12 de janeiro de 2023

Raudkembingur

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Raudkembingur (Rauðkembingur, Raudkembingr, Rauðkembingr, Raudkempingur, Raudkembir, “pente vermelho” ou "crista vermelha"; também conhecida como Raudkinni, "bochecha vermelha"; Raudkinnung, Raudkinnungur, "bochecha vermelha"; Raudgrani, "focinho vermelho"; Raudhofdi, "ruivo"; Kembingur, "crista"; Kambir ("crester" ???); Faxi, "jubado") é uma das Illhveli (“baleias do mal”), grupo composto por dez baleias míticas que dizem terem vagado durante os tempos medievais pelas águas que rodeiam a Islândia. Ela é a mais selvagem e sanguinária dentre elas, e embora não tenha o tamanho ou a força bruta das demais, é incomparável na ferocidade e na determinação em prejudicar embarcações. Tal como acontece com todas as Illhveli, a carne da Raudkembingur não é comestível, e dizer seu nome em voz alta é um tabu, pois ela aparecerá caso ele seja dito.

A natureza da crista vermelha que dá à Raudkembingur seu nome não é clara. Os relatos referem-se a uma crista de cabelos eriçados, uma crina como a de um cavalo ou mesmo uma fileira de barbatanas; sua extensão varia de representação para representação, mas o poeta Jon Gudmundsson (1574–1658) a restringe ao pescoço. A crista é de um vermelho brilhante em um corpo marrom-café com uma barriga rosa; outros relatos dizem que ela é toda avermelhada, ou tem bochechas vermelhas ou uma cabeça vermelha. Às vezes, há listras vermelhas da boca ao tronco, como se tivessem sido desenhadas com sangue. A cabeça em si, como descrita por Gudmundsson, é quase sauriana na aparência, com dentes afiados em ambas as mandíbulas. Ou ela possui uma pequena barbatana dorsal ou nenhuma.
Arte de EvolutionsVoid

Raudkembingurs podem atingir entre dez e vinte metros de comprimento. Elas são nadadoras alongadas, aerodinâmicas e muito rápidas. Seu movimento é acompanhado por enormes quantidades de espuma e sinistros relinchos. Isso, juntamente com a juba vermelha, torna a Raudkembingur confundível com outra Illhveli, a Hrosshvalur, e as duas se tornaram intercambiáveis ​​ao longo do tempo. Hrosshvalurs, no entanto, podem ser facilmente distinguidas por sua coloração manchada, sua cauda de cavalo e seus olhos enormes.

Não há limite para a malícia e maldade da Raudkembingur, e sua mera presença é suficiente para dissuadir os pescadores de uma área. Ela vai se fingir de morta por meio mês, flutuando inofensivamente na superfície da água até que alguém seja tolo o suficiente para se aproximar dela. Uma vez que um barco está dentro do seu alcance, a Raudkembingur pula sobre o navio, destruindo-o e afogando todos a bordo. Assim como um tubarão é seguido por peixes-piloto, uma Raudkembingur regularmente tem baleias beluga ou narvais seguindo seu rastro. Essas baleias menores e inofensivas limpam a sujeira deixada pela Raudkembingur, alimentando-se de suas sobras abundantes.


Na verdade, o amor obstinado da Raudkembingur pela destruição representa a melhor esperança de frustrá-la. Se uma embarcação conseguir escapar dela e ela não ser capaz de destruir outra no mesmo dia, ela morrerá de frustração. Uma história conta sobre uma Raudkembingur que foi capaz de destruir dezoito barcos no decorrer de um dia, mas um décimo nono barco conseguiu escapar vestindo um pedaço de madeira com roupas e jogando-o ao mar. A Raudkembingur, acreditando que se tratava de um humano, continuou tentando em vão afogá-lo enquanto o barco escapava.

Raudkembingurs também se esforçam até a morte ao perseguir suas presas. Segundo uma história, um barco capitaneado pelo fora-da-lei islandês Eyvindur Jónsson certa vez colidiu com uma Raudkembingur, e os tripulantes reagiram remando em direção a terra firme o mais rápido possível, até alcançarem segurança na enseada de Saudanesvik. O mar então ficou vermelho enquanto a Raudkembingur dava seu último suspiro. Após esse feito, o barco ganhou o apelido de Hafrenningur ("corredor oceânico").

Assim como a Hrosshvalur, a Raudkembingur também é associada a feitiçaria e metamorfoses. Um conto  em Hvalsnes de fala de um jovem insensível que foi amaldiçoado por elfos e transformado em uma monstruosa baleia ruiva. Ela causou estragos nas regiões de Faxafjord e Hvalfjordur, até que tentou perseguir um padre rio acima mas acabou morrendo de exaustão ao alcançar o lago Hvalvatn, onde dizem que seus ossos ainda podem ser vistos nos dias atuais.

lago Hvalvatn

fonte:




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3 comentários:

  1. Interessante nas próximas lendas poderia trazer imagem real onde Tal lenda vive e ponto turístico? Daria menos trabalho de pesquisar no Google

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  2. Faz um post sobre gná serva de frigga

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