Ninurta (identificado com Ningirsu, Pabilsag e o personagem bíblico Nimrod) era uma divindade mesopotâmica associada à guerra, agricultura e as artes dos escribas. Considerado o defensor da civilização contra o caos, Ninurta foi originalmente reverenciado no sul da Mesopotâmia e mais tarde no norte, sob os reis assírios. Ele permaneceu uma divindade proeminente até a queda do Império Assírio. Seu símbolo principal era o arado (charrua).
Representações
Ninurta é geralmente retratado como um guerreiro usando um chapéu chifrado e uma saia em camadas. Em suas mãos, empunha um arco e flecha, uma espada-foice ou uma maça chamada Sharur. Fontes sumérias descrevem Sharur como uma maça encantada, capaz de voar através de grandes distâncias sem impedimentos e de se comunicar com o seu portador. Sharur também pode assumir a forma de um leão alado, podendo representar um arquétipo para o tardio Lamassu. Às vezes Ninurta é representado com um conjunto de asas levantadas, pronto para atacar. Na arte babilônica, ele é frequentemente mostrado de pé nas costas ou montando uma fera com o corpo de um leão e a cauda de um escorpião.
A Migração do Sul para o Norte da Mesopotâmia
Ninurta surgiu originalmente como uma divindade agrícola na antiga Suméria. À medida que a Mesopotâmia se tornou mais militarizada, ele passou a ser associado à guerra. Genealogicamente, ele era o filho do deus Enlil com Ninhunrsag (ou Ninlil). Seu santuário original era um templo na cidade-estado de Nippur. Ninurta permaneceu popular no norte da Assíria por causa de sua associação com a guerra.
Sob o Império Assírio, Ninurta ganhou importância como divindade guerreira, além de protetor e curador. Algumas fontes o identificaram como filho de Ashur, o deus nacional assírio. Além de implicar uma identificação de Ashur com Enlil, também demonstra o quão importante Ninurta era para os assírios. Alguns governantes assírios até mesmo acrescentaram o nome de Ninurta a seus próprios nomes. Após a queda do Império Assírio, Ninurta declinou em importância, possivelmente por causa de sua associação com o Império Assírio, da qual a maioria dos sucessores diretos dos assírios tinha uma visão bastante sombria.
Mitos
Em uma era anterior à civilização, um demônio hediondo chamado Asag fazia os rios ferverem para que todos os peixes morressem. Ele também era acompanhado por um feroz exército composto por guerreiros de pedra. O único capaz de resistir ao demônio era Ninurta. Ninurta matou Asag e derrotou seu exército de pedra. Ele usou os guerreiros de pedra caídos para estabelecer as montanhas, de tal maneira que água fluísse para os rios Tigre e Eufrates, permitindo que a civilização fosse construída ao longo de suas margens.
Há um tema interessante nesta história de criaturas hostis (as pedras) das montanhas que ameaçam as planícies. O próprio Asag também era associado às montanhas e diz-se que acasalava com elas, gerando assim esses monstros de pedra. Estudiosos sugerem que esse mito pode refletir a tensão entre as pessoas que vivem na bacia da Mesopotâmia e os habitantes das montanhas de Zagros, a leste. Este mito também demonstra o papel de Ninurta como um protetor da civilização, ou pelo menos potencial civilização.
Em outra história que também ocorre em tempos primordiais antes dos humanos, Anzu, um monstruoso pássaro gigante com rosto de leão, rouba a Tábua dos Destinos de Enlil, o chefe dos deuses. A posse dessa Tábua dá a Anzu o poder supremo sobre o universo. Os deuses, aterrorizados, se voltam para Ninurta, o poderoso guerreiro e filho de Enlil. Por fim Ninurta consegue derrotar Anzu, recuperando a Tábua dos Destinos e devolvendo-a a seu pai, restaurando assim a ordem no cosmos.
fontes:
Representações
Ninurta é geralmente retratado como um guerreiro usando um chapéu chifrado e uma saia em camadas. Em suas mãos, empunha um arco e flecha, uma espada-foice ou uma maça chamada Sharur. Fontes sumérias descrevem Sharur como uma maça encantada, capaz de voar através de grandes distâncias sem impedimentos e de se comunicar com o seu portador. Sharur também pode assumir a forma de um leão alado, podendo representar um arquétipo para o tardio Lamassu. Às vezes Ninurta é representado com um conjunto de asas levantadas, pronto para atacar. Na arte babilônica, ele é frequentemente mostrado de pé nas costas ou montando uma fera com o corpo de um leão e a cauda de um escorpião.
Sharur, Arte de K-artss |
A Migração do Sul para o Norte da Mesopotâmia
Ninurta surgiu originalmente como uma divindade agrícola na antiga Suméria. À medida que a Mesopotâmia se tornou mais militarizada, ele passou a ser associado à guerra. Genealogicamente, ele era o filho do deus Enlil com Ninhunrsag (ou Ninlil). Seu santuário original era um templo na cidade-estado de Nippur. Ninurta permaneceu popular no norte da Assíria por causa de sua associação com a guerra.
Arte de Ekaterina Chesalova |
Em uma era anterior à civilização, um demônio hediondo chamado Asag fazia os rios ferverem para que todos os peixes morressem. Ele também era acompanhado por um feroz exército composto por guerreiros de pedra. O único capaz de resistir ao demônio era Ninurta. Ninurta matou Asag e derrotou seu exército de pedra. Ele usou os guerreiros de pedra caídos para estabelecer as montanhas, de tal maneira que água fluísse para os rios Tigre e Eufrates, permitindo que a civilização fosse construída ao longo de suas margens.
Há um tema interessante nesta história de criaturas hostis (as pedras) das montanhas que ameaçam as planícies. O próprio Asag também era associado às montanhas e diz-se que acasalava com elas, gerando assim esses monstros de pedra. Estudiosos sugerem que esse mito pode refletir a tensão entre as pessoas que vivem na bacia da Mesopotâmia e os habitantes das montanhas de Zagros, a leste. Este mito também demonstra o papel de Ninurta como um protetor da civilização, ou pelo menos potencial civilização.
Arte de Ellana01 |
Gostaria de agradecer ao ADM deste blog pelo excelente trabalho realizado , acompanho o site há anos , mas nunca tive coragem de comentar , gosto como aqui encontro
ResponderExcluirseres de varias mitologia que em outros sites nacionais não encontraria ou também o fato de que aqui os mitos são pesquisados e geralmemte há diferentes versões que geralmente não são mostradas em livros ou outros sites.
Novamente muito obrigada , espero que este blog continue por muito anos e tenha o reconhecimento que merece.
Muitíssimo obrigado! Continuarei me esforçando para trazer o melhor conteúdo e manter o blog ativo.
ResponderExcluirMuito obrigado pela publicação. Postagem com muita qualidade, e informações interessantes. Obrigado mais uma vez.
ResponderExcluirFoi muito útil para minha pesquisa. Obrigada
ResponderExcluirEsses conteúdos são escassos na internet e não temos muitos livros que falem a respeito.
Obrigado você, Anizia! Volte sempre!
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