۞ ADM Sleipnir
Arte de Herbert Veras Viana |
Num-si-pode (também Não-se-pode ou Num-se-pode) é uma figura fantasmagórica pertencente ao folclore piauiense. Descrita como uma bela mulher usando uma mortalha branca, trata-se de uma assombração do tipo cresce-míngua, uma categoria de assombração conhecida pela capacidade de aumentar de tamanho de repente. A lenda, popular entre as décadas de 30 e 40, tempos em que Teresina era iluminada por lampiões a gás, possui algumas variações mas é basicamente o que se segue:
Dizem que a Num-si-pode costuma aparecer nas noites e madrugadas na praça Saraiva da Catedral Nossa Senhora das Dores em Teresina, encostada em um poste. Quando alguém, geralmente um homem, se aproxima dela, a Num-si-pode trata de pedir um cigarro. Caso o homem resolva perguntar seu nome, ela começa a dizer “não se pode, não se pode…” e começa a crescer, ficando grande o suficiente para alcançar o lampião do poste e acender o cigarro ali mesmo. Aterrorizada, a vítima corre, mas a assombração logo a persegue. Algumas versões da lenda dizem que é a vítima quem sai correndo gritando "Num-se-pode! Num-se-pode!"
Dizem que essa lenda era contada pelas mães aos seus filhos, para que eles evitassem sair à noite em busca de "aventuras" e assim evitar que adquirissem doenças venéreas.
fontes:
- Livro Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro, de Januária Cristina Alves;
- http://cartunage.blogspot.com/2011/03/lendas-piauienses-num-se-pode.html
Já tinha lido sobre essa assombração em outro lugar. Para além da história fantástica, as lendas também serviam para transmitir lições e normas de comportamento, como parece ser o caso aqui da Não Se Pode.
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