16 de setembro de 2024

Cabeça Satânica

۞ ADM Sleipnir


Cabeça Satânica (também conhecida como Cabeça Errante) é uma figura assustadora presente no folclore brasileiro, cuja origem remonta a antigas tradições europeias, possivelmente trazidas pelos colonizadores portugueses.  Apesar de não ser possível saber com exatidão quando essa lenda chegou ao Brasil, acredita-se que tenha sido difundida especialmente em regiões do agreste e sertão, permanecendo menos conhecida nas grandes cidades. A lenda é mais comum nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba, embora existam relatos dela em outros estados.

As descrições da Cabeça Satânica variam bastante. Em uma das versões mais comuns, ela aparece como a cabeça de uma pessoa com cabelos longos, que se desloca rolando ou saltitando pelo chão, com olhos arregalados e um sorriso enigmático. Outra versão a descreve como a cabeça de um cangaceiro, de rosto severo e marcado pelo tempo, também sorrindo de forma macabra. Há ainda relatos de que a cabeça é carregada por um ser fantasmagórico, que a solta quando encontra uma vítima, permitindo que ela a persiga. Ainda, em algumas regiões, a Cabeça Satânica é retratada com cabelos e olhos em chamas, emitindo uma risada assustadora. 


A Cabeça Satânica costuma surgir à noite, em lugares ermos e escuros. Sua aparição gera tanto medo que muitos evitam pronunciar seu nome, acreditando que isso possa atrair a entidade. Dizem que um simples toque dela pode causar uma doença fatal. Dizem também que aparição dela diante de uma casa é um presságio de morte ou desgraça iminente para um dos moradores, o que só pode ser evitado através de um exorcismo conduzido por um padre, seguido por uma novena realizada pelos moradores.

Para se protegerem contra a sua visita, os moradores costumam colocar uma cruz feita de palha do Domingo de Ramos na entrada de suas casas. Se, mesmo assim, a Cabeça Satânica se aproximar, os habitantes recorrem à reza com um terço bento, enquanto mantém todas as portas e janelas trancadas para impedir que ela invada antes do fim do ritual.

Arte de Filipe Laurentino


fontes:

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