29 de novembro de 2017

Catacano

۞ ADM Sleipnir


Catacano (também conhecido como Catacani, Catakano, Kathakano) é uma espécie de vampiro oriunda das ilhas gregas de Creta e de Rodes. Ele é conhecido como o "Vampiro Feliz", pois segundo as lendas sorri o tempo todo, sempre mostrando suas presas.

Catacanos são seres fortes e rápidos, e conta-se que são capazes de infundir confiança em suas presas humanas, tornando-as arrogantes. Essa espécie de vampiro possui uma maneira única de criar outros como eles: eles cospem sangue regurgitado sobre as pessoas, que ao atingi-las, provoca queimaduras letais na pele delas, e no fim, as transforma em vampiros.

Catacanos podem ser mortos de várias formas, dentre as quais estão decapitá-los e ferver suas cabeças em vinagre ou queimar suas unhas.


fontes:

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27 de novembro de 2017

Jakotsu-baba

۞ ADM Sleipnir


Jakotsu-baba (em japonês 蛇骨婆 ou じゃこつばばあ, algo como "Bruxa Óssea das Cobras", também conhecida como Jagoba (em jap:  蛇五婆, "Mulher das Cinco Serpentes")) é um yokai do folclore japonês, ilustrado pela primeira vez por Toriyama Sekien em seu 3º livro, Konjaku Hyakki Shūi (今昔百鬼, "Apêndice Aos Cem Demônios Do Presente e Do Passado"). No livro, ele é descrito como uma mulher idosa e de aparência esquelética, com o corpo envolto por duas serpentes. 

De acordo com Toriyama Sekien, Jakotsu-baba era uma mulher idosa que vivia na região de Funkan-koku, na China e era a esposa de um homem chamado Jagoemon ou Jakoemon. Após a morte do marido, mulher tornou-se um yokai e passou a vigiar o túmulo do marido, atacando todos que se aproximassem dele com suas serpentes. Uma das serpentes possui a cor azul, e é dita congelar suas vítimas com seu sopro. A outra, de cor vermelha, é dita lançar chamas contra suas vítimas, poderosas o suficiente para torná-las cinzas.

Arte de Matthew Meyer


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24 de novembro de 2017

Werecats, os "Homens-Gatos"

۞ ADM Sleipnir


Um Werecat (ou Were-cat, literalmente "Homem-gato") é uma criatura folclórica presente em muitas culturas ao redor do mundo. Trata-se de uma criatura metamorfa semelhante ao lobisomem, porém, ao invés de se transformar em um lobo ou em um híbrido humano-lobo, o werecat se transforma em algum tipo de felino, desde gatos até tigres ou leões, ou em algum ser que combine características felinas e humanas.

Folclore

Europa

O folclore europeu geralmente retrata werecats como pessoas que se transformam em gatos domésticos. Alguns werecats europeus tornaram-se gigantes gatos domésticos gigantes ou panteras. Eles geralmente são rotulados de bruxas, mesmo que não tenham nenhuma habilidade mágica além da auto-transformação. Durante os julgamentos das bruxas, todos os metamorfos, incluindo lobisomens, eram considerados bruxas, independente se fossem do sexo masculino ou feminino.

África

Lendas africanas falam sobre werelions (homens-leões), werepanthers (homens-panteras) werehyenas (homens-hienas) ou wereleopards (homens-leopardos). No caso dos wereleopards, a criatura é geralmente um deus ou deusa leopardo que se disfarça como um humano. Esses deuses podem se relacionar e ter filhos com seres humanos, e essas crianças ou terão a habilidade de se transformar em leopardo ou herdarão outros tipos de poderes.
Wereleopard

Em relação aos werecats que se transformam em leões, a habilidade é freqüentemente associada à realeza. Tal ser pode ter sido um rei ou uma rainha em uma vida anterior, ou pode ser destinado a liderança nesta vida. Esta qualidade pode ser vista nos Leões de Tsavo, que eram reputados como reis em forma de leões, tentando repelir os europeus invasores parando a construção de uma ferrovia com ataques a humanos. 

Ásia

Os werecats asiáticos geralmente se tornam tigres. Na Índia, o weretiger (homem-tigre) é muitas vezes um feiticeiro perigoso, retratado como uma ameaça para o gado, que pode, em qualquer momento, se transformar em um devorador de homens. Essas histórias viajaram por toda a Índia e também para a Pérsia através dos viajantes que encontraram os reais tigres de Bengala da Índia e depois para o oeste asiático. 

As lendas chinesas muitas vezes descrevem os weretigers como vítimas de uma maldição hereditária ou de um fantasma vingativo. Ensinamentos antigos sustentavam que todas as raças, exceto os chineses da etnia Han, eram realmente animais disfarçados, de modo que não havia nada de extraordinário sobre alguns desses falsos seres humanos retornarem a suas verdadeiras naturezas. Alternativamente, os fantasmas de pessoas que haviam sido mortas pelos tigres poderiam se tornar um ser sobrenatural malévolo conhecido como Chang (伥) dedicando toda a sua energia para garantir que os tigres matassem mais humanos. Alguns desses fantasmas eram responsáveis ​​por transformar os seres humanos comuns em homens-tigre.

Weretiger

Na Tailândia, é dito que um tigre que come muitos seres humanos pode tornar-se um weretiger. Há também outros tipos de weretigers, como feiticeiros com grandes poderes que podem mudar sua forma para se tornarem animais.

Na Indonésia e na Malásia existe um outro tipo de weretiger, conhecido como Harimau jadian. A sua transformação é atribuída a muitos fatores, como herança hereditária, ao uso de feitiços, ao jejum e à força de vontade, ao uso de encantos, etc. Exceto quando está com fome ou por motivo de vingança, não é hostil aos humanos; na verdade,conta-se que ele toma sua forma animal apenas à noite e protege as plantações contra o ataque de porcos selvagens. Um pouco semelhante é a crença dos Khonds, uma tribo aborígine da Índia. Para eles, o weretiger é amigável, e reserva sua ira para seus inimigos. Também na Malásia, existem os Bajangs, que são descritos como werecats vampíricos ou demoníacos.

Ainda na Indonésia, existem os Cindaku, homens capazes de assumir a forma de seres meio homens, meio tigres, porém só podem fazê-lo enquanto estiverem em sua terra natal, pois é necessário que encostem seu peito no solo dela para que a transformação ocorra.

América

Werejaguar

O principal werecat encontrado nas culturas pré-colombianas da meso-américa foi o were-jaguar (homem-jaguar). Ele era associado à veneração do jaguar, com sacerdotes e xamãs entre os vários povos que seguiram esta tradição vestindo as peles de jaguares para se tornarem um were-jaguar. Entre os astecas, uma classe inteira de guerreiros especiais vestidos com máscaras de jaguar eram chamados de "guerreiros jaguar" ou "cavaleiros jaguar". Representações de jaguares e de were-jaguares estão entre as mais comuns entre os artefatos das antigas civilizações mesoamericanas. Os balams (feiticeiros) de Yucatán foram ditos proteger os campos de milho na forma de jaguares. Eles também podiam se transformar durante a lua cheia.

Nos Estados Unidos, algumas lendas urbanas falam sobre encontros com bípedes felinos; seres semelhantes ao Pé-grande com cabeça, caudas e patas de gato. Os bípedes felinos às vezes são classificados como parte da criptozoologia, mas, mais frequentemente, são interpretados como werecats.

Ocultismo e Teologia

Declarações de que werecats realmente existem e têm origem em realidades sobrenaturais ou religiosas têm sido comuns há séculos, com essas crenças muitas vezes difíceis de serem separadas completamente do folclore. No século XIX, o ocultista J.C. Street afirmou que as transformações de seres humanos em gatos e cães poderiam ser produzidas através da manipulação do "fluido etéreo"  existente dentro dos corpos humanos. O Malleus Maleficarum, famoso manual católico de caça às bruxas, afirma que as bruxas podem se transformar em gatos, mas que suas transformações são ilusões criadas por demônios. O autor da Nova Era John Perkins afirmou que toda pessoa tem a capacidade de se transformar em "jaguares, arbustos ou qualquer outra forma" usando o poder da mente. 


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22 de novembro de 2017

Goemon, o Ladrão Ninja

۞ ADM Sleipnir


Ishigawa Goemon (japonês 石川 五 右衛門, 1558-1594) foi um lendário criminoso japonês, visto pelo povo como um verdadeiro herói, pois roubava ouro e outros objetos de valor e os dava aos pobres, ao melhor estilo Robin Hood. Considerado por muitos um herói, sua história vive na cultura pop japonesa contemporânea.

Existem várias histórias diferentes sobre a vida de Goemon. A mais famosa conta que ele nasceu no ano de 1558, com o nome de Sanada Kuranoshin. Sua família estava a serviço do  poderoso clã de samurais Miyoshi, da província de Iga. Em 1573, seu pai, Ishikawa Akashi, foi morto por homens do xogunato Ashikaga (em algumas versões, sua mãe também é morta). Sanada, então com quinze anos, jurou vingança e começou a treinar ninjutsu na Escola de Iga, sob a tutela de Momochi Sandayu. Ele foi forçado a fugir quando seu professor descobriu um romance entre Sanada e sua esposa, e na fuga, Sanada roubou a espada de seu professor. 

Após a fuga da Escola de Iga, Sanada mudou de nome para Ishikawa Goemon e tornou-se líder de um grupo de ladrões, que roubavam ricos senhores feudais, clérigos e comerciantes, e depois compartilhavam o seu despojo com os pobres.


A primeira menção feita à Ishikawa Goemon aparece na biografia sobre Toyotomi Hideyoshi, publicada em 1642. Nela, Goemon é referido simplesmente como um ladrão. Conforme a lenda de Goemon tornou-se mais popular, ele foi creditado com as façanhas anti-autoritárias mais notáveis ​​na história do Japão. Algumas delas incluem as tentativas de assassinato contra o xogum Oda Nobunaga e contra o seu sucessor Toyotomi Hideyoshi.

Sua morte ressoa nos anais da história por sua crueldade. Após sua tentativa frustrada de assassinar o xogum Toyotomi Hideyoshi, Goemon foi fervido publicamente dentro de um caldeirão. Uma história conta que o motivo de Goemon atentar contra a vida de Hideyoshi foi porque este havia matado sua esposa, Otaki, e sequestrado seu filho, Gobei. Ele entrou escondido no castelo de Hideyoshi, e ao entrar em seu quarto, Goemon esbarrou num sino. O barulho acordou os guardas e Goemon acabou sendo capturado. Ele foi sentenciado até morte em um caldeirão de ferro cheio de óleo fervente juntamente com seu filho. No momento da execução, Goemon, já dentro do caldeirão, segurou seu filho acima de sua cabeça, protegendo-o da morte. Assistindo a cena, Hideyoshi acabou perdoando o filho de Goemon.

Outra história conta que Goemon queria matar Hideyoshi porque ele era um déspota. Quando ele entrou no quarto de Hideyoshi, Goemon foi detectado pela fumaça de incenso místico e capturado pelos guardas. Ele foi executado em 24 de agosto, juntamente com sua família em um caldeirão de óleo fervente. Goemon tentou primeiro salvar seu filho da morte, segurando acima da cabeça. De repente, ele decidiu mergulhar seu filho no óleo para matá-lo o mais rápido possível. Em seguida, ele ficou de pé, suspendendo o corpo do menino acima de sua cabeça, em desafio aos seus inimigos, até que sucumbiu à dor e as lesões e afundou no caldeirão.


Uma lápide em sua memória está localizada no Templo Daiunin em Kyoto.

Cultura popular

  • Goemonburo (Banho de Goemon) é como é chamado o típico banho japonês realizado em uma enorme banheira de ferro;
  • Goemon figura em inúmeros games, sendo o principal a série auto-intitulada "Goemon", da Konami. Ele também dá as caras na franquia Samurai Warriors;
  • Em Naruto, Goemon é o nome de uma técnica do personagem Jiraya, onde o mesmo utiliza óleo e os elementos Katon (fogo) e Fuuton (vento). 

Arte Sábia: Goemon
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20 de novembro de 2017

Uchchaihshravas

۞ ADM Sleipnir

Arte de Lucía Vásquez de Prada

Uchchaihshravas (em sânscrito: उच्चैःश्रवस्, "Orelhas longas" ou "Aquele que relincha alto") é um cavalo branco de sete cabeças da mitologia hindu, considerado o rei dos cavalos. Ele é frequentemente descrito como um vahana (montaria) de Indra, o deus rei dos céus, mas também é dito ser o cavalo de Bali, o rei dos demônios. 

De acordo com o Bhagavad Purana, Uchchaihshravas surgiu durante o episódio do Samudra Manthan ("a agitação do oceano de leite"), juntamente com outros tesouros como a deusa da fortuna, Lakshmi, consorte do deus Vishnu e Amrita, o elixir da vida. A história também aparece em outras obras védicas, como o Vishnu Purana, RamayanaMahabharataMatsya Purana e Vayu Purana.


O épico Mahabharata menciona uma aposta entre Vinata (mãe de Garuda) e Kadru (mãe das serpentes (nagas)), irmãs e esposas do sábio Kashyapa, a respeito de qual seria a cor de sua cauda. Um dia, enquanto avistavam Uchchaihshravas à distância, Kadru perguntou à irmã sobre qual era a cor dele. Vinata respondeu-lhe que Uchchaihshravas era branco, e Kadru concordou, porém disse a Vinata que a cauda dele era preta, e propôs a ela uma aposta: elas observariam o cavalo de perto e se a cauda dele fosse realmente branca Vinata venceria, caso contrário, Kadru venceria. A perdedora se tornaria escrava da vencedora.

As irmãs decidiram esperar até o dia seguinte, quando observariam o cavalo a uma distância próxima para decidir quem ganhou. Kadru queria ganhar a aposta a qualquer custo, então chamou seus mil filhos serpentes e ordenou que cobrissem a cauda de Uchchaihshravas de modo que ela parecesse ser preta.

Kadru e Vinata passaram a noite inquietas, e assim que amanheceu, foram até o local onde Uchchaihshravas estava passando. Ao se aproximarem, viram que o corpo dele era tão branco quanto a luz da lua, mas sua cauda era preta. Completamente pálida, Vinata aceitou a derrota, e tornou-se escrava de Kadru.

O Devi Bhagavata Purana narra que, uma vez Revanta, filho do deus-sol Surya, foi até a residência do deus Vishnu, montando Uchchaihshravas. Ao ver o cavalo, Lakshmi ficou completamente encantada por ele, tanto que ignorou uma pergunta feita por Vishnu. Vishnu então pune Lakshmi, amaldiçoando-a a renascer como uma égua em sua próxima vida.

Arte de Nina Pommelin (shinoart)

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17 de novembro de 2017

Yanagi-baba

۞ ADM Sleipnir


Yanagi-baba (japonês: 柳婆, "bruxa do salgueiro") é um yokai do folclore japonês, surgido de um salgueiro que viveu por mais de mil anos. Ele se assemelha a uma idosa com cabelos longos e verdes que lembram os ramos de folhas de salgueiro e com uma pele enrugada como uma casca de árvore. Em suas mãos ela carrega uma bengala feita com a madeira do salgueiro e um saco onde ela armazena a seiva da árvore. Seu estômago é conectado às raízes do salgueiro, e leva alimento diretamente a elas.

Embora seja um yokai relativamente inofensivo, Yanagi-baba é conhecida por assediar transeuntes, pegando seus guarda-chuvas e colocando-os em seus cabelos, soprando sobre eles uma espécie névoa através de seu nariz ou cuspindo a seiva da árvore neles.


Yanagi-baba possui um equivalente belo e de aparência mais jovem chamado Yanagi-onna (jap: (柳 の 女, "mulher de salgueiro"). Este yokai aparece no Ehon Hyaku Monogatari, um bestiário yokai publicado em 1841 pelo artista Takehara Shunsen, e que possui um estilo muito parecido com a série Gazu Hyakki Yakõ de Toriyama Sekien. 




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15 de novembro de 2017

Gloson

۞ ADM Sleipnir


Gloson (também chamado  Gravson ou Gluffsuggan) é um monstro pertencente ao folclore sueco, dito habitar em cemitérios e em suas redondezas. Ele é descrito como um grande porco ou javali com olhos incandescentes e dotado de cerdas afiadas em suas costas e de enormes presas, que ele afia nas lápides dos túmulos.

É uma criatura bastante perigosa e mortal, pois ao ver um ser humano caminhando em seu território, ele corre em sua direção passando por baixo de suas pernas e partindo-o ao meio. Ele também pode derrubá-lo usando seus cascos para golpear o chão e criar um grande tremor de terra.

Alguns historiadores teorizam que o Gloson seja um remanescente folclórico do javali pertencente ao deus nórdico Frey, Gullinbursti.


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13 de novembro de 2017

Panacéia

۞ ADM Sleipnir

Arte de Kathryn

Panacéia
(do grego Πανάκεια, "que tudo cura") era uma deusa da cura da mitologia grega, filha do deus da medicina Asclépio e de Epione, a deusa do alívio das dores.
 
O seu nome é muito utilizado com o significado de "remédio para todos os males". Conta-se que ela possuía um cataplasma ou uma poção capaz de curar todos os tipos de doenças.

Panacéia possuía quatro irmãs que juntamente com ela auxiliavam Asclépio em seu trabalho: Higéia (deusa da saúde), Iaso (deusa da recuperação), Aceso (deusa do processo de cicatrização) e Aglaea ou Aegle (deusa da magnificência e esplendor). Ela também possuía três irmãos: Macaão e Podalírio, que herdaram o dom de cura de Asclépio e  prestaram serviço como médicos do exército grego durante a Guerra de Tróia, e Telésforo, um anão cuja cabeça estava sempre coberta com um capuz e frequentemente acompanhava Higéia. 

Arte de milpeters

A tradição médica fez com que o nome de Panacéia, o de sua irmã Higéia, o de seu pai Asclépio e o de seu avô Apolo figurassem no juramento de Hipócrates, que ainda é formulado por alguns médicos no momento da sua graduação:

“Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo o meu poder e a minha razão, a promessa que se segue (...)”

Este juramento, que data do século V antes de Cristo, começou a ser deixado de lado por volta da metade do século XX, porque muitos médicos consideraram que não tinha sentido formular um juramento em que se evoca deuses gregos. No congresso da Associação Médica Mundial, em 1948, estabeleceu-se um juramento alternativo, conhecido como Declaração de Genebra, que vem sendo adotado por um número crescente de países embora outros ainda continuem com o juramento de Hipócrates.



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10 de novembro de 2017

Kludde

۞ ADM Sleipnir


O Kludde (também conhecido como Kleure, Klerre, Kledde ou Waterkledde) é uma criatura metamorfa presente no folclore belga, dita assombrar o interior flamengo em busca de viajantes solitários para atacar. Geralmente aparece na forma de um monstruoso cão negro, às vezes alado e que anda sobre as patas traseiras, mas pode assumir a forma de inúmeros animais como gatos, cavalos, serpentes e corvos, e até mesmo de árvores e arbustos. Eventualmente ele pode até mesmo se transformar em um ser humano.

Por vezes, ele foi descrito como uma besta aquática ou goblin, e outras vezes como um demônio fugido do inferno, um lobisomem, ou até mesmo uma manifestação do próprio Diabo.


Como um metamorfo, o Kludde pode assumir muitas formas diferentes, dependendo do que ele deseja fazer ou de como pretende pregar peças em suas vítimas. Ele pode desaparecer ou reaparecer à vontade para surpreender suas vítimas e é capaz de correr em velocidades sobrenaturais para alcançar qualquer um que tente fugir dele, tornando impossível escapar. Ao atacar, ele pode mudar o seu próprio peso e altura. Independentemente da forma em que se encontra, o Kludde é capaz de falar.

Kludde é um espírito malandro, embora seus truques variem de simples travessuras à assassinatos. Ele se esconde em meio a escuridão da noite, esperando o momento certo para atacar as pessoas. Um sinal de que ele está nas proximidades é o barulho de correntes batendo, que dizem cobrir o seu corpo. Ele também pode ser identificado por chamas azuis que flutuam na frente dele ou ardem em seus olhos.


Em algumas histórias, o Kludde é retratado como uma figura mais "brincalhona" do que como uma ameaça real. Sob a forma de um cavalo desnutrido, o Kludde, assim como um Púca ou um Kelpie, às vezes se oferece aos viajantes para que o montem e uma vez que é montado, dispara em um ritmo alucinante, conduzindo o seu passageiro em um passeio aterrorizante. No fim, ele  derruba suas vítimas em alguma fonte de água e ri de sua desgraça, deixando-as humilhadas e irritadas, porém ilesas. 

Às vezes, ele transforma-se em uma árvore para confundir os viajantes que dependem de pontos de referência, ou em um arbusto no meio do caminho para fazê-los tropeçar e cair. 

O Kludde é mais perigoso sob a forma de um cão preto, pois dessa forma ele é capaz de causar danos reais as suas vítimas. Ele pode caminhar ao lado de pessoas caminhando em uma estrada ou em outro trajeto, antes de saltar sobre suas costas e esmagá-las, assim como outra criatura do folclore belga, o Osschaart. Ele às vezes deixa suas vítimas viverem, ficando satisfeito com o medo que criou e desaparecendo, deixando os transeuntes em estado de choque. Outras vezes, ele fica de pé sob as pernas traseiras, levantando-se até que ele possa rasgar a garganta da vítima. Nessas circunstâncias, apenas o amanhecer ou o som dos sinos de uma igreja podem espantar um Kludde para longe e salvar sua vítima de uma morte horrível.


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8 de novembro de 2017

Archura

۞ ADM Sleipnir

Arte de AcrobaticRabbit

Archura (também chamado de Arsuri ou Arzjuré um espírito metamorfo da mitologia turca/tártara, protetor das florestas e dos animais selvagens. Ele orienta os pássaros sobre quando devem migrar e também impede que rebanhos de gado vaguem para dentro da floresta e se percam.

Archuras geralmente aparecem como homens de estatura normal, porém são capazes de mudar de tamanho, podendo ficar do tamanho de uma folha de grama ou de uma árvore muito alta. Seus cabelos e barba são feitos de grama viva, e eles as vezes são retratados com cauda, cascos e um par de chifres. Eles costumam estar vestidos como camponeses, usando um lenço vermelho no pescoço e usando os sapatos com os pés trocados.

Apesar de seu papel de protetor dos animais e da floresta, os Archuras são seres arteiros e amam pregar peças em seres humanos. Eles podem imitar vozes de pessoas familiares aos viajantes e assim fazê-los se perderem ou então atraí-los para o seu covil, onde eles os prendem e os torturam fazendo cócegas. Eles também gostam de sequestrar mulheres jovens.

Normalmente há apenas um Archura habitando em uma floresta, e quando há mais de um, eles lutam pelo território, derrubando árvores e assustando animais.

Arte de Bartu Bölükbaşı
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6 de novembro de 2017

Leto

۞ ADM Sleipnir


Leto (em grego: Λητω, "gentil, recatada"; conhecida como Latona pelos romanos e Letun pelos etruscos) foi um das titânides da mitologia grega, filha dos titãs Céos e Febe e irmã da titânide Astéria. Com Zeus, foi a mãe dos deuses gêmeos Apolo e Ártemis 

Ela era cultuada como a deusa da maternidade e, ao lado de seus filhos, era vista como a deusa protetora dos jovens. Seu nome e iconografia sugerem que ela também era uma deusa da modéstia e recato feminino. Como sua irmã Astéria, ela também pode ter sido uma deusa da noite, ou, alternativamente, da luz do dia.

Na pintura de vasos gregos, Leto era representada como uma mulher que levanta o véu em um gesto de modéstia. Ela também era geralmente representada acompanhada de seus dois filhos.


Mitologia

O Nascimento de Ártemis e Apolo

Leto foi uma das amantes de Zeus, e acabou engravidando dele. Quando estava prestes a entrar em trabalho de parto, a deusa Hera proibiu Gaia de ceder um espaço de terra sequer para que Leto pudesse se abrigar e dar a luz.

Poseidon, o deus dos mares, viu o sofrimento de Leto e fez uma ilha emergir do mar, a ilha de Ortígia. Como esta ilha flutuante não estava conectada a nenhum outro pedaço de terra, estava fora do domínio de Gaia, e então pode abrigar a amante de Zeus. Abraçada a uma palmeira e contorcendo-se em dores, Leto esperou durante nove dias e nove noites para dar a luz, pois Hera, como não conseguiu impedir Leto de encontrar um lugar para se abrigar, resolveu impedir a deusa do parto, Ilítia, de deixar o Olimpo. 

As demais deusas se compadeceram da situação de Leto, e resolveram persuadir Hera. Elas enviaram a deusa mensageira Íris até o Olimpo levando um presente irrecusável para a rainha dos deuses: um colar de fios de ouro e âmbar entrelaçados com mais de três metros de comprimento. Finalmente, a deusa permitiu que Ilítia descesse à ilha. 

De joelhos, junto à palmeira, Leto deu à luz primeiro a Ártemis e depois, com ajuda desta, a Apolo. Vendo os sofrimentos pelos quais sua mãe passou, Ártemis jurou jamais se casar. Agradecido a Ortígia, Apolo fixou-a no centro do mundo grego e mudou-lhe o nome para Delos, "a brilhante". 


O gigante Tício

Tício era um gigante, filho de Zeus e Elara, filha de Orcómeno. Instigado por Hera, tentou violentar Leto,  e foi morto a flechadas por Apolo e Ártemis. Como tortura eterna, foi condenado a ficar, após sua morte, esticado no Hades, preso por seus braços e pernas, o qual cobria nove hectares, com abutres comendo o seu fígado.

A Morte dos Nióbidas

Os nióbidas eram na mitologia grega os filhos de Nióbe, filha de Tântalo, com Anfião, rei de Tebas. Pela ousadia da mãe em insultar Leto, foram aniquilados por Apolo e Ártemis.

Os habitantes de Tebas, realizavam uma cerimônia em honra a Leto, e carregavam coroas de louros em homenagem à ela e aos seus filhos. Em meio ao ritual, Nióbe surgiu com seu belo traje, mas sem uma coroa de louros na cabeça.

- Por que Leto possui rituais e eu não? - ela perguntou, em voz alta e gritante para todos os presentes - Sou filha de Tântalo, que jantou nos Salões do Olimpo. Sou Rainha de Tebas, mãe desta terra. Tenho sete filhos e sete filhas, que me darão muitos netos para me orgulhar. E o que Leto tem?

Suas palavras foram arrebatadoras, mas também persuasivas. Os habitantes de Tebas ouviram sua rainha e abandonaram as coroas de louros e o ritual incompleto. O insulto foi imenso para a deusa Leto, que descansava em seu palácio. Magoada e perplexa, ela chamou por seus filhos divinos e pediu que a justiça fosse feita. 

Como os magníficos caçadores que eram, Apolo e Ártemis desceram dos céus armados e sedentos por vingança. Apolo, armado com seus dardos letais, e Ártemis armada com seu mortífero arco e flecha. Chegando na terra, as flechas da deusa da caça abateram os sete filhos homens de Nióbe. Um por um morto de forma sangrenta e desesperadora. A rainha de Tebas percebeu o que acontecia, e gritou aos céus por perdão quando era tarde demais.


Então chegou a vez dos dardos de Apolo perfurarem o coração das filhas de Nióbe. A rainha gritava e tentava agarrar, em vão, suas meninas. Num reflexo imediato, Nióbe agarrou sua filha mais nova, que ainda vivia e pediu:

- Deixe-me com esta. Pelo menos esta, por favor!

E um dardo perfurou o pescoço da menina.

Nióbe ajoelhou entre seus filhos mortos. Seus braços endureceram no solo, assim como suas pernas e corpo. A rainha parou de se mover, exceto pelas lágrimas que ainda corriam em quantidades grandes. Nióbe foi transformada em montanha; e de seus olhos feitos de terra, as lágrimas ainda descem.



fontes:
  • Wikipédia;
  • Livro Greek Mythology A to Z;
  • Página Mitologia Grega: https://www.facebook.com/contosdamitologia/

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3 de novembro de 2017

Pasha

۞ ADM Sleipnir


Pasha (sânscrito পাশ, Pāśa; literalmente "nó" ou "laço") é uma arma mítica da mitologia hindu, usada por várias divindades, como Ganesha, Yama e Varuna.  Representado em esculturas como uma corda ou um laço duplo, ele é geralmente usado para atacar os braços e pernas de um inimigo ou para caçar animais. 


O pasha simboliza o apego mundano, bem como o poder dos deuses para conter e controlar o mal. É um atributo comum de Ganesha, o "Senhor dos Obstáculos", que o utiliza para unir e remover obstáculos. Já Yama, o "Senhor da Morte", o utiliza para extrair a alma de um corpo no momento de sua morte.

Yama, o deus da morte hindu, com o pasha em sua mão direita
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1 de novembro de 2017

Ometeotl

۞ ADM Sleipnir 

Arte de zabraxxas

Ometeotl ("Deus Duplo" na língua náuatle) é o deus criador supremo das mitologias asteca e tolteca, e criador do Cemanahuatl (mundo em náuatle). Ometeotl foi pensado como sendo um par de divindades masculina e feminina, chamados respectivamente Ometecutli e Omecihuatl, e estes representavam a energia ou essência criativa da qual o poder de todos os outros deuses fluía. Eles existiam acima e além de todos os assuntos mundanos, habitando Omeyocan, o mais alto dos treze céus na mitologia asteca.

Arte de Vladimir Merchensky

Como opostos simultâneos, masculino e feminino, Ometeotl representava para os astecas a idéia de que o universo era composto de opostos polares: luz e escuridão, noite e dia, ordem e caos, etc. Na verdade, os astecas acreditavam que Ometeotl era o primeiro deus, um ser auto-criado cuja própria essência e natureza se tornaram a base para a natureza de todo o universo. Ometeotl gerou quatro filhos, todos os quais seriam figuras centrais no panteão asteca: Xipe TotecTezcatlipoca, Quetzalcoatl e Huitzilopochtli.

Não existiram templos dedicados a Ometeotl ou a quaisquer cultos ativos que o adorassem através de rituais regulares, porém referências a Ometeotl aparecem em uma série de códices e poesias do período pós-conquista asteca. 



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Ruby