25 de novembro de 2025

Pedras de Serpente (Adder Stones)

۞ ADM Sleipnir

Uma pedra de serpente é uma pedra perfurada naturalmente, tradicionalmente associada ao folclore britânico, à mitologia celta e à magia popular. É conhecida por diversos nomes, incluindo adder-bead, adder’s gem, Adderstanes, Glain Neidr, Gloine nan Druidh (“vidro dos druidas”), hag stones, Milpreve, pedra de serpente, ovos de serpente e pedras de bruxa. Estas pedras possuem significados culturais, mágicos e medicinais, sendo valorizadas por suas supostas propriedades protetoras e curativas.

As pedras de serpente são geralmente redondas e apresentam um orifício natural que atravessa o centro. Tradicionalmente, acreditava-se que elas possuíam a capacidade de neutralizar a mordida venenosa de serpentes. Além disso, quando usadas como amuletos, eram atribuídas a elas diversas propriedades, como cura da coqueluche, proteção contra feitiços e encantamentos malignos, prevenção de pesadelos, proteção contra doenças oculares e a capacidade de revelar ilusões mágicas, como encantamentos de fadas e bruxas. O naturalista romano Plínio, em sua obra História Natural, descreveu a pedra de serpente como um objeto de grande estima entre os druidas. Segundo Plínio, estas pedras eram obtidas através de rituais específicos e atribuía-se a elas poderes mágicos, incluindo proteção, sucesso em litígios e acesso a reis.

Existem duas tradições principais sobre a origem das pedras de serpente. A primeira sustenta que a pedra é formada a partir da saliva endurecida de um grande grupo de serpentes, sendo os orifícios criados pelas pontas de suas línguas. A segunda afirma que as pedras se encontram nas cabeças das serpentes e devem ser removidas manualmente. Em ambos os casos, acredita-se que uma verdadeira pedra de serpente flutua quando colocada na água, sendo considerada um sinal de autenticidade.

No folclore galês, as pedras conhecidas como Glain Neidr ou Maen Magi estão intimamente ligadas ao druidismo. Acredita-se que essas pedras sejam criadas por um congresso de cobras, normalmente na primavera, sendo mais auspiciosas na véspera de maio. Elas aparecem em várias narrativas do Mabinogion, um conjunto de histórias do ciclo arturiano, em que pedras mágicas permitem aos heróis ver e interagir com criaturas invisíveis ou escapar de situações perigosas.

No folclore russo, as pedras de serpente eram consideradas moradas de espíritos chamados Kurinyi Bog (“Deus Galinha”), protetores das galinhas. As pedras eram colocadas nos pátios das fazendas para afastar a ação maléfica de Kikimoras, espíritos femininos que podiam causar doenças ou sofrimento às aves indesejadas.

Em Hastings, na Inglaterra, uma lenda local relata que a cidade está sob a Maldição de Crowley, supostamente conjurada por Aleister Crowley. Acreditava-se que a maldição obrigava qualquer pessoa que vivesse em Hastings a sempre retornar, independentemente da distância ou do tempo. Para quebrar o feitiço, seria necessário levar uma pedra de serpente com um orifício da praia de Hastings.


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