۞ ADM Sleipnir
Arte de Yulia Ptitsyna |
Ares (grego: Ἄρης) era o deus grego da guerra, mais precisamente o deus da guerra selvagem, da sede de sangue ou a matança personificada. Ele era filho de Zeus e Hera, irmão das deusas Hebe, Ilítia e Éris, e meio-irmão de várias divindades, sendo os principais Atena, Apolo, Ártemis, Hermes, Hefesto, Dionísio e o herói Héracles.
Nas antigas artes arcaica e clássica grega, Ares era retratado como um homem nu ou trajando uma armadura completa, sempre carregando um escudo e uma lança. Quando representado de armadura, ele podia parecer indistinguível de qualquer outro guerreiro armado. Às vezes é mostrado montado em sua carruagem puxada por quatro cavalos soltando fogo pelas narinas.
Devido ao seu temperamento irascível e sua inextinguível sede por conflitos, ele era uma das divindades mais impopulares do panteão grego. Descrito pelo poeta Hesíodo como "Perfurador de escudos" e "Destruidor de cidades", Ares representava o lado mais brutal e sangrento da batalha - em contraste com Atena, que representava os elementos mais estratégicos da guerra. Nas batalhas, Ares geralmente era acompanhado por Fobos (a personificação do medo) e Deimos (a personificação do terror), dois de seus filhos com a deusa Afrodite. Ele também era acompanhado por Éris, a deusa da discórdia, e pelos Makhai, um grupo de daemones ou espíritos das batalhas e dos combates que ocorriam dentro dos campos de guerra.
Ares era conhecido por sua beleza e coragem, qualidades que sem dúvida o ajudaram a conquistar o afeto de Afrodite (embora ela fosse consorte do deus ferreiro Hefesto), com quem teve, além de Deimos e Fobos, uma filha chamada Harmonia. Como castigo por sua indiscrição, Ares foi temporariamente banido do Monte Olimpo. Ele também perturbou a harmonia do Olimpo quando foi acusado de matar um dos filhos de Poseidon, Halirrhothius, perto de um córrego abaixo da acrópole ateniense. Na ocasião, um tribunal especial conhecido como Areópago foi convocado em uma colina perto do córrego para julgar o caso. Ares acabou sendo absolvido após ser revelado que Halirrhothios tinha violentado a filha de Ares, Alcipe. Posteriormente, o Areópago tornou-se o local de julgamento para casos envolvendo assassinato e impiedade.
Ares era muito apreciado em Esparta, onde havia uma estátua do deus acorrentado para mostrar que o espírito de guerra e vitória nunca deveria deixar a cidade. Ele também tinha um culto na Trácia e era popular entre os cólquidas no Mar Negro.
O mito mais popular envolvendo Ares foi sua luta com Héracles. Um dos filhos de Ares, Cicno, atacava os peregrinos que se dirigiam ao Oráculo de Delfos. Após assassiná-los, oferecia-lhes os despojos a seu pai. Furioso com a situação, Apolo enviou Héracles para lidar com ele. Em um rápido combate, Héracles matou Cicno, e então um furioso Ares desceu do Olimpo para enfrentar o herói pessoalmente. Protegido por Atena, Héracles conseguiu evitar os golpes de Ares e o feriu em sua coxa, obrigando-o a fugir de volta para o Olimpo.
Outro mito bastante desonroso para Ares foi a sua captura pelos gigantes gêmeos Oto e Efialtes, quando estes invadiram o Monte Olimpo. Eles aprisionaram o deus em um jarro de bronze (ou caldeirão), onde permaneceu preso durante um ano e de onde só foi libertado através da intervenção de Hermes.
Na versão de Homero da Guerra de Tróia na Ilíada, Ares apóia os troianos, e até mesmo chega a liderá-los na batalha juntamente com Heitor. A Ilíada mostra Ares de uma maneira pouco positiva, descrevendo-o como "odioso Ares", "o assassino de homens", "o glutão da guerra" e a "maldição dos homens". A figura de Ares de Homero, como as histórias mitológicas acima, também demonstra frequentemente sua fraqueza em comparação com os outros deuses. Ares é duramente espancado por Atena que, apoiando os Aqueus,o nocauteia usando uma enorme rocha. Ele também leva a pior contra o herói grego Diomedes, que conseguiu ferir o deus com sua lança, embora tenha recebido a ajuda de Atena. Homero descreve o grito de Ares ao ser ferido pela lança como os gritos de 10.000 homens. Fugindo de volta para o Olimpo, Zeus ignora as queixas de Ares, mas instrui Péon, o médico dos deuses, a curar sua ferida.
Em tempos posteriores, o deus romano Marte recebeu muitos dos atributos de Ares, embora, como era típico da visão romana dos deuses, com menos qualidades humanas. Na mitologia romana, Marte era o pai de Rômulo e Remo, os lendários fundadores de Roma, e, portanto, a cidade alcançou um status sagrado. Assim como Atena era a padroeira de Atenas, Marte era o deus patrono da capital romana, e o mês martius (março) foi nomeado em sua homenagem.
Muito bom o post, bem completo.
ResponderExcluirMuito foda! amei o post parabéns.
ResponderExcluirMuito bom o artigo. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado
ExcluirAo acaso encontrei o artigo de Hypérion, girei a roleta do site ("faça uma pesquisa aleatória") e vim parar em Ares, outro Deus da Guerra! Ogum também tem aparecido bastante na minha vida, talvez como inimigos, mas tbm simpatizo com a figura dele... então no caso a deusa Atena me ajudará com o que for preciso! Melhor pensar nas qualidades dela e o que posso fazer para vencer os ares da vida
ResponderExcluirA maioria de suas derrotas foram mais na conta de interferências exteriores, principalmente de Atena que demonstrou que a estrategia é superior a matança descabida e violência.Mais Não deixa de ser um dos mais fortes e temidos da mitologia grega.
ResponderExcluirQuando hércules invadiu pilos, Ares enfrentou ele e foi derrotado novamente.
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