۞ ADM Sleipnir
Elizabeth Bathory, a "Condessa de Sangue", foi das mulheres mais perversas e sanguinárias que o mundo já conheceu, e sua história até hoje desafia as limitações da mente humana, tendo se tornado um caso "contemporâneo", para muitos estudiosos de psicologia, psiquiatria e por que, não dizer de parapsicologia.
Nascida no ano de 1560, Elizabeth Bathory era considerada uma das mulheres mais belas da alta sociedade e, embora fosse muito atraente por fora, o seu interior revelava uma pessoa muito diferente. Elizabeth era uma pessoa sanguinária por natureza, e há quem diga que assim o era devido a traumas de infância. Casou muito nova com o conde Ferencz Nadasdy, com quem teve três filhos. O conde era um guerreiro conhecido e respeitado, e como tal estava constantemente envolvido em guerras fora do seu castelo e da sua terra. Devido a isso e talvez por se sentir sozinha, Elizabeth começou então a buscar prazer de outras formas. As influências foram surgindo por parte da sua tia, uma lésbica muito conhecida na alta sociedade e a partir daí, Elizabeth começou a partilhar o mesmo gosto por esse tipo de aventuras, participando em várias orgias organizadas pela sua tia. Recebeu também muitas influências da parte de criados seus que praticavam as artes da magia negra.
Nascida no ano de 1560, Elizabeth Bathory era considerada uma das mulheres mais belas da alta sociedade e, embora fosse muito atraente por fora, o seu interior revelava uma pessoa muito diferente. Elizabeth era uma pessoa sanguinária por natureza, e há quem diga que assim o era devido a traumas de infância. Casou muito nova com o conde Ferencz Nadasdy, com quem teve três filhos. O conde era um guerreiro conhecido e respeitado, e como tal estava constantemente envolvido em guerras fora do seu castelo e da sua terra. Devido a isso e talvez por se sentir sozinha, Elizabeth começou então a buscar prazer de outras formas. As influências foram surgindo por parte da sua tia, uma lésbica muito conhecida na alta sociedade e a partir daí, Elizabeth começou a partilhar o mesmo gosto por esse tipo de aventuras, participando em várias orgias organizadas pela sua tia. Recebeu também muitas influências da parte de criados seus que praticavam as artes da magia negra.
Vida
A história da vida de Elizabeth começa na antiga fronteira
entre a Roménia e a Hungria no castelo Ecsed, onde a família Bathory estava instalada.
Em 1560, George Bathory (de descendência Ecsed) e Anna Bathory (de descendência
Somlyo) tiveram uma filha, Elizabeth, fruto de um casamento entre duas famílias húngaras nobres, porém decadentes. A família Bathory era uma das mais ricas e
poderosas famílias protestantes de toda a Hungria. Nela existiram dois dos mais
importantes príncipes reinantes na Transilvânia, um vasto número de heróis de
guerra, oficiais da igreja da Hungria e até mesmo um grande construtor de
impérios, Stephen Bathory, príncipe da Transilvânia e rei da Polônia. Além
destes nobres, a família Bathory era constituída por mais pessoas de um foro não
tão nobre. Elizabeth tinha um tio que era supostamente adepto de rituais e
adoração em honra a Satanás, a já citada tia, Klara Bathory,
famosa por ser lésbica/bissexual e que se divertia torturando criados, e ainda
um irmão, Stephan, conhecido pela sua fama de bêbado e libertino.
Não se sabe bem quando, mas imagina-se que esta cena se
passou entre os seis e os onze anos de Elizabeth, quando um grupo de ciganos
foi chamado ao castelo de Ecsed (na sua casa) para divertir a corte. Durante a
estadia dos ciganos no castelo, um deles foi acusado de vender crianças aos turcos.
Foi levado a julgamento, considerado culpado e sentenciado à morte. Elizabeth lembrava-se
do choro do cigano durante a noite, lamentando a sua sentença e isso deve tê-la
impressionado. De madrugada, Elizabeth escapou à vigilância da sua ama e correu
para fora do castelo para ver a punição. Aí viu um cavalo no chão, moribundo, e
alguns soldados a abrirem-lhe a barriga. Três dos soldados agarraram então no
cigano e puseram-no dentro da barriga do cavalo, deixando-o apenas com a cabeça
de fora e seguidamente coseram a barriga com uma agulha e linha.
Outro relato que se conhece, mas não se sabe se é verídico é
o seguinte:
Aos nove anos de idade, Elizabeth presenciou um ataque de um grupo de rebeldes ao castelo onde vivia. A maior parte deste foi destruída e muitas das pessoas que lá viviam
foram torturadas, violentadas e posteriormente mortas. Elizabeth e as suas duas
irmãs Anichka e Shandra foram levadas pelas suas amas para se esconderem na floresta.
Elizabeth encontrou refúgio numa árvore, mas as suas irmãs foram encontradas e
torturadas até à morte. Elizabeth não teve outra escolha senão ver as suas
irmãs e aias serem violentadas e mortas. Mais tarde encontrou o caminho para casa
e viu os assassinos sentados numa mesa, posta fora do castelo, com o seu líder,
Dozsa, numa cadeira de ferro, com fogo no fundo da mesma, estando ele a ser
cozinhado. Os outros assassinos foram obrigados a comer a carne cozinhada do
seu líder. Parece que alguns não se importaram muito, talvez porque tinham fome
a essa altura... Foram depois mortos. Esta punição foi infligida neles quando
foram apanhados e o tio de Elizabeth pronunciou a sentença. O castelo foi restaurado,
mas ninguém pôde preencher o vazio causado pela perda das irmãs e do pai de Elizabeth.
Embora isto não seja uma desculpa, para o posterior
comportamento de Elizabeth, podemos explicar mais um bocado das suas atitudes
anos mais tarde. Estes e mais alguns incidentes durante a sua infância,
influenciaram a sua ideia do que seria um comportamento correto e conceitos de
moralidade.
Um olhar sobre a mulher
Ao contrário de muitas mulheres da época, Elizabeth foi
muito bem educada e a sua inteligência ultrapassava até mesmo a de muitos
homens. Ela era excepcional, tornou-se fluente em húngaro, latim e alemão, numa época onde a maior parte dos nobres húngaros sequer sabia escrever. Até mesmo
o príncipe regente da Transilvânia nesse tempo tinha pouca educação. Alguns
professores modernos e contemporâneos dizem que embora ela fosse louca e capaz
de promover inúmeras atrocidades, era também uma pessoa com pleno controle das
suas faculdades.
O seu futuro marido
Em 1555, Ferenc Nadasdy nasce no seio de uma família que por
direito de nobreza era tão prestigiosa quanto à dos Bathory, mas não era nem
tão rica nem tão antiga. A educação de Ferenc foi meticulosamente documentada
pela sua mãe, Ursula, viúva, durante o período entre 1567 e 1569, época em que
ele frequentava a escola de Vienna. Estes documentos comprovam que Ferenc não era
um bom estudante. Mal aprendeu a escrever húngaro e a escrever e ler um pouco
de alemão e latim. Ferenc desenvolveu-se como um atleta e um pouco mais. Embora
tivesse adquirido pouca educação acadêmica era certamente popular entre os seus
colegas. Em 1571, aos 16 anos, graças às cuidadosas manipulações de sua mãe,
Ferenc ficou noivo de Elizabeth, quando esta tinha apenas 11 anos de idade.
O casamento
Ferenc casou com Elizabeth em 8 de Maio de 1575 num acontecimento
de gala onde até o Santo Imperador Romeno Maximian II foi convidado a estar.
Sabe-se que ele não pôde ir devido a viagens, mas enviou uma delegação para o
representar e um caro presente de casamento. O casamento, que juntou as duas
proeminentes famílias protestantes realizou-se no castelo Varanno, onde o jovem
Conde Ferenc Nadasdy juntou o nome da condessa ao seu. Mas Elizabeth, naquela
altura já emancipada, escolheu permanecer uma Bathory e ficar apenas com o nome
dela, já que o seu nome era mais antigo e mais ilustre que o dele.
O desenrolar da história
Ferenc escolheu a guerra como carreira e já não permanecia
muito em casa, deixando assim Elizabeth no castelo Sarvar reinando e
especialmente disciplinando os criados. A Condessa levava essa disciplina a um
ponto considerado hoje como sadismo. De acordo com os relatos, bater nas criadas
com um rolo de massas era a menor das suas punições. Frequentemente ela espetava
alfinetes na parte superior e inferior dos lábios das moças (na sua carne) e
debaixo das unhas. Uma punição particularmente dura era arrastar as moças para
a neve, fora do castelo, onde ela ou as suas aias despejavam água fria nelas
até morrerem congeladas. Durante os primeiros 10 anos de casamento, Elizabeth e
Fernenc não tiveram filhos já que ficavam muito pouco tempo juntos, dado o seu
empenhamento na sua carreira militar, mas por volta de 1585, Elizabeth deu à
luz uma menina que chamou de Anna. Nos nove anos seguintes deu à luz Ursula e
Katherina e em 1598 nasceu o seu primeiro filho homem, Paul. A julgar pelas
cartas que ela escreveu a parentes, Elizabeth era uma boa mãe e esposa, o que
não era de surpreender visto que os nobres costumavam tratar a sua família de
maneira muito diferente dos criados mais baixos e das classes de camponeses. Uma
das coisas que Elizabeth fazia para se divertir durante a ausência do conde era
visitar a sua tia Klara. Rica e
poderosa, Klara tinha sempre muitas mulheres disponíveis. Sendo assim,
Elizabeth divertia-se muito nas suas visitas à tia, fato revelado pela frequência
das mesmas. Enquanto isso, Ferenc criava um grande nome para si próprio. Em
meados de 1598, Ferenc era um conhecido herói de guerra: era um de cinco heróis
conhecidos como o quinteto profano, que inspirava o terror nos turcos que até
mesmo o coroaram com uma popular alcunha reveladora do medo por eles sentido.
Chamavam-no de "Cavaleiro Negro da Hungria”. Durante essa mesma altura, a
coroa começou a ter problemas por causa do pagamento aos seus heróis e acabou
por gerar uma enorme dívida monetária à família Nadasdy, de quem Elizabeth
agora fazia parte.
A morte do Conde
No final de 1603, Ferenc ficou subitamente doente e acabou morrendo na manhã de 4 de Janeiro de 1604, quando uma forte nevada caiu no
castelo Servar. Nunca se chegou, a saber, se Ferenc tinha conhecimento das
atividades homicidas da sua mulher, mas sabe-se que durante o tempo que estava
em casa também gostava de torturar os criados. Quando Ferenc permanecia em casa
durante as raras tréguas com os turcos, juntava-se a Elizabeth e planejavam
métodos de tortura, não chegando, no entanto, a ponto de matar os próprios
criados como Elizabeth fazia. Apenas quatro semanas depois da morte do seu
marido, Elizabeth decidiu que já tinha lamentado a morte dele o suficiente e
depressa se apressou a fazer aparições na corte. Muitos historiadores e pesquisadores da vida da Condessa dizem que a morte de Ferenc foi o impulso
suficiente para a sua reputação de usar os banhos de sangue para fins cosméticos.
Os relatos mostram que o seu comportamento sádico ganhou força depois da morte
do seu marido e indicam que nenhuma das testemunhas no julgamento mencionou o
fato da Condessa se banhar em sangue.
Uma antiga história diz que em certa ocasião enquanto passeava
com um jovem cavalheiro, Elizabeth foi verbalmente abusiva com uma senhora
idosa, pois a Condessa achou que o aspecto da senhora era repulsivo. A senhora
respondeu: "Cuidado, ó vaidosa, em breve ficarás como eu e depois, o que
farás?” Esta foi outra das razões apresentada para justificar a obsessão de
Elizabeth com a idade e o envelhecimento, apesar de não haver evidências em
nenhum documento que comprovem este evento.
Vale a pena mencionar aqui algumas outras lendas embora
novamente falte documentação para comprovar estas histórias. A prática
sanguinária de Elizabeth teria começado quando uma criada acidentalmente puxou
o cabelo da Condessa enquanto o penteava. Elizabeth instintivamente bateu na
jovem com tanta força que a mesma começou a sangrar, fazendo com que o sangue
espirrasse na mão da Condessa. A princípio, Elizabeth ficou enraivecida e
apanhou uma toalha para limpar o sangue, mas subitamente reparou que à medida
que o sangue ia secando a sua pele parecia ter retomado a mesma brancura e
jovialidade da pele das jovens camponesas. Embora pareça que ela nunca tomou
banho com sangue de virgens, vários relatos mostram que as torturava de tal
maneira que ficava ensopada no sangue delas tendo de trocar de roupa antes de
poder prosseguir. Elizabeth poderia ter continuado com esta moda de torturar
criados até à morte, à sua vontade e indefinidamente, porque até os clérigos
naquele tempo consentiam que os nobres tratassem os seus criados da maneira que
quisessem, por mais cruel que isso fosse, legalmente não era nada.
Os seus cúmplices
Acompanhando a Condessa nestas ações macabras estavam um
servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo que era a ama dos seus filhos,
Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira
que a condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira. Entre os anos de
1604 e 1610 uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia, que provavelmente era
amante de Elizabeth, juntou-se a ela e ensinou-lhe novas técnicas de tortura.
Passou a ser uma das mais ativas sádicas nas práticas de Elizabeth. Depois de
um severo golpe, que a deixou cega, Darvulia deixou o seu trabalho a Elizabeth,
Helena Jo e Dorka, certa de que as tinha ensinado bem.
Completamente em pânico, algumas jovens tentaram em vão
escapar-se do castelo, embora se saiba que poucas o conseguiram. Aquelas que
escapavam, eram logo encontradas e punidas da maneira a seguir relatada: “...
uma menina de 12 anos chamada Pola conseguiu escapar do castelo, mas Dorka,
ajudada por Helena Jo, apanhou a jovem assustada de surpresa e levou-a a força
para o castelo de Csejthe. A Condessa recebeu a menina no seu retorno, estava
furiosa, agarrou a menina e forçou-a a entrar numa espécie de jaula, construída
com a forma de uma grande bola, estreita de mais para ser possível uma pessoa
sentar-se e baixa demais para poder permanecer em pé. Uma vez colocada à menina
lá dentro a jaula era erguida por uma roldana e dezenas de espigões ressaltavam
de dentro dela. Póla tentou não ser apanhada pelos espigões, mas Ficzko
manuseou as cordas de modo a que a jaula oscilasse para os lados. A carne de
Pola ficou despedaçada.
Com a morte de Darvulia, na época em que Elizabeth atingiu
os seus 40 anos, esta se tornou ainda mais descuidada. Era Darvulia que se
certificava que as vítimas seriam apenas camponesas e que nenhuma moça da
nobreza era levada, mas com a sua morte e também com as dúvidas das camponesas
acerca das maravilhas do castelo Csejthe, Elizabeth começou então a escolher moças
da baixa nobreza. Sentindo-se sozinha, a Condessa juntou-se à viúva de um
fazendeiro da cidade vizinha de Miava. O nome dela era Erzsi Majorova. Aparentemente
foi ela que encorajou Elizabeth a ir atrás de moças de berço nobre além de
continuar a sua busca entre as camponesas.
As atrocidades de Elizabeth continuaram
Um cúmplice seu testemunhou que em alguns dias Elizabeth
deitava moças nuas no chão do seu quarto e torturava-as de tal maneira que o
chão ficava inundado de sangue. Elizabeth teve de pedir aos criados que
trouxessem um tapete para tapar as poças de sangue. Uma jovem aia que não
conseguiu aguentar as torturas e morreu muito rapidamente mereceu o seguinte
comentário no diário da Condessa: "Ela era muito pequena...” Elizabeth
chegou a um ponto na sua vida em que ficou muito doente e não conseguia
levantar-se da cama nem arranjar forças para torturar as suas criadas. Ordenou
então que lhe fosse trazida uma das suas jovens criadas. Dorothea Szentes, uma
rude mulher camponesa arrastou uma das criadas mais jovens de Elizabeth para o
seu lado e segurou-a aí. Elizabeth ergueu-se da sua cama e tal como um cão
raivoso abriu a boca e mordeu a menina na face. Depois seguiu para os ombros
onde rasgou um pedaço de carne com os dentes. Depois disso, Elizabeth mordeu os
seios da menina.
O seu maior erro
Elizabeth deixou de ter o cuidado de providenciar enterros
cristãos, feitos pelo pastor protestante do local, pelo menos no início.
Depois de algum tempo, o pastor recusou-se a prosseguir com estes ritos, pois havia
muitas moças mortas por causas desconhecidas e misteriosas, mas sempre levadas
a cabo por Elizabeth. Ela ameaçou-o então para que ele não revelasse os seus
atos e continuou a enterrar os corpos secretamente. Mais perto do fim, os
corpos começaram a ser deixados em locais “perigosos” (nos campos junto ao
castelo, na horta perto da cozinha, etc.) Estas ações contribuíram muito para a
descoberta dos seus crimes.
A descoberta dos crimes
Ao longo do seu reinado como "Condessa
Sanguinária", depois da morte do seu marido, outro dos seus propósitos foi
fazer com que o rei húngaro, Mathias II pagasse as dívidas que tinha ao seu
falecido marido Ferenc, de modo a que ela pudesse continuar com a sua vida sem preocupações.
O rei não pagou essas dívidas e Elizabeth teve de vender dois castelos
pertencentes à sua família nos arredores da Transilvânia. Estas ações chamaram
a atenção do primo de Elizabeth, o conde Thurzo. O conde, reconhecendo o perigo
deste procedimento, reuniu o resto do clã Bathory e planeou mandar exilar
Elizabeth num convento onde iria findar os seus dias.
Os planos do conde Thurzo para conseguir salvar a família
foram interrompidos quando no Inverno de 1610, Elizabeth achou que a sua posição
social era intocável perante a lei, desde que os seus criados lançassem moças
mortas das muralhas do castelo para um sítio descampado onde existiam lobos
vorazes. Mas, esta cena foi vista pelos habitantes da vila de Csejthe, que
informaram os oficiais do rei e os altos oficiais da igreja forçaram o rei
Thurzo a agir, e ele assim o fez, pretendendo apenas proteger os interesses da
família Bathory. O ataque foi planejado para ser feito no feriado de Natal,
enquanto o Parlamento Húngaro não estava reunido. A 29 de Setembro de 1610 foi
efetuado o ataque ao castelo Csejthe. Não houve necessidade de fazer um ataque
noturno de surpresa, pois ao longo dos anos, as evidências dos crimes de
Elizabeth foram-se acumulando. Quando o grupo de ataque chegou à mansão
senhorial de Elizabeth, encontraram o corpo de uma criada espancada mesmo antes
de entrarem, pois Elizabeth e os seus cúmplices não se tinham preocupado em
enterrar o corpo. Dentro da casa, os nobres depararam-se ainda com os corpos de
mais duas jovens, muito marcadas pelas torturas estando uma delas ainda viva.
Na carta que escreveu à sua mulher, o conde Thurzo disse: "Tomei a mulher
Nadasdy em custódia, ela foi imediatamente levada para a sua fortaleza... Irá
ser bem vigiada e mantida em forte aprisionamento até Deus e a lei decidirem
acerca dela... Esperarei apenas até que a mulher acusada seja levada para a
fortaleza e se instale num quarto próprio para ela”. O conde Thurzo não esperou
por Deus e a lei, pois decidiu que Elizabeth não devia ser levada a tribunal,
mas sim sentenciada a permanecer presa no seu castelo Csejthe.
Os julgamentos
Os julgamentos em 2 e 7 de Janeiro de 1611 foram feitos
apenas para satisfazer um ato oficial. Durante os julgamentos, os testemunhos
dos seus cúmplices, Ficzko, Dorka, Katharina Beneczky e Helena Jo foram
ouvidos. Erzi Majorova foi julgada muito mais tarde porque desapareceu.
É
importante salientar que as quatro testemunhas mencionaram apenas entre 30 e 60
mortes, mas uma quinta testemunha, ouvida no dia 7 de Janeiro, revelou a peça
do quebra-cabeça que faltava. O testemunho mais surpreendente veio de uma
mulher, identificada apenas como "senhora Zusanna", não tendo sido
mencionado o seu último nome, que depois de descrever as torturas feitas por
Helena Jo, Dorothea e Ficzko... e de ter pedido um atenuante para Katarina
Beneczky, revelou a evidência mais chocante deste julgamento: existia uma lista ou registro (que se encontrava num cesto
de desenhos), feito pela Condessa onde a própria revelava o número de mulheres
mortas até então e foram 650.
Os criados foram considerados culpados e as suas penas
deliberadas da seguinte maneira:
- Em primeiro lugar, Helena Jo, seguida por Dorothea
Szentes, as então chamadas de culpadas do grande crime foram condenadas a terem
os seus dedos (aqueles que usaram como instrumentos de tortura e na carnificina
e ainda por onde pingou o sangue de cristãs) arrancados pelo executor público
com uma pinça incandescente e posteriormente os seus corpos deveriam ser
atirados ainda vivos para o fogo.
- Ficzko foi decapitado. O seu corpo, exangue, juntar-se-ia
ao dos seus cúmplices e seria também queimado. Apenas Katharina Beneczky
escapou à sentença de morte. Mais tarde, em 24 de Janeiro de 1611, Erzsi
Majorova foi encontrada, considerada culpada e executada. Apenas Elizabeth não
foi trazida perante a corte e julgada, graças a uma carta escrita pela sua
poderosa família e às maquinações do conde Thurzo.
A sentença de Elizabeth
A sentença de Elizabeth foi proferida pelo próprio conde
Thurzo: "Tu, Elizabeth, és como um animal" - disse ele - "estás
nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a
luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As
sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida.
Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres aprisionada perpetuamente no teu
próprio castelo.”
Trabalhadores foram chamados para tapar totalmente as
janelas e a porta com tijolos do quarto de Elizabeth no castelo de Csejthe, onde
ela passaria o resto da sua vida. Seria deixado aberto apenas um pequeno
orifício por onde passaria a comida e o ar. Fora desta cena, quatro forcas
foram construídas nos quatro cantos do castelo para demonstrar aos camponeses
que justiça havia sido feita. Em 31 de Julho de 1614, Elizabeth deu a conhecer
a sua última vontade em testamento a dois padres catedráticos da diocese de
Esztergon. Ela desejou que todos os bens que restassem da sua família fossem
divididos igualmente pelos seus filhos e descendentes.
A morte da Condessa
Em Agosto do ano de 1614, um dos carcereiros da Condessa
quis vê-la, pois era sabido que ela tinha sido (ou era ainda) uma das mulheres
mais bonitas da Hungria. Espreitando através da pequena abertura na sua cela de
paredes, ele viu a Condessa deitada no chão. Elizabeth Bathory estava morta aos
54 anos seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe,
mas os habitantes acharam repugnante a ideia de ter a "Infame
Senhora" sepultada na cidade.
muito lgl aesa istoria
ResponderExcluirFake.
ResponderExcluirNão acredito que seja verdade, ainda mais sabendo que a Condessa era muito rica até mais ou quanto o rei, natural que muitos quisessem derruba-la para tomar suas riquezas etc...
ResponderExcluirAssistam o filme "Condessa de Sangue", ele contraria a ideia que a condessa tivesse envolvimento com a magia negra. Este filme conta uma outra história, em que a Elizabeth sentindo que seu sangue estava fraco, chama a Darvulia, uma especialista em medicina com ervas, que ajuda-lhe com banhos em ervas e frutos vermelhos, e lhe da um remédio que deixa a condessa "grogue". Este remédio causou seu comportamento de espancar a criada por puxar seu cabelo enquanto penteava seus cabelos. Outro ponto é que a condessa não era nenhuma sádica, mas como toda médica, era julgada como bruxa. A condessa cortava partes putridas, costurava, estudava medicina.
ResponderExcluirNeste filme a Elizabeth é acusada por Thurzo porque ele queria suas riquezas, seu poder e status, pois Elizabeth tinha domínios.
Algo na história que chama a atenção é que Elizabeth tem um envolvimento amoroso com Caravaggio.
"Still alive Elizabeth Bathory"
mais não falam que ela mesma já foi torturada pelo marido
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