7 de abril de 2025

Chibchacum

۞ ADM Sleipnir



Chibchacum (ou Chichebachuné uma divindade central na mitologia do povo Muisca, uma civilização pré-colombiana que habitava a região do planalto central da atual Colômbia, conhecida como a Savana de Bogotá. Considerado o deus protetor do cacicado do Zipa em Bacatá (atual Bogotá), Chibchacum era venerado principalmente por comerciantes, agricultores e pelas classes populares. 

Segundo a tradição Muisca, Chibchacum era responsável por proteger e sustentar a terra. No entanto, um evento catastrófico levou ao seu confronto com outros deuses e à sua posterior punição. A lenda narra que Huitaca, uma deusa rebelde, em vingança contra Bochica (outra divindade importante dos muiscas), teria corrompido os homens, ensinando-lhes a levar uma vida de libertinagem, rebeldia e desobediência às leis divinas. Esses atos ofenderam profundamente Chibchacum, que decidiu punir o povo com um grande dilúvio, inundando a Savana de Bogotá.

Para causar a inundação, Chibchacum criou ou trouxe de outras regiões dois rios, o Sopó e o Tibitóc. As águas subiram de forma descontrolada, destruindo plantações, matando animais e tornando a região inabitável. Desesperados, os Muiscas clamaram a Bochica por ajuda, oferecendo-lhe sacrifícios, orações e jejuns em seu templo.

Bochica, compadecido com o sofrimento do povo, decidiu intervir. Em um momento dramático, ele apareceu no céu como um arco-íris gigante, segurando uma vara de ouro. Convocou os caciques e seus súditos e, do alto, anunciou que havia ouvido suas súplicas. Ele prometeu aliviar o sofrimento do povo, mas explicou que não secaria completamente os rios, pois eles seriam necessários em tempos de seca. Em vez disso, Bochica usou sua vara de ouro para abrir uma fenda nas montanhas, criando o Salto do Tequendama, por onde as águas escoaram, permitindo que a Savana fosse novamente habitável.

A Punição de Chibchacum

Após o dilúvio, Bochica decidiu punir Chibchacum por sua ira desmedida e por causar tanto sofrimento ao povo. Como castigo, Chibchacum foi condenado a carregar a terra sobre seus ombros para sempre. Antes disso, acreditava-se que a terra era sustentada por quatro grandes pilares de madeira de guaiacão. Agora, o peso do mundo recaía sobre Chibchacum, que se tornou o responsável por sustentá-lo.

Os Muiscas acreditavam que os movimentos sísmicos, como terremotos, ocorriam quando Chibchacum, cansado de carregar a terra em um ombro, a transferia para o outro. Por essa razão, ele também era associado aos terremotos e considerado o deus dos tremores. Apesar de sua punição, Chibchacum continuou a ser reverenciado como protetor dos agricultores e comerciantes, que lhe faziam oferendas em ouro para garantir sua benevolência.



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