1 de fevereiro de 2014

A Edda Poética: Parte I - Völuspá

۞ ADM Sleipnir

Tradução e Notas de Márcio Alessandro Moreira.


A Völuspá ("A Profecia da Vidente") é o primeiro e mais conhecido poema da Edda Poética. Esse poema narra à origem da criação e vai até a sua destruição. Muitos o consideram como umas das melhores fontes para o estudo da mitologia nórdica. A Völuspá está preservada nos manuscritos do Codex Regius e no Hauksbók e partes desse poema também aparecem na Edda em Prosa com pequenas variações. A ordem das estrofes varia nessas duas versões, mas a versão do Codex Regius sempre é usada como base. Cada um dos manuscritos contém algumas estrofes que não se encontram no outro.

Völuspá

01-"Eu peço silêncio a todo
o povo sagrado,
grandes e pequenos,
filhos de Heimdallr*;
tu desejas que eu, Valföðr*,
conte bem
antigas histórias dos homens,
aquelas que primeiro recordo?"

02-"Eu me lembro dos Jötnar*
nascidos no princípio,
aqueles que com o tempo
me geraram;
eu me lembro dos Nove mundos*,
nove sustentados,
na famosa árvore Mediadora*,
que penetra na terra."

03-"No início dos tempos,
então nasceu Ymir,
não existia nem areia, nem mar,
nem ondas frescas;
não existia nem Jörð*,
nem Himinn* acima,
apenas o Ginnungagap*,
e não havia capim em parte alguma*."

04-"Primeiro os filhos de Borr*
trouxeram a terra,
eles que criaram
à famosa Miðgarðr;
a Sól brilhou do sul
nos salões de pedras,
então na terra começou a crescer
as plantas verdes*."

05-"A Sól* se atirou do sul,
a companheira de Máni*,
estendeu sua mão direita
perto da orla do céu*;
a Sól não sabia
onde ela pertencia,
o Máni não sabia
de seu próprio poder,
as estrelas não conhecia
seu lugar no céu."

06-"Então todos os Regin*
se sentaram em suas cadeiras,
as divindades sagradas
para debaterem sobre isso:
para Nótt* e as fases lunares,
nomes impuseram;
para manhã deram nome
e para o meio-dia,
entardecer e anoitecer,
para contar os anos."

07-"Os Æsir se encontravam
em Iðavöllr*,
altares e templos
eles edificaram;
[suas forças eles provaram,
todas as coisas tentaram,]
forjas acenderam,
riquezas forjaram,
pinças fabricaram,
e fizeram utensílios."

08-"No campo jogavam em tabuletas*,
eram alegres,
não sentiam de modo algum
a falta de ouro,
até chegarem às três
donzelas Þursar*,
muito poderosas,
do Jötunheimr."

09-"Então todos os Regin
se sentaram em suas cadeiras,
as divindades sagradas
para debaterem sobre isso:
Quem deveria criar
o rei dos Dvergar*
do sangue de Brimir
e das pernas de Bláinn*."

10-"Ali estava Móðsognir
o mais famoso
de todos os Dvergar,
o segundo era Durinn;
seres com forma humana,
eles fizeram muitos,
Dvergar da terra,
como Durinn disse."

11-"Nýi e Níði,
Norðri, Suðri,
Austri, Vestri,
Alþjófr, Dvalinn,
Bívurr, Bávurr,
Bömburr, Nóri,
Ánn e Ánarr,
Óinn, Mjöðvitnir."

12-"Veigr e Gandálfr,
Vindálfr, Þráinn,
Þekkr e Þorinn,
Þrór, Vitr e Litr,
Nár e Nýráðr,
agora os Dvergar chamados
Reginn e Ráðsviðr,
são corretamente contados."

13-"Fili, Kili,
Fundinn, Náli,
Heptivili,
Hannarr, Svíurr,
[Nár e Náinn,
Nipingr, Dáinn,
Billingr, Brúni,
Bíldr e Búri,]
Frár, Hornbori,
Frægr e Lóni,
Aurvangr, Jari,
Eikinskjaldi."

14-"É tempo dos Dvergar
da estirpe de Dvalinn,
da família desse povo,
até Lofarr ser enumerado,
eles que saíram
dos salões de pedra,
de Aurvangar para habitar
em Jöruvellir."

15-"Ali estava Draupnir
e Dólgþrasir,
Hár, Haugspori,
Hlévangr, Glói,
[Dóri, Óri,
Dúfr, Andvari,]
Skirvir, Virvir,
Skáfiðr, Ái,"

16-"Álfr e Yngvi,
Eikinskjaldi,
Fjalarr e Frosti,
Finnr e Ginnarr;
por muito tempo será lembrado,
enquanto os homens viverem
esta lista dos ancestrais
até Lofarr."

17-"Até três vierem
de fora desses companheiros,
poderosos e amáveis,
Æsir*, para a casa,
encontrando na terra,
sem força,
Askr e Embla*,
e sem örlög*."

18-"Önd* não possuíam,
nem Óð* na mente,
nem lá e nem læti*
nem litu góða*;
Óðinn deu o Önd,
Hænir deu o Óð,
Lóðurr* deu o lá
e o litu góða."

19-"Eu conheço o freixo que se ergue
chamado Yggdrasill,
uma grande árvore, respingando
com água branca;
de onde vem o orvalho
que cai nos vales,
que cresce eternamente verde
sobre a fonte de Urðr."

20-"Dali vem às donzelas
de muita sabedoria,
três de fora do mar,
que fica abaixo da árvore;
uma se chama Urðr,
a outra Verðandi,
- que registravam em chapas de madeira, -
Skuld é a terceira.
Elas decidiam as leis,
elas escolhiam as vidas,
os filhos das pessoas,
e diziam o örlög."

21-"Ela se lembra da guerra,
a primeira no mundo,
quando Gullveig
foi espetada com lanças
e no salão de Hárr*
a queimaram,
três vezes a queimaram
três vezes ela renasceu,
frequentemente, não raramente,
contudo ela ainda vive."

22-"Heiðr a chamaram,
em qualquer casa que viesse
a esperta adivinha em profecia,
era sábia em mágica;
seiðr* ela conhecia,
com seiðr ela brincava com mentes;
ela era sempre amada
pelas noivas malignas."

23-"Então todos os Regin
se sentaram em suas cadeiras,
as divindades sagradas
para debaterem sobre isso:
se os Æsir deveriam
pagar um tributo
ou deveriam todos os Deuses
ter um banquete*."

24-"Óðinn atirou sua lança
e atravessou à extremidade do povo,
essa foi à primeira guerra,
a primeira do mundo;
quebrado foi o muro
da fortaleza dos Æsir,
vigorosamente os guerreiros Vanir
andaram na planície."

25-"Então todos os Regin
se sentaram em suas cadeiras,
as divindades sagradas
para debaterem sobre isso:
Quem tinha envenenado todo o ar
e o misturado com maldade,
e aos Jötnar* terem
dado a donzela de Óðr*."

26-"Þórr sozinho ali lutou
com furiosa raiva*,
- ele raramente se senta, -
quando ele ouve tais coisas;
então os votos,
os juramentos e palavras
e todos os poderosos acordos
entre eles foram quebrados."

27-"Ela sabe onde o chifre*
de Heimdallr está escondido
abaixo do brilhante céu,
na árvore sagrada,
acima disso ela vê despejar
um rio de água com argila
do penhor do Valföðr;
Quem saberia ainda mais que isso?"

28-"Ela se sentava sozinha lá fora*
quando o velho homem veio
Yggjungr* dos Æsir
e olhou em seus olhos.
O que tu queres?
Por que me testas?
Eu sei tudo, Óðinn,
onde teu olho está escondido:
na poderosa
fonte de Mímir.
Mímir bebe hidromel
toda manhã
do penhor do Valföðr.
Quem saberia ainda mais que isso?"

29-"Para ela Herföðr* escolheu
anéis e colares;
sábia palavra de riqueza
e a vara de profecia;
ela vê longe e adiante
em todos os mundos."

30-"Ela viu Valkyrjur
vindo de longe,
prontas para cavalgar
em direção ao povo dos Godos;
Skuld segurava um escudo,
e Skögul outro,
Gunnr, Hildr, Göndul
e Geirskögul;
agora eu listei
as donzelas de Herjann,
prontas para cavalgar
para a terra estão as Valkyrjur."

31-"Eu vi Baldr
o Deus ensanguentado,
criança de Óðinn,
o destino escondido;
ficava e crescia
alto no campo,
franzino e muito belo,
o visgo."

32-"Desse ramo veio
o que parecia ser franzino
um perigoso dardo de dor,
Höðr o atirou;
o irmão de Baldr*
nasceu cedo,
o filho de Óðinn
combateu com uma noite."

33-"Ele não lavou as mãos
nem penteou os cabelos,
até trazer para a pira
o inimigo de Baldr*;
mas Frigg chorou
no Fensalir
a dor do Valhöll.
Quem saberia ainda mais que isso?"

34-["Então Váli amarrou
correntes de batalha,
eles estavam muito apertados,
os laços de intestinos*."]

35-"Ela viu amarrado estendido
em Hveralundr*,
uma desfavorável figura
que parecia Loki;
lá se senta Sigyn
perto de seu esposo
não muito feliz.
Quem saberia ainda mais que isso?"

36-"Ruge um rio do leste
por vales venenosos,
com punhais e facas,
que é chamado Slíðr."

37-"Na direção norte está,
no Niðavellir,
um salão de ouro
da família de Sindri*;
outro fica
em Ókólnir,
o salão de cerveja do Jötunn,
que é chamado Brimir*."

38-"Um salão ela viu
longe da Sól
em Náströnd,
com as portas ao norte;
veneno estava pingando
do teto,
e abaixo no salão
estava tecido com serpentes."

39-"Ela viu um local para atravessar
através de rios selvagens,
homens mentirosos
e cães assassinos
e os que seduzem a consorte
de outros;
lá Níðhöggr chupa
os corpos dos homens mortos,
o lobo rasga os homens em pedaços.
Quem saberia ainda mais que isso?"

40-"No leste se senta a velha,
no Járnviðr*,
que deu nascimento
a descendência de Fenrir;
um deles,
o pior de todos,
engolirá Máni
na forma de um Troll."

41-"Ele se alimenta
da carne dos homens mortos,
a casa dos Deuses se torna vermelho
do sangue escarlate;
o brilho da Sól se torna negro
para os verões que chegam,
o tempo se torna pior.
Quem saberia ainda mais que isso?"

42-"Sobre a colina se senta
com sua harpa
o pastor da Gýgr*,
o feliz Eggþér;
perto dele canta,
na floresta, um galo,
um brilhante galo vermelho,
que é chamado Fjalarr."

43-"Entre os Æsir canta
Gullinkambi,
que acorda os heróis
do Herjaföðr*;
mas outro canta
abaixo da terra,
um galo fuliginoso e vermelho*
no salão de Hel."

44-"Garmr lati muito
no Gnipahellir,
as correntes serão quebradas
e o lobo correrá;
eu conheço muitos contos,
adiante eu vejo mais
do Ragnarökr*,
dos poderosos Sigtívar*."

45-"Irmãos se enfrentarão
e se matarão um ao outro,
filhos de irmãs trarão
ruína aos parentes;
o mundo será difícil com
muita prostituição,
tempo do machado, tempo da espada,
escudos serão partidos,
tempo do vento, tempo do lobo,
antes do mundo cair;
[a terra ressoa,
as Gigantas fogem,]
nenhum homem
poupará outro."

46-"Os filhos* de Mímir se agitam,
a árvore do destino se incendeia
no sopro do
Gjallarhorn;
Heimdallr soará altamente,
o chifre no ar,
Óðinn debate
com a cabeça de Mímir."

47-"Yggdrasill treme,
o grande freixo,
a velha árvore geme,
e o Jötunn escapa*;
todos se amedrontam
na estrada para Hel
antes que o parente de Surtr*
a devore*."

48-"O que há com os Æsir?
O que há com os Álfar*?
Toda Jötunheimr treme,
e os Æsir debatem,
os Dvergar ficam
em seus portões de pedra,
os sábios das rochas.
Quem saberia ainda mais que isso?"

49-"Garmr lati muito
no Gnipahellir,
as correntes serão quebradas
e o lobo correrá;
eu conheço muitos contos,
adiante eu vejo mais
do Ragnarökr,
dos poderosos Sigtívar."

50-"Hrymr vem do leste,
com escudos erguidos,
Jörmungandr retorce
em Jötunmóðr*;
espalhando as ondas,
a águia pálida berra,
roendo os cadáveres,
Naglfar* se solta."

51-"O navio viajou do leste,
o povo do Múspell,
veio sobre o mar,
e Loki os guia;
a monstruosa descendência
acompanhará Freki*,
com eles está o irmão
de Býleist* viajando."

52-"Do sul viaja Surtr
com folhas flamejantes,
brilhando em sua espada*
a Sól dos Valtívar*;
as rochas estrondeiam,
as Gigantas cambaleiam,
a multidão segue sobre a estrada do Hel
e o céu se parte."

53-"Então vem à
segunda aflição de Hlín*,
quando Óðinn for
combater o lobo,
e o matador de Beli*,
for contra Surtr;
então o amor
de Frigg cairá*."

54-"Garmr lati muito
no Gnipahellir,
as correntes serão quebradas
e o lobo correrá;
eu conheço muitos contos,
adiante eu vejo mais
do Ragnarökr,
dos poderosos Sigtívar."

55-"Então vem o grande
filho do Sigföðr*,
Víðarr, combater
a besta assassina*.
O filho de Hveðrungr*
ele corta com sua espada
até o coração,
então o pai é vingado."

56-"Então vem o poderoso
filho de Hlóðyn*,
avança o filho de Óðinn
para combater a Serpente,
com fúria golpeará,
o guardião de Miðgarðr*,
todos os homens
deixarão seus lares;
andara nove passos
o filho de Fjörgyn*,
moribundo longe da Serpente*,
não preocupado com a hostilidade."

57-"A Sól se torna negro,
a terra afunda no mar,
do céu muda
as estrelas brilhantes;
vapores se elevam
com flamas ardentes,
se jogando no alto
do próprio céu."

58-"Garmr lati muito
no Gnipahellir,
as correntes serão quebradas
e o lobo correrá;
eu conheço muitos contos,
adiante eu vejo mais
do Ragnarökr,
dos poderosos Sigtívar."

59-"Ela vê emergindo
outra
terra do mar
novamente verde;
as cachoeiras cairão,
a águia voa no alto,
sobre a montanha
para caçar o peixe."

60-"Encontram-se os Æsir
em Iðavöllr
e da poderosa Serpente em torno do mundo
comentam
[e relembram ali
os mais importantes eventos,]
e das antigas runas
de Fimbultýr*."

61-"Ali novamente
as maravilhosas
tabuletas de ouro*
serão encontradas na grama,
eram aquelas que no inicio dos dias
haviam possuído."

62-"O campo não semeado
crescerá,
todo o mal se transformará para melhor,
Baldr retornará;
Höðr e Baldr habitarão
no salão de guerra de Hroptr*
e os felizes Valtívar.
Quem saberia ainda mais que isso?"

63-"Então Hænir saberá
escolher os ramos da sorte*
e os filhos habitarão,
os irmãos gêmeos*,
no amplo Vindheimr*.
Quem saberia ainda mais que isso?"

64-"Ela vê um salão se levantar
mais belo que a Sól,
de telhados de ouro,
no Gimlé*;
lá deverão os íntegros
governantes viver,
e eternamente
desfrutando sua alegria."

65-["Então vem o poderoso*
para julgar,
de cima, o poderoso,
que a tudo governa."]

66-"Então vem o negro
dragão voando,
a serpente brilhante, abaixo
do Niðafjöll;
carregando em suas asas,
- voando sobre a planície, -
Níðhöggr, os mortos;
agora ela* deve afundar."



Notas da Völuspá:
  • 01/4* No poema Rígsþula, Heimdallr é o pai das classes sociais.
  • 01/5* Óðinn.
  • 02/1* Gigantes.
  • 02/5* Embora as fontes pareçam confusas a respeito de quais mundos são ao certo, é possível distingui-los com a ajuda da palavra "heimr". Assim temos: Múspellsheimr, Niflheimr, Álfheimr, Vanaheimr, Svartálfheimr, Jötunheimr, Ásgarðr (também chamada de Ásaheimr), Miðgarðr (também chamada de Manheimr) e Hel (que é dito ser o nono mundo no Gylfaginning cap. 03).
  • 02/7* A Árvore Mediadora, no original está: Mjötuðr ou Mjötviðr que significa "Dispensador/a". Essa passagem também é traduzida assim: "Eu me lembro dos nove domicílios (na árvore), das nove Gigantas (as nove mães de Heimdallr?), na gloriosa Dispensadora (Yggdrasill) abaixo da terra." Muitos pesquisadores associam a árvore Yggdrasill com o Irminsul, dos Saxões. Essa palavra também é associada á Heimdallr em kenningr.
  • 03/5* Terra.
  • 03/6* Céu.
  • 03/7* O lugar que ficava entre o Niflheimr e Múspellsheimr, onde Óðinn, Vili e Vé depositaram Ymir depois de morto para criarem o mundo. Ginnungagap pode significar tanto "Abismo Sem Forma" como "Espaço Fraudulento". O Ginnungagap aparece no Gylfaginning capítulos de 05 a 08.
  • 03/8* Toda essa estrofe é semelhante ao Wessobrunner Gebet, datado do final do século 8.
  • 04/1* O Gylfaginning cap. 08 relata que os três filhos de Borr são: Óðinn, Vili e Vé, que criaram o Céu e a Terra.
  • 04/8* A vegetação.
  • 05/1* Sól é feminino no norte.
  • 05/2* Máni, a lua, é masculino no norte.
  • 05/4* A Sól estabelece seu curso no céu, sem saber qual direção deveria seguir. O Gylfaginning cap. 08 conta que foi os filhos de Borr, que ordenaram o curso dos astros no céu.
  • 06/1* Os Deuses.
  • 06/5* A Noite.
  • 07/2* Iðavöllr é o local sagrado dos Deuses e está no meio de Ásgarðr segundo o Gylfaginning cap. 14.
  • 08/1* Possivelmente essas tabuletas controlavam os destinos ou algo do tipo.
  • 08/6* Possivelmente as Nornir. As estrofes 48 e 49 do poema Vafþrúðnismál, relata que algumas mulheres traziam a "sorte" sobre os lares dos homens, embora elas sejam aparentadas com os Gigantes.
  • 09/6* Dvergar são os Anões.
  • 09/8* Brimir e Bláinn parecem ser apenas outras denominações para Ymir.
  • 17/4* Os três Æsir são Óðinn, Hænir e Lóðurr. Porém, no Gylfaginning cap. 09 são os filhos de Borr, os criadores da humanidade.
  • 17/7* O primeiro casal humano.
  • 17/8* Sem Destino.
  • 18/1* Fôlego ou Alma ou Espírito.
  • 18/2* Entendimento ou Inspiração.
  • 18/3* Sangue e modos.
  • 18/4* A forma dos Deuses ou a boa aparência.
  • 18/7* Ao que parece Hænir é apenas outro nome de Vili e Lóðurr de Vé.
  • 21/5* Óðinn.
  • 22/5* Esse tipo de mágica foi ensinada aos Æsir pela Deusa Freyja, segundo a Ynglinga Saga cap. 04.
  • 23/8* Para que os Vanir pudessem ser aceitos entre os Æsir. Essa batalha entre os Æsir e Vanir é narrada na Ynglinga Saga cap. 04 e no Skáldskaparmál cap. 05, da Edda em Prosa.
  • 25/7* Os Gigantes.
  • 25/8* Freyja é a esposa de Óðr. Mais sobre Freyja e sua família pode ser encontrado na Ynglinga Saga cap. 13, Gylfaginning cap. 24 e 35.
  • 26/2* Esse episódio provavelmente se refere ao Jötunn construtor do muro de Ásgarðr que Þórr matou. A história detalhada se encontra em Gylfaginning cap. 42.
  • 27/1* Provavelmente o chifre Gjallarhorn.
  • 28/1* Essa descrição parece ser a prática conhecida como Útiseta ("Sentar Lá Fora"), onde seu praticante recebia visões.
  • 28/3* Óðinn.
  • 29/1* Óðinn.
  • 32/5* Váli nasceu para vingar a morte de Baldr. Ele matou Höðr com apenas um dia de vida. Essa história aparece no livro III, da Gesta Danorum, de Saxo Grammaticus e no poema Eddico Baldrs Draumar.
  • 33/4* Höðr.
  • 34/4* Possivelmente foi Váli, o filho de Óðinn, quem amarrou Loki com os intestinos de Narfi. Porém é confuso porque Loki também possui um filho chamado Váli que matou seu irmão Narfi. Essa história aparece no Gylfaginning cap. 50.
  • 35/2* Significa "Bosque das Caldeiras".
  • 37/4* Sindri é o Anão que junto com Brokkr fabricou o martelo Mjöllnir de Þórr, segundo o Skáldskaparmál cap. 43.
  • 37/8* Seria esse Brimir o mesmo da estrofe 09/7?
  • 40/2* Esta floresta está localizada em Jötunheimr. Mais sobre essa floresta pode ser encontrado no Gylfaginning cap. 12.
  • 42/3* Giganta.
  • 43/4* Óðinn.
  • 43/7* É provável que seja o galo Víðófnir, que está em Mímameiðr (Yggdrasill), que aparece no poema Eddico Fjölsvinnsmál estrofes 23 e 24.
  • 44/7* Ragnarökr significa "Destino dos Deuses". Na Edda em Prosa, Snorri interpretou seu significado como "Crepúsculo dos Deuses".
  • 44/8* Os Deuses da Vitória.
  • 46/1* Possivelmente são personificações de rios.
  • 47/4* Loki ou Fenrir?
  • 47/7* O Fogo.
  • 47/8* A árvore Yggdrasill.
  • 48/2* Os Elfos.
  • 50/4* Fúria de Gigante.
  • 50/8* O navio feito das unhas dos mortos. Segundo o Gylfaginning cap. 43, Naglfar é o maior de todos os navios.
  • 51/6* Freki na poesia significa "Lobo" e se refere à Fenrir e não ao lobo de Óðinn.
  • 51/8* Loki.
  • 52/3* A espada flamejante soltando faíscas de fogo.
  • 52/4* Os Deuses da Morte.
  • 53/2* Aqui Hlín aparece como nome para Frigg, porém Snorri listou Hlín como uma Deusa separada e ajudante de Frigg, no Gylfaginning cap. 35. A primeira aflição dela foi á morte de Baldr e a segunda é a morte de Óðinn.
  • 53/5* Freyr. Esse episódio aparece no Gylfaginning cap. 37.
  • 53/8* Óðinn.
  • 55/2* Óðinn.
  • 55/4* Fenrir.
  • 55/5* Loki.
  • 56/2* Þórr.
  • 56/6* Þórr.
  • 56/10* Þórr.
  • 56/11* O confronto de Þórr e Jörmungandr possui muitas semelhanças com a batalha de Elias e o Anticristo, que aparece no poema Muspilli, datado do final do século 9. Essa batalha também lembra o confronto de Beowulf e o Dragão.
  • 60/8* Óðinn.
  • 61/3* Possivelmente são as mesmas tabuletas que governa os destinos, ver nota 08/1.
  • 62/6* Óðinn.
  • 63/2* Runas?
  • 63/4* Seriam Baldr e Höðr ou Magni e Móði?
  • 63/5* Significa "Lar do Vento".
  • 64/4* A Edda em Prosa, no Gylfaginning cap. 03, afirma que o Alföðr (Óðinn) habitará com seus eleitos para sempre nesse lugar. O Gylfaginning cap. 17 relata que Gimlé resistirá quando a terra e o céu tiverem falecido após o Ragnarökr.
  • 65/1* Enquanto muitos afirmam que essa passagem é uma alusão ao deus cristão, porém, é possível que se trate de Óðinn ou Þórr. Esses dois Deuses são fortes e poderosos e são conhecidos por seus julgamentos.
  • 66/8* Níðhöggr apanha os mortos e a profetisa afunda para não ser apanhada.
CLIQUE AQUI PARA LER A PARTE II

7 comentários:

  1. ESTA É UMA DAS MELHORES TRADUÇÕES DO VOLUSPÁ QUE JÁ LI. PARABÉNS PELO BELÍSSIMO TRABALHO. SÓ ACRESCENTOU MAIS CONHECIMENTO.

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  2. Gostei muito do seu trabalho! Seria possível transformar essa tradução em PDF?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Pedro. Essa tradução da Edda Poética foi feita pelo Márcio Alessandro Moreira, que me autorizou a publicá-la aqui no blog. O autor disponibiliza na internet esse e outros textos em PDF. No link abaixo você poderá encontrar esses pdfs:

      http://www.irmandadedehraesvelgr.org/p/downloads-e-biblioteca.html

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  3. Muito obrigada, Sleipnir. Sempre volto aqui para reler os Eddas. TE AMAMOS.

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  4. Opa. Tudo bem?!
    Seu trabalho é incrível. Todo o blog é muito interessante, mas tive maior satisfação em ler mais da Edda Poética!
    Tenho buscado, mas não encontro versões de livros traduzidos para o português. Gostaria muito de sua ajuda.
    Você conhece alguma edição da Edda Poética em nossa língua?
    Caso não haja, você considera alguma edição, em inglês, como a mais completa?
    Possui instagram? Abraços e muito obrigado pelo conteúdo!

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    Respostas
    1. Seu comentário acabou passando batido por mim, desculpe. Recentemente foi lançado pela editora Barbudânia uma tradução em português da Edda Poética muito boa. Já li e recomendo. A seguir o link do produto na Amazon:

      https://www.amazon.com.br/dp/6500258657?fbclid=IwAR34p7ILhss0nMik-cU42xaG3Ut5hKV9Q2UMvBwE_pzE_rHSLcM54RKWNDk

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Ruby