Arte de Rebecca Wu |
Arjuna (do sânscrito: अर्जुन "brilhante" ou "prateado") é um dos principais personagens e heróis do famoso épico hindu, Mahabharata. Ele é o terceiro dos cinco irmãos Pandavas e um mestre arqueiro, que desempenhou um papel crucial no conflito entre os Pandavas e os seus adversários, os Kauravas. Ele é mais famoso por sua crise ética e pelo posterior diálogo com Krishna no Bhagavad Gita, onde recebe conselhos acerca da natureza do universo, dever apropriado e suprema devoção.
Nascimento
Antes do nascimento de Arjuna, Pandu, o pai putativo dos Pandavas, era incapaz de procriar por causa de uma maldição que o tornava incapaz de ter relações sexuais. Ele e sua primeira esposa, Kunti, decidiram fazer uso de um dom que havia sido dado a ela pelo sábio Durvasa, o qual lhe permitia invocar qualquer deus de sua escolha, a fim de gerar um filho do mesmo. Assim, Kunti invocou os deuses Yama, Vayu e Indra, por sua vez e deu à luz três filhos. Arjuna era o terceiro filho, nascido de Indra, o rei guerreiro dos devas. Como filho de Indra, Arjuna era uma rapaz forte e extremamente bonito, com uma propensão para o combate, sem dúvida, herdada de seu pai.
Assim, a base para a carreira de Arjuna como um guerreiro foi estabelecida em sua juventude. Ele foi descrito como um estudante aplicado das artes de combate, aprendendo tudo o que o seu guru, Dronacharya, poderia ensiná-lo, e alcançando o status de Maharathi (guerreiro excepcional). Ele era particularmente habilidoso no arco e flecha, com grande parte de sua competência atribuída ao seu hábito de praticar no escuro. Como melhor aluno de Dronacharya, Arjuna recebeu dele instruções sobre a utilização da Brahmastra, uma poderosa arma de destruição em massa.
Apesar de suas imensas habilidades, no entanto, Arjuna foi ainda derrotado em uma competição contra Karna, que, Arjuna não sabia, mas era seu quinto irmão, abandonado por Kunti no nascimento.
Apesar de suas imensas habilidades, no entanto, Arjuna foi ainda derrotado em uma competição contra Karna, que, Arjuna não sabia, mas era seu quinto irmão, abandonado por Kunti no nascimento.
Casamento
As habilidades de Arjuna no tiro com arco provaram ser de grande utilidade quando ele ganhou a mão de Draupadi, sua primeira esposa. Draupadi era a filha de Drupada, rei de Panchala, que realizou um concurso com o objetivo de escolher um marido apropriado para sua filha. Os participantes foram obrigados a esticar um arco pesado e, em seguida, usá-lo para atingir o olho de um peixe de madeira girando acima de uma piscina de água. Eles foram autorizados a mirar o olho do peixe apenas olhando para seu reflexo na poça de água. Na ocasião, muitos príncipes e nobres disputavam a mão da filha de Panchala; alguns, inclusive Karna, foram desclassificados em razão da baixa descendência. No entanto, Arjuna conseguiu burlar essa estipulação, vestindo-se como um brâmane de alta casta e sendo então autorizado a competir, ganhando no fim a mão de Draupadi.
Todos os cinco irmãos Pandavas haviam participado do torneio sem informar a mãe sobre o mesmo. Ao retornarem para casa em triunfo, e com a princesa Draupadi ao seu lado, eles gritaram para que sua mãe olhasse para fora de casa e pudesse observar a sua boa sorte. Ocupada com suas tarefas, Kunti não olhou, dizendo que "independente do que fosse, eles deveriam compartilha-lo entre si igualmente, e não discutir sobre o assunto." Os cinco irmãos levaram o comando de sua mãe a sério e fizeram de Draupadi a esposa dos cinco. Apesar disso, Draupadi amava Arjuna mais do que os outros, e sempre o favorecia; do mesmo modo, Arjuna amava Draupadi mais do que amaria suas futuras esposas.
Os irmãos estabeleceram entre eles uma série de acordos que regiam suas relações com Draupadi. Um dos acordos mais importantes era que nenhum irmão poderia perturbar o outro quando estivesse sozinho com Draupadi. A pena por fazê-lo era o exílio.
Uma vez, quando os Pandavas ainda dominavam a próspera Indraprastha ("Cidade de Indra"), um brâmane veio em grande agitação a procura de Arjuna, contando-lhe que um bando de ladrões de gado havia roubado o seu rebanho. De repente, Arjuna se encontrou em meio a um dilema: suas armas estavam na sala onde Draupadi e Yudhishthira estavam passando a noite juntos, e perturbá-los seria incorrer na pena em que todos haviam concordado mais cedo. No entanto, Arjuna hesitou somente por um momento, pois em sua mente, ele sabia que auxiliar um sujeito em aflição, principalmente um brâmane, era a razão de ser de um príncipe. A perspectiva de exílio não o impediria de cumprir o dever de ajudar o brâmane e por isso ele entrou na sala, perturbando a intimidade do casal, pegou suas armas e então partiu em seu cavalo para subjugar os ladrões de gado. Uma vez terminada a tarefa, Arjuna retornou, pegou suas coisas e deixou Indraprastha rumo ao exílio, apesar da oposição de sua família inteira, incluindo Draupadi e Yudhishthira.
Uma vez, quando os Pandavas ainda dominavam a próspera Indraprastha ("Cidade de Indra"), um brâmane veio em grande agitação a procura de Arjuna, contando-lhe que um bando de ladrões de gado havia roubado o seu rebanho. De repente, Arjuna se encontrou em meio a um dilema: suas armas estavam na sala onde Draupadi e Yudhishthira estavam passando a noite juntos, e perturbá-los seria incorrer na pena em que todos haviam concordado mais cedo. No entanto, Arjuna hesitou somente por um momento, pois em sua mente, ele sabia que auxiliar um sujeito em aflição, principalmente um brâmane, era a razão de ser de um príncipe. A perspectiva de exílio não o impediria de cumprir o dever de ajudar o brâmane e por isso ele entrou na sala, perturbando a intimidade do casal, pegou suas armas e então partiu em seu cavalo para subjugar os ladrões de gado. Uma vez terminada a tarefa, Arjuna retornou, pegou suas coisas e deixou Indraprastha rumo ao exílio, apesar da oposição de sua família inteira, incluindo Draupadi e Yudhishthira.
O Exílio
Arjuna permaneceu exilado por 12 anos. Ao longo deste tempo, ele viajou por toda a Índia e se casou com suas três esposas adicionais: Chitrangada, Ulupi e Subhadra. Durante este tempo, ele também consolidou sua relação com seu primo Krishna. Pouco tempo após retornar a Indraprastha, Krishna acompanhou Arjuna em sua visita à floresta Khandava. Lá eles encontraram Agni, o deus do fogo, que se deparava com a tarefa de queimar a floresta a fim de aliviar uma doença da qual estava sofrendo. Agni pediu sua ajuda para consumir a floresta em sua totalidade, já que ele falhara repetidamente na tarefa devido a Takshaka, o rei-serpente e um amigo de Indra, residir nela.
Em cada uma das tentativas anteriores do deus do fogo em queimar a floresta, Indra fez com que chovesse. Arjuna diz a Agni que, embora ele tenha sido bem treinado no manuseio de armas divinas, ele deveria possuir um arco extremamente poderoso para resistir ao poder de seu pai. Agni, então convocou Varuna, que deu a Arjuna o Gandiva, um arco inquebrável, que proporciona ao seu usuário a certeza da vitória em batalha e teve um papel significativo nas batalhas posteriores de Arjuna. Além disso, Varuna também deu a Arjuna uma carruagem divina, puxada por poderosos cavalos brancos que nunca se cansavam e eram imunes a ferimentos causados por armas terrenas. Arjuna instruiu Agni para prosseguir, e, enquanto isso, iniciou um duelo contra seu pai Indra. A batalha entre Arjuna e Indra perdurou por vários dias e noites, até que, finalmente, uma voz vinda do céu proclamou Arjuna e Krishna vencedores, e disse para Indra se retirar. Assim, a floresta pode ser totalmente queimada e Agni foi saciado.
Enquanto a floresta queimava, Arjuna decidiu poupar a vida de um asura chamado Maya, pois era um arquiteto talentoso. Após Yudhisthira, o irmão mais velho de Arjuna, ser coroado imperador da Índia, Maya lhe edificou um magnífico salão real como um símbolo de sua gratidão. No entanto, este presente deixou seu primo Duryodhana com muita inveja, e seu tio Shakuni tratou de criar uma artimanha para destruir os Pandavas. Ele convidou os Pandavas a visitarem sua morada para um jogo de dados, no qual Yudhishthira perdeu tudo, inclusive a si mesmo, seus irmãos e Draupadi, graças a um truque. Na sequência de sua vitória, os Kauravas desonraram seus primos e até tentaram despir Draupadi em frente à corte inteira, um embaraço do qual ela foi salva apenas pela graça de Krishna. Quando os anciãos interviram e ordenaram que tudo fosse devolvido aos Pandavas, Shakuni forçou os irmãos a jogarem uma nova partida de dados, na qual ele voltou a vencer. Desta vez, os Pandavas e Draupadi foram forçados ao exílio por 13 anos, como condição de sua perda, e no 13º ano deveriam permanecer ocultos. Se eles fossem descobertos pelos Kauravas durante este tempo, os Pandavas seriam forçados ao exílio por mais 13 anos.
Durante este período, Arjuna treinou e se preparou para a guerra iminente contra os Kauravas. No quinto ano de seu exílio, Arjuna deixou os outros e foi para o Himalaia para oferecer penitência ao deus Shiva, com o objetivo de obter a Pashupatastra, arma pessoal e indefensável de Shiva. A penitência de Arjuna estendeu-se por um longo período de tempo, até que finalmente Shiva ficou satisfeito, e apareceu diante de Arjuna como um caçador, desafiando-o para um duelo. Arjuna aceitou o desafio, e uma intensa batalha se seguiu, durante a qual Arjuna percebeu a verdadeira identidade do caçador. Imediatamente após notar que o caçador na verdade era Shiva, Arjuna caiu prostrado aos seus pés, e o deus posteriormente concedeu a ele a Pashupatastra e o conhecimento sobre como usá-la.
Após obter esta poderosa arma, Arjuna foi para o reino celestial de Indraloka para passar o tempo com seu pai mitológico, e também para adquirir mais treinamento dos devas. Além disso, ele subjulgou os Nivatakavachas e os Kalakeyas, dois clãs asura poderosos que haviam obtido bênçãos de Brahma, de modo que eram invencíveis se confrontados pelos devas. Arjuna prontamente os derrotou graças ao seu treinamento. Durante o tempo em que passou em Indraloka, Arjuna também foi abordado pela apsara Urvashi. Como Urvashi já havia tido um filho chamado Ayus, que era um antepassado distante de Arjuna, ele considerava Urvashi como se fosse sua mãe e a lembrou dessa conexão, enquanto rejeitava seus avanços. Urvashi sentiu-se humilhada com a rejeição de Arjuna, e em resposta o amaldiçoou tornando-o impotente sexualmente. Repreendida por Indra, Urvashi modificou sua maldição, de forma que a impotência de Arjuna duraria apenas um ano, e o ano seria da escolha de Arjuna.
Esta maldição acabou sendo útil para Arjuna, que a usou ao seu favor em um disfarce muito eficaz durante o décimo terceiro ano em que viveu em exílio, juntamente com seus irmãos e Draupadi na corte de Virata. Sob o pseudônimo Brihannala, Arjuna passou o seu último ano em exílio vestido e agindo como uma mulher. No final deste ano, Arjuna derrotou sozinho um anfitrião dos Kaurava que invadiu o reino de Virata.
Em apreciação do seu valor, e tendo tomado conhecimento da verdadeira identidade dos Pandavas, o rei Virata ofereceu a mão de sua filha Uttarā para Arjuna. Arjuna hesitou em aceitar em razão da idade de Uttarā, bem como o fato de que Uttarā se tornara como uma filha para ele, enquanto ele ensinava ela a dançar e cantar. Arjuna propôs ao rei que Uttarā deveria se casar com seu filho Abhimanyu, e o casamento então aconteceu.
Em apreciação do seu valor, e tendo tomado conhecimento da verdadeira identidade dos Pandavas, o rei Virata ofereceu a mão de sua filha Uttarā para Arjuna. Arjuna hesitou em aceitar em razão da idade de Uttarā, bem como o fato de que Uttarā se tornara como uma filha para ele, enquanto ele ensinava ela a dançar e cantar. Arjuna propôs ao rei que Uttarā deveria se casar com seu filho Abhimanyu, e o casamento então aconteceu.
Arjuna em guerra
Após o termino do seu período de exílio, os Pandavas buscaram tomar de volta o seu reino da mão dos Kauravas. No entanto, os Kauravas se recusaram a honrar os termos do acordo, o que desencadeou a guerra Kurushetra. Krishna deu a cada um dos grupos uma escolha: um deles teria o benefício do seu conselho pessoal, enquanto o outro teria o seu exército pessoal como aliado. Arjuna escolheu ter a companhia e os conselhos de Krishna, enquanto os Kauravas escolheram o poderoso exército. Assim, Krishna tornou-se cocheiro pessoal de Arjuna durante os dezoito dias de guerra, e o protegeu em várias ocasiões de ferimentos e da morte.
O Bhagavad Gita
Antes da guerra começar, no entanto, Arjuna relutou em tomar parte da mesma. Andando pelo campo de batalha de Kurukshetra em sua carruagem guiada por Krishna, Arjuna olha para os rostos de seus primos Kauravas e vê que estes estão cheios de temor.
Considerando a chacina que sabia que causaria nas fileiras inimigas, que incluía muitos dos seus próprios parentes, Arjuna abaixou seus braços e decidiu que não iria lutar. Depois disso, Krishna aconselhou Arjuna e convenceu-o de que as dificuldades que ele vivenciava eram meras ilusões, e que ele não tem escolha a não ser lutar. Krishna lhe explica que a natureza da alma é eterna, e embora Arjuna possa matar os corpos carnais de seus parentes, suas almas viverão para sempre. Além disso, Krishna também expôs para Arjuna a importância de seguir os deveres de casta sem considerar ganho ou perda pessoal - já que Ajuna era um membro da casta guerreira, era seu dever lutar sem questionar. A quitação do dharma de uma casta (dever), diz Krishna, substitui todas as outras atividades da vida, sejam elas espirituais e materiais.
Mais tarde, no diálogo, Krishna revela a Arjuna que ele é na verdade uma encarnação do deus Vishnu, e manifesta a sua plena divindade para Arjuna. Com a conclusão do Gita no décimo oitavo capítulo, Arjuna aceitou o seu dever e entra na batalha para lutar, ensaiando um papel muito importante na conquista da guerra. Destilando praticamente todos os principais ensinamentos das várias escolas hindus, o Gita é uma das escrituras mais importantes de todo o cânone Hindu.
Mais tarde, no diálogo, Krishna revela a Arjuna que ele é na verdade uma encarnação do deus Vishnu, e manifesta a sua plena divindade para Arjuna. Com a conclusão do Gita no décimo oitavo capítulo, Arjuna aceitou o seu dever e entra na batalha para lutar, ensaiando um papel muito importante na conquista da guerra. Destilando praticamente todos os principais ensinamentos das várias escolas hindus, o Gita é uma das escrituras mais importantes de todo o cânone Hindu.
O assassinato de Jayadratha
Outra história importante envolvendo Arjuna ocorreu após os guerreiros mais fortes do exército Kaurava se unirem para atacar e matar o filho de Arjuna, Abhimanyu, quando este já estava exausto e sem armas. Arjuna deteve Jayadratha, rei de Sindhu e marido de Dushala, a irmã dos irmãos Kauravas, os principais responsáveis pelo ataque, e jurou acabar com sua própria vida, se ele não conseguisse matar Jayadratha até o final do dia. Arjuna passou a matar um pelotão inteiro composto por mais de 100 mil soldados de Jayadratha. No momento culminante desta batalha, o sol já estava perto de se pôr e milhares de guerreiros ainda separavam Arjuna de Jayadratha. Vendo o sofrimento de seu amigo, o Senhor Krishna levanta sua arma Sudarshana Chakra no céu e cobre o Sol, dando a todos no campo de batalha a impressão de que o sol se pôs. Os guerreiros Kauravas se alegraram prematuramente da derrota de Arjuna e de sua morte iminente, e Jayadratha acaba ficando exposto. Instigado por Krishna, Arjuna dispara uma poderosa flecha que decapita Jayadratha, vingando assim a morte de seu filho.
A cabeça de Jayadratha voou para muito longe, indo pousar exatamente no colo de seu pai, Vridhakshatra. Seu pai, sendo um sábio, havia lhe concedido uma benção onde todo aquele que fosse responsável por fazer sua cabeça cair no chão teria sua própria cabeça explodindo em 100 pedaços. Ao ver a cabeça do filho em seu colo, ele se assustou e levantou-se apressadamente, deixando a cabeça de Jayadratha cair no chão. Assim, ele próprio foi vítima de sua própria maldição.
O Confronto com Karna
Karna, rival de infância de Arjuna e também seu irmão não-reconhecido, havia crescido e se tornado um guerreiro tão formidável quanto Arjuna, porém acabou se aliando aos Kauravas. A rivalidade entre os dois somente aumentou quando Karna desempenhou um papel significativo, embora indireto, no assassinato do filho de Arjuna, Abhimanyu, no campo de batalha. Sua vingança pessoal atingiu o seu clímax quando eles se encontraram em uma batalha de proporções imensas durante o décimo sétimo dia de guerra. Durante muitas horas, poderosas armas foram lançadas pelos dois guerreiros em um ritmo aterrorizante, sem nenhum dos lados ceder. Observando-os, milhões de outros soldados ficaram maravilhados com a coragem dos combatentes.
Percebendo que não poderia matar Arjuna por quaisquer meios convencionais, Karna tirou sua poderosa flecha cobra, a fim de ganhar a vantagem. No entanto, Krishna interveio e salvou seu devoto neste momento crucial, permitindo que Arjuna disparasse uma saraivada de flechas em direção a Karna, ferindo-o gravemente. Krishna incitou Arjuna a matar Karna, lembrando-o sobre a crueldade de Karna contra Abhimanyu, e Arjuna acabou cumprindo.
Este ato de fratricídio foi cometido quando Arjuna ainda desconhecia a verdadeira relação entre ele e Karna. Após a morte de Karna, Kunti revelou aos filhos o segredo há muito guardado: que ela era mãe de Karna, e que ele era, na verdade, o mais velho dos irmãos Pandavas. Isso provocou muita dor e tristeza nos irmãos. Yudhisthira em particular, ficou indignado ao saber que sua mãe havia escondido a verdadeira identidade de Karna dele e de seus irmãos, e então amaldiçoou Kunti e também todas as mulheres do mundo, dizendo que daquele dia em diante elas nunca mais seriam capazes de guardar segredos.
Anos pós-guerra
Após a conclusão da guerra, os Pandavas assumiram o controle de Hastinapura, o reino de seus antepassados. Sua grande vitória e o poder político que ela os conferiu lhes deu a confiança para arriscar mais um empreendimento: a performance do Asvamedha Yagna, ou "sacrifício do cavalo", onde após um deles poderia assumir o título de Chakravarti. No hinduísmo, o termo Chakravarti geralmente denota um governante poderoso, cuja dominação estende-se por toda a terra.
O sacrifício exigia que um cavalo fosse solto para vaguear por onde quisesse. Depois disso, os reis sobre cujas terras o cavalo percorresse tinham uma escolha: Eles podem aceitar o mestre do cavalo (neste caso, Yudishthira, o mais velho dos Pandavas) como seu próprio Senhor e oferecer a sua submissão a ele, ou podem oferecer resistência e guerrear contra ele.
Arjuna liderou o exército armado que seguiu o cavalo em torno de suas andanças aleatórias. Ao longo dos anos, ele teve a oportunidade de receber a submissão de muitas tribos e reinos, algumas vezes usando força armada, às vezes usando nenhuma. Assim, ele foi fundamental na expansão dos domínios dos Pandavas. Com o passar do tempo, os velhos irmãos Pandavas (incluindo Arjuna) decidiam renunciar ao mundo. Eles confiaram o reino a Parikshita, filho do falecido Abhimanyu e neto de Arjuna que representa a única dinastia sobrevivente de todo o clã Kuru, e então eles se retiram para o Himalaia e eventualmente partiram do mundo.
Semelhanças com outras mitologias
Existe um episódio entre as aventuras de Arjuna onde ele se veste como uma mulher na corte do rei Virata, algo semelhante a quando o deus nórdico Thor se veste com roupas de noiva, enquanto ele tentava recuperar seu poderoso martelo Mjolnir. Episódios em que os heróis se vestem como mulheres também podem ser encontrados nas histórias de Héracles e Aquiles, dois heróis da mitologia grega.
Devido às suas habilidades impressionantes com o arco e flecha, Arjuna tem sido comparado ao deus grego Apolo, que também era um arqueiro habilidoso. No entanto, em termos de estatuto e de caráter, Arjuna também tem sido comparado à Aquiles, o que seria mais preciso já que ambos os heróis são semideuses e guerreiros temíveis. É por isso que, por vezes, os estudiosos referem-se a Arjuna como a versão hindu de Aquiles, sendo igualmente correto dizer que Aquiles é o Arjuna grego.
Arte de Game Mithra |
Muito legal recomendo que também leiam mitologia grega. Net .br
ResponderExcluirSinceramente, aprendi bastante com todo o conhecimento que vocês me disponibilizaram! Guardarei para o resto da vida, muito grato!
ResponderExcluirMuito interessante esse mito.
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