21 de abril de 2021

Hanuman

۞ ADM Sleipnir

Hanuman é o poderoso deus macaco hindu, e também um dos mais populares do hinduísmo, sendo adorado como um símbolo de força física, perseverança e devoção. De acordo com o RamayanaHanuman é um avatar do deus Shiva, nascido para auxiliar Rama (sétimo avatar de Vishnu) em sua missão. Ele também é um dos sete Chiranjivi ("imortais"), que segundo o hinduísmo, permanecerão vivos até o final desta era.

Nascimento  

Hanuman é considerado filho de Vayu, o deus do vento, e de Anjana, uma apsara que tinha forma de macaco devido a uma maldição, que só poderia ser anulada se ela desse à luz uma encarnação de Shiva. O nascimento de Hanuman está diretamente atrelado à história do rei de Ayodhya, Dasaratha. Dasaratha não tinha filhos e foi aconselhado pelo sábio Vashishta a realizar uma cerimônia com a qual pediria aos deuses que o favorecesse com filhos. Dasaratha então o fez, com grande pompa e piedade, e recebeu das mãos de Agni (ou Vishnu) uma tigela contendo um bolo (fontes diferentes falam de néctar, pudim entre outros, tratarei como bolo para facilitar a compreensão), o qual ele deveria compartilhar entre suas três rainhas. 


Dasaratha o fez, mas sua segunda rainha, a jovem Kaikeyi, recebeu sua parte por último, e sentindo-se afrontada, jogou o bolo fora. Um corvo (ou águia) pegou o pedaço de bolo e voou com ele no bico em direção à uma floresta do reino Kishkindha, onde Anjana e seu marido Kesari prestavam adoração à Shiva pedindo por um filho. Vayu, o deus do vento, soprou fortemente e fez com que o bolo caísse do bico do corvo e caísse nas mãos de Anjana. Então, o próprio Shiva apareceu diante dela e a instruiu a comer o bolo. Anjana obedeceu, e dessa forma engravidou e posteriormente deu à luz Hanuman, que era uma encarnação de Shiva, e dessa forma pôs fim a sua maldição.

Voltando à história de Dasaratha, sua esposa Kaikeyi se arrependeu de ter jogado o bolo forma, e mais tarde se tornou mãe de Bharata, o segundo dos quatro filhos que Dasaratha recebeu como resultado da cerimônia. O primeiro filho de Dasaratha foi Rama, nascido de sua primeira esposa Kaushalla, sendo ele a sétima encarnação de Vishnu e aquele que confrontaria Ravana, o demônio tirano rei de Lanka. A esposa mais jovem de Dasaratha, Sumitra, deu à luz aos gêmeos Lakshmana e Satrughna.

Recebendo (e esquecendo) seus Dons

Desde o seu nascimento, Hanuman possuía um apetite voraz, e sua mãe dava o máximo de si para alimentá-lo. Seu apetite era tanto que ele até mesmo tentou devorar o sol, tentativa essa frustrada por Indra, o rei dos deuses, que lançou seu raio no ainda bebê Hanuman, impedindo-o de devorar a única fonte de luz do mundo. Porém, Hanuman caiu ferido sobre a terra, e isso despertou a fúria de Vayu.


Vayu decidiu entrar em greve até que Indra fosse punido por ter ferido seu filho. Dessa forma, o ar parou de circular no mundo e isso colocou toda a vida em risco. Para aplacar a fúria de Vayu, os deuses decidiram oferecer ao bebê uma infinidade de bênçãos. Hanuman recebeu imunidade ào fogo e a água, proteção contra danos provocados por armas divinas (astras), capacidade de mudar de tamanho, podendo ficar tão pequeno quanto um grão de areia e tão grande quanto uma montanha, e por último, a imortalidade (este dom, segundo algumas versões da lenda, só foi dado a ele por Rama antes de morrer). Satisfeito, Vayu fez com que o ar voltasse a circular pelo mundo, e Hanuman voltou aos cuidados de sua mãe.

Algum tempo depois desse evento, Hanuman começa a usar seus poderes em espectadores inocentes como simples pegadinhas, até que um dia ele provoca a  fúria de um sábio, que o amaldiçoa fazendo-o esquecer de seus poderes. A maldição continuaria em vigor, até que ele fosse lembrando de seus poderes em sua maioridade.

Aprendendo os Vedas com Surya

Conforme Hanuman crescia, se tornava mais curioso sobre o mundo e desejava aprender tudo o que pudesse sobre ele. Perguntando a sua mãe, Anjana, sobre como ele poderia obter tamanho conhecimento, ela o disse que somente o sol (Surya) que percorria o mundo todos os dias, poderia ensiná-lo. Então, Hanuman pela segunda vez na vida abordaria o sol, mas desta vez sem a intenção de devorá-lo. 

Hanuman aborda Surya e pede que ele o transmita seu conhecimento, mas o deus alega não ter tempo para isso, pois passa o dia percorrendo o mundo e descansa durante a noite. Hanuman então propõe acompanha-lo durante sua viagem pelo mundo, percorrendo o trajeto à sua frente enquanto Surya o ensinava. Surya o alertou de que o seu brilho e calor o incomodariam mas Hanuman não se importava, contando que pudesse obter todo o conhecimento que desejava. Impressionado com a determinação de Hanuman, Surya então aceita o acordo e então os dois passam a percorrer o mundo, com Hanuman aprendendo os vedas, sânscrito, poesias, entre muitas outras coisas diretamente de Surya. 


Após terminar seu aprendizado, Hanuman manifestou seu desejo de retribuir Surya por tudo o que ele lhe ensinou. Surya então comentou que seus filhos, Sugriva e Vali, estavam agora brigados em Kishkindha, e pede que Hanuman auxiliasse e protegesse Sugriva, exilado por seu irmão.

Participação no Ramayana

O encontro com Rama

Hanuman conhece Rama durante o período de exílio deste na floresta. Acompanhado de seu irmão Lakshmana, Rama estava procurando por sua esposa Sita, que foi sequestrada pelo rei demônio Ravana. Sua busca os leva às proximidades da montanha Rishyamukha, onde o macaco Sugriva, junto com seus seguidores e amigos, estão se escondendo de seu irmão mais velho Vali, o imperador vanara que acusou falsamente Sugriva de tramar um regicídio. Recusando-se a ouvir a explicação de Sugriva, Vali o baniu do reino, e enquanto mantinha a  esposa de Sugriva cativa em seu palácio.

Os dois foram avistados por Sugriva, que cogitando a possibilidade deles serem assassinos enviados por seu irmão Vali para matá-lo, ordena que seu então ministro, Hanuman, descobrisse suas identidades. Para cumprir seu propósito, Hanuman se disfarçou como um brâmane e abordou os irmãos pedindo que lhe contassem mais sobre si mesmos. Ao ouvir o que os dois tinham a dizer, Hanuman soube no mesmo instante que os problemas de Sugriva estavam para acabar e, assumindo sua forma de macaco, caiu aos pés de Rama. 


Hanuman conduziu Rama e Lakshmana até a presença de Sugriva, onde selaram um pacto de cooperação mútua. Rama ajudaria Sugriva a recuperar seu reino e derrotar seu irmão Vali. Sugriva, por sua vez, auxiliaria Rama a encontrar sua esposa. Porém, uma vez recuperado seu reino, Sugriva se esqueceu de cumprir sua promessa, deixando Rama triste e Lakshamana furioso. Hanuman alertou Sugriva sobre o seu terrível esquecimento, lembrando-o de como Rama prontamente o ajudou, então Sugriva deu início à busca por Sita.

O início das buscas

Grupos de busca foram enviados para todas as direções do globo, e Hanuman integrou o grupo enviado para o sul, acompanhado do rei dos ursos Jambavan e de Angada, sobrinho de Sugriva. Rama, confiando plenamente na capacidade de Hanuman, descreveu sua esposa a ele e deu-lhe um anel, que deveria ser mostrado a Sita para que ela soubesse que Hanuman era um aliado seu. Após um longo período de buscas infrutíferas, o grupo de Hanuman encontrou-se com Sampati, irmão de Jatayu, que havia perdido a vida tentando resgatar Sita das mãos de Ravana. Sampati deu a eles a localização de Lanka, reino de Ravana. 

Ao chegarem às margens do oceano, o grupo ficou desolado, pois a distância entre o continente e o reino, situado numa ilha, era de mais de 1200 quilômetros. Angada garantiu que poderia saltar aquela distância, mas apenas uma vez. Jambavan se lamentou por ser muito idoso e não poder atravessar, porém ele sabia que Hanuman em tempos antigos havia manifestado grandes poderes, e o lembrou sobre eles. Dessa forma, Jambavan acaba sendo responsável por remover a maldição que limitava as habilidades do deus macaco.

As provações de Hanuman


Tão logo recordou de seus poderes divinos e de como usá-los, Hanuman assumiu o tamanho de uma montanha e saltou sobre o oceano, indo em direção a ilha de Lanka. Durante seu salto, Hanuman foi testado três vezes. 

Na primeira, a montanha dourada Mainaka apareceu em frente a ele, oferecendo-lhe um local para descansar. Hanuman agradeceu, mas disse que não tinha tempo para isso. Posteriormente, Surasa, a mãe das serpentes (nagas), surgiu diante ele dizendo que ele era um alimento enviado até ela pelos deuses, e que iria devorá-lo. Hanuman lhe explicou que ele estava numa missão de resgate e pediu que ela permitisse sua passagem, mas Surasa disse que ele só poderia passar por ela passando por sua boca, pois essa era a benção que ela havia recebido dos deuses. Hanuman então expandiu o seu tamanho enquanto Surasa abria sua boca na mesma proporção. Ambos seguiram aumentando de tamanho até que Hanuman de repente encolheu até ficar do tamanho de um polegar, entrando e saindo do corpo de Surasa antes que ela o devorasse. Dessa forma, a benção dada à Surasa não foi violada, e assim Hanuman poderia seguir em frente.


Por úlitmo, Hanuman se deparou com Simhika, filha do asura Hiranyakashipu e que possuía o dom de controlar as sombras de qualquer um. Simhika agarrou a sombra de Hanuman e tentou impedi-lo de seguir adiante.  Mais uma vez, Hanuman ficou minúsculo e entrou no corpo de Simhika, só que diferentemente do que fez com Surasa, Hanuman rasgou os orgãos vitais de Simhika e a matou.

A chegada em Lanka

Tendo superado os desafios, Hanuman finalmente chegou à ilha de Lanka, onde encontrou a cidade habitada por Ravana e seus seguidores demônios. Assumindo uma forma minúscula, ele se esgueirou pela cidade até  conseguir entrar no palácio de Ravana. Após muita procura, ele encontrou Sita em um bosque, protegido por guerreiros rakshasas. Ela tinha uma fisionomia magra e abatida, com o rosto coberto de lágrimas, e vestindo roupas desgastadas.

Hanuman avistou ainda Ravana indo em sua direção e tentando fazer com que ela se entregasse a ele, mas sem sucesso. Após a saída de Ravana, Hanuman se aproximou dela, cantando sobre as glórias de Rama e pacificando seu coração. Hanuman então estendeu suas mãos e mostrou-lhe o anel que Rama havia lhe entregado. Reconhecendo o objeto imediatamente, Sita chorou de emoção, reconhecendo que de fato Hanuman estava ali a serviço de seu marido. Hanuman propôs que Sita sentasse em suas costas e fugisse com ele, de volta à companhia de Rama, mas ela não aceitou, dizendo que deveria ser resgatada apenas pelo seu marido em pessoa. Hanuman então a tranquiliza, informando-a de que seu amado Rama logo viria à Lanka para confrontar Ravana e seu exército e resgatá-la.


Incendiando Lanka

Após deixar Sita, Hanuman preparava-se para retornar até Rama, porém decidiu antes testar as forças do inimigo. Ele começou a destruir as árvores do bosque de Ashoka, o preferido de Ravana, e quando a notícia chegou ao palácio, Ravana despachou 80.000 rakshasas para capturá-lo, mas nenhum deles obteve sucesso. Akṣayakumāra, filho mais novo de Ravana, também tentou impedir Hanuman, mas foi outro fracasso. Enfurecido, Ravana enviou seu filho mais velho, o poderoso Indrajit. Satisfeito com o que havia visto, Hanuman deixou que Indrajit o capturasse, só para ter um encontro face a face com Ravana.

Levado até a presença de Ravana, Hanuman exigiu que ele devolvesse Sita imediatamente, mas o rei demônio recusou o pedido, e decidiu matá-lo. Ravana então foi avisado por seu irmão mais novo Vibhishana, o qual depois se tornaria um aliado de Rama na batalha, de que matar um mensageiro era proibido pelas escrituras. Ravana então decidiu torturá-lo, ordenando que seus servos ateassem fogo na cauda de Hanuman.

Tendo cumprido seus objetivos, Hanuman decidiu não perder mais tempo em Lanka, então mudou de tamanho repentinamente, atingindo sua forma gigante e rasgando as cordas que o prendiam. Hanuman então andou pela cidade, e conforme ele a balançava sua cauda de um lado para o outro, fazia com que chamas se espalhassem por toda parte. No tumulto que se seguiu, Hanuman conseguiu escapar, saltando de volta em direção ao continente.

De volta ao continente, Hanuman encontra com Jambavan e os demais, e reporta tudo o que aconteceu. Eles então retornam para o reino Kishkindha, onde Rama aguardava por notícias. Ao saber que Sita estava bem e o esperava, Rama reuniu o apoio do exército de Sugriva e marchou para Lanka. Assim começa a lendária Batalha de Lanka. 

Salvando a vida de Lakshmana

Durante a longa batalha, Hanuman desempenhou um papel como general no exército de Rama. Durante um intenso combate contra Indrajit, Lakshmana, irmão de Rama, foi mortalmente ferido e morreria a menos que tivesse seu ferimento tratado com uma erva especial chamada Sanjivani, que só nascia nas montanhas do Himalaia. Hanuman era o único que poderia fazer essa viagem rapidamente e em tempo de salvar Lakshmana, portanto ele próprio partiu nessa missão. Chegando no Himalaia, ele descobriu que haviam muitas ervas ao longo da encosta das montanhas. Não querendo correr o risco de levar de volta a erva errada, ele aumentou de tamanho e ficou maior que as montanhas. Ele então arrancou uma delas do chão e voou de volta para a batalha com ela nas costas, para que outros pudessem encontrar a erva específica e assim recuperar Lakshmana.

Arte de Tan Man

Ao lado de Rama até o fim

Ravana foi derrotado e a guerra de Lanka teve um fim. O exílio de 14 anos de Rama também estava próximo de acabar, e Rama se lembra da promessa de seu irmão Bharata de se sacrificar caso Rama não retornasse para governar Ayodhya tão logo seu exílio terminasse. Rama estava ansioso para retornar e impedir o auto-sacrifício do irmão, mas temia não chegar à tempo. Mais uma vez, Hanuman auxilia Rama, viajando rapidamente até Ayodhya para informar a Bharata que Rama estava a caminho.

Já de volta a Ayodhya, e estabelecido como rei, Rama concedeu presentes e homenagens a todos que o ajudaram durante a batalha de Lanka. Hanuman recusava qualquer presente, porém Rama o abraçou dizendo que jamais poderia recompensá-lo apropriadamente por tudo o que fez por ele e por Sita. 


Sita, porém, insistia que Hanuman merecia mais honra do que qualquer um e pediu que ele encontrasse algo com o qual gostaria de ser presenteado. Hanuman, novamente recusou qualquer tipo de oferta, então Sita deu a ele um colar de pedras preciosas que adornava o seu pescoço. Ao receber o colar, Hanuman começou a desmontá-lo, olhando atentamente dentro de cada pedra. 

Ninguém entedia o porque de Hanuman destruir um presente tão valioso, e ele explicou a todos que procurava dentro das pedras para ver se Sita e Rama estavam ali, porque, se não estivessem, o colar não teria nenhum valor para ele. Alguns começaram a zombar de Hanuman, dizendo que tal nível de reverência e amor profundos por Rama e Sita era impossível, e o questionaram dizendo: “E o seu coração? Se você não encontrar Rama e Sita em seu coração, ele será inútil?". Em resposta, Hanuman abriu seu peito e todos ficaram perplexos ao verem uma imagem de Rama e Sita gravada em seu coração.


Hanuman permaneceu ao lado de Rama até o fim de seu reinado e sua renuncia ao seu eu mortal, quando partiu para os céus para retornar ao seu eu divino como Vishnu. 

O Encontro com Bhima (Mahabharata)

Bhima, um dos irmãos Pandavas, teve um encontro com Hanuman enquanto procurava pela flor Saugandhika, cujo perfume havia agradado Draupadi. Em sua busca, acabou esbarrando com um enorme macaco que obstruía o seu caminho em uma floresta. Bhima deu um enorme grito na tentativa de acordar o macaco e fazê-lo levantar, mas só conseguiu espantar os pássaros e outros animais menores. O poderoso Hanuman, no entanto, abriu os olhos parcialmente, e olhando para Bhima, disse-lhe que estava indisposto e cansado, e por isso estava deitado ali. Aconselhou ainda que Bhima retornasse, pois aquele caminho era vedado aos humanos.

Bhima retrucou explicando a Hanuman quem ele era e qual sua descendência, e insistiu que ele saísse da frente, caso contrário sofreria as consequências. Hanuman sorriu e insistiu que ele seria destruído caso tentasse forçar a passagem por ele. Bhima continuou a ignorar os avisos de Hanuman, e reforçou  que se ele não saísse do caminho, ele iria tirá-lo a força.

Hanuman disse a Bhima que se ele realmente queria passar por ali, teria que passar por cima dele, pois estava fraco e não conseguia levantar. Bhima então disse que ele até seria capaz de fazê-lo, assim como seu irmão Hanuman fez no passado para atravessar o oceano e ir até Lanka, porém os vedas proibiam que ele o fizesse.

Bhima não fazia idéia de que falava com o próprio irmão, e Hanuman por sua vez ficou surpreso por Bhima ter citado seu nome, e pediu-lhe que contasse mais a respeito. Irritado, Bhima contou toda a história de como Hanuman cruzou o oceano em busca de Sita, e declarando-se igual ao deus macaco em força e valentia, mais uma vez ameaçou retirá-lo do caminho. Hanuman reconheceu que Bhima tinha escrúpulos para não saltar sobre ele, e sugeriu que ele passasse ao lado dele, bastando apenas levantar sua cauda e passar por baixo dela. Orgulhoso de sua imensa força, Bhima pensou não só em levantar a cauda, mas lançar o macaco pelos ares e então abrir o caminho. Mas para seu espanto, ele não foi capaz de mover nem um milímetro sequer da cauda de Hanuman.


Envergonhado, e reconhecendo a força e grandeza do ser que estava diante dele, Bhima abaixou sua cabeça e de forma humilde pediu que o macaco lhe revelasse sua identidade. Hanuman então lhe revela sua identidade, e lhe explica que aquele caminho era a estrada para o mundo espiritual, morada de inúmeros yakshas e rakshasas, e devido ao grande perigo que estava adiante, ele o havia impedido de passar. Ele apontou ainda para um córrego perto dali, onde Bhima poderia encontrar a flor Saugandhika que tanto procurava.

Bhima ficou maravilhado por conhecer seu irmão, e não se conteve em pedir que ele lhe mostrasse a forma na qual ele havia cruzado o oceano nos tempos de Rama. Hanuman exitou por um momento mas acabou cedendo e expandiu seu tamanho, ficando do tamanho de uma enorme montanha. Após o encontro, Bhima se sentiu revigorado e tornou-se mais forte do que antes. Antes de partir, Hanuman ainda lhe deu a seguinte benção: "Quando você rugir no campo de batalha como um leão, minha voz se juntará à sua e infligirá terror nos corações de seus inimigos. Eu estarei presente no estandarte da quadriga de seu irmão Arjuna, e vocês serão vitoriosos".

Arte de Rakesh Chakraborty

fontes:
  • https://www.thehindu.com
  • http://hinduism.about.com
  • https://www.ancient.eu/Hanuman
  • https://www.newworldencyclopedia.or

4 comentários:

  1. Muito legal! Sabia que existe uma animação do Épico Ramayana no Youtube? vale a pena assistir. Hanuman tem uma participação grande nele.

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  2. gostei do site, bela história

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