29 de janeiro de 2016

O Fenômeno "Taos Hum"

۞ ADM Sleipnir

Uma das coisas mais normais é ouvirmos zumbidos ocasionalmente. Isso pode ser causado pela agressão ao ouvido após um barulho muito alto, uso de algum medicamento ou através do som produzido por algum equipamento eletro-mecânico. Normalmente o zumbido é limitado em uma pequena área e apenas naquelas pessoas que estavam presentes juntos aos eventos mencionados.

Mas e se 2% da população de alguma de algum local ou cidade ouvissem um zumbido sem motivo aparente, que iniciasse e terminasse sempre nos mesmos horários? E se esse zumbido fosse tão constante que atrapalhasse a vida de algumas dessas pessoas impedindo até que tenham uma noite de sono tranquila, levando até mesmo alguns ao suicídio? O nome deste fenômeno é Taos Hum.

O Taos Hum é um estranho fenômeno já relatado por pessoas de várias partes do mundo. Em resumo, trata-se de um zumbido de baixa frequência no qual pessoas que relataram tê-lo ouvido o associaram a um distante motor à diesel. O fenômeno ganhou esse nome no começo dos anos 90, onde centenas de pessoas se uniram e pediram ao Congresso norte-americano para investigar a fonte do ruído que lhes afetavam constantemente. Ele é indetectável ao microfone e à equipamentos eletrônicos dedicados à captação de ruídos. Sua fonte é um mistério, e ninguém sabe de onde vem.

Origem do nome

Uma das cidades mais antigas do México, hoje pertencente aos Estados Unidos, se chama Taos (Coordenadas: 36°24'27.90"N, 105°34'23.73"O), localizada no Estado do Novo México (EUA). A oficialização da cidade de Taos se deu no ano de 1540, mas sua origem real se perde no tempo.

Taos é uma cidade mística. Lar do povo indígena Tiwa, essa cidade é ponto de encontro de Xamãs do mundo todo que se reúnem em congressos periódicos.

Em 1991, o fenômeno do zumbido de Taos (Taos Hum) foi exposto ao mundo. A imprensa na época apelidou aquele estranho zumbido, o qual muitas pessoas diziam que ouviam, de Taos Hum (zumbido de Taos).

A cidade de Taos, no Novo México, EUA


Procurando a causa

Vários laboratórios e cientistas se engajaram na missão de tentar encontrar a origem do zumbido, mas apenas conseguiram descartar possibilidades e não chegaram a nenhuma conclusão.

Em seus estudos, constataram que 2% da população da cidade era afetada pelo zumbido. Os Hummer’s, como foram chamados os afetados, fizeram exames médicos e quase todos, se não a maioria, não sofria de problemas auditivos. Quando se achava que era um fenômeno limitado à cidade, eis que relatos aparecem em diversas regiões do planeta. Locais como Suécia, Inglaterra e outros países europeus, além do Japão, relataram problema semelhante.


Outros relatos ainda diziam que o Taos Hum causava outros efeitos, como dor de cabeça, insônia, tontura, entre outros. O som se iniciava repentinamente, como se algum dispositivo tivesse sido ligado, e era muito baixo, mas extremamente irritante. Inicialmente se suspeitou que o zumbido possuía alguma relação com instalações militares localizadas na região, mas não havia nada que provasse tal hipótese.

Não havia sinais acústicos consistentes que podiam explicar  o zumbido. A hipótese de atividades sísmicas também foi descartada. Vários exames foram realizados nas pessoas que relataram o zumbido, mas nada de anormal foi detectado. Para dificultar ainda mais a investigação, o som não podia ser captado por aparelhos eletrônicos, como microfones.

O zumbido também poderia ser proveniente do corpo da pessoa, gerado pela audição ou cérebro, sem estímulo externo. No entanto, isso não explica porque o fenômeno é relatado em sua maioria somente em lugares específicos.

A investigação foi concluída, e a fonte do ruído permanece um mistério até hoje. Alguns vão ainda mais longe e atribuem o Taos Hum à teorias bizarras:

1. Transmissão de dados via rádio


Não foi confirmado, mas suspeita-se que, no Centro de pesquisa naval no Novo México, utilizam equipamentos para se comunicar com submarinos militares através de “ondas de freqüência ultra-longas” transmitidas através do solo, o que poderia ocasionar o problema;

2. Rede Elétrica


Alguns acreditam que a origem esteja nas fiações elétricas, encanamentos e torres de empresas de celular. O fato não foi muito levado em consideração por que se essa fosse a causa, provavelmente haveriam muitos mais relatos pelo mundo e não apenas locais limitados.

3. Aliens


Todos sabem que o Novo México foi palco de visitas e até de acidentes com naves alienígenas, conforme divulgado pela imprensa em diversas épocas. O Taos Hum poderia ser um sinal de comunicação alienígena que está relacionado com o Incidente de Roswell, que aconteceu ali perto. Poderia ainda ser proveniente de atividades que envolvem extraterrestres na misteriosa Área 51, também localizada ali perto.

Misteriosamente a mitologia suméria fala de deuses que, viajando através do espaço em “embarcações de fogo”, desciam das estrelas e que um zumbido tomava conta das pessoas enquanto as “naves” permaneciam na Terra.

4. Naves Alienígenas


Outra possibilidade discutida, é de que o ruído também poderia ser gerado através de motores de naves alienígenas, os quais seriam baseados em sistemas de propulsão antigravitacional com antimatéria, produzindo um som de baixa freqüência.

5. Abduções


Outra teoria gerada, é de que os Hummer’s seriam pessoas que já foram abduzidas e implantes cerebrais, causariam essa sensação de desconforto quando acessados pelos alienígenas.

6. Teste de armas secretas

Em 1970 a cidade de Medford, Oregon, era considerada a cidade do suicídio noturno. O Dr. Fraser, professor da Universidade da Carolina do Norte, ficou encarregado de investigar a causa do excesso de suicidas na região. Checou a água, o ar, o solo e diversas possibilidades adicionais e não encontrou nenhuma explicação para o suicídio em massa. Pesquisadores então descobriram que freqüências ultra-baixas estavam sendo emitidas em Medford de uma base militar próxima. Ao questionaram o comandante sobre o fato, ele respondeu que sabiam do fato, mas que eles não eram responsáveis, e sim os Russos.

Supostamente, segundo relatos dos pesquisadores, não apenas descobriram que a fonte vinha da base, mas também que se propagava pela cidade através das antenas de TV, causando um estado depressivo. Tempos depois foram visitados por agentes governamentais, informando que não poderiam divulgar a pesquisa por ser um “assunto de segurança nacional”.

Seja como for, o Taos Hum ainda é motivo de debates, sendo que alguns cientistas nem acreditam que seja real, já que ninguém sabe de onde ele vem e as investigações são baseadas em relatos. O que na realidade seria esse misterioso ruído? Será que algum dia descobriremos o seu mistério?



fonte: 
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27 de janeiro de 2016

Latarak

۞ ADM Sleipnir

Latarak (também transliterado como Lātarāk) foi uma divindade menor da religião mesopotâmica, com papel apotropaico (de proteção contra o mal). Frequentemente associado ao deus Lulal, Latarak era invocado como guardião de portas e protetor contra doenças e espíritos malignos. Ele era cultuado em diversas cidades da Mesopotâmia, como Uruk, Nippur e Assur, e também é mencionado em fontes de Emar e Ugarit.

Etimologia do nome e características

O nome Latarak foi interpretado por estudiosos como uma expressão negativa em acádio, embora sua origem exata seja incerta. Uma antiga explicação sugere que ele vem das palavras lā (“não”) e tarāku (“usar o chicote”), mas essa ideia foi considerada incorreta. Listas antigas ligam seu nome à palavra urgulû, que significa “leão”, o que levou muitos a acreditarem que ele tinha aparência leonina. 

Arte de Javier Bahamondes

Ele pode ter sido representado como um homem usando pele de leão ou como um monstro com traços de leão. Imagens mostram essa figura segurando um chicote, o que reforça seu papel de afastar o mal. Algumas fontes também o ligam à estepe, chamando-o de “senhor da terra aberta” em um hino ao deus Shamash. Outro texto fragmentado associa Latarak à proteção de animais domésticos.

Função e atributos

Latarak era invocado como protetor de limiares, especialmente de portas de casas e templos, e como defensor contra doenças. Em rituais mágicos e encantamentos, sua imagem era utilizada como barreira contra o mal. Ele aparece frequentemente ao lado de Lulal, com quem compartilha diversas funções protetoras.

Tentativas de classificá-lo como uma divindade ancestral deificada, semelhante a Yakrub-El ou Itūr-Mēr, foram refutadas por estudiosos como o antropologista Jack M. Sasson.

Relações com outras divindades

Latarak possuía uma associação estreita com o deus Lulal. Em alguns textos, ambos são tratados como deuses distintos com funções similares; em outros, são identificados como aspectos de uma mesma entidade. Em Emar, o nome de Lulal era usado como logograma para Latarak. Há ainda registros que os tratam como irmãos gêmeos.

Latarak também é mencionado junto de divindades como Lugaledinna, Muḫra, Šulak e Lugala'abba, especialmente em listas de demônios do tipo asakku e na série de encantamentos Maqlû, onde aparece na fórmula “Lugaledinna e Latarak são meu peito”.

Em contextos astrológicos, Latarak e Lulal foram comparados a Sin e Nergal. Além disso, Latarak pode ter feito parte do círculo divino de Ishtar, e é referido em alguns textos como guardião dos portões de Gula, compartilhando com ela a capacidade de afastar enfermidades.

Culto e Adoração

Latarak foi adorado em cidades como Uruk, e seu culto foi levado para Kish durante o período paleobabilônico. Nomes de pessoas com referência ao deus foram encontrados em Nippur, na época cassita. Uma lista antiga dessa cidade menciona um local possivelmente chamado Bāb-Lātarāk ou Ka-Lulal, o que pode indicar um centro de culto dedicado a ele.

Um documento da Babilônia menciona um sacerdote que recebeu cevada para realizar rituais ligados a Latarak. Na cidade de Mari, ele aparece em um ritual pela manhã, ao lado da deusa Ishtar e de outros deuses. Na Assíria, Latarak continuou sendo cultuado até o período neoassírio. Um santuário dedicado a ele e ao deus da justiça Mīšaru, chamado Ursaĝsumkudda, existia no templo principal de Assur. Há também o registro de um ritual em que Latarak teria sido invocado para afastar Lamashtu, um espírito maligno temido na região.

Em textos mágicos, como o Bīt Mēseri (“Casa de Confinamento”), estátuas de Latarak e Lulal eram colocadas nas portas para bloquear a entrada do mal. Outros rituais, como o Šēp lemutti ("A Pegada do Mal"), indicavam que essas estátuas deviam ser pintadas com pigmento escuro, uma prática comum para representar deuses protetores.

Fora da Mesopotâmia

Latarak é citado em textos da cidade de Emar, onde aparece ligado à cidade de Tuttul. Um calendário religioso menciona uma procissão de três dias em sua homenagem, realizada após a lua nova que marcava o fim do mês de Abî. Também há registros de um portão e uma estrada cerimonial dedicados a ele.

Em Ugarit, Latarak aparece em uma lista trilingue de deuses, onde é associado ao deus Šarrani na versão hurrita e a um nome incompleto na versão ugarítica. No entanto, essa associação parece ser apenas literária, sem ligação direta com o culto real da época.


fonte:

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25 de janeiro de 2016

Shenlong

۞ ADM Sleipnir


Shenlong (também Shen-lung, chinês simplificado: 神龙; chinês tradicional: 神龍; pinyin: shén lóng, literalmente "espírito dragão", japonês: 神 竜, Shinryu) é uma classe de dragões da mitologia chinesa, tidos como mestres das tempestades, da chuva e dos ventos. Eles possuem o poder de flutuar no céu e, graças a suas escamas azuladas, dificilmente podem ser vistos a olho nu.

Os chineses tomavam muito cuidado para não ofendê-los, pois se eles se sentissem ofendidos ou negligenciados, o resultado era o mau tempo, seca, inundações ou tempestades, comprometendo assim toda a agricultura.

Na cultura popular, Shenlong é um nome muito famoso graças ao mangá/anime Dragon Ball, onde nomeia um deus dragão que atende os desejos daqueles capazes de reunir sete esferas mágicas, as chamadas "Esferas do Dragão". 



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22 de janeiro de 2016

Manannán Mac Lir

۞ ADM Sleipnir


Manannán Mac Lir ("filho do mar") era o deus dos mares da mitologia celta, e um membro dos Tuatha de Danann. Ele é filho de Lir, um deus-mar primordial, cujo os atributos foram eventualmente assumidos por Manannán. Sua contraparte galesa é o deus Manawyddan fab lir, irmão de Bran e Branwen e marido de Rhiannon. 

Manannán Mac Lir é dito ter sido o primeiro governante da Ilha de Man, onde acreditava-se que ele possuía um grande palácio. Os celtas acreditavam que Manannán era "O Senhor do Outro Mundo", e que residia em Emhain Abhlach, a planície de maçãs, um paraíso. Nos primeiros textos celtas, Manannán não é associado aos Tuatha de Danann e nem aparece nas histórias das Batalhas de Magh Tuiredh (Moytura). Sua associação com os Tuatha de Danann só é feita em textos posteriores do século IX em diante. É possível que ele tenha sido uma divindade original da Ilha de Man, e só posteriormente foi incorporado ao panteão. 

Seu símbolo é o Tríscele (ou triskelion de Man) - um símbolo formado por três espirais entrelaçadas, por três pernas humanas flexionadas ou por qualquer desenho similar contenham a ideia de simetria rotacional. Ele representa as pernas de Manannan e a forma como ele caminha sobre as ondas.



Items mágicos

Como um mestre de truques e ilusões, Manannán tinha muitos itens mágicos. Seu cavalo, chamado Enbarr (ou Aonbarr), podia galopar através das ondas do mar como se fossem terra firme. Ele tinha um navio chamado Sguaba Tuinne ("Varredor de Ondas") que não precisava de remos ou velas para viajar. Esse barco é o mesmo que Manannán empresta à Lugh para ajudá-lo a combater os Formorianos. Ele também possuía a "Manta das Brumas" que lhe concedia invisibilidade, um capacete flamejante, e uma espada chamada Fragarach ("Respondente" ou "Retalidadora"), que era um dos seus itens mais poderosos. Conta-se que a simples visão de Fragarach encheria o coração dos homens de medo e fraqueza, fazendo com que respondessem qualquer pergunta que lhes fosse feita e qualquer pessoa que fosse ferida por ela não sobreviveria.

Arte de Danilo Martins

Relações com outros deuses

De acordo com o Táin Bó Cúailnge ("Ataque ao Gado de Cooley"), sua esposa é a bela deusa Fand, uma deusa primeva do mar na mitologia irlandesa, posteriormente descrita como uma "Rainha das Fadas". Certa vez  ela apaixonou-se pelo herói Cú Chulainn. Uma vez que um mortal e uma fada não poderiam ficar juntos sem que a fada fosse destruída, Manannan usou seus poderes para fazer um esquecer do outro. Com Fand, Manannán teve uma filha, cujo nome era Niamh dos Cabelos Dourados. Também é provável que Cliodhna seja outra de suas filhas com Fand. Manannán também foi associado com o a deusa do sol Aine, porém algumas fontes a tratam como sua filha, em vez de sua esposa. 

Manannán é muitas vezes visto no papel tradicional de pai adotivo, levantando uma série de filhos adotivos, incluindo Lugh e os filhos de Deirdre. Em uma de suas vindas ao nosso mundo, ele propôs ao rei Fiachna vitória nas batalhas em troca de passar uma noite com sua esposa. O rei concordou e Manannan tomou Caíntigern (mulher de Fiachna) sob a forma de seu esposo. Nove meses depois nasceu Mongán, que foi levado para o Outro Mundo, onde viveu ao lado do pai até os dezesseis anos. Mongán se tornou um grande rei abençoado pelos votos de felicidade e longevidade do poderoso deus do mar.


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20 de janeiro de 2016

Oberon & Titânia

۞ ADM Sleipnir

Arte de bobgreyvenstein

Oberon e Titânia, respectivamente rei e rainha dos duendes, elfos e  fadas, são dois dos principais personagens de Willian Shakespeare, aparecendo em sua obra Sonhos de Uma Noite de Verão

Abaixo, segue um resumo da obra:

Em uma época onde a lei era que todo pai tem o direito de matar sua própria filha caso ela não o obedecesse, vivia a apaixonada Hérmia, apaixonada sim, mas não pelo noivo que seu pai arrumou, que até então era ex-namorado de sua melhor amiga Helena, e que por sinal o amava muito. Hérmia era apaixonada por Lisandro que também era apaixonado por ela, mas Demétrio, seu noivo também o era. Hérmia então marca um encontro com Lisandro que propõe fugirem. Ela por confiar em Helena e a ver triste conta a amiga os seus planos achando que assim a deixaria mais tranquila. Helena achando que Demétrio ficaria grato por essa informação, não hesita em contá-lo.

No dia seguinte Hérmia e Lisandro se encontra ao anoitecer, enquanto se preparavam para fugir, o rei Oberon e Titânia brigavam no bosque a fim da posse de um pequeno menino ao qual a rainha prometera para sua mãe em leito de morte que do pequeno cuidaria, mas Oberon o queria a fim de ser seu ajudante na floresta. 


Acabando a discussão entre o rei Oberon e a rainha Titânia, o rei permaneceu ali, chamou por Puck, um esperto duende da floresta e mandou que apanhasse uma parte de amor perfeito para que pudesse se vingar da rainha por não atender o seu pedido. Quando o duende sai chega então Demétrio e Helena e visto que não encontrou Hérmia e Lisandro pensou que Helena mentira a ele e começou a discutir com ela.

Helena corria atrás de Demétrio, declarando todo o seu amor, mas quanto mais ela falava mais com raiva e mais depressa ele andava. Helena então não conseguindo mais alcança-lo começou a chorar, ora por medo, ora por não acreditar no fim do amor que ele jurou sentir por ela. Oberon vendo tudo isso ficou com dó de Helena e dividiu a poção que ridicularia a rainha Titania em duas partes, uma ele ordenou que o duende colocasse nos olhos de Demétrio, mas cuidando de que a primeira pessoa que ele visse fosse a pobre Helena.

Quando Titânia foi dormir deu as ordens para as fadinhas e pediu para que elas cantassem em seu sono, Oberon que tudo via de seu esconderijo, esperou que a fada dormisse em seu mais profundo sono, e enquanto as pequenas fadas foram cumprir suas tarefas ele saiu do esconderijo e pingou algumas gotas da poção nos olhos da bela rainha falando que ela teria que se apaixonar pelo primeiro bicho que aparecesse.

Enquanto isso Hérmia e Lisandro se encontravam na entrada do bosque, a primeira parte do caminho ia-se bem, até que Lisandro viu que ele não conhecia aquele bosque tão bem assim, pois percebera que estava perdido, sugeriu então à sua amada Hérmia, visto que esta estava cansada, que descansassem nas pedras próximas, esta mais do que depressa concordou. Quando os dois adormecidos encontraram-se aparece Puck que por engano enfeitiça Lisandro, falando que quando acordasse seu amor encontraria.

Perto dali Demétrio fugia de Helena que a essa altura também estava cansada e vendo a clareira resolveu ali descansar, viu então Lisandro, e achou que este estava morto resolveu então verificar, quando sentiu alguém o tocando este acordou e Helena foi o seu primeiro olhar, e sem querer por ela se apaixonou. Lisandro então queria saber onde estava Demétrio, pois a ele ia matar para não mais colocar os olhos em Helena, pois assim não teria porque ter ciúmes. Helena então só viu uma saída: correr de Lisandro ao qual estava por pensar que com os seus sentimentos queria brincar. Minutos depois Hérmia acorda assustada, pois um pesadelo tivera, logo viu que Lisandro a abandonara, decidiu que dali sairia, e procuraria por Lisandro nem que isto lhe custasse a morte.

Ali perto Oberon queria que Puck contasse se havia dado certo o feitiço, quando Puck o contou que havia pingado o feitiço aos olhos do homem bem arrumado com gênio terrível como ele o havia falado, mas que pensava que havia cometido um engano, pois logo depois vira que uma outra bela moça corria atrás de um rapaz bem vestido e também de gênio terrível, Oberon ficou com muita raiva, pois a princípio achou que Puck pudesse ter feito de propósito, mas depois viu que realmente não passara de um engano, mas uma coisa era certa, deveria por ordem naquela confusão.

Os dois saíram a procura de Demétrio, e logo o encontraram onde este adormecera, e o mesmo feitiço que fez em Lisandro fez a ele. Portanto, quando acordou Helena apareceu, e por sinal ficara felicíssima ao ver o seu amado Demétrio, ele ficou apaixonado por ela, começou a se declarar para Helena, mas esta não acreditava no que estava vendo, contudo logo ouviu a voz de Lisandro, ficou mais deslocada ainda ao ver que os dois rapazes estavam discutindo pelo seu amor. Neste instante, para completar, Hérmia aparecera e quando presenciou a cena ficou furiosa, Helena achou então que Hérmia fizera um plano com os três para que caçoassem dela.

Logo depois de colocar as coisas em pratos limpos perceberam que os dois rapazes dali haviam sumido, onde teriam ido? Foram a um lugar mais espaçoso onde pudessem brigar à vontade? Assim o rei e o duende atrapalhados assistiam toda a confusão. Foi quando Puck começou a cobrir as estrelas com muita neblina, e para afastá-los imitava a voz dos dois em diferentes ângulos, segurando é claro o seu riso, pois aquele tipo de tarefa era tudo o que gostava de fazer. Oberon lembrou que a erva da ilusão era o antídoto para o amor perfeito, e Puck estava a pensar se iria ou não contar o que havia feito com a rainha Titânia.

Puck então começou a contar que estava tendo um ensaio teatral ali na floresta, e nessa peça tinha um palhaço, então ele resolvera trocar a cabeça do palhaço pela cabeça de burro e fez com que o burro se aproximasse de Titânia, e quando ela acordasse se apaixonaria pelo burro palhaço. Oberon não iria perder por nada aquela cena, e ordenou que Puck aproximasse as moças de seus namorados imitando a voz de ambos, mas pediu que elas não vissem os rapazes por que, caso contrário, estragaria o feitiço, e ele não mais queria amores trocados.

Longe dali estava Titânia acordando, e logo que viu o burro se apaixonou perdidamente, enquanto isso o rei morria de tanto rir, as fadinhas apareceram e a rainha ordenou que elas se apresentassem ao “amigo” e que fizesse de tudo para agradá-lo. Oberon então usou de toda aquela situação para zombar da rainha e pedir que ela desse o menino. Titânia pensava em como sair daquela situação, pois realmente não teria explicação para uma rainha ser apaixonada por um burro, mas enfim aceitou que o rei levasse o garoto, pois tinha que agradá-lo agora, e quando esta adormeceu novamente e desfez o feitiço, ordenou que tirasse a cabeça de burro do palhaço, e quando este acordou foi à procura de seus amigos, achando tudo muito estranho, não se lembrava de nada, nem como teria ido parar ali.


Logo depois Titânia acorda dizendo que teve um pesadelo, mas Oberon deixou escapar que deveria arrumar umas coisinhas a mais para que dois casais, fora o príncipe Teseu e sua noiva Hipólita, fossem felizes, e é claro que Titânia queria explicações de quem eram esses dois casais, então Oberon contou sobre eles e o engano de Puck, ela foi com o rei para desfazer o feitiço, pois adorava finais felizes.

Puck foi à frente, e mesmo contrariado pingou o antídoto nos olhos de Lisandro escondendo-se os três à espera que os quatro acordassem, e não imaginando que fossem aparecer, o príncipe, a sua noiva, o velho Egeu e alguns caçadores. Os casais acordaram com as latidas dos cães farejadores. Egeu não acreditando no que via, o que sua filha fazia ali? E os outros três? Teseu lembrou-se de que era o dia em que Hérmia daria a resposta, e o pai da jovem achou que estavam ali reunidos porque sua filha decidira casar-se com Demétrio.

Demétrio explicou então o que acontecera, quer dizer, a parte que Helena contara o plano de fuga, e ele com ódio decidiu que mataria Lisandro, mas que por um encanto o amor dele por Hérmia havia desaparecido e voltou então amar Helena. Egeu ficara feliz, pois não queria a filha morta e se Demétrio já tem outra noiva nada impedia que Hérmia se casasse com Lisandro, e com o acordo dos quatro jovens, o príncipe Teseu decidiu que faria uma única festa de casamento.Oberon, Titânia e Puck ouviram e ficaram muito felizes e a rainha elogiava o rei Oberon intensamente. Oberon chamava a atenção de Puck, pois tinha muito que fazer, pois uma festa levava muito tempo para ser programada. Aconteceu então a cerimônia – Lisandro e Hérmia suspiravam aliviados por tudo não ter passado de um sonho… Sonho de uma noite de verão!”


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18 de janeiro de 2016

Thuan Thien

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Thuan Thien (順天, "Vontade do Céu") é o nome da espada mítica do imperador vietnamita Le Loi, que libertou o Vietnã da ocupação Ming após dez anos de conflitos. De acordo com a lenda, a espada possuía poderes mágicos, que faziam Le Loi aumentar seu tamanho e ganhar a força de mil homens.

Lenda

Já havia três anos que Le Loi liderava uma guerrilha desgastante contra o bem-organizado exército chinês. Um dia, uma divindade local chamada Kim Quy ("Rei Dragão") decidiu emprestar sua espada ao guerreiro. Mas não seria nada fácil, pois a espada não seria entregue inteira. Ela foi dividida em duas partes: o cabo e a lâmina.


Dias depois, o pescador Lê Than pegou em sua rede algo muito pesado, que parecia ser um grande peixe. Logo, o pescador se viu frustrado, quando viu que na rede havia apenas um pedaço de metal. Ele arrancou da rede e atirou o metal de volta na água. Jogou sua rede de novo e quando puxou, lá estava novamente o metal. Isso aconteceu ainda mais uma vez, ao que Lê Than resolveu levar o que parecia ser uma lâmina para sua casa.

Lê Than acabou se juntando ao exército de Le Loi. O líder resolveu visitar a casa de seu novo soldado, um lugar muito escuro. Ao entrar na casa, a lâmina sentiu a presença de Le Loi, e começou a emitir uma luz muito forte. Le Loi segurou a lâmina e viu a seguinte inscrição aparecer como mágica diante de seus olhos: Vontade Divina.

Saindo da casa do pescador, o guerreiro foi surpreendido por outra luz, desta vez atrás de um arbusto. Ao se aproximar, encontrou um cabo de espada, cravado de pedras preciosas. Sem hesitar, Le Loi juntou as duas peças e pelos próximos anos, a espada mágica de Kim Quy trouxe à ele e seu povo uma série de vitórias consecutivas e a independência.

Já no trono, Le Loi decidiu fazer um passeio de barco pelo lago Ho Luc Thuy. Ao chegar no meio do lago, apareceu uma tartaruga gigante, e no mesmo instante a espada mágica começou a se mover. A tartaruga se aproximou do barco e, com voz humana, pediu ao Imperador que devolvesse a espada ao seu dono, que vivia no fundo das águas. Le Loi retirou a espada da bainha, e a tartaruga a pegou com sua boca e a levou para o fundo do lago. Desde então, aquele é conhecido como o Lago da Espada.


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15 de janeiro de 2016

Xuangui

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Xuangui (旋龜, literalmente "tartaruga torcida") é uma espécie de criatura quimérica que de acordo com o clássico texto chinês Shan Hai Jing (chinês 山海經,"Clássico das Montanhas e Mares") habitam um rio conhecido como "Rio Estranho", ao leste da Montanha dos Coqueiros

A espécie é descrita como sendo pequenas tartarugas pretas com cabeça de pássaro e com uma víbora no lugar da cauda. Além disso, elas emitem um som semelhante a madeira rachando, daí o seu nome. Existe uma lenda contando que usar um pedaço de Xuangui no cinto como um talismã pode prevenir seu usuário de ficar surdo, e ainda ajuda a curar calosidades nos pés.


fontes:

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13 de janeiro de 2016

Reshep

۞ ADM Sleipnir


Reshep (Rahshaf, Rasap, Rashap, Resep, Reshef, Rexefe, ResefeReshpu) era um deus originalmente sírio, cultuado no antigo Egito como um deus da guerra e da peste. Sua introdução no Egito antigo se deu por intermédio dos hicsos, entre 1700 e 1600 a.C. Em sua terra natal. era conhecido como o deus das tempestades e epidemias, o responsável por todas as calamidades que podiam castigar os homens.

Por causa de suas habilidades marciais, Reshep era intimamente associado com o faraó em batalha. Amenhotep II estabeleceu uma estela próxima da Esfinge de Gizé que mostra Reshep e Astarte vigiando-o enquanto ele prepara seus cavalos para a guerra. No entanto, ele também pode usar suas habilidades para proteger as pessoas comuns das doenças. 

Iconografia

Reshep era retratado como um homem com uma barba estilo sírio, vestindo a coroa branca do Alto Egito, com uma cabeça de gazela em sua testa ao invés do uraeus e uma fita na parte de trás. Em sua mão direita, Reshep carrega uma arma, geralmente uma lança, maça, machado ou foice. Na mão esquerda, ele segura um escudo, um cetro was ou um ankh. 


Relações e associações com outros deuses

Reshep foi muitas vezes considerado como o marido de Qadesh (outra deusa importada da Síria) e pai de Min. No entanto, ele também é descrito como o marido da deusa Itum, devido ao seu poder para controlar as pestes. Por sua natureza bélica e violenta, ele era associado a Seth, e também ao deus da guerra de Tebas, Montu. Os gregos o associavam à Apolo e ao védico Rudra. Reshep foi ainda associado com o deus babilônico da morte Nergal e ocasionalmente com Marte (novamente por causa da conexão militar).

Epitetos

Reshep era conhecido no Antigo Oriente e no Egito como Reshep-Shulman. No entanto, ele também tinha epítetos específicos em locais diferentes. Os fenícios se referiam a ele como Reshep gen (Reshep do Jardim) e Chtz bal ("Senhor da Seta"), enquanto os hititas descreviam-no como um "deus veado" ou "deus gazela". No Egito, ele era conhecido como "Senhor do Céu" ou "Senhor da Eternidade" e uma área do vale do Nilo foi rebatizada de "Vale de Reshep". que o seu nome originalmente derivado do hebraico para "chama" ou "praga".



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11 de janeiro de 2016

Whiro

۞ ADM Sleipnir



Whiro (Whiro-te-tipua ou Hiro) é o deus das trevas e a personificação do mal da mitologia maori. Ele habita no submundo, onde está acompanhado por um grupo de espíritos malignos. Whiro é responsável por inspirar maus pensamentos nas mentes das pessoas. Tane, o deus das florestas e das aves, é seu irmão e também seu arqui-inimigo.

Segundo os maori, quando as pessoas morrem, seus corpos descem ao submundo, onde são devorados por Whiro. Cada vez que Whiro devora um corpo, ele se torna mais forte, e com o tempo, este processo acabará tornando-o suficientemente poderoso para se libertar do submundo e vir a superfície, onde devorará tudo e todos. Por causa disso, a cremação dos cadáveres é uma prática comum na sua cultura, porque Whiro não pode obter força das cinzas.



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8 de janeiro de 2016

Psônen

۞ ADM Sleipnir


Psônen (P-son-en, literalmente "Portador da Neve") é o espírito de uma águia gigante presente na mitologia da tribo Abenaki, que viviam no no nordeste dos Estados Unidos e no sul do Canadá. De acordo com o mito, Psônen criava neve ao abrir suas asas, e por isso era tido pelos Abenaki como o responsável pelas nevascas. Infelizmente isso é tudo o que se sabe dele.



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6 de janeiro de 2016

Íris

۞ ADM Sleipnir

Arte de Genzoman

Na mitologia grega, Íris (grego Ιρις, "arco-íris") é a deusa que personifica o arco-íris, o qual os gregos antigos acreditavam ser o vestido da deusa. Íris atuava como mensageira dos deuses, sendo uma espécie de versão feminina de HermesEla era muitas vezes representada como uma serva particular da deusa Hera, preparando seus banhos e lhe prestando serviços dia e noite, estando sempre à sua disposição. Assim Hera também a utilizava em suas vinganças embora sua tarefa fosse o consolo e a pacificação. 

Íris era a filha de Taumante (uma antiga divindade marinha descendente de Pontos Gaia) e da oceânide/néfele Electra. Ela era irmã de Arce (mensageira dos titãs durante a Titanomaquia) e também das harpias Aelo, Caleano e Ocípite. De acordo com os poetas Alceu e Nono, Íris é consorte de Zéfiro e mãe de Potos, embora a maioria dos autores mencionam-a como uma deusa virgem em seus mitos.


Representações

Nos vasos gregos, Íris é representada como uma bela jovem com asas douradas, sandálias aladas, um kerykeion (caduceu ou bastão alado) e, às vezes, um oinichoe (jarro de vinho). Geralmente aparecia ao lado de Zeus ou de Hera, às vezes servindo néctar do seu jarro. Como copeira dos deuses, Íris é frequentemente indistinguível de Hebe na arte.


fonte:

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Ruby