6 de outubro de 2017

Onikuma

۞ ADM Sleipnir

Arte de Matthew Meyer

Onikuma (em japonês: 鬼熊, "Demônio Urso") é um yokai do folclore japonês, oriundo da província de Kiso (atual Prefeitura de Nagano) e conhecido graças as descrições feitas no quarto volume do Ehon Hyaku Monogatari ( japonês: 絵 本 百 物語 , "Livro ilustrado de cem histórias"), publicado em 1841 por Takehara ShunsenAssim como outros animais, um Onikuma é um urso que viveu por muito tempo e acabou se tornando um yokai.

Ele não tem qualquer poder sobrenatural, exceto que anda sempre de pé sobre as patas traseiras e possui uma força excepcional. Lendas dizem que um Onikuma pode mover sozinho rochas que nem sequer dez homens juntos seriam capazes de empurrar, e por isso, são atribuídos a este yokai a presença de certas rochas na prefeitura de Nagano, porque elas são grandes demais para terem sido levadas para ali por meio de obra humana.


Arte de  Shota Kotake

O comportamento de um Onikuma é muito semelhante ao dos ursos comuns. Ele possui hábitos noturnos e vive nas profundezas das montanhas, longe dos seres humanos.
 Onikumas raramente se aventuram para fora de seus habitats, mas, como ursos comuns, ocasionalmente emergem das florestas e vão até as aldeias próximas para procurar comida. Devido à sua natureza reclusa, encontros entre Onikumas e humanos são muito raros. Quando eles acontecem, no entanto, eles são muitas vezes violentos. Onikumas às vezes vagueiam em áreas habitadas por humanos quando há comida fácil de ser consumida - geralmente cabeças de gado. Onikumas são capazes de roubar vacas e cavalos e caminhar para a floresta com eles na mão. Quando isso acontece, os aldeões não têm escolha a não ser tentar caçar e matar o Onikuma. 


Uma lenda em Nagano datada da era de Kyōhō (1716-1736) conta que certa vez um grupo de aldeões, cansados de terem seu gado e seus cavalos levados por um Onikuma, tentaram caça-lo e seguiram seu rastro até a  entrada de uma caverna. Ali colocaram carne fresca e aguardaram o Onikuma sair, empunhando enormes lanças para atacá-lo de longe. Assim que o Onikuma saiu de seu esconderijo, atraído pelo odor de carne fresca, foi morto pelos aldeões, que o levaram para a aldeia e o esfolaram. Conta-se que a pele do Onikuma morto era tão grande que era capaz de cobrir todo o chão de uma sala.

Arte de Mizuki Shigeru



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