19 de outubro de 2025

Palhaço de Sandown

۞ ADM Sleipnir

Arte de Sid Quade

Palhaço de Sandown, também conhecido como Sam, o Palhaço Fantasma de Sandown ou All Colors Samé uma figura misteriosa associada a um dos casos mais enigmáticos do folclore moderno britânico. O suposto encontro ocorreu em 1973, quando duas crianças relataram ter encontrado uma criatura de aparência humanoide e comportamento amigável nas proximidades de Lake Common, em Sandown, na Ilha de Wight (Reino Unido). O caso foi oficialmente documentado no BUFORA Journal (British UFO Research Association) Volume 6, No. 5, em janeiro/fevereiro de 1978, pelo pesquisador Norman Oliver, e permanece sem explicação, sendo frequentemente citado em estudos sobre criptozoologia, ufologia e aparições paranormais.

O Encontro

Durante as férias escolares, Fay, de 7 anos, e um amigo da mesma idade exploravam uma área florestal perto de Sandown quando ouviram um som semelhante a uma sirene de ambulância. Movidos pela curiosidade, seguiram o ruído através da mata e chegaram a uma ponte sobre um riacho, onde se depararam com uma figura incomum que emergia debaixo dela. A criatura, com cerca de dois metros de altura, possuía rosto branco, traços geométricos e uma cabeça de formato quase quadrado ou esférico, coberta por uma pele muito pálida e fina, “como papel”. Vestia um traje colorido de palhaço, com tons vibrantes de vermelho e verde, e um chapéu pontudo encimado por um botão escuro. Por conta dessa aparência chamativa, as crianças apelidaram-no de “All Colors Sam” (“Sam de Todas as Cores”).

Arte de Nathan Benedict

Apesar de seu aspecto inquietante — braços e pernas longos, movimentos mecânicos e olhos triangulares que pareciam olhar por trás de uma máscara vítrea —, Sam não parecia ameaçador. Ele se movia com um passo saltitante e silencioso, e sua voz ecoava por meio de um dispositivo semelhante a um microfone, que ele carregava o tempo todo. As crianças afirmaram que o ser falava inglês de forma educada e amigável, fazendo perguntas simples, como se estivesse tentando aprender sobre os humanos e o mundo. O diálogo se estendeu por cerca de meia hora, e Sam chegou até a convidá-los para visitar sua cabana improvisada, escondida entre as árvores.

A Cabana de Sam

No interior da cabana — descrita como uma pequena construção de dois andares —, as paredes eram decoradas com padrões azul-esverdeados, e o chão possuía superfície metálica. Móveis rústicos de madeira lembravam mesas e cadeiras, embora tudo parecesse ligeiramente fora do normal, como se tivesse sido copiado de forma imperfeita. Sam mostrou às crianças objetos familiares, mas estranhamente anômalos, como um livro de páginas em branco. Ele demonstrava habilidades incomuns, movendo-se sem realmente andar, quase flutuando pelo espaço. Disse que bebia água do riacho “depois de limpá-la” e se alimentava de frutas silvestres, que comia de maneira estranha, movendo-as entre os olhos antes de levá-las à boca.

Durante a conversa, afirmou que seu nome era Sam e que era “de todas as cores”. Quando Fay perguntou se ele era humano, ele respondeu que não era, mas evitou explicar o que realmente seria. Quando questionado se era um fantasma, respondeu:

“Bem, não exatamente... mas sou, de certo modo, algo parecido.”

As crianças descreveram sua personalidade como curiosa, inocente e infantil, e garantiram que em nenhum momento sentiram medo dele.


Interpretações e Hipóteses

O caso do Palhaço de Sandown é amplamente debatido por pesquisadores e entusiastas do mistério, e ao longo das décadas diversas interpretações foram propostas. Alguns acreditam que se tratava de um ser humano disfarçado — possivelmente um artista, brincalhão ou morador local usando uma fantasia —, enquanto outros sugerem que Sam poderia ser um extraterrestre, um visitante de outro planeta em estudo da Terra. Há também a hipótese de que ele fosse um viajante interdimensional, que teria atravessado brevemente uma fronteira entre mundos, ou ainda uma entidade espiritual ou criptozoológica, associada a criaturas não catalogadas ou espíritos errantes. Outra possibilidade é que o encontro tenha resultado de um fenômeno psicológico, como uma alucinação compartilhada ou uma história inventada pelas próprias crianças. Por fim, alguns estudiosos o relacionam ao arquétipo do trickster, uma figura folclórica presente em várias culturas, caracterizada por comportamento excêntrico, aparência inusitada e um papel simbólico de confundir, ensinar ou desafiar os humanos.

Arte de louceph

fontes:

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Ruby