Na mitologia nórdica, Gleipnir é uma corrente mágica e macia como a seda, forjada pelos anões a pedido de Odin, para os deuses usarem-na para aprisionar o poderoso lobo Fenrir, até a chegada do Ragnarök.
Os deuses tinham tentado prender Fenrir duas vezes antes, com correntes enormes de metal, a Laeding, que Fenrir permitiu ser amarrado com ela pelos deuses e então, encheu o peito e a corrente partiu-se, e a Drómi, que Fenrir deixou-se ser atado novamente e desta vez, apesar de difícil e com grande esforço, Fenrir também a partiu. Apesar de ambas serem de aço muito forte, elas falharam e Fenrir foi capaz de se libertar nas duas vezes.
Os deuses ficaram muito assustados, mas Odin lembrou-se que não existia ninguém que fosse melhor ferreiro do que os anões do reino subterrâneo de Svartálfaheim. E assim Odin enviou o mensageiro Skirnir à Svartalfheim, com um pedido aos anões para que forjassem uma corrente impossível de ser quebrada. Com a promessa de ouro e riquezas, os anões concordam em fazer algo para prender o lobo.
Algum tempo depois, Skirnir retornou com uma estranha corrente macia e maleável como seda. E quando Odin, curioso, pergunta do que ela é feita, Skirnir respondeu que para criar uma corrente que alcançasse o impossível, os anões formaram a cadeia com seis coisas impossíveis:
- o som do passo de um gato;
- uma barba de mulher;
- as raízes de uma montanha;
- os tendões de um urso;
- a respiração de um peixe;
- a saliva de um pássaro.
Apesar de Gleipnir ser tão fina quanto um fio de seda, é mais forte do que qualquer cadeia de ferro. Os deuses ficaram incrédulos, mas Skirnir lembrou-os de que os anões são possuidores de estranhos conhecimentos. Então os deuses novamente procuraram Fenrir e persuadiram-no a acompanhá-los até a Ilha de Lyngvi, situada no meio do Lago Amsvartnir. Lá, eles mostram a Fenrir a nova corrente, Gleipnir.
Fenrir zombou da corrente, mas por insistência dos deuses o lobo começou a suspeitar de que Gleipnir pode ter sido feita com o uso de mágica e ficou receoso. Os deuses prometeram soltá-lo se ele não conseguir se livrar.
Fenrir, então, propôs que enquanto ele fosse amarrado, um deles deixasse a mão dentro de sua boca como prova de sua sinceridade. O único deus que teve coragem para tanto foi Tyr. Fenrir então foi amarrado e lutou contra a fita Gleipnir mas, quanto mais ele lutava, mais ele se enredava nela e mais forte ela ficava. Furioso, e apesar de preso de forma segura, Fenrir foi capaz de decepar a mão de Tyr.
Mesmo sabendo que um dia Fenrir se libertaria desse grilhão e causaria a morte dos deuses e a destruição do mundo (Ragnarök), os deuses preferiram não o matar. "O que tiver de ser, será", disseram.
muito interessante, gostei do artigo a corrente gleipinir mostrou que aparência nem sempre condiz com força ou poder , a água por exemplo maleável e constante numa rocha solida tanto bate ate que fura , ou usada na pressão certa e espessura correta corta mais que uma espada afiada .
ResponderExcluirQueria saber como diabos os anões conseguiram essas coisas
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