Arte de Elisa Serio |
Tlaloc ("Aquele que descansa sobre a terra" na língua nauátle) é o deus asteca da chuva, fertilidade e do relâmpago, e um dos mais antigos deuses adorados na Mesoamérica. As primeiras imagens que podem ser identificadas como Tlaloc datam do século I d.C. em vasos de Tlapacoya. Nestas pinturas, Tlaloc está representado criando relâmpagos.
Os astecas retratavam Tlaloc com um jarro de barro ou panela em que ele guardava as águas da chuva. Tlaloc também é representado como olhos arregalados e presas enormes como as de um jaguar - alguns pensam que Tlaloc era parte jaguar, um atributo que pode ter derivado da religião olmeca onde o jaguar-homem era a divindade primária. Seus equivalentes em outras culturas da mesoamérica são Chaac (deus da chuva maia) e Cocijo (deus da chuva Zapoteca).
Acreditava-se que Tlaloc vivia em cavernas nas montanhas onde ele guardava grandes estoques de tesouros. Talvez ligado a isso, estava a sua imagem como um "provedor" para as pessoas através das chuvas. Tlaloc governou a terceira das cinco eras astecas.
Relações
Tlaloc é considerado um dos filhos do casal primordial Ometecuhtli e Omecihuatl. Sua consorte é Chalciuhtlicue, deusa da água, e segundo algumas fontes, sua irmã. Por vezes Tecciztecatl, uma divindade lunar, era considerado filho do casal. Segundo Sahagún, ele também era irmão da deusa Huixtocihuatl. Em algumas histórias, Tlaloc é considerado marido da deusa Xochiquetzal.
Mitos
Os astecas acreditavam que Tlaloc mantinha água em um jarro de barro e quando ele o quebrava, causava as chuvas. Os astecas também acreditavam que ele tinha três outras jarras. A segunda seria causar a doença nos seres humanos e pragas nas lavouras, a terceira, geada, e o a quarta traria destruição completa se ele a esvaziasse ou a quebrasse.
Ao lado de sua consorte Chalchihuitlicue, Tlaloc governou Tlalocan, um reino onde viviam mortais que morreram por ações de Tlaloc - por exemplo, ser atingido por um raio ou afogamento em uma inundação. Ele também governava sobre aqueles que morreram de lepra e outras doenças contagiosas.
Arte de Gayane Karajyan |
Culto
Nos primeiros 3 meses do calendário asteca e também durante o festival Hueytozoztli, "A Grande Vigília" (festival para incentivar o crescimento do milho), crianças eram sacrificadas à Tlaloc por afogamento; crianças órfãs eram especialmente procuradas para esse fim. Também eram oferecidos ao deus virgens e crianças de peito. Afogavam as crianças no lago e ingeriam-nas depois de as cozer. Se alguma das mães chorasse durante esta cerimônia toda a assistência se alegrava,uma vez que era sinal de que choveria para que as colheitas crescessem. Com a chegada do cristianismo esta tradição foi substituída por ofertas (que ainda hoje se fazem), que se intensificaram em épocas de falta de água.
Tlaloc possuía um grande templo em Tenochtitlán, que, ao lado do templo de Huitzilopochtli, formava o Hueteocalli ("Grande Templo"), uma dupla pirâmide que era o foco do ritual religioso asteca.
Arte de Renga R |
Tava procurando conteudo pra fazer um trabalho, finalmente achei.
ResponderExcluirSite muito bom, parabéns xD
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirNenhuma outra civilização, engendrou deuses tão cruéis e terríveis para si mesmo, como as civilizações mesoamericanas. Ao lermos os relatos dos colonizadores, ficamos simplesmente estarrecidos diante os brutais assassinatos em massa, que eram realizados em honra dos deuses. Dentre eles, os inimagináveis sacrifícios de crianças, muitas delas ainda de peito.
ExcluirAo erigirem os templos, palácios ou quaisquer outras construções de vulto, milhares de vidas humanas deveriam ser ceifadas, em um mar de sangue.
As próprias representações dos deuses, que chegaram até nós, retratam bem essas crenças insanas. Em uma mistura de terror, narcóticos, dominação e poder.
O deus de Israel deixa eles no chinelo...
ExcluirDisse tudo!
Excluird++++
ResponderExcluirnada mal
ótima descrição do tlaloc <3
ResponderExcluir