A Epopéia de Gilgamesh - Tábua VIII

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de MarmaduX para o moba SMITE

TÁBUA VIII

Tábua muito danificada. Ao romper da aurora, Gilgamesh canta os feitos que ele e seu amigo falecido realizaram e promete glorificar seu companheiro. 

(Texto assírio. A coluna I é quase inutilizável. Ao nascer do sol, Gilgamesh lamenta a perda de seu amigo diante dos anciãos de Uruk.)

 

Coluna II

"Ouçam-me, oh anciãos, ouçam-me!

Choro por meu amigo Enkidu

como uma pranteadora em um funeral;

nunca mais empunharei o machado que levo ao meu lado;

desapareceu o punhal de minha cintura;

meus trajes luxuosos não me trazem nenhum prazer,

a dor me oprime, estou submerso na aflição.

Oh, Enkidu, meu amigo, meu querido amigo,

caminhamos juntos por montes e vales,

vencemos e matamos o Touro Celestial,

matamos Humbaba, que vivia na floresta de cedros.

e agora, que sonho te invadiu?

Teu rosto está imóvel e não me ouves..."

Mas Enkidu não abre os olhos,

Gilgamesh coloca a mão sobre o peito dele:

o coração já não bate;

abraça seu amigo como uma esposa,

ruge de dor como um leão,

como uma leoa a quem tiraram seu filhote;

verte lágrimas, rasga suas vestes

e se despoja de seus adornos.

(Colunas III, IV, V e VI inutilizáveis.)

FIM DA TÁBUA VIII

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