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2 de dezembro de 2016

Anjos: Parte I - Visão Geral

۞ ADM Dama Gótica



Anjos (latim: angelus, grego: ángeloshebraico: malach; "mensageiro") segundo a tradição judaico-cristã (mais divulgada no ocidente) e conforme relatos bíblicos, são criaturas espirituais, conservos de Deus como os homens, e que o servem como ajudantes ou mensageiros. 

Origem

O ramo da teologia que estuda os anjos é chamado de Angelologia ou Angeologia. Pode-se dizer que as bases das doutrinas angelológicas ocidentais foram formuladas por Santo Agostinho no século IV d.C. Segundo Agostinho, os anjos teriam uma natureza puramente espiritual e livre. Comentando o gênesis, Agostinho definiu as funções destes seres celestes, que seriam responsáveis pela glorificação de Deus e pela transmissão da vontade divina. De acordo com a doutrina angelológica agostiniana, os anjos estariam voltados tanto para o mundo espiritual quanto para o mundo visível, no qual interviriam com certa frequência. Para Agostinho, os homens e os anjos tinham semelhanças notáveis, tendo ambos sido criados à imagem de Deus. Ademais, ambos seriam criaturas inteligentes. Porém os anjos sendo imateriais e os homens feitos de matéria.

Mais tarde, Gregório Magno acrescentou algumas noções angelológicas ao pensamento Agostiniano. Segundo ele, o homem teria como função ocupar no Céu os lugares abandonados por anjos caídos. Gregório Magno também foi responsável por introduzir no Ocidente a lista dos nove coros celestes (serafins, querubins e tronos, dominações, potestades e virtudes, principados, arcanjo e anjos). No começo do século IX d.C., o texto "A Hierarquia Celeste", atribuído a Dioniso, o Areopagita, consolidou a noção de hierarquia angelical.


No século XI, o pensamento teológico sobre os anjos sofreu mudanças. Santo Anselmo rejeitou as relações de causalidade entre a queda dos anjos e a criação de Adão. A teologia de São Bernardo conferiu aos anjos um papel essencial na ascensão mística, uma vez que esses seres celestes seriam responsáveis por preparar a alma para a visão de Deus. Nessa época, emerge a figura do anjo da guarda individual.

No século XV, a devoção aos anjos da guarda individuais se torna regra, e a teologia passa a se ocupar desse aspecto da essência angelical. Hoje, as diferentes denominações tem diferentes tratamentos e níveis de atenção dados a doutrina. Enquanto algumas igrejas os reverenciam e os admiram, outras evitam o tópico, associando-os a idolatria e desvio de foco de atenção, mentiras, falsos sinais, e desordem de culto.

Os anjos no conhecimento popular e em outras tradições  

No conhecimento popular, os anjos geralmente têm belas asas brancas, uma auréola no alto da cabeça, tem uma beleza delicada e emanam um forte brilho. Muitas vezes são representados como crianças, por sua inocência e virtude. Os relatos bíblicos e a hagiografia cristã contam que os anjos muitas vezes foram autores de fenômenos milagrosos e segundo essa tradição, uma de suas missões é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação de Deus.

Em muitas outras tradições religiosas os anjos são figuras importantes do passado e do presente e o nome de "anjo" é dado frequentemente a todas as classes de seres celestes. Os muçulmanos, zoroastrianos, espíritas, hindus e budistas aceitam o fato sua existência, dando-lhes variados nomes, Porém, por vezes descrevem-los como tendo características e funções bem diferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã, e até esta mesma apresenta contradições e inconsistências de acordo com os vários autores que se ocuparam deste tema.

Além disso a cultura popular em vários países do mundo deu origem a um copioso folclore sobre os anjos, que muitas vezes se afasta bastante da descrição mantida pelos credos institucionalizados dessas regiões.

Judaísmo

Para o judaísmo, anjo é um ser espiritual que serve de elo transmissor entre o homem e o Criador. Sua existência é denotada em vários trechos da Bíblia hebraica e em diversos textos da literatura rabínica e do folclore judaico. Alguns anjos são citados por nome, até mencionados em excertos da liturgia religiosa, e também servem de protetores da humanidades e das pessoas individualmente. São entes inteligentes mas vinculados e dependentes do poder Divino, que podem assumir diversos tipos de tarefas, que, aos olhos humanos, podem ser boas ou más.

Budismo e Hinduísmo

O Budismo e o Hinduísmo descrevem os anjos (ou devas, como os chamam) de maneira semelhante às outras religiões ocidentais. Seu nome deriva da raiz sânscrita div, que significa "brilhar", e seu nome significa, então, os "seres brilhantes" ou "auto-luminosos". Dizem que alguns deles comem e bebem, e podem construir formas ilusórias para poderem se manifestar em planos de existência diferentes dos seus próprios. O Budismo estabelece uma categorização bastante completa para os seus devas, em grande parte herdada da tradição hinduísta.



Islamismo

A angelologia islâmica é largamente devedora às tradições do zoroastrianismo, do judaísmo e do cristianismo primitivo, e divide os anjos em dois partidos principais, os bons, fiéis a Deus, e os maus, cujo chefe é Íblis ou Ash-Shaytan, privados da graça divina por terem se recusado a prestar homenagens a Adão.

Por outro lado, existe também no Islamismo uma categorização hierárquica. Em primeiro lugar estão os quatro Tronos de Deus, com formas de leão, touro, águia e homem. Em seqüência, vêm o querubim, e quatro arcanjos:
  • Jibril ou Jabra'il, o revelador, intermediário entre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé; 
  • Mikal ou Mika'il, o provedor, citado apenas uma vez no Alcorão (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tão horrorizado com a visão do inferno quando este foi criado que jamais pôde falar de novo;
  • Izrail, o anjo da morte, uma criatura espantosa de dimensões cósmicas, quatro mil asas e um corpo formado de tantos olhos e línguas quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno;
  • Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trombeta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos de inumeráveis línguas e bocas, quatro asas e uma estatura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu. 
Por fim, os demais anjos. Como uma classe à parte estão os gênios, ou djins, que possuem muitas características humanas, como a capacidade de se alimentar, propagar a espécie, e morrer, e cujo caráter é ambíguo.

Espiritismo 

O Espiritismo faz uma descrição em muito semelhante à judaico-cristã, considerando-os seres perfeitos que atuam como mensageiros dos planos superiores, sem, no entanto, tentar atribuir forma ou aparência a tais seres: seria apenas uma visão de suas formas morais. A diferença da visão espírita se faz apenas pelo raciocínio de que Deus, sendo soberanamente justo e bom, não os teria criado perfeitos, pois isso seria creditar a Deus a capacidade de ser injusto, face à necessidade que os homens enfrentam de experimentação sucessiva para aperfeiçoarem-se. O Espiritismo apresenta a visão de que tais seres angélicos, independente de suas hierarquias celestiais, estão nesse ponto evolutivo por mérito próprio, são espíritos santificados e livres da interferência da matéria pelas próprias escolhas que fizeram no sentido evolutivo e de renúncia de si mesmos ao longo do tempo, sendo facultado também aos homens atuais - ainda muito materializados - atingirem, através de seus esforços morais e intelectuais nas múltiplas reencarnações, tais pontos de perfeição. 

Segundo Allan Kardec, os anjos seriam os espíritos elevados de benignidade superior que são protetores dos necessitados e mensageiros do amor. Seriam aqueles que trazem mensagens do mundo incorpóreo. Por este motivo seriam chamados de anjos, palavra que significa mensageiros, os quais aparecem inúmeras vezes nos textos sagrados de religiões judaico-cristãs, indicando a comunicabilidade entre vivos e mortos. Ainda segundo o Espiritismo, os anjos, em sua concepção mais comumente conhecida e aceita - criaturas perfeitas, a serviço direto de Deus - seriam os espíritos que já alcançaram a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas. Estes, ao fazê-lo, passariam a dedicar a sua existência a fazer cumprir a vontade de Deus na Criação, por serem capazes de compreendê-la completamente.



Teosofia

A Teosofia admite a existência dos seres angélicos e de várias classes dentre eles, embora existam relativamente poucos estudos neste campo que as sistematizem profundamente, dos quais os de Charles Leadbeater e sobretudo Geoffrey Hodson são as fontes mais ricas e interessantes.

Charles Leadbeater diz que, sendo um dos muitos reinos da criação divina, o reino angélico também está, como os outros, sujeito à evolução, e que existem grandes diferenças em poder, sabedoria, amor e inteligência entre seus integrantes. Pelo mesmo motivo, o de constituírem um reino independente, com interesses e metas próprias, diz que os anjos não existem em função unicamente dos homens e seus problemas, apesar de assistí-los de uma variedade imensa de formas. Mesmo que o reino angélico como um todo esteja envolvido em muitas tarefas que não dizem respeito ao homem, Leadbeater afirma em A "Ciência dos Sacramentos" que existe uma classe deles especialmente associada aos seres humanos, a dos anjos da guarda, na verdade uma espécie de silfos, à qual se confia uma pessoa por ocasião de seu batismo, e que por seu serviço conquistam a individualização, tornando-se serafins.

Os anjos são descritos por Hodson como tendo uma atitude em relação a Deus completamente diversa da humana, não concebendo uma existência personalizada individual, mas sim uma consciência única central e ao mesmo tempo difusa e onipresente, de onde suas próprias consciências derivam e à qual estão inextrincavelmente ligadas. Sentem-se unidos a esta consciência e para eles não é possível, exatamente por esta unidade, experimentarem egoísmo, separatividade, desejo, possessividade, ódio, medo, revolta ou amargura. Apesar de serem essencialmente seres amorosos, seu amor é impessoal, sendo extremamente raras associações estreitas com quaisquer indivíduos. Em seus estudos Hodson os divide em quatro tipos principais, associados aos quatro elementos da filosofia antiga: terra, água, fogo e ar. 

Na Literatura

Pouco espaço foi ocupado pelo anjo na modernidade, sobrevivendo na literatura por meio do culto dos jovens. No entanto, perdeu seu significado original e assumiu outro: um ser romântico que muitas vezes foi "amaldiçoado" ao se apaixonar por uma humana, as histórias mais recentes são a dos livros:
  • "Fallen" que é o primeiro volume da saga composta por Tormenta, Paixão e Rapture
  • "Hush Hush" que tambem é uma saga composta por Sussurro, Crescendo e Silêncio;
  • "Halo" que trata de um amor que ultrapassa as barreiras do céu e do inferno".;
  • A saga "Os Instrumentos Mortais", também tem a temática sobre serafins, e seus descendentes na terra, os Caçadores de Sombras, que protegem os humanos de demônios.

Fonte: 
Wikipedia
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6 comentários:

  1. Sò gostaria de parabenizalos pelo trabalho aqui feito, eu agradeço muito

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  2. O artigo é muito bom. Parabenizo a todos os moderadores do site!

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