para se aproximarem dela, porém tiverem sorte de não virar seu alimento, ela provoca doenças, as quais só podem ser curadas com intervenção xamanística. Sachamama também tem domínio sobre fenômenos atmosféricos, podendo provocar tempestades, chuvas e raios.

A maioria dos supostos encontros com a Sachamama teriam ocorrido durante o boom do ciclo da borracha no Peru, período no qual muitos coletores de borracha adentraram em seu domínio. Uma história desse tempo conta sobre um homem e sua esposa, que coletavam borracha sentados ao lado do tronco do que parecia ser uma enorme árvore caída. Quando eles resolveram cortar essa árvore com seus facões, começou a sangue dela. De repente, as árvores ao redor começaram a tremer e uma chuva torrencial caiu. 


No dia seguinte, a "árvore caída" havia desaparecido, e em seu lugar havia um enorme rastro. Após o ocorrido o homem consultou um xamã, que então lhe disse com o que estava lidando. “A Sachamama vive em um só lugar, mas ela se mudou. Ela não gosta de invasores". Apesar do conselho do xamã, o homem decidiu seguir o rastro deixado por Sachamama e ir ao seu encontro. Ao final do rastro, encontrou novamente o tronco da árvore em um prado, no meio de ossos humanos e animais, e no final do prado havia uma caverna onde animais hipnotizados estavam se reunindo. O "tronco" era a cauda de Sachamama, e a "caverna" era a sua boca. O homem, que naquele momento já estava hipnotizado, conseguiu sair do transe  e fugir para bem longe.


fonte:
  • https://abookofcreatures.com

3 comentários:

  1. O que exatamente são as mães-cobras?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. São criaturas tidas como mães de toda forma de vida dos rios amazônicos.

      Excluir
  2. Parece o Yamata-no-Orochi, só que com menos cabeças menos malvada.

    ResponderExcluir



Seu comentário é muito importante e muito bem vindo, porém é necessário que evitem:

1) Xingamentos ou ofensas gratuitas ao autor e a outros comentaristas;
2)Comentários racistas, homofóbicos, xenófobos e similares;
3)Spam de conteúdo e divulgações não autorizadas;
4)Publicar referências e links para conteúdo pornográfico;
5)Comentários que nada tenham a ver com a postagem.

Comentários que inflijam um desses pontos estão sujeitos a exclusão.

De preferência, evite fazer comentários anônimos. Faça login com uma conta do Google, assim poderei responder seus comentários de forma mais apropriada, e de brinde você poderá entrar no ranking dos top comentaristas do blog.



Ruby