29 de maio de 2015

Hidebehind

۞ ADM Sleipnir


Hidebehind é uma misteriosa criatura noturna pertencente ao folclore lenhador norte-americano. Diz a lenda que ele devora seres humanos que vagueiam em florestas durante a noite, e é creditado pelo desaparecimento de vários madeireiros durante o período colonial dos Estados Unidos. 

O Hidebehind geralmente descrito como um animal grande e poderoso, embora ninguém até hoje tenha sido capaz de ver algum graças a sua excepcional capacidade de camuflagem. Quando sua presença é notada, o Hidebehind se esconde de imediato atrás de um objeto (geralmente uma árvore) ou atrás da própria presa, de uma forma que se torna virtualmente impossível de ser visto. Desta forma, ele consegue perseguir presas humanas sem ser notado e as ataca sem chance de defesa. Após matar sua vítima, o Hidebehind a arrasta  para seu covil e se alimenta dela,
 principalmente de seus intestinos. Dizem que ele possui uma forte aversão ao álcool, sendo portanto um ótimo repelente contra um possível ataque.



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28 de maio de 2015

Shadhahvar

۞ ADM Sleipnir


O Shadhahvar é uma espécie mítica de antílope/unicórnio presente no folclore persa. O animal é descrito como tendo cerca de 1,8 m de altura, e um único chifre na cabeça, sendo este ramificado e oco. Manchas escuras marcam o seu rosto, escorrendo de seus olhos, dando-lhe a aparência de um animal que chora constantemente. 

Apesar de algumas semelhanças físicas com um unicórnio, elas terminam aqui. Na Pérsia, ter um único chifre simbolizava crueldade e perigo e, portanto, o Shadhahvar era considerado um animal perigoso. Diferentemente dos unicórnios, que são conhecidos como sendo criaturas dóceis e bondosas, o Shadhahvar é um animal carnívoro que ataca pessoas e animais afim de se alimentar deles. 

O principal meio de atrair suas presas é o seu chifre.  Ele possui extremidades ocas e quando o vento sopra através delas, produzem as mais belas e tentadoras melodias. Homens e animais são atraídos pelas notas agradáveis​​, e o Shadhahvar irá atacá-los e levá-los a morte. 


27 de maio de 2015

Leontophone

۞ ADM Sleipnir


Leontophone (Leontophonos, Leophontes) é um pequeno animal descrito em bestiários medievais como sendo uma espécie letal para os leões. Para acabar morto, um leão só precisa mordê-lo, embora, em um ritual próprio, a carne do leontophone é queimada e suas cinzas são polvilhadas sobre um pedaço de carne, que é colocado em uma encruzilhada. Se um leão comer até mesmo uma pequena quantidade desta carne contaminada, ele morre. Os antigos consideravam esse método um "arranjo feliz", uma vez que tanto os leões e os leontophones morrem no processo; a partir disto, pode-se seguramente assumir que assim como os leões eram considerados perigosos, os leontophones eram tidos como pragas.

Da mesma forma, devido ao perigo que representam para os leões, estes instintivamente odeiam os leontophones. Quando confrontados por um leontophone, os leões muitas vezes os caçam e os matam, rasgando-os com as suas garras ao invés de mordê-los ou devorá-los. No entanto, algumas fontes afirmam que os leões fogem instantaneamente das pequenas criaturas, somente atacando-os e matando-os quando ficam sem opções de fuga (sendo que atacar um leontophone pode fazer com que o mesmo urine, e sua urina também é fatalmente venenosa para os leões).

Embora nenhuma fonte forneça uma representação clara da aparência de um leontophone, algumas fontes especulam que a criatura se pareça com um pequeno javali ou um pequeno urso, enquanto outras especulam que ele é uma criatura serpentina ou semelhante a um verme.

26 de maio de 2015

Haetae

۞ ADM Sleipnir


Haetae (coreano 해태, também escrito Haitai ou Haechi) é uma criatura lendária pertencente a mitologia coreana, também presente na mitologia chinesa sob o nome de Xiezhi (獬豸). Ela possui a aparência de um cão com juba de leão, com um corpo coberto de escamas e usando um sino pendurado no pescoço. Ocasionalmente é representado com um chifre no meio da testa, semelhante a um unicórnio.

De acordo com as lendas, o Haetae é uma criatura sábia, e possui a capacidade de ver tudo, julgar o bem e o mal e proteger contra desastres naturaisEle também possui a incrível habilidade de poder parar, voltar ou avançar no tempo. Esta criatura incomum também é capaz de morder a lua, o que segundo a lenda, explica o período minguante da lua.

A presença de um par de estátuas representando o Haetae em frente de todos os palácios principais da Coreia é essencial. Aliás, sua imagem também é colocada na entrada de lojas, restaurantes, e até mesmo nas casas como uma maneira supersticiosa de proteção. Em 2009, o Haetae foi adotado como mascote oficial da cidade de Seul. A elaboração do desenho do mascote teve como base a estátua do Haetae que fica no palácio Gyeongbokgung.  

25 de maio de 2015

Ênio

۞ ADM Sleipnir

Arte de Genzoman

Ênio (do grego Ἐνυώ, "guerreira") era uma antiga deusa da guerra, filha de Zeus e Hera e contraparte e irmã de Ares, segundo Eustácio, comentador de Homero, embora o autor da Ilíada pareça considerá-la a mesma deusa que Éris, a discórdia. Com Ares, teria sido mãe de Eniálio, um deus menor da guerra, segundo Quinto Esmirneu.

O nome Ênio é provavelmente um epiteto feminino de Enyálios, nome de um deus da guerra, muitas vezes associado ao grito de guerra. Este último já aparece no período micênico sob a forma Enuwarijo e trata-se, provavelmente, de divindade pré-helênica.


Como deusa da guerra, Ênio é responsável por orquestrar a destruição de cidades, frequentemente acompanhando Ares na batalha e descrita como "suprema na guerra". Durante a queda de Troia, Ênio infligiu horror e morte, ao lado de Éris, Fobos e Deimos, os dois filhos de Ares.

Em Tebas e Orcômeno, um festival chamado Homolôïa era celebrado em honra de Zeus, Deméter, Atena e Ênio, que teriam recebido o epíteto de Homoloïus de Homoloïs, uma sacerdotisa de Ênio. Uma estátua de Ênio, feita pelos filhos de Praxíteles, erguia-se no templo de Ares em Atenas. Uma das Gréias, segundo Hesíodo, era também chamada Ênio.

Ênio foi identificada pelos gregos com a deusa anatólia Ma e com a deusa romana da guerra, Belona.


fonte:

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22 de maio de 2015

Haumea

۞ ADM Sleipnir


Haumea é uma deusa primordial havaiana relacionada à fertilidade e aos partos, geralmente identificada com a deusa-mãe Papa, podendo ser uma versão dela. Haumea era uma das divindades mais antigas a ser adorada nas ilhas havaianas. Ela é, por vezes dita ser a irmã e consorte do deus Kanaloa, com quem teve vários filhos, sendo os mais proeminentes o deus da guerra Kekaua-kahi, a deusa vulcão Pele, e a bela deusa Hi'iaka.

Haumea é uma divindade que domina a feitiçaria, e usa seus poderes para adotar todos os tipos de formas e identidades. Além disso, ela era capaz de se rejuvenescer constantemente, vindo a ter muitos filhos com seus próprios filhos e seus descendentes, a fim de perpetuar a raça humana. Haumea também é relacionada com os frutais sagrados, que produziam frutas segundo a sua vontade. Ela possuía uma vara mágica chamada Makalei, que atraia os peixes e ajudava na produção de alimentos.Como deusa padroeira dos partos, Haumea se mostrava tão habilidosa que seus filhos nasciam de várias partes de seu corpo. 


Acredita-se que Haumea tenha dado aos humanos a capacidade de dar à luz naturalmente. Em uma história, ela visitou Muleiula, filha de um chefe que estava passando por um parto doloroso, durante o qual ela descobriu que os humanos só davam à luz por meio de cesárea, e o procedimento quase sempre custava a vida das mulheres. Haumea criou uma poção da árvore Kani-ka-wi (Spondias dulcis), que permitiu à mãe empurrar o bebê para fora naturalmente.



Cultura Popular 

No dia 17 de setembro de 2008, a União Astronômica Internacional nomeou o quinto planeta anão conhecido no Sistema Solar de Haumea. As duas luas do planeta receberam o nome de filhos de Haumea: Hiʻiaka e Namaka

No mangá e anime Enen no Shouboutai (Fire Force), há uma personagem chamada Haumea, uma  pirocinética de Terceira Geração e membro dos Capuzes Brancos.

Haumea (Fire Force)

21 de maio de 2015

Perséfone

۞ ADM Sleipnir


Pérséfone era a deusa grega das ervas, flores, frutos e perfumes. Filha única de Deméter, deusa da agricultura e Zeus, rei dos deuses olímpicos, Perséfone nasceu quando Deméter era consorte de Zeus, muito antes de seu casamento com a deusa Hera, não sendo portanto fruto de relação extra-conjugal. 

Perséfone inicialmente chamava-se Koré, que significa "moça virgem". Ela era uma jovem de incrível beleza, a qual atraia inúmeros pretendentes. Hermes, Ares, Apolo, Dioniso, entre tantos cortejaram-na, mas sua mãe Deméter rejeitou todos os seus dons e procurou manter sua filha longe da companhia dos deuses. Apesar dos esforços de Deméter para preservar a pureza de sua filha, ela não foi capaz de impedir que Hades, o deus do submundo surgisse de repente diante dela e a raptasse, levando-a consigo para o seu reino.


Deméter ouviu os gritos de Perséfone e correu para acudi-la, mas já era tarde demais. Nada assinalava a passagem do deus. Somente o ar agitado conservava o vestígio dessa aparição súbita, e as flores caídas atestavam silenciosas uma agitação recente. Apavorada, a pobre mãe não sabia mais aonde ia. Errava pelo lugar, esquecendo seus deveres para com os homens. Normalmente, sua função de deusa da colheita, do trigo e de todas as plantas lhe impunha vigiar a produção agrícola. Na ausência de Deméter, o trigo se recusou a germinar, as plantas cessaram de crescer, e a terra inteira se tornou estéril. Então os deuses resolveram intervir. O Sol, que tudo viu, revelou a Deméter onde estava sua filha. A princípio ela ficou aliviada por Perséfone estar viva, mas quando soube quem a detinha, exigiu que Zeus obtivesse sua libertação.

-"Entendo sua dor de mãe", o deus lhe respondeu. "Intercederei por você junto a Hades. Ele vai devolver sua filha, ou não me chamo Zeus!"

Mas Hades se negou a deixar a doce companheira partir. Deméter decidiu então abandonar suas funções. Pouco lhe importava como os deuses e os mortais viveriam sem ela. Ela também não podia viver sem a filha. Assumiu o aspecto de uma velhinha e se exilou voluntariamente na terra. Iniciou-se então um período cruel para os homens. De novo o solo secou, e a fome ameaçou a espécie humana. 

Essa situação não podia mais persistir. Os deuses se reuniram no palácio de Zeus e concordaram em persuadir Hades a devolver Perséfone à mãe. Zeus tomou a palavra:

- "Caro irmão, você é o soberano do reino subterrâneo. Como tal, age de acordo com a sua vontade, contanto que não se meta neste mundo. Ora, desde que você reteve Perséfone, sua mãe recusa alimento aos mortais. Pela mesma razão, os sacrifícios se fazem raros. Você não pode deixar essa situação se agravar. Devolva a moça!

-"Está bem!", disse o deus esperto. "Mas antes preciso verificar se ela não comeu ou bebeu alguma coisa durante sua estada, senão ela não pode mais voltar à terra. É a lei.


Interrogada, Perséfone respondeu com candura que tinha experimentado as sementes de uma romã. Hades exultou. Mas acabaram fazendo um trato: Deméter teve que aceitar que sua filha permanecesse três meses ao lado de Hades e subisse para ficar com ela o resto do ano. Assim é que, durante três meses, a terra se entristece, junto com Deméter, pela ausência de Perséfone. E o inverno, e o solo se torna improdutivo. Logo que a moça volta, a vida renasce, e a natureza inteira festeja o encontro entre mãe e filha. Somente Hades acha demorada essa primavera que o separa de sua companheira.

Hades e Perséfone tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos. Perséfone interferia nas decisões de Hades, sempre intercedendo a favor dos heróis e mortais, e sempre estava disposta a receber e atender os mortais que visitavam o reino dos mortos à procura de ajuda. Apesar disso, os gregos a temiam e, salvo exceções, no dia a dia evitavam falar seu nome (Perséfone) chamando-a de Hera infernal.


fontes:

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20 de maio de 2015

Bergelmir

۞ ADM Sleipnir

Na mitologia nórdica, Bergelmir ("urso gritador" ou "gritador da montanha" em nórdico antigo) é um dos jotunn (gigantes de gelo), filho de Thrudgelmir e neto de Ymir, o primeiro gigante. Ymir foi morto por Odin e seus irmãos, e o sangue que verteu dos ferimentos de seu corpo era tamanho que acabou causando um verdadeiro dilúvio. Muitos jotuns morreram durante a inundação, e sua raça teria sido extinta se Bergelmir e sua esposa não tivessem usado um tronco oco de árvore como jangada e assim se salvarem. Juntos, chegaram até Jotunheim e lá eles recomeçaram sua vida e deram continuidade a raça dos gigantes de gelo.

Desde então, a inimizade estabeleceu-se, definitivamente, entre deuses e gigantes, cada qual vivendo livremente em seu território, mas sempre alerta contra o inimigo.

Arte de Matias Cabezas

19 de maio de 2015

Lorelei

۞ ADM Sleipnir


Lorelei (Loreley, Loreli) é uma lendária ninfa/sereia presente no folclore alemão, e que de acordo com as lendas, entoava um irresistível canto durante as noites de lua cheia, fazendo os navegantes esquecerem o leme e conduzirem seus barcos contra as rochas.

História

Originalmente, ela era uma mulher extraordinariamente bela, que vivia na cidade de Bacharach-sur-le-Rhin. O seu maior prazer era sentar-se num rochedo perto da margem, e pentear o seu longo cabelo louro, contemplando o seu reflexo na água e cantando uma canção cujo refrão dizia:

- Lorelei, Lorelei, Lorelei!

Lorelei era tão bela, que todos os homens se apaixonavam por ela. Todos sucumbiam aos seus encantos e ela não conseguia recusar os seus avanços. Era uma causa permanente de escândalos na pequena cidade, tanto mais que a maioria dos seus amantes, não suportando que ela não lhes desse o seu amor exclusivo, caíam em languidez, e às vezes suicidavam-se. Em breve, a Igreja soube do sucedido, e o Bispo persuadido que Lorelei era uma criatura do demónio, instrui-lhe um processo de feitiçaria. Interrogou-a longamente em tom severo, mas Lorelei respondeu-lhe com tal franqueza e inocência, que o austero Bispo, sentindo-se tocado no fundo do coração, deixou em liberdade a bela feiticeira. Esta todavia, pôs-se a chorar, dizendo:

- Não posso continuar a viver assim! A minha beleza traz a desgraça a todos os homens. Quanto a mim, apenas amei um homem e foi o único que me abandonou.


O Bispo cheio de pena, propôs a Lorelei que fosse para um convento, para se dedicar a Deus. Ela aceitou com o coração oprimido e pôs-se a caminho, acompanhada por três cavaleiros que lhe serviam de escolta. Chegados a uma falésia que dava para o Reno, ela disse-lhes:

- Deixem-me contemplar, uma ultima vez, o Reno, para que possa lembrar-me dele na minha cela.

Escalou o rochedo, e do cimo, viu um barco que vogava no Reno, então gritou: - Olhem este barco! O barqueiro é o homem que amo, o amor da minha vida! E em seguida, atirou-se ao Reno, sem que nenhum dos três cavaleiros a pudesse impedir.

Desde esse dia, cada vez que um barqueiro do Reno, entra no porto, julga ver, Lorelei, transformada em sereia e a chorar, sentada nos rochedos, penteando os seus longos cabelos de ouro. E ouvem-se ao longe vozes, que dizem: - Lorelei! Lorelei! Lorelei! São as vozes dos impotentes cavaleiros, que assistiram á morte de Lorelei.


fonte:

18 de maio de 2015

Manjusri

۞ ADM Sleipnir


Manjusri (chinês: 文殊 ou 文殊師利, transl. Wenshu ou Wenshushili; japonês: Monju; tibetano: Jampelyang), também grafado Manjushri e Manjughosha, é o bodisatva (ser iluminado) da consciência perspicaz no budismo. Discípulo do Buda histórico Shakyamuni, ele representa sabedoria, inteligência e realização de todos os Budas e seres iluminados, e é um dos mais populares bodisatvas depois de Avalokiteshvara (chinês: Guan Yin; japonês: Kannon).

Juntamente com Shakyamuni e seu colega discípulo Samantabhadra,  Manjusri  forma a Trindade Shakyamuni (japonês: Sanzon Shaka). Manjusri é um dos Oito Bodhisattvas da Sabedoria e um dos Treze Budas japoneses. No Budismo tibetano, ele é representado por vezes numa trindade com Avalokiteshvara e Vajrapani.


Manjusri é mencionado em muitos sutras do maaiana***, particularmente o Sutra Prajnaparamita. O Sutra do Lótus lhe designa um paraíso chamado Vimala, o qual, de acordo com o Sutra Avatamsaka está localizado no leste. Sua consorte, em algumas tradições, é Saraswati.

Manjusri gozou de uma vasta popularidade na Ásia durante muitos séculos. Mas atualmente, na China e no Japão, sua popularidade diminuiu entre o povo comum. No entanto, Manjusri ainda é contado como um dos mais populares dentre os bodisatva. No Japão, os alunos prestam homenagens a ele, na esperança de passarem nos exames escolares e tornarem-se calígrafos talentosos.

Iconografia

Manjusri é representado brandindo uma espada flamejante em sua mão direita, representando a realização da sabedoria que corta a ignorância, a raiz de todo sofrimento. A escritura segura em sua mão esquerda é a Prajnaparamita, representando sua conquista da realização final e da Iluminação. Por vezes ele também é retratado sentado em cima de um leão ou de um shishi (um yokai com a aparência de leão), que simboliza a voz da Lei Budista e o poder do budismo para superar todos os obstáculos.


*** Maaiana: Nível de prática e motivação espiritual no budismo. É também um dos três caminhos para iluminação, além do hinaiana e do vajrayana.

fontes:

15 de maio de 2015

Os Quatro "Filhos de Hórus"

۞ ADM Sleipnir


Dentre os inúmeros deuses egípcios, haviam quatro que eram especialmente chamados de "Filhos de Hórus":  Imseti (ou Imsety, Mesti, um deus com cabeça humana), Hapi (ou Hapy, um deus com cabeça de babuíno; não confundí-lo com o outro Hapi, personificação do Nilo), Duamutef (um deus com cabeça de chacal) e Kebehsenuef (ou Qebsenef, um deus com cabeça de falcão). 

Esses quatro deuses eram estritamente ligados ao culto funerário, sendo cada um responsável pela proteção de um dos órgãos internos das múmias. Os órgãos eram colocados em vasos canopos, com as tampas na forma da cabeça de um dos deuses. Foi no decorrer do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) que os quatro deuses passaram a ser representadas nos vasos canopos.


Os quatro também eram associados aos elementos da natureza, aos pontos cardeais e eram por sua vez protegidos por uma deusa.

Veja abaixo as associações de cada um deles:

  Órgão  Elemento  Ponto Cardeal Deusa Tutelar
Imseti Fígado Ar Sul Ísis
Hapi Pulmões Água Norte Néftis
Duamutef Estômago Terra Leste Neith
Kebehsenuef Intestino Fogo Oeste Serket


Mitologia

Apesar de denominados filhos de Hórus, os quatro deuses nasceram de uma flor de lótus e foram resgatados das águas primordiais por Sobek, o deus crocodilo, por ordem de Rá. Eram divindades dos quatro pontos cardeais, pois haviam anunciado nas quatro direções, ou seja, aos quatro ventos, a vitória de Hórus sobre Seth. Eram protetores do corpo de Osíris e diariamente glorificavam o seu ba. Os quatro filhos de Hórus também estavam presentes no Saguão das Duas Verdades, presidindo, juntamente com Osíris, o julgamento e a pesagem das almas dos defuntos. Nesse caso aparecem em pé, emergindo de uma flor de lótus, e ajudam Anúbis na cerimônia de abertura da boca.


fontes:

14 de maio de 2015

As Unhas do Diabo

۞ ADM Dama Gótica



Há muito tempo atrás, os sinos de Ponte de Lima, uma antiga vila portuguesa começaram a dobrar, tristes e lentos pela morte de um célebre escrivão. Pelas reações da população que progressivamente ia recebendo a notícia, era claro que esta morte não era motivo para lamentações, pois o escrivão não era exatamente um modelo de virtude ou honestidade, tendo lesado muitas famílias. Sabia-se que o morto falsificava documentos e aceitava subornos, os quais guardava numa arca escondida no sótão de sua casa.

Era do consenso geral que sua alma não tinha salvação e duvidava-se que ele teria sequer direito a um enterro cristão. Mas, antes de fechar os olhos, o escrivão quis comprar a consideração e o desgosto dos seus conterrâneos, fingindo-se arrependido dos seus atos condenáveis, comungando e recebendo a extrema-unção das mãos ingénuas de um sacerdote. A falsidade desta atitude, todavia, não convenceu e comoveu ninguém.

O cangalheiro não lhe forneceu o caixão, nem o coveiro se dispôs a abrir-lhe a sepultura. Apenas os frades franciscanos do Convento de Santo António tiveram a piedade de dar-lhe um enterro cristão, recolhendo-lhe o corpo, entre círios devotos, no chão de uma das capelas da igreja, colocando-lhe, por cima, o peso de uma laje funerária. Após a cerimónia simples, os bons dos frades regressaram à humildade das celas, para as orações e o sono. 

Porém, à meia-noite daquele dia, os franciscanos foram acordados por três batidas na porta do convento. Do outro lado da porta, uma voz pedia-lhes para se reunirem na capela, pois queria falar-lhes. Quando abriram a porta, um vulto imponente e de olhar penetrante adentrou o recinto. Assustados, os frades reparam que, apesar de estar muito bem vestido, ele tinha pés estranhos, iguais aos das cabras. O estranho visitante dirigiu-se à capela onde estava sepultado o escrivão e parando à frente da sua sepultura, ergueu com uma força sobrenatural a pedra que ocultava o caixão e arremessou-a para o centro da igreja. Depois, tomou um cálice do altar da capela e, sobre ele, inclinou a boca gelada do escrivão. Com um murro violento nas costas do defunto, obrigou-o a vomitar, sobre o cálice, intacta, a hóstia consagrada que o hipócrita havia sacrilegamente engolido antes de falecer. 

Transformando-se num vulto negro e temível, o estranho recolheu o corpo do escrivão e elevou-se no ar, saindo por uma das janela da capela. A comunidade correu para o adro da igreja, ainda a tempo de ver os dois corpos unirem-se num só e voarem pelos céus com uma risada diabólica, deixando atrás de si um rasto de cheiro de  queimado.

Sim, o desconhecido era, de fato o Diabo em pessoa, que viera pessoalmente buscar a alma pecadora do escrivão. Foi com extrema dificuldade que os frades levaram a laje para fora do convento, deixando-a abandonada à curiosidade e terror do povo que, nela, pode distinguir, bem nítidas, as unhas poderosas do Diabo. 



fonte: 

13 de maio de 2015

Warlock

۞ ADM Sleipnir



Warlock, na tradição cristã histórica, é uma classe de bruxo ou feiticeiro (no sentido pejorativo da idade média da Europa). Em geral um "traidor", "traidor a um juramento" ou quem rouba poderes de outras bruxas. São bruxos que aprenderam a fazer magia e utilizaram contra a sua própria egrégora, ou contra seus irmãos. Para os Wiccanos, o termo "Warlock" significa um bruxo que foi expelido de seu círculo ou Cóven, quebrando juramentos, revelando segredos, trabalhando com magia negra ou cometendo outras traições, tais como, cultuar nos Sabás (Sabath) o lado negro dos deuses ou mesmo uma mais entidades demoníacas.

A etimologia da palavra "Warlock" se deriva inglês arcaico Wærloga, "aquele que quebrou um juramento", entretanto, uma fonte sugere que a palavra pode vir também de Varð-lokkur, um arcaico dialeto nórdico que significa: "o evocador de espíritos". Varðlokkur é traduzido também por "alguma proteção mágica". Uma etimologia mais especulativa interpreta também o termo "wærloga" como o homem que consulta o divino através das pequenas partes de madeira com sinais místicos conhecidas pelos povos Anglo-Saxão e Escandinavo por Runas. Esta última versão da etimologia parece ter sido criada para sustentar a opinião pejorativa cristã sobre os pagãos do passado, visto que segundo os Neo-pagãos, os "warlocks" nada tem a ver com pagãos que cultuam a Deusa e praticam a Arte Divinatória da leitura das Runas.


Assim “warlock”, é o “traidor, o inimigo, o demônio ou diabo”; algo que está inserido como um aspecto de malignidade ou de alguém que tenha a alma negra e que quando percebido pelos irmãos do Cóven é automaticamente expurgado do meio ou do círculo. Uma vez expurgado, ele aperfeiçoa em definitivo suas práticas em amaldiçoar, e são a fonte da correspondência e da negatividade da Arte Sagrada.




12 de maio de 2015

Gwragedd Annwn

۞ ADM Sleipnir


As Gwragedd Annwn ("Esposas do Outro Mundo", em galês e no plural; Gwraig Annwn no singular) são fadas das águas presentes na mitologia galesa. Segundo as lendas, elas habitam em jardins secretos escondidos em ilhas no meio de lagos e que são impossíveis de encontrar, exceto por uma entrada especial aberta em uma rocha próxima a um lago galês no dia de Ano Novo.


Aqueles que encontram uma dessas entradas e ousam atravessá-las acabam encontrando um desses jardins, repleto de maravilhas como as mais belas flores e os mais saborosos frutos. Lá, eles são recebidos pelas Gwragedd Annwn, que lhes ensinam inúmeros segredos e também os convidam a ficarem o tempo que desejarem, contanto que ao partirem não levem consigo nada do que encontrarem no jardim.  

Uma lenda conta sobre um visitante que havia guardado em seu bolso uma flor que havia ganhado das Gwragedd Annwn, pensando que lhe daria sorte. Porém, no momento em que deixou a ilha, a flor desapareceu e ele caiu inconsciente no chão. Desse dia em diante, o portal para aquela ilha foi fechado para sempre.


11 de maio de 2015

Cuca

 ۞ADM Sleipnir

Arte de Rizzartt

Cuca é um dos personagens mais famosos do folclore brasileiro, principalmente por conta da adaptação televisiva da obra "Sítio do Pica Pau Amarelo", escrita por Monteiro Lobato entre os anos de 1920 e 1947. Ela é uma espécie de bicho-papão (bogeyman)cuja lenda é utilizada pelos pais para amedrontar seus filhos e tentar fazer com que os obedeçam, sob a ameaça de serem "pegos pela Cuca" caso não o façam. 

A Cuca é descrita originalmente como uma bruxa bem velha, magra e corcunda, possuindo cabelos brancos e uma pele bem enrugada. Porém, a influência da obra de Lobato tornou a Cuca um monstro com cabeça de jacaré. Nas suas várias representações, é uma criatura perigosa e repleta de dons: por exemplo, faz feitiços, controla o sono e até invade os sonhos alheios. Ela pode ainda se transformar em criaturas noturnas, como corujas ou mariposas, para fugir ou se aproximar sem que ninguém repare.

Arte de Davi Sales

Existem muitas canções e versos sobre a Cuca. Luís da Câmara Cascudo, em seu livro Geografia dos Mitos do Brasil, cita a seguinte canção popular, muito comum no Nordeste brasileiro:

"Nana nenem
que a cuca vem pegar
papai foi pra roça 
mamãe foi trabalhar
Desce gatinho 
De cima do telhado
Pra ver se a criança
Dorme um sono sossegado"

Arte de Daniel "Daniboy" Sanches

Possível origem

Acredita-se que a lenda da Cuca seja derivada de um personagem folclórico português conhecido como Coca, e representado por um dragão que foi morto por um santo (geralmente São Jorge). A Coca até os dias de hoje costuma aparecer em procissões, como o tradicional Festival de Monção. A figura da Coca teria chegado ao Brasil junto com os portugueses durante o período da colonização, e acabou sendo modelada e transformada em um personagem completamente distinto.

Coca

fontes:

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8 de maio de 2015

Xochipilli

۞ ADM Sleipnir


Xochipilli (do nauátle xochi, "flor" e pilli, "príncipe" ou "criança") era o deus asteca das flores, do prazer, do amor, da dança, da pintura, dos jogos, das festas e da criatividade. Ele também era o deus patrono dos homossexuais e dos prostitutos. Sua consorte era a deusa do agave Mayahuel, e sua irmã gêmea era a deusa Xochiquetzal (por vezes dita também ser sua mãe ou sua consorte). Ele possui outros dois irmãos: Ixtlilton (um deus associado a saúde, medicina e da dança) e Macuilxóchitl (deus dos jogos), e como um trio, representavam saúde, prazer e felicidade. 

Xochipilli é uma manifestação benevolente de Piltzintecuhtli, o jovem deus do sol que era por sua vez uma manifestação de Tonatiuh, o supremo deus sol asteca. O deus era intimamente associado com o deus do milho Centeotl (um dos maridos de sua irmã), sendo por vezes referido como o "Príncipe da Flor de Milho" ou Centeotl-Xochipilli, um dos sete Senhores do Dia. Os Zapotecas o adoravam como QuiabelagayoDevido aos seus atributos, Xochipilli era considerado um membro dos Ahuiateteo, os chamados "deuses do excesso e do prazer". Ele é o patrono do 11º dia do calendário asteca, ozomatli (macaco). 


Culto

Xochipilli era particularmente cultuado na cidade de Xochimilco. A oferta mais comum ao deus era o milho, e durante os seus festivais, que eram realizados na estação de crescimento no início e durante Tecuilhuitontli (o 8° mês asteca), pulque (uma bebida alcoólica feita a partir da planta maguey ou agave) era consumido copiosamente. Estátuas do deus também também eram frequentemente enfeitadas com flores e borboletas. 

Durante os quatro dias que antecediam seu festival, era permitido comer somente pão de milho sem sal e somente uma vez por dia. Além disso, os homens não podiam ter relações com suas esposas. Casio o jejum sexual fosse violado, Xochipilli poderia enviar furúnculos, hemorróidas e doenças venéreas àqueles que o fizessem.

Virgens também eram sacrificados em honra de Xochipilli. Os sacrifícios ocorriam durante uma cerimônia especial, onde as pernas da vítima eram cruzadas antes de ter seu coração arrancado e oferecido ao deus. Seus corpos eram levados posteriormente para a "Casa da Névoa",  criada especificamente para estes sacrifícios. 

Uma mulher representando a deusa Xochiquetzal também era ritualmente sacrificada em sua honra. Um sacerdote, então, vestia sua pele e sentava-se em frente do templo, enquanto artesãos dançavam ao redor do sacerdote enquanto ele fingia tecer. Os artesãos se vestiriam como cães, macacos, coiotes, jaguatiricas e onças, enquanto empunhavam símbolos de seu ofício, como um pincel.

Representações

Xochipili era visto como um espírito sem forma, e muitas vezes era descrito como vermelho e sem pele. Na arte, sua representação mais famosa é uma estátua datada do tardio período pós-clássico (1450-1500 d.C.), uma obra-prima da escultura asteca, que reside agora no Museu Nacional de Antropologia na Cidade do México. A estátua possui 1,2 metros de altura e mostra o deus sentado em uma plataforma do templo (ou talvez um tambor), decorada com borboletas, flores e clusters de quatro pontos que representam o sol. Xochipilli está vestindo uma máscara e está coberto de flores de plantas psicotrópicas, cogumelos alucinógenos e peles de animais. 


fontes:
  • https://www.ancient.eu/
  • As Melhores Histórias das Mitologias Asteca, Inca e Maia, de A. S. Franchini
Ruby