5 de agosto de 2016

Polevik & Poludnitsa

۞ ADM Sleipnir



Polevik (ou Polevoi; de pole, "campo") é um espírito eslavo dos campos e planícies, cuja natureza pode ser tanto benigna quanto maligna. Ele normalmente auxilia as culturas nos campos, garantindo que as colheitas sejam bem sucedidas, porém se volta contra qualquer um que atrapalhe o seu trabalho e a colheita.

A aparência de um Polevik varia consideravelmente conforme a sua localização geográfica. Em Belozersk e nas regiões de florestas ao norte da Rússia, ele é descrito como um homem vestido de branco. Já na província de Yaroslavl, ele descrito como um anão velho e bastante feio. Na província de Orel, ele é descrito como um anão negro como a terra, com a cabeça coberta com grama verde, e não usa nenhuma roupa. Na província de Tula ele bastante parecido com outro espírito eslavo, o Leshy. Às vezes, seus olhos possuem cores diferentes um do outro. Sua pele e cabelo espelham o solo e a vegetação dos campos, e sua altura aumenta e diminui com as culturas.



Poleviks podem ser vistos nos campos principalmente ao meio-dia, e enquanto trabalham, não gostam de encontrar com ninguém em seu caminho. Ao encontrar alguém andando pela colheita, eles fazem com que a pessoa se perca em meio as plantações, e podem até mesmo causar-lhe doenças. Se encontram alguém dormindo em meio ao campo, a lenda diz que eles o estrangulam.

Poleviks também são excelentes cavaleiros, e andam a cavalo através dos campos a uma velocidade vertiginosa, atropelando qualquer um que estiver em seu caminho. 

Apaziguar a fúria de um Polevik requer uma oferenda composta por dois ovos, um galo, um sapo e um corvo, colocados em uma vala quando ninguém está olhando. Observâncias tradicionais também devem ser seguidas, e recomenda-se que ninguém trabalhe ao meio-dia.

Poludnitsa 


O equivalente feminino do Polevik, que às vezes o substitui por completo nas lendas, chama-se Poludnitsa ou Poludnica ("senhora do meio-dia"). Era geralmente é descrita como uma mulher alta e bela, toda vestida de branco. Na Sibéria, ela é descrita como uma velha senhora de cabelos encaracolados vestida em trapos, enquanto que na região da Morávia, ela é descrita possuindo cascos de cavalo no lugar dos pés. No verão, durante a época da colheita, ela caminha através dos campos, protegendo os grãos. Se ela vê alguém trabalhando ao meio-dia, ela o puxa pelos cabelos violentamente, torce sua cabeça, e quebra os seus ossos. Outras vezes, ela faz perguntas aos trabalhadores sobre a colheita, decapitando aqueles que não conseguem responde-las corretamente. Ela também faz com que pessoas, principalmente crianças, se percam em meio as colheitas.

Com o advento do cristianismo, Poleviks e Poludnitsas foram transformados em meros monstros, cujas histórias são usadas ​​para assustar as crianças e mantê-las longe dos campos de milho.


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