۞ ADM Sleipnir
Arte de Brittney Lee |
Poliahu (Poli'ahu) é uma das quatro deusas da neve da mitologia havaiana, e umas das principais opositoras da deusa Pele. Acreditava-se que que ela residia no extinto vulcão Mauna Kea, que se medido a partir do fundo do mar até o cume, é a montanha mais alta do mundo. As outras deusas da neve havaianas se chamam Lilinoe, Waiau e Kahoupokane, e ao contrário de Poliahu, parecem terem caído completamente no esquecimento. O pouco que se sabe é que as quatro eram conhecidas por sua beleza de outro mundo, e Poliahu em particular era considerada a deusa mais bela do Havaí.
Sobre Poliahu, são conhecidas duas lendas principais: o seu envolvimento com Aiwohikupua, chefe de Wailua e a sua rivalidade com Pele.
Aiwohikupua
Certa vez, Poliahu se revelou para o chefe Aiwohikupua na encosta oriental do Mauna Kea. Os dois se apaixonaram e Aiwohikupua propôs que se casassem. Ele foi preparar-se, enquanto Poliahu reuniu suas irmãs. Quando ele voltou com seu séquito, as deusas usavam lindas vestes brancas, que faziam os humanos tremerem de frio. Então as deusas tiraram seus mantos e mostraram-se em roupas feitas com o brilho do sol. De repente, uma mulher apareceu, acusando Aiwohikupua de trair uma promessa de se casar com ela. Poliahu cobriu a mulher com seu manto, congelando-a, e então jogou uma peça de fogo sobre ela. A mulher desistiu de Aiwohikupua e fugiu, e Poliahu e suas irmãs também foram embora, retornando para as suas montanhas. Mais tarde, Poliahu acabou igualmente congelando Aiwohikupua, só que este congelou até a morte.
Poliahu, Pele e a disputa de he’e hölua
O he’e hölua (havaiano para algo como “surf de trenó”) é um esporte que se originou nas ilhas havaianas mais de 2.000 anos atrás. Ele consistia em uma viagem perigosa ao lado de um vulcão em um grande trenó feito de fibras de madeira e coco. Uma vez no topo, o piloto, ou equipe de pilotos, descia a encosta deitado de barriga ou em uma pose típica de surf. Velocidades de até 80 quilômetros por hora eram comuns, e as corridas eram vistas como homenagens a Pele, a deusa havaiana do fogo e dos vulcões. Banido por missionários cristãos do século XIX, que viam o esporte como perigoso e um desperdício de tempo, o jogo foi recentemente revivido por havaianos nativos que tentam se reconectar com sua história. (fonte: http://hypescience.com/10-esportes-antigos-completamente-aterrorizantes)
Um dia, enquanto praticava he’e hölua com os mortais, Poliahu foi acompanhada por uma bela estranha que a desafiou. Como a estranha não tinha um trenó, Poliahu lhe emprestou um para que pudessem competir.
Na primeira corrida, Poliahu passou facilmente a estranha. Graciosamente, Poliahu trocou trenós com ela, antes de vencê-la novamente na segunda corrida. Na terceira corrida, porém, a estranha tentou evitar que Poliahu ganhasse abrindo correntes de lava à sua frente, revelando então sua verdadeira identidade: a deusa dos vulcões, Pele.
Poliahu correu para o topo da montanha, fugindo do ataque de Pele. Assim que recuperou sua compostura, Poliahu jogou neve na lava e congelou-a, confinando-a à extremidade do sul da ilha. Até hoje, é dito que Pele governa os vulcões Kilauea e Mauna Loa, mas deve submeter-se a Poliahu no extremo norte da ilha.
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