13 de março de 2024

Bahloo

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Bahloo (também conhecido como "Homem da Lua") é um espírito masculino que personifica a lua, oriundo da mitologia dos Gamilaraay (ou Kamilaroi)povo aborígene australiano cujas terras se estendem de Nova Gales do Sul ao sul de Queensland. Como a personificação da lua, Bahloo habita o céu, por onde viaja todos os dias. Durante as suas viagens, Bahloo é perseguido e cortejado por Yhi, o espírito feminino que personifica o Sol, mas ele sempre recusa suas investidas. Dizem que os eclipses ocorrem quando ela consegue alcançá-lo. Um mito conta que Yhi ordenou aos espíritos que sustentam o céu para que nunca deixassem Bahloo escapar até a Terra; caso contrário, o mundo seria mergulhado na escuridão. Apesar disso, nos mitos gamilaraay, Bahloo é dito às vezes andar na Terra. Dizem que ele faz isso ao se disfarçar como um emu.

Criando os bebês do mundo

Um mito atribui a Bahloo a função de criar os bebês humanos. Esse mito ocorre em um tempo onde Bahloo vivia na Terra juntamente com Wahn, o corvo, e Buumayamayal, o lagarto. Um dia, Wahn pediu a Bahloo para que, além de fazer novos bebês, ressuscitasse os mortos. Bahloo recusou o pedido de Wahn, deixando-o mundo chateado. Ao ver uma grande árvore de goma, Wahn pediu a Bahloo que subisse na árvore para pegar algumas larvas. Bahloo concordou e prontamente subiu na árvore. Quando viu que Bahloo já estava no topo da árvore, Wahn soprou na árvore de goma, fazendo-a crescer até o céu. Assim, Bahloo passou a viver no céu.

A origem da morte e do ódio entre homens e cobras

Outro mito envolvendo Bahloo busca explicar tanto a mortalidade do homem quanto o ódio entre homens e cobras. Neste mito, Bahloo passeava pela noite trazendo consigo três cobras de estimação (as quais ele chamava de seus "cachorros"). Ele encontra um grupo de homens e então pede a eles para levarem as cobras através de um rio para ele. Com medo das cobras, os homens recusaram o pedido, então Bahloo fez isso sozinho, com duas cobras enroladas em cada braço e uma em volta do pescoço. Ao chegar do outro lado do rio, ele jogou um pedaço de casca na água, que flutuou, e uma pedra, que afundou. Bahloo então declarou que ele próprio era como a casca, sempre ressurgindo, mas que os homens seriam como a pedra, afundando no fundo quando estivessem mortos. 

Os homens, que sempre temeram as cobras, passaram a odiá-las, e as matavam sempre que viam uma. Porém, Bahloo sempre envia mais cobras ao mundo, para lembrar as pessoas de que elas não haviam feito o que ele pediu.


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