5 de agosto de 2025

Giba

۞ ADM Sleipnir

Giba (jap.: 馬魔ou ぎば, lit. "Demônio Cavalo"; também chamado Taiba (jap.: 頽馬, "Cavalo Decaído", ou Teiba-fū, jap.: 提馬風, "Estilo do Cavalo Arrebatador") é um yokai do folclore japonês, descrito no livro Sōzan Chomon Kishū (想山著聞奇集, "Coleção de Histórias Extraordinárias Ouvidas por Sōzan"), escrito por Miyoshi Sōzan em 1850. Considerada uma entidade maligna, o Giba era associado a uma doença fatal que afetava cavalos, conhecida como sageuma (提馬), nas províncias de Owari e Mino (atual região de Aichi e Gifu).

Descrição e comportamento

De acordo com o folclore, Giba era um tipo de yokai ou espírito maligno que invadia o corpo dos cavalos pelo nariz, percorria seus órgãos internos e saía pela parte traseira, causando morte súbita. Algumas versões descrevem este yokai como uma mulher demoníaca, vestindo roupas escarlates e adornos dourados, que montava um pequeno cavalo dourado, semelhante a um besouro-joia.

Durante seus ataques, ela descia dos céus "como uma pipa" e se aproximava da vítima. O cavalo começava a relinchar de forma anormal enquanto a montaria do Giba agarrava-se ao seu rosto, apoiando as patas dianteiras na boca do animal e as traseiras em sua crina. Em seguida, a entidade sorria e desaparecia, fazendo com que o cavalo girasse três vezes para a direita antes de cair morto. Ao examinar o cadáver, constatava-se que seu ânus estava dilatado, como se tivesse sido perfurado por um bastão grosso.

Origem e relatos

De acordo com o Sōzan Chomon Kishū, o Giba teria se originado do espírito vingativo de uma jovem eta (um membro da classe social marginalizada, conhecida como burakuminque morreu em Higashimachi, na província de Ōmi (atual cidade de Ōtsu, em Shiga). Após sua morte, ela teria se transformado neste yokai maligno, passando a atacar cavalos como forma de retribuição ou maldição.

Miyoshi Sōzan documentou relatos de um de seus servos, chamado Yoshimatsu, um camponês da vila de Shizuno, em Mino, que afirmou ter encontrado o Giba em duas ocasiões. Yoshimatsu, por sua experiência como tratador de cavalos, descreveu métodos específicos para proteger os animais da maldição. Entre as medidas defensivas estavam o uso de um mago-banten (casaco de tratador) sem obi (faixa), que deveria ser mantido à mão para situações de emergência. Quando o Giba atacava, o tratador precisava agir rapidamente: ele deveria cobrir o pescoço do cavalo com o casaco, forçar o animal a virar para a esquerda (contrariando seu impulso natural de girar para a direita) e, por fim, enfiar uma agulha no músculo acima da cauda. Acreditava-se que esse ritual quebrava o feitiço e salvava o cavalo de uma morte certa.


fontes:

CLIQUE NO BANNER ABAIXO PARA MAIS POSTS SOBRE



CLIQUE NO BANNER ABAIXO PARA MAIS POSTAGENS DA SÉRIE

Nenhum comentário:

Postar um comentário



Seu comentário é muito importante e muito bem vindo, porém é necessário que evitem:

1) Xingamentos ou ofensas gratuitas ao autor e a outros comentaristas;
2)Comentários racistas, homofóbicos, xenófobos e similares;
3)Spam de conteúdo e divulgações não autorizadas;
4)Publicar referências e links para conteúdo pornográfico;
5)Comentários que nada tenham a ver com a postagem.

Comentários que inflijam um desses pontos estão sujeitos a exclusão.

De preferência, evite fazer comentários anônimos. Faça login com uma conta do Google, assim poderei responder seus comentários de forma mais apropriada, e de brinde você poderá entrar no ranking dos top comentaristas do blog.



Ruby