۞ ADM Sleipnir
Arte de FranXOo |
Papsukkal (em escrita cuneiforme: 𒀭𒉽𒈛) era uma divindade mesopotâmica, atuando como vizir dos deuses Anu e Antu em Uruk durante o período selêucida. Antes disso, estava associado ao deus Zababa. Seu nome combina os termos sumérios pap ("irmão mais velho") e sukkal ("mensageiro"). Ele assumiu esse papel devido ao sincretismo com Ninshubur, consolidando-se como o mensageiro principal de Anu e uma das divindades centrais de Uruk.
Inicialmente, Papsukkal era vinculado a Zababa, o deus protetor da antiga cidade de Kish, e era descrito como seu filho. Em textos posteriores, tornou-se filho de Anu e, em alguns hinos, foi associado ao deus Enmesharra, sugerindo uma linhagem ancestral ligada ao panteão celeste. Ele também era identificado com a constelação de Órion, chamada Sipazianna pelos mesopotâmicos, e seu símbolo incluía um pássaro em movimento, associado ao francolim (ittidû). Em Uruk, durante o período selêucida, ele era o guardião do parakku (trono de Anu) e do portão principal do templo Bīt Rēš.
Papsukkal também tinha uma esposa chamada Amasagnudi, uma figura pouco documentada que pode ter sido uma divindade menor ou um epíteto de Ninshubur. Além disso, ele possuía cinco filhas, cujos nomes remetem simbolicamente a portais e entradas: Pappap, Hedu, Ninhedu, Ninkita e Mišaga.
Apesar de sua identidade distinta, Papsukkal foi sincretizado com outros mensageiros divinos além de Ninshubur, como Kakka e Ilabrat. Esse sincretismo, contudo, só foi plenamente consolidado no período selêucida, quando ele se tornou o vizir exclusivo de Anu e Antu, mas não de Ishtar, como Ninshubur. Ele assume o papel de Ninshubur em uma adaptação acadiana do mito da Descida de Inanna, mas, diferentemente de Ninshubur, ele não é diretamente designado como servo de Ishtar, sendo declarado no texto que ele serve "os grandes deuses" como um coletivo, sem vínculos exclusivos com a deusa.
Representações de Papsukkal, baseadas em figuras de terracota dos períodos neoassírio e neobabilônico, mostram um homem em pé, com barba, usando um chapéu com chifres e segurando um cajado longo. Essas figuras eram geralmente encontradas em templos de outras divindades, colocadas debaixo das estátuas sagradas, refletindo o papel do deus como assistente.
As primeiras menções ao culto de Papsukkal surgiram em Kish, onde ele possuía um templo chamado E-Akkil. Ele também era venerado na Babilônia, em Arbela, em Assur e em Bīt-Bēlti. Em Uruk, seu culto foi introduzido no período selêucida, com um festival em sua honra realizado no décimo sétimo dia do mês de Tašritu. Nomes teofóricos ligados a ele são raros, mas aparecem em períodos como o neobabilônico e o selêucida.
fontes:
- Ancient Mesopotamian Gods and Goddesses - Papsukkal (god). Upenn.edu, 2019.
- WIKIPEDIA CONTRIBUTORS. Papsukkal.
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