31 de março de 2017

Turiel

۞ ADM Sleipnir

"Turiel, Angel of  The Mountain", arte de Peter Mohrbarcher

Turiel
(ou Tûrêl, aramaico: טוריאל, grego: Τονριήλ) é um dos vigias caídos, de acordo com o antigo texto apócrifo conhecido como o Livro de Enoque. De acordo com traduções posteriores, ele é um dos 20 anjos líderes dentre os 200 anjos caídos, sendo mencionado como o décimo oitavo. Acredita-se que o seu nome tenha se originado do aramaico tuwr ("pedra") e El ("Deus"), significando então "Rocha de Deus", enquanto a tradução tirada do trabalho de M.A. Knibb sobre o Livro Etíope de Enoque é "Montanha de Deus" ou "Rocha de Deus ".

O Grimório de Turiel

Existe um grimório chamado "O Grimório Secreto de Turiel", publicado em 1960, no qual é dado ao mago instruções sobre como contactar Turiel. O autor, Marius Malchus, afirma que o original teria sido escrito por volta de 1518, e que pode ter sido copiado de algo mais antigo. Marius Malchus teria comprado em 1927 a tradução em inglês de um original latino (hoje perdido) das mãos de um padre interdito, que o copiou antes de vendê-lo. Nenhuma referência ao trabalho aparece em qualquer lugar antes de 1960, quando o trabalho foi originalmente publicado por Malchus. A história do padre interdito e a do grimório original perdido provavelmente são invenções criadas por Malchus afim de encobrir os motivos pelos quais não existem cópias e registros mais antigos do que o publicado por ele em 1960.

Capa da edição mais atual do Grimório Secreto de Turiel,
 disponível para compra no site da Amazon

O grimório de Malchus plagia e reusa material da obra de Arthur Edward Waite
The Book of Black Magic and of Pacts (em particular, a sua tradução do grimório The Arbatel de magia veterum) e a introdução da edição de 1888 da Chave do Rei Salomão, de Samuel Liddell MacGregor Mathers. Em última análise, está relacionado com (se não baseado em) um manuscrito de meados do século XIX, da autoria do ocultista britânico Frederick Hockley, intitulado The Complete Book of Magic Science ("O Livro Completo da Ciência Mágica")

fonte:

29 de março de 2017

Homens Azuis de Minch

۞ ADM Sleipnir


Os Homens Azuis de Minch (em inglês "The Blue Men of Minch", também conhecidos como "storm kelpies") são um clã de criaturas sobrenaturais marinhas que, de acordo com as lendas escocesas, habitam o estreito conhecido como "O Minch", localizado entre as Ilhas Shiant, a Ilha de Lewis e as Ilhas Longas

Eles são descritos como sendo criaturas humanóides de pele azul, com cabelos e barba verdes e dotados de um físico excepcionalmente forte. Eles habitam em cavernas subaquáticas, e são chefiados por um espírito aquático chamado Shony/Seoniadh.



Sob as ordens de seu líder, os Homens Azuis de Minch nadam lado a lado das embarcações que atravessam o Minch, na tentativa de atrair os marinheiros para dentro d'água. Eles são capazes de conjurar tempestades para tentar naufragar as embarcações. Os povos locais dizem que eles só podem ser aplacados se forem derrotados em uma espécie de duelo de rimas. O líder dos Homens Azuis de Minch recita duas linhas de poesia para o capitão da embarcação, e este deve responder recitando também duas linhas de poesia. Se o capitão da embarcação for bem sucedido, os Homens Azuis de Minch e seu líder se retiram, deixando a embarcação seguir seu curso sem ser prejudicada.



27 de março de 2017

Nukekubi

۞ ADM Sleipnir
Nukekubi  (jap. 抜け首 / ぬけくび, literalmente "pescoço removível") é um yokai do folclore japonês, na verdade, uma variante de outro yokai, o Rokurokubi. Este yokai é em muitos aspectos semelhante ao Rokurokubi, exceto que sua cabeça se separa completamente do corpo, ao invés de se esticar para fora do corpo como a de um Rokurokubi.

Um Nukekubi também é muito mais violento do que um Rokurokubi. Como sua cabeça se destaca do corpo, ele pode alcançar distâncias muito maiores do que um Rokurokubi normalmente pode, e além disso, ele possui sede de sangue. A cabeça voando normalmente suga o sangue de suas vítimas como um vampiro, mas ocasionalmente morde seres humanos e animais até levá-los a morte.

Arte de Jonny Hinkle

A maldição de se transformar em Nukekubi e Rokurokubi é incurável, e muitas vezes é transmitida geração após geração. Quando uma família descobria que uma mulher da casa era uma Nukekubi ou Rokurokubi, eles a vendiam para algum bordel ou circo, ou então a forçavam a cometer suicídio para assim preservar a honra da família.

Lendas

Uma lenda famosa na cidade de Echizen conta sobre uma jovem mulher aflingida pela maldição da Nukekubi. Todas as noites, sua cabeça deixava seu corpo e saia pela cidade perseguindo jovens rapazes pela rua durante todo o trajeto até suas casas. Uma vez impedida de entrar, a cabeça mordia a porta das residências, deixando marcas profundas nelas. Quando a jovem descobriu sobre sua maldição, ela ficou tão envergonhada que pediu ao seu marido para que se divorciasse dela, e em seguida cometeu suicídio,  acreditando que seria melhor morrer do que viver o resto de sua vida como um monstro.


Já outra lenda da cidade de Hitachi conta sobre um homem que era casado com uma Nukekubi, e que ouviu de um vendedor ambulante que o fígado de um cão de pelos brancos podia remover a maldição. O homem matou seu próprio cão, e deu seu fígado para sua esposa, certo de que ela estava curada da aflição. No entanto, a maldição havia sido passada para sua filha, cuja cabeça passou a voar pela cidade mordendo cães brancos até levá-los a morte. 

Outras histórias afirmam que remover o corpo da nukekubi para um lugar seguro durante a noite, faz com que a cabeça não seja capaz de retornar ao corpo, e assim ela acabará morrendo. No entanto, esta não é uma cura que a maioria das famílias ficariam felizes em tentar.

Arte de Matthew Meyer



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24 de março de 2017

Priapo

۞ ADM Sleipnir


Na mitologia grega, Priapo (ou Príapo) era um deus menor da fertilidade, protetor dos rebanhos, colméias, plantas frutíferas, hortas, jardins e também da genitália masculina. Ele era originalmente um divindade cultuada pelos mísios (habitantes da Mísia, uma antiga região do noroeste da Ásia Menor, atualmente território turco).

Iconografia

Priapo era geralmente representado como um homem de baixa estatura, usando um barrete frígio (indicando sua origem como um deus mísio), e com um pênis exageradamente grande à mostra (o que deu origem ao termo médico priapismo). Ele costuma aparecer segurando um cesto de frutas ou próximo a um. 




Mitologia

De acordo com Pausânias e Diodoro SículoPriapo é filho de uma relação extra-conjugal de Afrodite com o deus dos vinhos, Dionísio (outras fontes atribuem sua paternidade aos deuses Dionísio e Quione, Hermes, Zeus e Afrodite, dentre outros). 

Ele foi amaldiçoado pela deusa Hera ainda no ventre de Afrodite, por motivo de ciúmes. Afrodite havia subornado o herói Paris para indicá-la como a mais bela durante um concurso de beleza entre ela, Hera e Atena, e inconformada com o resultado, Hera amaldiçoou Priapo, desejando que ele nascesse feio e com uma eterna ereção, porém seria impotente.  

Após nascer, os deuses recusaram aceitar Priapo no Monte Olimpo, e o abandonaram na terra. Sozinho, Priapo acabou sendo encontrado pelos sátiros. Priapo juntou-se a e a outros sátiros e passou a ser cultuado como um deus da fertilidade, embora ele se mantivesse eternamente frustrado por sua impotência. 

Em uma obscena anedota contada pelo poeta Ovídio, Priapo tentou violar a deusa Héstia enquanto ela dormia, mas acabou sendo frustrado pelo zurrar de um jumento, que o fez perder a ereção e também acordou a deusa. O episódio fez com que Priapo passasse a odiar os jumentos, exigindo que eles fossem destruídos em sua honra. No entanto, Priapo vingou-se fazendo com que o emblema de sua natureza lasciva permanecesse nos jumentos. 



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22 de março de 2017

Naglfar

۞ ADM Sleipnir

Arte de Jeff

Naglfar ("Navio de Unhas" em nórdico antigo, também chamado de Naglfari) é na mitologia nórdica uma horrenda embarcação construída com as unhas dos mortos, que durante os eventos do Ragnarok irá conduzir os gigantes de gelo para a sua batalha final contra os deuses, na planície de Vigrid. 

Os nórdicos acreditavam que quando o Ragnarok estivesse próximo de acontecer, os lobos Skoll e Hati engoliriam o sol e a lua, e as estrelas desapareceriam do céu. A terra e as montanhas tremeriam tanto que todos os gigantes e monstros que haviam sido presos pelos deuses se libertariam. Jormungand, a monstruosa serpente que habita o fundo dos oceanos, levantaria-se furiosa contra a terra, e esse cataclisma faria com que o navio Naglfar fosse solto de suas amarras. Capitaneado por um gigante chamado Hrym, Naglfar seria guiado nas águas tempestuosas em direção à Asgard.

Arte de redvulpesART

Uma vez que esta terrível embarcação é construída com as unhas dos mortos, era costume entre os antigos povos noruegueses cortar bem pequenas as unhas de seus mortos. Dessa forma, eles acreditavam que estavam ajudando a prevenir o fim do mundo, privando o inimigo da matéria prima para a construção de sua embarcação.

Arte de Dhattura

fonte:

20 de março de 2017

Triglav

۞ ADM Sleipnir


Arte de Carlos Semper

Triglav 
(em russo Трибог; também chamado Triglov, Troglav ou Troyan) é uma antiga divindade guerreira pertencente a mitologia eslava. Ele é um dos deuses mais misteriosos dentro do panteão eslavo, e existem inúmeras teorias que o colocam em diferentes papéis dentro do mesmo. Uma dessas teorias diz que ele é uma espécie de deus supremo e governante dos três reinos (céu, terra e submundo). Outra teoria afirma que Triglav é na verdade é a fusão de três divindades, comumente SvarogPerun e Dazbog. Algumas versões substituem Dazbog por SvetovidVeles ou Chernobog.


Arte de Sukharev

Iconografia

Triglav era comumente retratado como um deus com três cabeças e com vendas cobrindo seus olhos, de modo a conter seus poderes ou, conforme seus sacerdotes acreditavam, para não ver os pecados cometidos pelos humanos, pois ele era um ser completamente puro. Cada estátua, ídolo ou escultura de Triglav o mostra com os olhos cobertos em todas as três cabeças. Existem algumas representações que o mostram com três cabeças de cabra.



Templos e Rituais

Biografias do bispo cristão Oton de Bamberg datadas do séculos XI e XII fornecem informações sobre templos dedicados a Triglav. Frei Ebo, companheiro e biógrafo de Oton, escreveu que um dos templos dedicados a Triglav em Estetino, Polônia, era decorado com imagens de pessoas e animais do lado de fora. As imagens eram tão bem esculpidas que poderia-se pensar que elas estavam vivas. Um décimo de todos os despojos de guerra eram trazidos para o templo de Triglav, e por isso, haviam todos os tipos de armas, itens de ouro e prata e outros objetos de valor dentro dele. A estátua de Triglav, às vezes dentro do próprio templo e às vezes na mais alta das três colinas circundantes, era menor do que a estátua de outros deuses, porém, era toda feita de puro ouro e prata. Quando a cidade de Estetino foi batizada, Oton demoliu o templo de Triglav, arrancou as três cabeças de sua estátua e as enviou ao Papa em Roma.

A mesma biografia descreve a maneira como os sacerdotes de Triglav profetizavam o futuro em seu nome. Na verdade, em todas as profecias, a figura central era um cavalo dedicado a Triglav e que tinha um dos sacerdotes ao seu lado durante as mesmas. Quando uma conquista era planejada, nove lanças eram fincadas no chão, a distancia de um cúbito uma da outra, e então um sacerdote guiava o cavalo selado sobre elas exatamente três vezes. Se o cavalo não tocasse em nenhuma das lanças, o povo iria para a guerra, mas se as tocasse, o povo desistiria. Diz-se que a sela do cavalo também era feita de ouro e prata, e era mantida no templo ao lado da estátua de Triglav, porque os sacerdotes de Triglav acreditavam que o deus andava à cavalo durante a noite para afugentar os maus espíritos. Após a conversão da cidade inteira ao cristianismo, apenas o guardião do cavalo permaneceu fiel aos velhos deuses e religião.

17 de março de 2017

Ramidreju

۞ ADM Sleipnir

Arte de Ed Kwong

O Ramidreju é uma criatura pertencente à mitologia e folclore da Cantábria, comunidade autônoma localizada ao norte da Espanha. 
Ele se assemelha a uma doninha. porém possui um corpo longo como uma cobra e sua pele é esverdeada. Seus olhos são amarelos e seu nariz é como o de um porco, e ele o usa para cavar buracos muito profundos. 


De acordo com o folclore cantábrio, a cada cem anos nasce um Ramidreju de uma doninha ou marta. Ele é dito habitar as montanhas e florestas cantábricas, e é uma criatura bastante procurada porque segundo as lendas, sua pele é capaz de curar todas as doenças. Além disso, o Ramidreju possui um grande desejo por ouro, e uma vez capturado, pode acabar guiando seu captor a tesouros perdidos ou ocultos.





15 de março de 2017

H. P. Lovecraft

۞ ADM Sleipnir


Arte de Lenka Šimečková

H. P. Lovecraft
(nome completo: Howard Phillips Lovecraft) foi um famoso escritor americano, mestre em histórias de horror. Nascido em 20 de agosto de 1890, em Providence, Rhode Island, Lovecraft teve uma infância incomum marcada pela tragédia. Seu pai, um vendedor ambulante, desenvolveu um tipo de transtorno mental causado por uma sífilis não tratada quando ele tinha cerca de três anos de idade. Em 1893, seu pai foi internado no Hospital Butler em Providence, e lá permaneceu até sua morte em 1898.

Infância

Lovecraft foi criado por sua mãe, Sarah, por duas tias, e por seu avô, Whipple van Buren PhillipsLovecraft vivia doente, e devido aos seus problemas de saúde, ele pouco frequentou a escola, passando muitos anos de sua infância em casa. Apesar disso,  desde cedo, Lovecraft mostrava ser uma criança prodígio. Aos dois anos ele já recitava poesias, e aos seis anos ele já era capaz de escrever seus próprios poemas. Seu avô desde cedo o encorajava a ler e escrever, tendo lhe apresentado versões infantis de clássicos como a Ilíada e a Odisséia, além de ter lhe apresentado a clássicas histórias de terror gótico. Lovecraft amava os trabalhos de Edgar Allan Poe e desenvolveu um interesse especial na astronomia.

Arte de Mai Egurza

Em 1904, seu avô faleceu, e sua família entrou em um estado de pobreza, devido à incapacidade das filhas de administrarem os seus bens. Eles obrigados a se mudar para acomodações muito menores e insalubres, o ajudou a prejudicar ainda mais a saúde de Lovecraft. Em 1908, Lovecraft sofreu um colapso nervoso, acontecimento que o impediu de receber seu diploma de graduação no ensino médio e, consequentemente, complicou sua entrada numa universidade.

Esse fracasso pessoal marcaria Lovecraft pelo resto dos seus dias. Ele se tornou uma figura reclusa por vários anos, escolhendo passar os dias estudando até tarde, lendo e escrevendo e depois dormindo até a tarde do dia seguinte. Durante este tempo, ele conseguiu publicar alguns artigos sobre astronomia em vários jornais.

A Carreira de Escritor

Lovecraft começou sua carreira como um aspirante a jornalista, juntando-se à United Amateur Press Association em 1914. No ano seguinte, lançou sua revista auto-publicada The Conservative, para a qual ele escreveu várias poesias e outros fragmentos. Embora ele tivesse imerso na ficção no início, Lovecraft tornou-se mais sério sobre escrever histórias em torno de 1917, quando publicou seu primeiro trabalho profissional, "Dagon", na revista de terror Weird TalesMuitos dos primeiros trabalhos de Lovecraft foram influenciados pelos escritos de Lord Dunsany, um autor irlandês de contos de fantasia, bem como o autor favorito de Lovecraft, Edgar Allan Poe.

Arte de David Hartman

A Weird Tales adquiriu algumas das histórias de Lovecraft em 1923, dando-lhe o primeiro gosto de sucesso literário. No ano seguinte, ele se casou com Sonia Greene, com quem morou no bairro do Brooklyn, em Nova York durante dois anos antes de se separarem. Após o término de seu casamento, Lovecraft reto
rnou a Rhode Island, onde começou a trabalhar em algumas de suas melhores histórias. 

"O Chamado de Cthulhu" foi publicada em 1928 na Weird Tales, e talvez seja a obra que melhor ilustrada os esforços de Lovecraft em criar uma espécie de terror de outro mundo. Nela Lovecraft introduziu os leitores a Chtulhu, o primeiro de muitos seres sobrenaturais que poderiam causar estragos na humanidade. Elementos dessa história reapareceriam depois em outros contos relacionados - coletivamente conhecidos por muitos como os Mitos de Cthulhu. Essas histórias posteriores refletiam os próprios ideais filosóficos de Lovecraft. De acordo com a revista American Heritage, Lovecraft certa vez escreveu: “Todos os meus contos partem da fundamental premissa de que as leis, interesses e emoções humanas não possuem nenhuma validade ou significância na grande imensidão do universo.

Últimos anos e Morte

Em seus últimos anos de vida, Lovecraft passou por muitas dificuldades. No ano de 1932, sua amada tia Lilian Clark, com quem ele morava, veio a falecer. Ele se mudou para uma pequena casa, situada atrás da Biblioteca John Hay, com sua outra tia, Annie Gamwell. Nessa época, seus textos aumentaram em complexidade e em número de palavras, e isso dificultava e muito as vendas. Mal conseguindo sustentar-se, Lovecraft passou a trabalhar com revisões e "ghost-writing" de textos assinados por outras pessoas.

No ano de 1936, seu amigo e correspondente Robert E. Howard (autor de Conan, o Bárbaro) se suicidou, e sua morte deixou Lovecraft profundamente entristecido e abalado. Neste mesmo ano, a doença que o mataria (um câncer intestinal) avançou o suficiente para que pouco pudesse ser feito contra ele. Durante os meses seguintes, Lovecraft suportou dores cada vez crescentes, até ter que ser internado no Hospital Memorial Jane Brown, em Providence, no dia 10 de março de 1937. onde morreria cinco dias depois.

Lovecraft deixou mais de 60 histórias curtas e alguns romances e novelas, incluindo "O Caso de Charles Dexter Ward". Sua morte foi lamentada por seus amigos, colegas e por aspirantes a escritores com quem ele correspondia e colaborava. Dois desses amigos, August Derleth e Donald Wandrei, formaram uma editora chamada Arkham House, dedicada a  promover e preservar o trabalho de Lovecraft.

Seu Legado

Desde a sua morte, H. P. Lovecraft ganhou um reconhecimento muito maior do que ele recebeu durante sua vida. Sua obra tem sido uma inspiração para inúmeros escritores, como por exemplo Peter Straub, Stephen King e Neil Gaiman. Suas histórias também serviram de inspiração para muitos filmes, incluindo Hunters of the Dark (de 2011) e Cthulhu (de 2007), inspirou jogos como Alone in the Dark e Bloddborne e músicas de bandas famosas como Metallica, Black Sabbath, Cradle of Filth, dentre muitas outras. 

Arte de Abigail Larson


13 de março de 2017

Epona

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Epona era a deusa galo-romana dos cavalos, sendo originalmente associada a terra e a fertilidade. Seu nome é derivado da língua gaélica e significa "Grande Égua". Epona era cultuada em muitas regiões como a deusa protetora dos cavalos, burros, mulas e de seus cavaleiros. Ela chegou a ser adorada por soldados romanos, que colocavam santuários decorados com rosas em cada estábulo.

A deusa irlandesa Macha é vista por muitos como uma manifestação de Epona. Epona também é geralmente associada a deusa galesa Rhiannon.


Epona é normalmente representada como uma jovem mulher parcialmente vestida, montada em um cavalo (geralmente branco) ou ladeada por dois ou mais cavalos ou potros. Ela também costumava ser representada sentada em um trono com dois potros se alimentando em seu colo. Em um relevo antigo, ela é mostrada sentada em um trono com tríades de cavalos de cada lado, enquanto um porco está sendo sacrificado. Ela era muitas vezes representada com uma série de atributos, como a cornucópia ou a patera (espécie de bacia de cerâmica onde eram feitas as oferendas, semelhante a um caldeirão raso), que a relacionam com a abundância e a prosperidade.



Epona costuma ser creditada como a responsável por transportar e guiar as almas dos mortos para a vida após a morte, a cavalo. Alguns dizem que ela não era apenas uma amazona hábil, mas também capaz de se transformar em cavalo, aparecendo como uma égua branca-prateada. 


10 de março de 2017

O Gigante Adormecido da Baía de Guanabara

۞ ADM Sleipnir


Ao chegar ao Rio de Janeiro pelo mar, e ver de longe a formação montanhosa que circunda a baía de Guanabara, tem-se a impressão de que ela forma o vulto imenso de um homem deitado. Olhando para a paisagem, é possível distinguir perfeitamente a cabeça, o peito, as pernas e os pés. Esta formação montanhosa se estende por sete bairros (Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Urca) e seu comprimento se estende por cerca de 18 quilômetros.

Uma foto antiga da região

Uma foto atual

De acordo com uma antiga lenda, este vulto é na verdade o corpo de um gigante que há milhares de anos, guardava a baía de Guanabara, e que após ter assassinado uma bela índia, foi transformado por Deus em pedra. 
Uma história contada por pescadores diz que o gigante de pedra ás vezes se levanta e "vai passear". Para isso, ele invoca as nuvens e cobre os morros com um forte nevoeiro, para que assim ninguém note a sua ausência. Esta história em particular é contada pelos seguintes versos de Wilson Rodrigues: 

Dizem os homens do mar
Que, quando o gigante dorme, 
 Parece que sonha com o sol! 
Nos dias de muita luz, 
Quando saem para pescar, 
Lá vêem, deitado na serra,  
O gigante a sonhar. 
Ai! quando há nevoeiro, 
O gigante nos abandona.
 Para onde o gigante vai? 
Vai pelo caminho das estrelas? 
Vai pelos vales distantes? 
Ninguém sabe para onde ele vai...
 Mas, o nevoeiro passa, 
E o gigante volta 
Para dormir sobre a serra,
 Bem junto do mar... 
Volta, gigante de pedra,
 Dorme, que a luz do sol é o teu luar!

Essa lenda também inspirou a famosa propaganda da Johnnie Walker:



fontes:

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9 de março de 2017

Portal no Youtube: Peeira

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Nosso vídeo falando sobre a Peeira, a chamada "Fada dos Lobos" presente no folclore português. Inscrevam-se em nosso canal, e se gostarem do vídeo, qualifiquem-o e compartilhem-o nas redes sociais!

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8 de março de 2017

Tashmetum

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Arte de Genzoman

Tashmetum
(também conhecida como Tashmetu ou Tashmit) é uma deusa acadiana/babilônica e seu nome 
significa literalmente "A Senhora que escuta". Ela é a consorte de Nabu, o deus padroeiro dos escribas, e os dois compartilhavam um templo na cidade sumeriana de Borsippa, na qual eles eram deidades patronais.

Ao lado de Nabu, Tashmetum era freqüentemente invocada em tardias orações babilônicas e assírias e em textos rituais como uma mediadora misericordiosa, protetora do mal e deusa do amor e do poder. Astronomicamente, Tashmetum foi identificada com a constelação de Capricórnio.



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7 de março de 2017

Portal no Youtube: Shenlong

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Nosso vídeo falando sobre o fabuloso dragão chinês, Shenlong. Inscrevam-se em nosso canal, e se gostarem do vídeo, qualifiquem-o e compartilhem-o nas redes sociais!

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6 de março de 2017

Chiminigagua

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Arte de Julian Leonardo Acosta

Chiminigagua (também conhecido como Chiminichagua ou Chimichagua) era o deus supremo, onipotente e criador do mundo de acordo com religião do povo Muisca. Os Muisca e sua confederação foram uma das civilizações avançadas das Américas e desenvolveram sua própria religião na região do Altiplano Cundiboyacense, na Cordilheira dos Andes.

Lenda

No início, havia somente a escuridão, que preenchia tudo como uma noite eterna. Em meio a esta escuridão, havia algo grande que não possuía nem forma e nem rosto, mas por dentro possuía luz. Este era Chiminigagua.

Chiminigagua abriu sua gigantesca barriga, de onde era possível ver feixes de luz saindo. Em seguida, ele criou um par de pássaros negros que saíram pelo mundo carregando a luz de Chiminigagua em seus bicos, iluminando todo o mundo. 


Por último, Chiminigagua criou outros deuses, como Chía (a Lua), Sue (o Sol), Cuchavira (o arco-íris), Chaquén (fertilidade) e Bachué (deusa mãe criadora da humanidade). Estes ficaram encarregados de criar o resto do mundo.

Chiminigagua era uma divindade estática, que mesmo supremo e onipotente, não se envolvia em assuntos mundanos, e nem era adorado diretamente pelos Muiscas, mas por intermédio dos outros deuses. Adorar esses deuses era o mesmo que adorar Chiminigagua. Alguns dos cultos Muisca, em particular o do sol, envolvia o sacrifício de crianças.

3 de março de 2017

Amakusa Shirō Tokisada

۞ ADM Sleipnir

Arte de Genzoman

Amakusa Shirō
(天 草 四郎 ?, c.1621? - 28 de fevereiro de 1638), também conhecido como Amakusa Shirō Tokisada (天草四郎 時 貞?), foi um jovem ronin líder da Rebelião de Shimabara, uma revolta de católicos romanos japoneses contra o xogunato. Eles foram derrotados e Shiro foi executado quando ainda tinha apenas 16 anos de idade, tendo sua cabeça exibida em um pique perto de Nagasaki. Desde o final do século 20, Shiro tem sido caracterizado na cultura popular como um personagem em vários mangás, animes e jogos.

Shirō nasceu em 1621, onde nos dias de hoje fica a cidade de Kami-Amakusa, na província de Kumamoto. Seu pai se chamava Masuda Jinbei, um ex-membro do clã Konishi convertido ao catolicismo (de acordo com algumas fontes, Shirō seria na verdade um filho bastardo de Toyotomi Hideyori, o filho e sucessor de Toyotomi Hideyoshisucessor de Oda Nobunaga e considerado o segundo "grande unificador" do Japão).

Aos 15 anos de idade, o jovem e carismático Shirō era conhecido pelos seguidores católicos japoneses como "mensageiro do céu", e os mesmos lhe atribuíam poderes milagrosos.


Após completar 16 anos, Shirō veio a se tornar o líder da Rebelião Shimabara, sendo escolhido entre outros quatro ronin que participaram da insurreição, por uma profecia atribuída a São Francisco Xavier, que foi encontrada no texto deixado por um missionário jesuíta expulso do Japão vinte e cinco anos antes, e contida em uma poesia onde se dizia que chegaria um rapaz "ame no tsukai" (em português "enviado do céu") que iria evangelizar todo o Japão.

Ao tomar conhecimento da revolta, o xogunato enviou tropas do daimiô Itakura Shigemasa que, para tentar deter a revolta, aprisionaram e torturaram a mãe e as irmãs de Shirō, que decidiu se entrincheirar dentro do Castelo Hara e combater Shigemasa com a ajuda dos camponeses católicos que o seguiam. 

Dentro do Castelo Hara haviam por volta de 40.000 pessoas, onde cerca da metade delas eram as esposas e filhos dos “soldados” que defenderam o castelo com armas leves, contra um exército regular composto por mais de 125.000 soldados comandados por Itakura Shigemasa e por Matsudaira Nobutsuna. Este último, homem de confiança do xogum Iemitsu, veio a substituir o primeiro após sua morte, que se deu durante um confronto contra os rebeldes. 


Shirō conseguiu defender-se por muito tempo, derrotando os adversários, inclusive conseguindo matar Itakura Shigemasa. Nobutsuna, seu substituto, recebeu de 
Yamada Uemonsaku, um dos rebeldes, a informação de que os suprimentos do castelo estavam no fim. Decidindo aproveitar a ajuda de seus aliados holandeses, Nobutsuna fez com que eles destruíssem com suas embarcações os muros do Castelo Hara para então invadir com seu exército e por fim a rebelião. Cansados, com fome e sem munição, Shirō e seus seguidores foram completamente derrotados. Com exceção do traidor Yamada, todos os que estavam dentro do castelo, incluindo mulheres e crianças, foram decapitados, e a cabeça de Shirō ficou exposta sobre uma estaca em Nagasaki, como advertência aos rebeldes católicos. Conta-se que as últimas palavras de Shirō foram: "Eu retornarei após 100 anos e tomarei minha vingança.

Muitos cristãos japoneses consideram Shirō um santo, mas a Igreja Católica Romana não o canonizou. Uma estátua de Amakusa Shirō encontra-se hoje instalada no Castelo de Shimabara.


Ruby