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3 de outubro de 2013

Maat

۞ ADM Sleipnir

Arte de Raul Maldonado

Na mitologia egípcia, Maat (também Ma'atMayet) era a deusa da lei física e moral do Egito, da ordem, do equilíbrio, retidão e da verdade. Ela era filha (ou mãe) de e esposa de Thoth (segundo alguns autores eles eram irmãos) e com ele teve oito filhos. Estes oito filhos eram os principais deuses de Hermópolis e de acordo com os sacerdotes da cidade, eles criaram a terra e tudo que nela há .

Maat é representada na forma de uma jovem mulher com a pele cor de ocre, sentada ou em pé. Ela usa vestes longas e segura um cetro em uma mão e um ankh na outra. O símbolo de Maat era a pena de avestruz e ela é sempre mostrada usando-a em seu cabelo ou apenas portando-a. Em algumas ilustrações ela tem um par de asas ligadas a seus braços. A sua imagem é geralmente encontrada em sarcófagos, onde era utilizada afim de proteger a alma do morto. Outro símbolo de Maat é o monte primevo (ma'at), sobre o qual o deus criador estava no início dos tempos. Foi quando o mundo foi criado e caos eliminado que os princípios de Maat foram firmados no local.

Arte de SleinadFlar

Os egípcios acreditavam que sem a ordem de Maat só haveria o caos primordial e então o mundo não seria o mesmo. Era, portanto, necessário que o Faraó aplicasse e fizesse cumprir a lei, para permitir a manutenção do equilíbrio cósmico. A manutenção de Maat é tida como responsabilidade direta do faraó, no antigo Egito. O primeiro dever do faraó era defender a lei de Maat em todo o antigo Egito. É por isso que, nas paredes dos templos, o faraó é representado pela oferta de Maat a uma divindade, dizendo, em suas ações, que ele está em conformidade com os requisitos da deusa e em troca recebe dos deuses a vida e dominação (Osíris) e poder vitorioso (Hórus). Alguns faraós carregavam o título de Maat-Meri, que literalmente significa "amado de Maat". Eles são descritos frequentemente com os valores de Maat para enfatizar o seu papel na defesa das leis do Criador. Qualquer perturbação na harmonia cósmica poderia ter consequências para o indivíduo, bem como para o Estado.

De acordo com a religião egípcia, a alma dos mortos é julgada no Maaty, o "Salão das Duas Verdades". Lá, seus corações (consciência) são pesados contra a pena de Ma'at em balanças que representavam equilíbrio e justiça (e, portanto, a própria Maat). Se o coração deles fossem mais pesados do que a pena porque eles falharam em viver uma vida equilibrada pelos princípios de Ma'at, seus corações eram jogados em um lago de fogo ou devorados por uma temível divindade conhecida como Ammit. Se, no entanto, o coração fosse equilibrado com a pena de Ma'at, eles passariam no teste e ganhariam a vida eterna. Em certos momentos, era Osíris que se sentava como juiz no ritual, mas muitas outras divindades estavam envolvidas na cerimônia. 

Arte de makoyana

O último papel de Ma'at era ajudar e orientar o deus-sol Ra conforme ele seguia sua jornada através dos céus. Era ela quem determinava o rumo que o barco tomaria nos céus a cada dia. Às vezes, dizia-se que ela realmente viajava em seu barco junto com ele, guiando sua direção.

Maat possuía uma contraparte, que era a sua irmã Isfet ("caos") que, embora fosse temida, era essencial pois ambos os aspectos, o positivo e o negativo, devem estar presentes para que o equilíbrio pode existir.

Arte de Feig
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5 comentários:

  1. Adorei a postagem,muito bem feita parabéns

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  2. Meu irmão é politeista egípcio tem a imagem de osiris no quarto o olho de Hórus em cima da cabeceira da cama ele ama a religião egípci... fiquei curioso também

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  3. Já tem algum post sobre Harpocrates no blog?

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