۞ ADM Sleipnir
Almaqah (em sabáico: 𐩱𐩡𐩣𐩤𐩠; em árabe: المقه, também conhecido como Almuqh ou Ilmaqah) foi o grande deus nacional do reino de Sabá no Iêmen pré-islâmico, tradicionalmente associado à lua. Ele era venerado como uma divindade responsável pela proteção, segurança, guerra, cura, chuva e agricultura. Seu principal símbolo era o íbex, embora ele fosse ocasionalmente descrito como um "touro". Representações de cabeças de touros e ornamentos de videiras também estavam ligados a ele. Em algumas inscrições, ele é simbolizado por uma arma curva, um elemento originário dos deuses mesopotâmicos Marduk ou Shamash, o que também reflete seu papel como deus da guerra.
Títulos e Epítetos
Almaqah era chamado de Thahwan, que significa "aquele que fala" ou "o orador". Ele era frequentemente descrito como um "touro" e "o senhor das nuvens", destacando seu poder e papel na fertilidade. Também era referido como Baal (Senhor), como em títulos como "Baal do Templo Awwam", "Baal do Templo de Almaqah" e "Baal do Templo Barran".
Simbolismo
Pesquisadores tradicionalmente consideram Almaqah uma divindade lunar, apoiados por referências bíblicas que atribuem o culto à Lua ao povo de Sabá. No entanto, outros estudiosos, como Giovanni Garbini e Jacqueline Pirenne, argumentam que Almaqah pode ter sido uma divindade solar, já que vários de seus símbolos—como o touro e a videira — estão associados a atributos solares e dionisíacos.
O arqueólogo francês Jean-François Breton propôs que Almaqah representa o aspecto masculino, enquanto Shams (o Sol) encarna o aspecto feminino da divindade.
Um estudo de uma inscrição romana do século II, encontrada em Lecce, no sul da Itália, menciona um deus chamado "Júpiter Sabiano", juntamente com uma homenagem ao imperador Cômodo. O pesquisador Michael Speidel sugere que "Júpiter Sabiano" provavelmente se refere a Almaqah, equiparando-o ao deus grego Zeus e ao deus nabateu Dushara. Esta visão contrasta com a de Giovanni Garbini e Jacqueline Pirenne, que associam Almaqah a Dioniso.
Culto
Almaqah era principalmente adorado em Ma'rib, antiga capital do reino de Sabá. Milhares de inscrições dedicadas a ele foram encontradas no Templo Awwam (popularmente conhecido como Mahram Bilqis), bem como no Templo de Almaqah, no centro da antiga Ma'rib. Outros templos dedicados a ele incluem o Templo Harunum (posteriormente substituído por uma mesquita), o Templo Barran (comumente chamado de Trono de Bilqis ou Colunas de Bilqis), entre outros.
Um grande festival de peregrinação e procissão era realizado em sua homenagem, conectando o Templo Awwam ao Templo Harunum. Esses templos são frequentemente associados às lendas da Rainha de Sabá e do profeta Salomão em tradições religiosas posteriores.
Templo de Almaqah (Mahram Bilqis) |
fontes:
- المساهمون في مشاريع ويكيميديا. المقه. Disponível em: <https://ar.wikipedia.org/wiki/%D8%A7%D9%84%D9%85%D9%82%D9%87>. Acesso em: 16 dez. 2024.
- CORNER, Y. Temple of Almaqah | Yemen Corner. Disponível em: <https://yemencorner.com/cultural/cultural-sites/TempleOfAlmaqah52>. Acesso em: 16 dez. 2024.
Nenhum comentário:
Seu comentário é muito importante e muito bem vindo, porém é necessário que evitem:
1) Xingamentos ou ofensas gratuitas ao autor e a outros comentaristas;
2)Comentários racistas, homofóbicos, xenófobos e similares;
3)Spam de conteúdo e divulgações não autorizadas;
4)Publicar referências e links para conteúdo pornográfico;
5)Comentários que nada tenham a ver com a postagem.
Comentários que inflijam um desses pontos estão sujeitos a exclusão.
De preferência, evite fazer comentários anônimos. Faça login com uma conta do Google, assim poderei responder seus comentários de forma mais apropriada, e de brinde você poderá entrar no ranking dos top comentaristas do blog.