۞ ADM Sleipnir
Arte de maurilustrador |
O chamado Dragão de Mordiford é um wyvern pertencente ao folclore da vila de Mordiford, localizada no condado de Herefordshire, nas Midlands Ocidentais, Inglaterra. Diz-se que seu covil ficava na floresta de Haugh Woods, de onde ele costumava sair para beber água na confluência dos rios Wye e Lugg. Ele também aterrorizou a vila de Mordiford por um tempo, até ser finalmente combatido e morto por um nobre local.
Lenda
Quando ainda era apenas um filhote, o wyvern foi encontrado por uma garotinha habitante de Mordiford, chamada Maud. A menina, que queria desesperadamente um animal de estimação, ficou muito empolgada com o filhote, que era brilhante e possuía asas pequenas e translúcidas. Ela o levou para casa para mostrar aos pais, e estes imediatamente perceberam que o que Maud havia trazido se tratava de um filhote de wyvern. Eles ordenaram que Maud o levasse de volta para onde ela o havia encontrado, pois ele acabaria causando problemas na vila. Indignada, Maud fingiu obedecer a ordem de seus pais, e em vez de devolve-lo, ela o escondeu em um lugar seguro na floresta. Lá, ela o visitava todos os dias e o alimentava com leite. Ela também brincava com ele e se divertia vendo-o tentando voar. Ele crescia muito a cada mês, e eventualmente assumiu uma tonalidade esmeralda e desenvolveu asas grossas e poderosas.
Após atingir a maturidade, a fome do wyvern não podia mais ser satisfeita apenas com leite – agora ele tinha um enorme apetite por carne. Logo, ele começou a atormentar as fazendas locais, matando seu gado, especialmente vacas e ovelhas. Os fazendeiros que tentaram deter seus ataques acabaram tornando-se parte de seu banquete. Maud, também já crescida, era a única livre e segura dos ataques do wyvern, que para ela era mais que um animal de estimação, era um amigo. Ela continuava a visitá-lo na floresta e constantemente implorava que ele parasse de atacar Mordiford. Seus apelos porém eram em vão. A besta, totalmente madura, matava tudo e todos que encontrava pelo caminho.
Cansados dos contínuos ataques, os habitantes de Mordiford procuraram a ajuda dos nobres da região. Um homem chamado Garstone, pertencente a uma nobre família local se voluntariou a por um fim a fera de uma vez por todas. Usando uma armadura completa, ele partiu em direção ao covil do wyvern, encontrando-o praticamente camuflado em meio a vegetação da floresta. Assim que o viu, o wyvern lançou uma rajada de fogo contra ele, que conseguiu evitá-la. Armado com uma lança, o homem atirou-a contra a garganta do wyvern, perfurando-o e levando-o ao chão. Quando estava prestes a acabar com o moribundo wyvern com sua espada, Maud irrompeu da floresta ao redor louca de raiva e de tristeza, e prostrou-se sobre o corpo do seu amigo. O nobre guardou sua espada e partiu para informar aos aldeões sobre a morte do wyvern, enquanto Maud permaneceu no local chorando e lamentando seu fim.
Outra versão dessa lenda conta que Garstone se escondeu em um barril perto do local onde o wyvern costumava pousar para beber água. Tão logo ele apareceu, Garstone saiu do barril e deu um jeito no mesmo. Não se sabe como ele o matou, nem mesmo se ele o matou de fato, pois Garstone não teria revelado os detalhes. Dizem que ele teria feito um acordo com o wyvern, convencendo-o a caçar somente na floresta e deixar o gado de Mordiford em paz.
A história continua a fazer parte da cultura de Mordiford, sendo continuamente mencionada nos registros da cidade. Um retrato do wyvern está presente na igreja local, no entanto, trata-se apenas de uma réplica do retrato original, que foi destruído em 1811 por ordem de um vigário da mesma, pois segundo ele dragões eram "um sinal do diabo".
fontes:
muito bom, agora a parte que ele sobrevive é interessante, será que a menina não conseguiu salvar o wyvern, tipo cuidando dele?! mais paranado pra pensar acho que ele morreu por causo do ferimento da lança
ResponderExcluirAcho que agora da para colocar folclore e mitologia britânica ou inglesa/ país de galês só não coloca os Abglo Saxões juntos, pois é uma coisa totalmete diferente
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