29 de janeiro de 2016

O Fenômeno "Taos Hum"

۞ ADM Sleipnir

Uma das coisas mais normais é ouvirmos zumbidos ocasionalmente. Isso pode ser causado pela agressão ao ouvido após um barulho muito alto, uso de algum medicamento ou através do som produzido por algum equipamento eletro-mecânico. Normalmente o zumbido é limitado em uma pequena área e apenas naquelas pessoas que estavam presentes juntos aos eventos mencionados.

Mas e se 2% da população de alguma de algum local ou cidade ouvissem um zumbido sem motivo aparente, que iniciasse e terminasse sempre nos mesmos horários? E se esse zumbido fosse tão constante que atrapalhasse a vida de algumas dessas pessoas impedindo até que tenham uma noite de sono tranquila, levando até mesmo alguns ao suicídio? O nome deste fenômeno é Taos Hum.

O Taos Hum é um estranho fenômeno já relatado por pessoas de várias partes do mundo. Em resumo, trata-se de um zumbido de baixa frequência no qual pessoas que relataram tê-lo ouvido o associaram a um distante motor à diesel. O fenômeno ganhou esse nome no começo dos anos 90, onde centenas de pessoas se uniram e pediram ao Congresso norte-americano para investigar a fonte do ruído que lhes afetavam constantemente. Ele é indetectável ao microfone e à equipamentos eletrônicos dedicados à captação de ruídos. Sua fonte é um mistério, e ninguém sabe de onde vem.

Origem do nome

Uma das cidades mais antigas do México, hoje pertencente aos Estados Unidos, se chama Taos (Coordenadas: 36°24'27.90"N, 105°34'23.73"O), localizada no Estado do Novo México (EUA). A oficialização da cidade de Taos se deu no ano de 1540, mas sua origem real se perde no tempo.

Taos é uma cidade mística. Lar do povo indígena Tiwa, essa cidade é ponto de encontro de Xamãs do mundo todo que se reúnem em congressos periódicos.

Em 1991, o fenômeno do zumbido de Taos (Taos Hum) foi exposto ao mundo. A imprensa na época apelidou aquele estranho zumbido, o qual muitas pessoas diziam que ouviam, de Taos Hum (zumbido de Taos).

A cidade de Taos, no Novo México, EUA


Procurando a causa

Vários laboratórios e cientistas se engajaram na missão de tentar encontrar a origem do zumbido, mas apenas conseguiram descartar possibilidades e não chegaram a nenhuma conclusão.

Em seus estudos, constataram que 2% da população da cidade era afetada pelo zumbido. Os Hummer’s, como foram chamados os afetados, fizeram exames médicos e quase todos, se não a maioria, não sofria de problemas auditivos. Quando se achava que era um fenômeno limitado à cidade, eis que relatos aparecem em diversas regiões do planeta. Locais como Suécia, Inglaterra e outros países europeus, além do Japão, relataram problema semelhante.


Outros relatos ainda diziam que o Taos Hum causava outros efeitos, como dor de cabeça, insônia, tontura, entre outros. O som se iniciava repentinamente, como se algum dispositivo tivesse sido ligado, e era muito baixo, mas extremamente irritante. Inicialmente se suspeitou que o zumbido possuía alguma relação com instalações militares localizadas na região, mas não havia nada que provasse tal hipótese.

Não havia sinais acústicos consistentes que podiam explicar  o zumbido. A hipótese de atividades sísmicas também foi descartada. Vários exames foram realizados nas pessoas que relataram o zumbido, mas nada de anormal foi detectado. Para dificultar ainda mais a investigação, o som não podia ser captado por aparelhos eletrônicos, como microfones.

O zumbido também poderia ser proveniente do corpo da pessoa, gerado pela audição ou cérebro, sem estímulo externo. No entanto, isso não explica porque o fenômeno é relatado em sua maioria somente em lugares específicos.

A investigação foi concluída, e a fonte do ruído permanece um mistério até hoje. Alguns vão ainda mais longe e atribuem o Taos Hum à teorias bizarras:

1. Transmissão de dados via rádio


Não foi confirmado, mas suspeita-se que, no Centro de pesquisa naval no Novo México, utilizam equipamentos para se comunicar com submarinos militares através de “ondas de freqüência ultra-longas” transmitidas através do solo, o que poderia ocasionar o problema;

2. Rede Elétrica


Alguns acreditam que a origem esteja nas fiações elétricas, encanamentos e torres de empresas de celular. O fato não foi muito levado em consideração por que se essa fosse a causa, provavelmente haveriam muitos mais relatos pelo mundo e não apenas locais limitados.

3. Aliens


Todos sabem que o Novo México foi palco de visitas e até de acidentes com naves alienígenas, conforme divulgado pela imprensa em diversas épocas. O Taos Hum poderia ser um sinal de comunicação alienígena que está relacionado com o Incidente de Roswell, que aconteceu ali perto. Poderia ainda ser proveniente de atividades que envolvem extraterrestres na misteriosa Área 51, também localizada ali perto.

Misteriosamente a mitologia suméria fala de deuses que, viajando através do espaço em “embarcações de fogo”, desciam das estrelas e que um zumbido tomava conta das pessoas enquanto as “naves” permaneciam na Terra.

4. Naves Alienígenas


Outra possibilidade discutida, é de que o ruído também poderia ser gerado através de motores de naves alienígenas, os quais seriam baseados em sistemas de propulsão antigravitacional com antimatéria, produzindo um som de baixa freqüência.

5. Abduções


Outra teoria gerada, é de que os Hummer’s seriam pessoas que já foram abduzidas e implantes cerebrais, causariam essa sensação de desconforto quando acessados pelos alienígenas.

6. Teste de armas secretas

Em 1970 a cidade de Medford, Oregon, era considerada a cidade do suicídio noturno. O Dr. Fraser, professor da Universidade da Carolina do Norte, ficou encarregado de investigar a causa do excesso de suicidas na região. Checou a água, o ar, o solo e diversas possibilidades adicionais e não encontrou nenhuma explicação para o suicídio em massa. Pesquisadores então descobriram que freqüências ultra-baixas estavam sendo emitidas em Medford de uma base militar próxima. Ao questionaram o comandante sobre o fato, ele respondeu que sabiam do fato, mas que eles não eram responsáveis, e sim os Russos.

Supostamente, segundo relatos dos pesquisadores, não apenas descobriram que a fonte vinha da base, mas também que se propagava pela cidade através das antenas de TV, causando um estado depressivo. Tempos depois foram visitados por agentes governamentais, informando que não poderiam divulgar a pesquisa por ser um “assunto de segurança nacional”.

Seja como for, o Taos Hum ainda é motivo de debates, sendo que alguns cientistas nem acreditam que seja real, já que ninguém sabe de onde ele vem e as investigações são baseadas em relatos. O que na realidade seria esse misterioso ruído? Será que algum dia descobriremos o seu mistério?



fonte: 

27 de janeiro de 2016

Lararak

۞ ADM Sleipnir

Arte de Javier Bahamondes

Lararak (ou Latarak) é uma divindade/demônio pertencente à mitologia mesopotâmica. Ele é um dos onze demônios criados pela deusa Tiamat para lutarem ao seu lado na batalha contra Marduk. Após a morte de Tiamat, ele foi obrigado por Marduk a se tornar um dos guardiões dos portões do submundo. 

Lararak é geralmente representado como um centauro, com um corpo leonino ao invés de equino. Suas armas eram um chicote ou uma clava. Em Dungeons & Dragons, existe uma raça de criatura meio centauro-meio leão chamada Wemic, possivelmente inspirada em Lararak.



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25 de janeiro de 2016

Shenlong

۞ ADM Sleipnir


Shenlong (também Shen-lung, chinês simplificado: 神龙; chinês tradicional: 神龍; pinyin: shén lóng, literalmente "espírito dragão", japonês: 神 竜, Shinryu) é uma classe de dragões da mitologia chinesa, tidos como mestres das tempestades, da chuva e dos ventos. Eles possuem o poder de flutuar no céu e, graças a suas escamas azuladas, dificilmente podem ser vistos a olho nu.

Os chineses tomavam muito cuidado para não ofendê-los, pois se eles se sentissem ofendidos ou negligenciados, o resultado era o mau tempo, seca, inundações ou tempestades, comprometendo assim toda a agricultura.

Na cultura popular, Shenlong é um nome muito famoso graças ao mangá/anime Dragon Ball, onde nomeia um deus dragão que atende os desejos daqueles capazes de reunir sete esferas mágicas, as chamadas "Esferas do Dragão". 



22 de janeiro de 2016

Manannán Mac Lir

۞ ADM Sleipnir


Manannán Mac Lir ("filho do mar") era o deus dos mares da mitologia celta, e um membro dos Tuatha de Danann. Ele é filho de Lir, um deus-mar primordial, cujo os atributos foram eventualmente assumidos por Manannán. Sua contraparte galesa é o deus Manawyddan fab lir, irmão de Bran e Branwen e marido de Rhiannon. 

Manannán Mac Lir é dito ter sido o primeiro governante da Ilha de Man, onde acreditava-se que ele possuía um grande palácio. Os celtas acreditavam que Manannán era "O Senhor do Outro Mundo", e que residia em Emhain Abhlach, a planície de maçãs, um paraíso. Nos primeiros textos celtas, Manannán não é associado aos Tuatha de Danann e nem aparece nas histórias das Batalhas de Magh Tuiredh (Moytura). Sua associação com os Tuatha de Danann só é feita em textos posteriores do século IX em diante. É possível que ele tenha sido uma divindade original da Ilha de Man, e só posteriormente foi incorporado ao panteão. 

Seu símbolo é o Tríscele (ou triskelion de Man) - um símbolo formado por três espirais entrelaçadas, por três pernas humanas flexionadas ou por qualquer desenho similar contenham a ideia de simetria rotacional. Ele representa as pernas de Manannan e a forma como ele caminha sobre as ondas.



Items mágicos

Como um mestre de truques e ilusões, Manannán tinha muitos itens mágicos. Seu cavalo, chamado Enbarr (ou Aonbarr), podia galopar através das ondas do mar como se fossem terra firme. Ele tinha um navio chamado Sguaba Tuinne ("Varredor de Ondas") que não precisava de remos ou velas para viajar. Esse barco é o mesmo que Manannán empresta à Lugh para ajudá-lo a combater os Formorianos. Ele também possuía a "Manta das Brumas" que lhe concedia invisibilidade, um capacete flamejante, e uma espada chamada Fragarach ("Respondente" ou "Retalidadora"), que era um dos seus itens mais poderosos. Conta-se que a simples visão de Fragarach encheria o coração dos homens de medo e fraqueza, fazendo com que respondessem qualquer pergunta que lhes fosse feita e qualquer pessoa que fosse ferida por ela não sobreviveria.

Arte de Danilo Martins

Relações com outros deuses

De acordo com o Táin Bó Cúailnge ("Ataque ao Gado de Cooley"), sua esposa é a bela deusa Fand, uma deusa primeva do mar na mitologia irlandesa, posteriormente descrita como uma "Rainha das Fadas". Certa vez  ela apaixonou-se pelo herói Cú Chulainn. Uma vez que um mortal e uma fada não poderiam ficar juntos sem que a fada fosse destruída, Manannan usou seus poderes para fazer um esquecer do outro. Com Fand, Manannán teve uma filha, cujo nome era Niamh dos Cabelos Dourados. Também é provável que Cliodhna seja outra de suas filhas com Fand. Manannán também foi associado com o a deusa do sol Aine, porém algumas fontes a tratam como sua filha, em vez de sua esposa. 

Manannán é muitas vezes visto no papel tradicional de pai adotivo, levantando uma série de filhos adotivos, incluindo Lugh e os filhos de Deirdre. Em uma de suas vindas ao nosso mundo, ele propôs ao rei Fiachna vitória nas batalhas em troca de passar uma noite com sua esposa. O rei concordou e Manannan tomou Caíntigern (mulher de Fiachna) sob a forma de seu esposo. Nove meses depois nasceu Mongán, que foi levado para o Outro Mundo, onde viveu ao lado do pai até os dezesseis anos. Mongán se tornou um grande rei abençoado pelos votos de felicidade e longevidade do poderoso deus do mar.


20 de janeiro de 2016

Oberon & Titânia

۞ ADM Sleipnir

Arte de bobgreyvenstein

Oberon e Titânia, respectivamente rei e rainha dos duendes, elfos e  fadas, são dois dos principais personagens de Willian Shakespeare, aparecendo em sua obra Sonhos de Uma Noite de Verão

Abaixo, segue um resumo da obra:

Em uma época onde a lei era que todo pai tem o direito de matar sua própria filha caso ela não o obedecesse, vivia a apaixonada Hérmia, apaixonada sim, mas não pelo noivo que seu pai arrumou, que até então era ex-namorado de sua melhor amiga Helena, e que por sinal o amava muito. Hérmia era apaixonada por Lisandro que também era apaixonado por ela, mas Demétrio, seu noivo também o era. Hérmia então marca um encontro com Lisandro que propõe fugirem. Ela por confiar em Helena e a ver triste conta a amiga os seus planos achando que assim a deixaria mais tranquila. Helena achando que Demétrio ficaria grato por essa informação, não hesita em contá-lo.

No dia seguinte Hérmia e Lisandro se encontra ao anoitecer, enquanto se preparavam para fugir, o rei Oberon e Titânia brigavam no bosque a fim da posse de um pequeno menino ao qual a rainha prometera para sua mãe em leito de morte que do pequeno cuidaria, mas Oberon o queria a fim de ser seu ajudante na floresta. 


Acabando a discussão entre o rei Oberon e a rainha Titânia, o rei permaneceu ali, chamou por Puck, um esperto duende da floresta e mandou que apanhasse uma parte de amor perfeito para que pudesse se vingar da rainha por não atender o seu pedido. Quando o duende sai chega então Demétrio e Helena e visto que não encontrou Hérmia e Lisandro pensou que Helena mentira a ele e começou a discutir com ela.

Helena corria atrás de Demétrio, declarando todo o seu amor, mas quanto mais ela falava mais com raiva e mais depressa ele andava. Helena então não conseguindo mais alcança-lo começou a chorar, ora por medo, ora por não acreditar no fim do amor que ele jurou sentir por ela. Oberon vendo tudo isso ficou com dó de Helena e dividiu a poção que ridicularia a rainha Titania em duas partes, uma ele ordenou que o duende colocasse nos olhos de Demétrio, mas cuidando de que a primeira pessoa que ele visse fosse a pobre Helena.

Quando Titânia foi dormir deu as ordens para as fadinhas e pediu para que elas cantassem em seu sono, Oberon que tudo via de seu esconderijo, esperou que a fada dormisse em seu mais profundo sono, e enquanto as pequenas fadas foram cumprir suas tarefas ele saiu do esconderijo e pingou algumas gotas da poção nos olhos da bela rainha falando que ela teria que se apaixonar pelo primeiro bicho que aparecesse.

Enquanto isso Hérmia e Lisandro se encontravam na entrada do bosque, a primeira parte do caminho ia-se bem, até que Lisandro viu que ele não conhecia aquele bosque tão bem assim, pois percebera que estava perdido, sugeriu então à sua amada Hérmia, visto que esta estava cansada, que descansassem nas pedras próximas, esta mais do que depressa concordou. Quando os dois adormecidos encontraram-se aparece Puck que por engano enfeitiça Lisandro, falando que quando acordasse seu amor encontraria.

Perto dali Demétrio fugia de Helena que a essa altura também estava cansada e vendo a clareira resolveu ali descansar, viu então Lisandro, e achou que este estava morto resolveu então verificar, quando sentiu alguém o tocando este acordou e Helena foi o seu primeiro olhar, e sem querer por ela se apaixonou. Lisandro então queria saber onde estava Demétrio, pois a ele ia matar para não mais colocar os olhos em Helena, pois assim não teria porque ter ciúmes. Helena então só viu uma saída: correr de Lisandro ao qual estava por pensar que com os seus sentimentos queria brincar. Minutos depois Hérmia acorda assustada, pois um pesadelo tivera, logo viu que Lisandro a abandonara, decidiu que dali sairia, e procuraria por Lisandro nem que isto lhe custasse a morte.

Ali perto Oberon queria que Puck contasse se havia dado certo o feitiço, quando Puck o contou que havia pingado o feitiço aos olhos do homem bem arrumado com gênio terrível como ele o havia falado, mas que pensava que havia cometido um engano, pois logo depois vira que uma outra bela moça corria atrás de um rapaz bem vestido e também de gênio terrível, Oberon ficou com muita raiva, pois a princípio achou que Puck pudesse ter feito de propósito, mas depois viu que realmente não passara de um engano, mas uma coisa era certa, deveria por ordem naquela confusão.

Os dois saíram a procura de Demétrio, e logo o encontraram onde este adormecera, e o mesmo feitiço que fez em Lisandro fez a ele. Portanto, quando acordou Helena apareceu, e por sinal ficara felicíssima ao ver o seu amado Demétrio, ele ficou apaixonado por ela, começou a se declarar para Helena, mas esta não acreditava no que estava vendo, contudo logo ouviu a voz de Lisandro, ficou mais deslocada ainda ao ver que os dois rapazes estavam discutindo pelo seu amor. Neste instante, para completar, Hérmia aparecera e quando presenciou a cena ficou furiosa, Helena achou então que Hérmia fizera um plano com os três para que caçoassem dela.

Logo depois de colocar as coisas em pratos limpos perceberam que os dois rapazes dali haviam sumido, onde teriam ido? Foram a um lugar mais espaçoso onde pudessem brigar à vontade? Assim o rei e o duende atrapalhados assistiam toda a confusão. Foi quando Puck começou a cobrir as estrelas com muita neblina, e para afastá-los imitava a voz dos dois em diferentes ângulos, segurando é claro o seu riso, pois aquele tipo de tarefa era tudo o que gostava de fazer. Oberon lembrou que a erva da ilusão era o antídoto para o amor perfeito, e Puck estava a pensar se iria ou não contar o que havia feito com a rainha Titânia.

Puck então começou a contar que estava tendo um ensaio teatral ali na floresta, e nessa peça tinha um palhaço, então ele resolvera trocar a cabeça do palhaço pela cabeça de burro e fez com que o burro se aproximasse de Titânia, e quando ela acordasse se apaixonaria pelo burro palhaço. Oberon não iria perder por nada aquela cena, e ordenou que Puck aproximasse as moças de seus namorados imitando a voz de ambos, mas pediu que elas não vissem os rapazes por que, caso contrário, estragaria o feitiço, e ele não mais queria amores trocados.

Longe dali estava Titânia acordando, e logo que viu o burro se apaixonou perdidamente, enquanto isso o rei morria de tanto rir, as fadinhas apareceram e a rainha ordenou que elas se apresentassem ao “amigo” e que fizesse de tudo para agradá-lo. Oberon então usou de toda aquela situação para zombar da rainha e pedir que ela desse o menino. Titânia pensava em como sair daquela situação, pois realmente não teria explicação para uma rainha ser apaixonada por um burro, mas enfim aceitou que o rei levasse o garoto, pois tinha que agradá-lo agora, e quando esta adormeceu novamente e desfez o feitiço, ordenou que tirasse a cabeça de burro do palhaço, e quando este acordou foi à procura de seus amigos, achando tudo muito estranho, não se lembrava de nada, nem como teria ido parar ali.


Logo depois Titânia acorda dizendo que teve um pesadelo, mas Oberon deixou escapar que deveria arrumar umas coisinhas a mais para que dois casais, fora o príncipe Teseu e sua noiva Hipólita, fossem felizes, e é claro que Titânia queria explicações de quem eram esses dois casais, então Oberon contou sobre eles e o engano de Puck, ela foi com o rei para desfazer o feitiço, pois adorava finais felizes.

Puck foi à frente, e mesmo contrariado pingou o antídoto nos olhos de Lisandro escondendo-se os três à espera que os quatro acordassem, e não imaginando que fossem aparecer, o príncipe, a sua noiva, o velho Egeu e alguns caçadores. Os casais acordaram com as latidas dos cães farejadores. Egeu não acreditando no que via, o que sua filha fazia ali? E os outros três? Teseu lembrou-se de que era o dia em que Hérmia daria a resposta, e o pai da jovem achou que estavam ali reunidos porque sua filha decidira casar-se com Demétrio.

Demétrio explicou então o que acontecera, quer dizer, a parte que Helena contara o plano de fuga, e ele com ódio decidiu que mataria Lisandro, mas que por um encanto o amor dele por Hérmia havia desaparecido e voltou então amar Helena. Egeu ficara feliz, pois não queria a filha morta e se Demétrio já tem outra noiva nada impedia que Hérmia se casasse com Lisandro, e com o acordo dos quatro jovens, o príncipe Teseu decidiu que faria uma única festa de casamento.Oberon, Titânia e Puck ouviram e ficaram muito felizes e a rainha elogiava o rei Oberon intensamente. Oberon chamava a atenção de Puck, pois tinha muito que fazer, pois uma festa levava muito tempo para ser programada. Aconteceu então a cerimônia – Lisandro e Hérmia suspiravam aliviados por tudo não ter passado de um sonho… Sonho de uma noite de verão!”


fonte:

18 de janeiro de 2016

Thuan Thien

۞ ADM Sleipnir



Thuan Thien (順天, "Vontade do Céu") é o nome da espada mítica do imperador vietnamita Le Loi, que libertou o Vietnã da ocupação Ming após dez anos de conflitos. De acordo com a lenda, a espada possuía poderes mágicos, que faziam Le Loi aumentar seu tamanho e ganhar a força de mil homens.

Lenda

Já havia três anos que Le Loi liderava uma guerrilha desgastante contra o bem-organizado exército chinês. Um dia, uma divindade local chamada Kim Quy ("Rei Dragão") decidiu emprestar sua espada ao guerreiro. Mas não seria nada fácil, pois a espada não seria entregue inteira. Ela foi dividida em duas partes: o cabo e a lâmina.


Dias depois, o pescador Lê Than pegou em sua rede algo muito pesado, que parecia ser um grande peixe. Logo, o pescador se viu frustrado, quando viu que na rede havia apenas um pedaço de metal. Ele arrancou da rede e atirou o metal de volta na água. Jogou sua rede de novo e quando puxou, lá estava novamente o metal. Isso aconteceu ainda mais uma vez, ao que Lê Than resolveu levar o que parecia ser uma lâmina para sua casa.

Lê Than acabou se juntando ao exército de Le Loi. O líder resolveu visitar a casa de seu novo soldado, um lugar muito escuro. Ao entrar na casa, a lâmina sentiu a presença de Le Loi, e começou a emitir uma luz muito forte. Le Loi segurou a lâmina e viu a seguinte inscrição aparecer como mágica diante de seus olhos: Vontade Divina.

Saindo da casa do pescador, o guerreiro foi surpreendido por outra luz, desta vez atrás de um arbusto. Ao se aproximar, encontrou um cabo de espada, cravado de pedras preciosas. Sem hesitar, Le Loi juntou as duas peças e pelos próximos anos, a espada mágica de Kim Quy trouxe à ele e seu povo uma série de vitórias consecutivas e a independência.

Já no trono, Le Loi decidiu fazer um passeio de barco pelo lago Ho Luc Thuy. Ao chegar no meio do lago, apareceu uma tartaruga gigante, e no mesmo instante a espada mágica começou a se mover. A tartaruga se aproximou do barco e, com voz humana, pediu ao Imperador que devolvesse a espada ao seu dono, que vivia no fundo das águas. Le Loi retirou a espada da bainha, e a tartaruga a pegou com sua boca e a levou para o fundo do lago. Desde então, aquele é conhecido como o Lago da Espada.


15 de janeiro de 2016

Xuangui

۞ ADM Sleipnir


Xuangui (旋龜, literalmente "tartaruga torcida") é uma espécie de criatura quimérica que de acordo com o clássico texto chinês Shan Hai Jing (chinês 山海經,"Clássico das Montanhas e Mares") habitam um rio conhecido como "Rio Estranho", ao leste da Montanha dos Coqueiros

A espécie é descrita como sendo pequenas tartarugas pretas com cabeça de pássaro e com uma víbora no lugar da cauda. Além disso, elas emitem um som semelhante a madeira rachando, daí o seu nome. Existe uma lenda contando que usar um pedaço de Xuangui no cinto como um talismã pode prevenir seu usuário de ficar surdo, e ainda ajuda a curar calosidades nos pés.


fontes:

13 de janeiro de 2016

Reshep

۞ ADM Sleipnir


Reshep (Rahshaf, Rasap, Rashap, Resep, Reshef, Rexefe, ResefeReshpu) era um deus originalmente sírio, cultuado no antigo Egito como um deus da guerra e da peste. Sua introdução no Egito antigo se deu por intermédio dos hicsos, entre 1700 e 1600 a.C. Em sua terra natal. era conhecido como o deus das tempestades e epidemias, o responsável por todas as calamidades que podiam castigar os homens.

Por causa de suas habilidades marciais, Reshep era intimamente associado com o faraó em batalha. Amenhotep II estabeleceu uma estela próxima da Esfinge de Gizé que mostra Reshep e Astarte vigiando-o enquanto ele prepara seus cavalos para a guerra. No entanto, ele também pode usar suas habilidades para proteger as pessoas comuns das doenças. 

Iconografia

Reshep era retratado como um homem com uma barba estilo sírio, vestindo a coroa branca do Alto Egito, com uma cabeça de gazela em sua testa ao invés do uraeus e uma fita na parte de trás. Em sua mão direita, Reshep carrega uma arma, geralmente uma lança, maça, machado ou foice. Na mão esquerda, ele segura um escudo, um cetro was ou um ankh. 


Relações e associações com outros deuses

Reshep foi muitas vezes considerado como o marido de Qadesh (outra deusa importada da Síria) e pai de Min. No entanto, ele também é descrito como o marido da deusa Itum, devido ao seu poder para controlar as pestes. Por sua natureza bélica e violenta, ele era associado a Seth, e também ao deus da guerra de Tebas, Montu. Os gregos o associavam à Apolo e ao védico Rudra. Reshep foi ainda associado com o deus babilônico da morte Nergal e ocasionalmente com Marte (novamente por causa da conexão militar).

Epitetos

Reshep era conhecido no Antigo Oriente e no Egito como Reshep-Shulman. No entanto, ele também tinha epítetos específicos em locais diferentes. Os fenícios se referiam a ele como Reshep gen (Reshep do Jardim) e Chtz bal ("Senhor da Seta"), enquanto os hititas descreviam-no como um "deus veado" ou "deus gazela". No Egito, ele era conhecido como "Senhor do Céu" ou "Senhor da Eternidade" e uma área do vale do Nilo foi rebatizada de "Vale de Reshep". que o seu nome originalmente derivado do hebraico para "chama" ou "praga".


11 de janeiro de 2016

Whiro

۞ ADM Sleipnir



Whiro (Whiro-te-tipua ou Hiro) é o deus das trevas e a personificação do mal da mitologia maori. Ele habita no submundo, onde está acompanhado por um grupo de espíritos malignos. Whiro é responsável por inspirar maus pensamentos nas mentes das pessoas. Tane, o deus das florestas e das aves, é seu irmão e também seu arqui-inimigo.

Segundo os maori, quando as pessoas morrem, seus corpos descem ao submundo, onde são devorados por Whiro. Cada vez que Whiro devora um corpo, ele se torna mais forte, e com o tempo, este processo acabará tornando-o suficientemente poderoso para se libertar do submundo e vir a superfície, onde devorará tudo e todos. Por causa disso, a cremação dos cadáveres é uma prática comum na sua cultura, porque Whiro não pode obter força das cinzas.


8 de janeiro de 2016

Psônen

۞ ADM Sleipnir


Psônen (P-son-en, literalmente "Portador da Neve") é o espírito de uma águia gigante presente na mitologia da tribo Abenaki, que viviam no no nordeste dos Estados Unidos e no sul do Canadá. De acordo com o mito, Psônen criava neve ao abrir suas asas, e por isso era tido pelos Abenaki como o responsável pelas nevascas. Infelizmente isso é tudo o que se sabe dele.

A citação mais recente ao Psônen foi no livro jogo de RPG Totems of the dead , que aborda as mitologias dos povos das américas do norte, central e do sul; sendo retratado fielmente ao seu mito como uma ave mitológica gigante elemental de gelo. 


6 de janeiro de 2016

Íris

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Arte de Genzoman

Na mitologia grega, Íris (grego Ιρις, "arco-íris") é a deusa que personifica o arco-íris, o qual os gregos antigos acreditavam ser o vestido da deusa. Íris atuava como mensageira dos deuses, sendo uma espécie de versão feminina de HermesEla era muitas vezes representada como uma serva particular da deusa Hera, preparando seus banhos e lhe prestando serviços dia e noite, estando sempre à sua disposição. Assim Hera também a utilizava em suas vinganças embora sua tarefa fosse o consolo e a pacificação. 

Íris era a filha de Taumante (uma antiga divindade marinha descendente de Pontos Gaia) e da oceânide/néfele Electra. Ela era irmã de Arce (mensageira dos titãs durante a Titanomaquia) e também das harpias Aelo, Caleano e Ocípite. De acordo com os poetas Alceu e Nono, Íris é consorte de Zéfiro e mãe de Potos, embora a maioria dos autores mencionam-a como uma deusa virgem em seus mitos.


Representações

Nos vasos gregos, Íris é representada como uma bela jovem com asas douradas, sandálias aladas, um kerykeion (caduceu ou bastão alado) e, às vezes, um oinichoe (jarro de vinho). Geralmente aparecia ao lado de Zeus ou de Hera, às vezes servindo néctar do seu jarro. Como copeira dos deuses, Íris é frequentemente indistinguível de Hebe na arte.


fonte:

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4 de janeiro de 2016

Zduhaći

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De acordo com o folclore sérvio, bósnio e montenegrino, os Zduhaći (no plural, singular: Zduhać) são homens que possuem uma habilidade sobrenatural inata  para proteger sua propriedade, aldeia ou região contra condições climáticas destrutivas, tais como tempestades, granizo ou chuvas torrenciais. Uma pessoa é identificada como um zduhać se tiver nascido envolto na placenta ou se nascer em uma sexta-feira específica de um determinado momento específico. Em algumas partes dos Balcãs, acredita-se que um menino nascido na véspera de certos dias festivos irá se tornar um zduhać. É difícil diferenciar um zduhać de um homen comum, porém algumas características os distinguem. Zduhaci possuem um sono pesado, e seus rostos são muitas vezes inchados, e seus olhos são sombrios. Eles são sábios e perspicazes, bem sucedidos em tudo o que fazem e são engenhosos em lidar com problemas. 

Petar Petrović I-Njegos, Prince-Bispo de Montenegro (1782-1830), foi acreditado para ser um zduhać.
Quando o mau tempo ameaça sua aldeia, o zduhać cai em uma espécie de transe/sono e seu espírito sai de seu corpo, às vezes na forma de uma mosca, e leva as tempestades para longe. Se o corpo de um zduhać for movido de lugar enquanto o seu espírito está fora, ele não será capaz de retornar, e então morrerá. Após conduzir o mau tempo para longe, o espírito do zduhać irá retornar ao seu corpo, e ele vai acordar exausto.

Às vezes, um zduhać poderá levar as tempestades para o território de outro zduhać. Se isso acontecer, eles irão lutar, e as culturas da aldeia do zduhać perdedor serão destruídas. Além disso, às vezes, os zduhaći de uma área irão se unir e batalhar contra os zduhaći de outra área. A área vencedora irá prosperar enquanto a área perdedora irá perecer.

Uma crença relacionada aos zduhaći é a lenda sérvio-bulgara dos homens dragões. Esses homens são ditos possuirem características dracônicas, e segundo as lendas também deixam seu corpo para proteger sua aldeia do mau tempo, porém os homens dragões lutam contra os Ale, demônios que trazem tempestades e granizo, a fim de arruinar colheitas.


1 de janeiro de 2016

Caboclos

۞ ADM Sleipnir


Na Umbanda e no Candomblé de Caboclo, os Caboclos são entidades representantes do mundo natural e dos espíritos. O termo “caboclos” pode derivar do tupi kara'ïwa, "homem branco", e oka, "casa", do tupi caa-boc, "o que vem da floresta" ou de kari’boca, "filho do homem branco". Originalmente se referia ao índio escravizado ou catequizado ou ao mestiço de branco e indígena, em oposição aos silvícolas resistentes à assimilação e cristianização, chamados pejorativamente de "bugres" ou "tapuias".

Na Umbanda, parece passar por um eufemismo respeitoso, dadas as conotações negativas do termo "índio" no século XIX, quando se formou o Candomblé de Caboclo, ou mesmo início do século XX, quando a Umbanda, influenciada por esse culto (e também pelo Catimbó, pelo Candomblé, pelo espiritismo kardecista e por outras correntes esotéricas), foi oficialmente inaugurada, em 15 de novembro de 1908, com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas no bairro de Neves, em São Gonçalo (RJ), através do médium Zélio Fernandino de Moraes.

Os caboclos mais tradicionais são os "caboclos índios" ou "caboclos de penas". Outras figuras populares do folclore nacional foram gradualmente acrescentadas a essa categoria, que hoje inclui boiadeiros, ciganos, marinheiros e baianos.

Na concepção mais difundida, sistematizada por Matta e Silva nos anos 50, os caboclos e caboclas se organizam em falanges subordinadas a cinco dos orixás: Oxalá, Ogum, Xangô, Oxóssi e Iemanjá. Os três primeiros reúnem apenas caboclos, Iemanjá apenas caboclas e Oxóssi, caboclos de ambos os sexos.

Índice

Caboclos de penas 


O caboclo tradicional é valente, selvagem antes de tudo, destemido, intrépido, ameaçador, sério e muito competente nas artes das curas. Enquanto o preto-velho consola e sugere, o caboclo ordena e determina. O preto-velho acalma, o caboclo arrebata. O preto-velho contempla, reflete, assente, recolhe-se na imobilidade de sua velhice e de seu passado escravo; o caboclo mexe-se, intriga, canta e dança como o guerreiro livre que um dia foi. Os caboclos fumam charuto e os preto-velhos, cachimbo; todas as entidades da umbanda fumam — a fumaça e seu uso ritual marcam a herança indígena da umbanda, aliança constitutiva com o passado do solo brasileiro.

Produto do sincretismo da pajelança indígena com os ritos afro-brasileiros, os caboclos resultam da associação dos orixás, voduns e inquices com figuras ameríndias, ligadas às florestas e às matas.

Os caboclos e caboclas geralmente são representados como indígenas muito idealizados. Freqüentemente usam cocares vistosos, calças e saiotes e raramente se assemelham aos verdadeiros indígenas brasileiros. São moldados pelos bons selvagens do imaginário nacional, tal como concebidos por José de Alencar e outros autores da literatura romântica indigenista do século XIX, e mesmo pela imagem dos índios de filmes estadunidenses.

Caboclo Pena-Marrom
Seus nomes ligam–se aos seus domínios e supostas origens étnicas, às vezes associado ao nome do orixá ao qual supostamente estão subordinados e do qual, muitas vezes, são uma simples transposição para o imaginário da Umbanda. Alguns deles têm nomes de personagens indígenas da história, do folclore e da literatura.

Entre os do sexo masculino mais conhecidos, contam-se: Araponga, Araribóia, Águia-Branca, Águia-da-Mata, Aimoré, Araribóia, Araúna, Arranca-Toco, Arruda, Beira-Mar, Boiadeiro, Caçador, Caramuru, Carijó, Catumbi, Cipó, Cobra-Coral , Coração da Mata, Corisco, Flecha-Dourada, Flecha-Ligeira, Flecheiro, do Fogo, Gira Mundo, Girassol, Guaraci, Guarani, Humaitá, Inca, do Vento, Jibóia, João da Mata, Junco Verde, Juremeiro, Laçador, Laje Grande, Lírio Verde, Lua, Mata Virgem, Ogum Beira-Mar, Ogum Iara, Ogum da Lei, Ogum da Lua, Ogum Malê, Ogum das Matas, Ogum Matinada, Ogum Megê, Ogum dos Rios, Ogum Rompe-Mato, Olho de Lobo, do Oriente, Oxóssi da Mata, Pajé, Pantera Negra, Pedra-Branca, Pele-Vermelha, Pena Azul, Pena-Branca, Pena-Dourada, Pena-Preta, Pena-Roxa, Pena-Verde, Pena-Vermelha, Peri, Quebra-Demanda, Rei-da-Mata, Rompe-Folha, Rompe-Mato, Roxo, Samambaia, Serra Negra, Sete-Cachoeiras, Sete-Cobras, Sete-Demandas, Sete-Encruzilhadas, Sete-Estrelas, Sete-Flechas, Sete-Folhas-Verdes, Sete-Montanhas, Sete-Pedreiras, Sol, Sultão da Mata, Tibiriçá, Tira-Teima, Treme-Terra, Tupã, Tupi, Tupi-Guarani, Tupinambá, Tupiniquim, Ubirajara, Ubirajara Flecheiro, Ubiratã, Urubatão, Vence Tudo, Ventania, Vigia das Matas, Vira Mundo, Xangô Agodô, Xangô Cao, Xangô da Mata, Xangô Pedra-Branca, Xangô Pedra-Preta, Xangô Sete-Cachoeiras, Xangô Sete-Montanhas e Xangô Sete-Pedreiras.

Do sexo feminino, são nomes mais conhecidos: Araci, Estrela-do-mar, Caboclinha da Mata, Caçadora, Diana da Mata, Guaraciara, Iansã, Iara, Indaiá, Iracema Flecheira, Jacira, Jandira Flecheira, Jarina, Jupira, Jurema, Jurema da Mata, Jurema do Mar, Jurema do Rio, Jurema Flecheira, Juremeira, Juçara, Cabocla do Mar, Cabocla da Mata, Nanã Burucum e Oxum.

Boiadeiros


O boiadeiro é um caboclo que em vida foi um valente do Sertão e está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuisse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.

Veste-se como o sertanejo, com roupas e chapéu de couro, e cumpre um papel ritual muito semelhante aos caboclos índios que se cobrem de vistosos cocares. Igualmente são bons curadores. Fazem o "descarrego" com chicotes, laços e berrantes. Gostam de "meladinha", cachaça com mel de abelha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Seus pratos preferido são carne de boi com feijão tropeiro, abóbora e farofa de torresmo.

Enquanto os "caboclos de penas" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores. De voz grave, é difícil entender o que falam. Supõe-se que os boiadeiros trazem lições do tempo onde o respeito aos mais velhos, a natureza, a família e aos animais falavam mais alto. Representam a liberdade e a determinação do homem do campo, em contraste com a humildade dos pretos-velhos.

Quando o médium é mulher, o boiadeiro pede para que seja colocado um pano colorido, bem apertado, para disfarçar os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, pela sua cor ou composição de cores.

Entre os nomes mais conhecidos incluem-se Boiadeiro Sete-Luas, Caboclo Jundiara, Caboclo Jubiara, Caboclo Sete Laços, Caboclo Laço de Ouro, Caboclo Lajedo Grande, Navizala, Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Zé do Laço, Boiadeiro do Chapadão e Boiadeiro das Sete Campinas, Alfredo Mineiro e João Carreiro

Ciganos 


Ciganos dizem o futuro mas não costumam curar. São cultuados com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas, cristais, incensos e cristais. A padroeira dos ciganos, Santa Sara Kali é tida como sua orientadora e suas imagens são também encontradas nos altares. Quando incorporados, costumam falar "portunhol", dançam e tocam castanholas e pandeiros. Alguns exus e pombagiras também se apresentam como ciganos e ciganas.

Supõe-se que os ciganos que se apresentam como caboclos foram, na maioria, nômades que viveram nos séculos XIV, XV e XVI e que alguns presenciaram fatos históricos notáveis, como a Queda da Bastilha na França.

Entre os nomes mais conhecidos, incluem-se os ciganos Pablo, Vladimir, Ramirez, Juan, Pedrovic, Artemio, Iago, Igor, Vitor e as ciganas Esmeralda, Cármen, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Vlavira, Iiarin e Sarita. São comemorados no dia 24 de maio, dia de Santa Sara.

Marinheiros


Os marinheiros, ou os espíritos da marujada, sabem ler e contar, e conhecem dinheiro, o que não acontece com nenhuma outra entidade, mas carregam muito dos vícios do homem do mar: gostam muito de mulher da vida, bebem em demasia, são sempre infiéis no amor, e caminham sempre com pouco equilíbrio.

São considerados parte da linha de Iemanjá (povo d'água). Supõe-se que são espíritos de antigos piratas, marujos, guardas-marinhas, pescadores e capitães, pessoas que viviam e trabalhavam no mar. Sua mensagem é que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia com fé, confiança e trabalho em grupo. Mostram-se sinceros, sentimentais e amigáveis, dispostos a ajudar em problemas amorosos ou na procura de alguém, de um "porto seguro".

A gira de marinheiro e alegre e descontraída. São sorridentes e animados e com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas. A marujada coloca seus bonés e, enquanto trabalham, cantam, fumam charuto, cigarro ou cigarrilha e bebem uísque, vodka, vinho e cachaça.

Geralmente usam bonés, calças, camisa e jaleco, em cores brancas de marinheiros e azul marinho de capitães. Recebem oferendas na orla do mar, em lugar seco sobre a areia. Recusam conchas, estrelas do mar ou outros objetos do mar, pois consideram que ter objetos pertencentes ao mar traz má sorte. Aceitam, porém, oferendas de búzios, que não são considerados adornos, mas símbolos de dinheiro.

Entre os nomes mais conhecidos, estão Seu Martim Pescador, Maria do Cais, Chico do Mar, Beira Mar ,Zé Pescador, Seu Marinheiro Japonês e Seu Iriande.

Baianos 


Baianos e baianas têm a aparência de caboclos e pretos-velhos, mas se comportam como exus e pombagiras. Fumam cigarro de palha e tomam batida de coco. Os homens geralmente carregam uma peixeira.

O baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" como ajudar. A bravura e irreverência atribuídas ao migrante nordestino parece ser responsáveis pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade freqüente e importante nas giras paulistas nos últimos anos.

Quando se referem aos exus usam o termo "Meu Cumpadre". Mostram com eles afinidade e proximidade e costumam trazer recados do "povo da rua". Enfrentam os invasores (quiumbas, obsessores) de frente, com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo e também estão ali para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.

Segundo Reginaldo Prandi, lembrando que as giras (sessões rituais de transe com canto e dança) são organizadas separadamente para entidades da "direita" (Umbanda) e da "esquerda" (Quimbanda), pode-se imaginar que os baianos — de criação muito recente, mas com uma popularidade que já quase alcança a dos caboclos e pretos-velhos — são uma espécie de disfarce pelo qual exu e pombagira podem participar das giras da "direita" sem serem molestados. Se um dia a umbanda separou o bem do mal, com a intenção inescondível de cultuar a ambos, parece que, com o tempo, ela vem procurando apagar essa diferença.

Os baianos representariam esta disposição. São as entidades da "direita" mais próximas da "esquerda" em termos do comportamento estereotipado: eles são zombeteiros, não escondem seu escárnio por fiéis e clientes e falam com despudor em relação às questões de caráter sexual, revelando com destemperança, para quem quiser ouvir, pormenores da intimidade das pessoas.

Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, com sotaque característico. Gostam de conversar e contar causos, mas também dão broncas. São “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversam bastante, falam baixo e manso, são carinhosos e passam segurança ao consulente.

Entre os nomes mais populares de baianos estão Severino da Bahia, Zé do Coco, Zé da Lua, Simão do Bonfim, João do Coqueiro, Maria das Graças, Maria das Candeias, Sete Ponteiros, Mané Baiano, Zé do Berimbau, Maria do Alto Do Morro, Zé do Trilho Verde, Maria do Balaio, Maria Baiana, Maria dos Remédios e Zé do Prado.

Alguns dos baianos supostamente foram cangaceiros do bando de Lampião, associados no imaginário popular à luta contra as injustiças sociais. Incluem, além do próprio Lampião, Corisco, Maria Bonita, Jacinto, Raimundo, Cabeleira, Zé do Sertão, Sinhô Pereira, Chumbinho e Sabino.

Têm sido associados aos baianos também os "malandros", inspirados no tipo tradicional do malandro carioca, possivelmente as entidades mais ambivalentes da Umbanda, visto aparecerem também como exus. O mais conhecido é Zé Pelintra, ao qual se associam Zé Navalha, Sete-Facadas, Zé-da-Madrugada, Sete-Navalhadas, Zé da Lapa e Nego da Lapa, entre outros.

Uma lenda de caboclo baiano 

Um conto diz que Lampião e Zé Pelintra, no além, estiveram a ponto de brigar por causa de Maria Bonita, que o segundo resolveu cortejar. Lampião ameaçou mandar Zé Pelintra para o inferno. Zé Pelintra zombou da ameaça, pois "entra e sai de lá a toda hora". Lampião puxou a peixeira e chamou seu bando, ou falange, quando apareceu Severino da Bahia, antigo babalorixá de Salvador, que conhecia os dois e tinha muita afeição por ambos.

Severino convenceu-os a baixar as armas e conversar. Explicou a Zé Pelintra que Lampião lutou por melhores condições de vida, distribuição de terras, fim da fome e do coronelismo, mas cometeu muitos abusos. Zé Pelintra, por sua vez, nascera no sertão de Alagoas, migrara para o Rio de Janeiro e driblara os problemas da vida, a fome, a miséria, as tristezas, com seu jeito esperto e foi transformado em herói depois da morte, embora também cometesse muitas violências. Zé e Lampião descobriram que eram muito parecidos e igualmente valorizavam a justiça, a amizade e a lealdade. Severino então convenceu-os a participar da Umbanda e trabalhar pelos pobres e excluídos.

Teria nascido então a Linha mais alegre, divertida e "humana" da Umbanda, que acolheria a qualquer um que quisesse lutar contra os abusos, a pobreza, a injustiça, as diferenças sociais e teria na amizade e no companheirismo sua marca registrada. Uma linha de guerreiros, que um dia excederam-sese na força, mas que passavam a lutar com as armas da paz. Dizem ainda que continua a queda de Zé Pelintra por Maria Bonita, mas ele a deixou de lado devido ao respeito pelo irmão Lampião e passou a namorar uma pombagira que conheceu na Umbanda. É por isso que ele às vezes "baixa" disfarçado de exu.



fonte: 
Ruby