17 de fevereiro de 2025

Lyngbakur

۞ ADM Sleipnir

Arte de Grath

Lyngbakur (também conhecido pelos nomes Lyng-bakur, Lyngbakr, Ling-back, Heather-back; Jasconius, Iascanus; Hólma-fiskur, Hólmafiskur — "peixe-ilha") é o maior de todas as Illhveli (“baleias do mal”), grupo composto por dez baleias míticas que dizem terem vagado durante os tempos medievais pelas águas que rodeiam a Islândia. Na tradição islandesa, apenas o lendário monstro Hafgufa é maior do que ele e, frequentemente, ambos são confundidos devido à semelhança de suas características e comportamentos. Dizem que existe apenas um Lyngbakur, e ele viverá até o advento do Armagedom.

Diferentemente dos outros Illhveli, conhecidos por afundar navios com sua natureza destrutiva, a Lyngbakur não demonstra um comportamento agressivo. Ela também é uma criatura extremamente rara de ser vista, apesar de possuir um tamanho colossal. Na maioria das vezes, a única parte visível da criatura é seu dorso, que parece uma ilha coberta por um espesso manto de urze. Seus olhos, localizados na parte superior de seu corpo, criam a impressão de serem pequenas poças de água circular. De longe, a criatura aparenta ser completamente negra, mas, ao se aproximar, percebe-se que sua cor é mais próxima de um cinza musgoso, camuflando-a de forma eficaz com o ambiente marinho. Assim como outras baleias, o Lyngbakur possui cauda e nadadeiras.

Arte de Stephen Lillie

A Lyngbakur é um nadadora lenta e preguiçosa, frequentemente flutuando na superfície e parecendo indistinguível de uma ilha coberta de urze. É possível se aproximar e até pousar sobre ela, mas a baleia eventualmente acorda e mergulha, afundando tudo o que ainda estiver sobre seu dorso. Tentativas de retirar água das "poças" do dorso da Lyngbakur inevitavelmente a despertarão, provocando seu mergulho fatal. A Lyngbakur se alimenta apenas uma vez a cada três anos, mas, quando o faz, engole tudo o que está à sua volta, desde peixes e aves até outras baleias.

Uma das histórias mais conhecidas sobre a Lyngbakur aparece na Saga de Örvar-Oddr, onde o herói titular, Örvar-Oddr, enfrenta a criatura enviada por seu inimigo, Ögmundr. Durante uma longa viagem pelo mar, Örvar-Oddr e sua tripulação avistam uma grande ilha aparentemente deserta, coberta de urze. Cansados e com falta de água potável, cinco homens desembarcam na "ilha" para buscar suprimentos. Contudo, enquanto exploravam o local, perceberam tarde demais que o solo começou a se mover. A "ilha" submersa rapidamente, revelando-se como sendo o dorso da Lyngbakur. Os cinco homens foram tragados pela criatura antes que pudessem retornar ao navio. 

Arte de Cristian Aguirre

Outra história famosa associada à Lyngbakur é a de São Brandão, um monge irlandês do século VI, famoso por suas viagens marítimas em busca da "Terra Prometida dos Santos". Em uma de suas expedições, São Brandão e seus companheiros ancoraram em uma pequena ilha que parecia perfeita para descansar. A vegetação da ilha era esparsa, sem areia nas praias, mas eles decidiram passar a noite orando no local. Durante a madrugada, começaram a sentir tremores no solo e perceberam que a "ilha" estava se movendo. Apavorados, correram de volta ao navio, descobrindo que haviam estado sobre o dorso de uma gigantesca Jasconius (ou Iascanus), uma baleia que muitos identificam como a própria Lyngbakur. Em um encontro posterior com a mesma criatura, São Brandão, demonstrando grande coragem e fé, conduziu a Missa de Páscoa sobre o dorso da baleia. Dessa vez, nenhum dos presentes foi ferido, e a criatura permaneceu submersa e pacífica, como se reconhecesse a santidade do momento.



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2 comentários:

  1. 🦹 🐋! os emojis são pra não passar batido um comentário, e alias muito bom o post

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