29 de dezembro de 2017

Mbombo

۞ ADM Sleipnir


Mbombo, também chamado de Bumba, é o deus criador na religião e mitologia do povo bushongo do Congo, país da África Central. O mito de criação bushongo relata que no início de tudo, havia apenas a Terra coberta por escuridão e água, e Mbombo, um ser gigante e de cor branca. Durante milhões de anos existiram sozinhos, até que um dia Mbombo sentiu uma imensa dor em seu estômago e acabou vomitando, expelindo o sol. a lua e as estrelas de dentro de si. O calor e a luz do sol evaporaram boa parte da água que cobria a Terra, criando nuvens e fazendo com que montes de terra seca emergissem. 

Depois, Mbombo vomitou mais uma vez, trazendo à superfície da terra nove seres: um leopardo (chamado Koy Bumba), uma águia (chamada Ponga Bumba), um crocodilo (chamado Ganda Bumba), um peixe (chamado Yo Bumba), uma tartaruga (Kono Bumba), um  animal parecido com um leopardo preto (chamado Tsetse Bumba), uma garça real (chamada Nyanyi Bumba), um escaravelho (sem nome) e uma cabra (chamada Budi). Mbombo também vomitou muitos homens, dentre os quais estão seus três filhos: Nyonye Ngana, Chongannda e Chedi Bumba; além de Loko Yima, que posteriormente se tornaria seu porta-voz na Terra.


Estes nove animais, juntamente com os filhos de Mbombo, terminariam a criação do mundo. A garça Nyanyi Bumba criou todas as aves voadoras (exceto o papagaio) e o crocodilo Ganda Bumba criou as serpentes e as iguanas. A cabra, Budi, criou todos os animais com chifres, o escaravelho criou todos os insetos, e o peixe Yo Bumba, todos os demais peixes.

Nyonye Ngana, o primeiro dos filhos de Mbombo, criou as formigas brancas, porém morreu logo depois. Para homenageá-lo, as formigas penetraram profundamente na terra procurando por terra negra, e cobriram as areias estéreis para enterrar e honrar seu criador. O segundo filho, Chonganda, criou a primeira planta, que por sua vez deu origem a todas as árvores, gramíneas e flores. Chedi Bumba, o terceiro e último filho de Mbombo, tentou criar algo diferente, e acabou criando um pássaro falante, o papagaio.

Dentre os seres criados por Mbombo, Tsetse Bumba era o único a causar problemas para a criação, incendiando tudo por onde passava. Mbombo resolveu persegui-lo, e o mesmo fugiu para os céus transformando-se em um raio e levando suas chamas consigo. Isso fez com que a humanidade ficasse sem fogo e tivesse que se alimentar de carne crua, além de não poder fazer boas ferramentas. Mbombo então resolveu o problema ensinando a humanidade a obter fogo a partir da lenha das árvores.

Uma vez que a criação estava completa, Mbombo deixou o mundo a cargo dos homens, escolhendo Loko Yima, para representá-lo na terra. Por fim, retirou-se para os céus.


fontes:
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27 de dezembro de 2017

Chang'e

۞ ADM Sleipnir

Arte de XiaoGuang Sun

Chang'e (chinês: 嫦娥, também conhecida como Ch'ang-O) é a deusa da lua da mitologia chinesa. Ao contrário de outras divindades lunares, Chang'e não é uma personificação da lua, mas vive nela, por isso, também é chamada de "Mulher da Lua".

Chang'e figura na mitologia principalmente no ciclo de histórias envolvendo seu consorte, o arqueiro divino Hou Yi. Após derrubar nove dos dez sóis, Hou Yi e Chang'e foram punidos pelo senhor do céu Dijun, sendo banidos para a Terra e tendo sua divindade e imortalidade removidas. Posteriormente, Hou Yi buscou a ajuda da deusa Xi Wang Mu para que ele e sua esposa pudessem recuperar sua imortalidade. Xi Wang Mu possuía um único frasco contendo um elixir que poderia devolver a imortalidade a Hou Yi, e após Hou Yi construir um palácio para a deusa, ela concordou em ceder o elixir a ele. Xi Wang Mu advertiu Hou Yi de que ele deveria dividir o elixir com sua esposa, de forma que os dois poderiam viver para sempre na Terra. Se um dos dois bebesse o elixir sozinho, recuperaria sua divindade e retornaria ao céu.


Hou Yi retornou à sua casa, mas antes que pudesse falar com Chang'e, teve que partir novamente para atender alguns pedidos urgentes, e acabou deixando o elixir em casa sem bebê-lo. Chang'e passou meses sem ter notícias de Hou Yi e entediada, começou a revirar os pertences do marido, encontrando o elixir que ele havia deixado para trás. Sem saber do que se tratava, Chang'e bebeu todo o elixir do frasco. Uma versão da lenda diz que ela sabia para que servia o elixir, e quis tomá-lo sozinha, e outra versão diz que ela o fez obrigada, pois ladrões tentaram roubar o elixir enquanto Hou Yi estava fora.

Hou Yi voltava de sua missão quando, para sua surpresa, encontrou Chang'e flutuando em direção a lua. Chang'e gritou por ajuda e Hou Yi até tentou agarrá-la, mas ela já estava fora de seu alcance. Chang'e recuperou sozinha sua divindade e imortalidade, e a partir daquele momento passou a viver na lua, enquanto Hou Yi viveria o resto de seus dias na Terra.

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25 de dezembro de 2017

Tió de Nadal, o "Cagador de Presentes de Natal"

۞ ADM Sleipnir


O Tió de Nadal ("Tolete de Natal" em catalão) é uma bizarra tradição de Natal da região da Catalunha, na Espanha. Trata-se de um tronco de árvore com um rosto pintado em uma das faces e com duas patas dianteiras, que de acordo com a lenda, defeca presentes no dia de Natal. Ele faz uma aparição nas casas catalãs todos os anos no dia 8 de dezembro, na festa da Imaculada Conceição. As crianças devem manter o tolete como um animal de estimação até o Natal, alimentando-o e mantendo-o aquecido com uma manta. Eles acreditam que o tolete vai crescer se alimentado e protegido adequadamente.


Os pais, sem o conhecimento das crianças, substituem os toletes todos os dias por troncos maiores, até a véspera de Natal, quando o Tió é considerado adulto. O tolete é colocado no centro da sala e coberto com um grande cobertor vermelho. As crianças se reúnem ao seu redor, cantam e batem nele com paus repetidamente, até que ele "cague" todos os presentes. Antigamente, a tradição se baseava em colocar o tronco na fogueira, ordenando-lhe defecar, mas como atualmente não existem muitas casas com lareiras, basta somente surrar o tronco.

Segundo a tradição, antes de bater no pobre Tió, todas as crianças devem sair da sala e rezar para que ele entregue muitos presentes. Isto, naturalmente, é a oportunidade perfeita para os adultos esconderem os presentes debaixo do cobertor. 




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22 de dezembro de 2017

Zagan

۞ ADM Sleipnir

Arte de Daniel Kamarudin

Zagan (ou Zagam) é, de acordo com a demonologia, um rei e um grande presidente infernal, e possui trinta e três legiões de demônios sob o seu comando. De acordo com a Goetia, ele é o 61° dentre os 72 espíritos de Salomão. Ele é geralmente retratado como um homem com cabeça de touro e asas de grifo. Quando invocado, assume primeiramente a forma de um touro alado e posteriormente, se solicitado, assume uma forma humana.


Sua especialidade é transformar homens tolos em verdadeiros sábios. Além disso, Zagan pode transformar vinho em água, água em vinho, sangue em vinho, sangue em azeite e azeite em sangue. Zagan pode ainda transformar qualquer tipo de metal em moedas feitas com o mesmo metal.

Selo de Zagan

Cultura popular
  • Assim como outros espíritos goetianos, Zagan aparece na franquia de jogos Shin Megami Tensei. Ele também aparece nos games Final Fantasy XI e Golden Sun
  • Em Tome of Magic: Pact, Shadow e True Name Magic, suplemento de Dungeons & Dragons lançado em 2006, Zagan aparece como um "vestígio" com o qual os personagens podem fazer um pacto em troca de poder. 
  • No TDG Duel Masters, há uma carta chamada Zagaan, Knight of Darkness;
  • No mangá Battle Angel Alita, ele aparece como um cyborg, e seu nome é ligeiramente alterado para Zapan;
  • No anime e mangá Magi: The Labyrinth of Magic, Zagan é um dos djins do personagem Hakuryuu Ren.


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      20 de dezembro de 2017

      Rūaumoko

      ۞ ADM Sleipnir


      Rūaumoko (também conhecido como Rūamoko) é na mitologia maori o deus dos terremotos, vulcões e também das estações do ano. Ele é o filho mais novo dos deuses Rangi e Papa.

      Mitologia

      Após Papa e Rangi serem separados por seus filhos, Rangi começou a chorar, e suas lágrimas provocaram uma inundação na terra. Tane e seus irmãos decidiram virar Papa para baixo, de forma que um não pudesse mais ver a tristeza do outro, fazendo com que Rangi parasse de chorar. Uma versão da lenda conta que Rūaumoko, estava no peito de sua mãe no momento em que ela foi virada para baixo, e ele acabou sendo levado para o mundo inferior. 

      créditos: https://tepunareomaori.co.nz/product/ruaumoko-atua-poster/

      Outra versão da lenda diz que Rūaumoko não havia chegado a nascer, estando ainda dentro do útero de Papa, e que lá permaneceu para fazer companhia a sua mãe. Nessa versão da lenda, são seus movimentos dentro do útero de Papa que provocam os terremotos. Posteriormente, Rūaumoko tornou-se consorte da filha e ex-mulher de seu irmão Tane, a deusa da morte Hine-nui-te-po.

      Em algumas tradições, Rūaumoko cria o campo vulcânico de Auckland ao lado de seu irmão Mataaho, em retribuição a uma guerra entre duas tribos rivais de patupaiarehe

      Arte de FooRay

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      18 de dezembro de 2017

      Urcaguary

      ۞ ADM Sleipnir

      Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

      Urcaguary (ou Urcaguay) é na mitologia inca o deus guardião dos metais, pedras preciosas e outros tesouros subterrâneos. Seu nome pode ter se originado de Urqu, que significa "colina" em quechua, e Wari, que tem muitas interpretações e, em uma delas, pode ser traduzido como "primitivo" ou "original".

      Ele é descrito como um ser híbrido, o qual segundo algumas fontes possui o corpo de uma serpente e uma cabeça e chifres de taruca (uma espécie de veado andino), enquanto outras afirmam que apenas seus chifres são os de um taruca. Sua cauda serpentina é dita ser adornada com correntes de ouro.

      Acredita-se que o Urcaguary viva sob as montanhas, ou seja, em locais que compõem o Uku Pacha (submundo inca). É nesses lugares que ele protege tesouros e pedras preciosas de pessoas maldosas e gananciosas que ousam roubá-los. Uma história conta que Urcaguary habita a caverna  Paqariq Tampu, de onde o herói cultural e primeiro governante inca Manco Capac e seus irmãos emergiram. 

      fontes:

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      15 de dezembro de 2017

      Gan Jiang & Mo Ye

      ۞ ADM Sleipnir


      Gan Jiang (chinês: 干將) e Mo Ye (chinês: 莫邪) eram um casal de artesãos de espadas que viveram durante o Período das Primaveras e Outonos, uma era na história chinesa datada entre entre 722 a.C. e 481 a.C. 

      De acordo com o texto histórico Wuyue Chunqiu ("Anais de Primavera e Outono de Wu e Yue"), o rei Helü do reino de Wu ordenou que Gan Jiang e Mo Ye forjassem um par de espadas para ele em três meses. O casal iniciou o trabalho, mas o alto-forno não conseguia derreter o metal. Após sugerir que não havia chi (força vital) suficiente no forno, o casal cortou seu cabelo e suas unhas e os lançou ao fogo, enquanto 300 donzelas e crianças os ajudavam a soprar o fole.

      O trabalho foi concluído em três anos, e as duas espadas receberam o nome do casal. Gang Jiang manteve para si a espada que levava seu nome, e apresentou ao rei Helü somente a espada que levava o nome de sua esposa, Mo Ye. O rei já estava furioso por estar recebendo a sua encomenda três anos depois, uma vez que a queria em apenas três meses e ainda estava recebendo apenas uma espada, e não duas como o solicitado. Quando descobriu que Gan Jiang havia mantido a outra espada para si próprio, o rei tratou de matá-lo.



      Antes de sua morte, Gan Jiang já havia previsto a reação do rei, então deixou uma mensagem para Mo Ye e seu filho que estava pra nascer, dizendo-lhes onde ele havia escondido a Espada Ganjiang. Vários meses depois, Mo Ye deu à luz o filho de Gan Jiang, Chi (赤), e anos depois ela lhe contou a história de seu pai. Chi encontra a espada, e ansioso para vingar a morte de seu pai, parte em direção ao castelo do rei. Enquanto isso, o rei Helu havia sonhado com um jovem que desejava matá-lo e, com medo, colocou uma recompensa na cabeça do mesmo. 

      Ao longo do caminho, um assassino enviado pelo rei encontrou Chi. Indignado e cheio de angústia, o jovem começou a chorar e contou ao assassino a sua história. Com pena, o assassino sugeriu que o jovem se rendesse e lhe entregasse a espada, e ele mesmo vingaria Gan Jiang em seu lugar. Chi então se suicida, confiando ao assassino a espada de seu pai.

      O assassino cortou a cabeça de Chi e a trouxe, juntamente com a espada de Ganjiang ao rei Helu, que ficou muito feliz. No entanto, o rei estava se sentindo desconfortável com a cabeça de Chi olhando para ele. O assassino pediu ao rei para ferver a cabeça de Chi em um caldeirão de óleo fervente, mas a cabeça de Chi ainda permaneceu olhando o rei mesmo depois de 3 dias e 3 noites, sem qualquer sinal de decomposição. O assassino disse ao rei que ele precisava olhá-la mais de perto para que a cabeça se decompusesse sob o poder do rei. O rei concordou, e foi até o caldeirão, onde se inclinou para encarar a cabela de Chi. O assassino aproveitou a oportunidade e o decapitou, fazendo com que a cabeça do rei caísse dentro do caldeirão, ao lado da cabeça de Chi. 


      O assassino por sua vez cortou sua própria cabeça, que também caiu na água fervente. A carne das cabeças foi fervida, de modo que nenhum dos guardas foi capaz de reconhecer qual cabeça pertencia a quem. Os guardas e os vassalos decidiram que os três deveriam ser honrados como reis. As três cabeças foram finalmente enterradas no condado de Yichun e sua sepultura é chamada de "Túmulo dos Três Reis". 

      Cultura Popular
      • Na franquia Fate, Gan Jiang e Mo Ye dão nome a duas espadas, características do espírito heróico Archer. Em japonês, seus nomes foram traduzidos como Kanshou (Ganjiang) e Bakuya (Mo Ye);
      • No anime e mangá Kingdom, Gan Jiang e Mo Ye são referenciados como tendo feito a Espada Bakuya (Mo Ye). Ela é a arma pessoak do comandante do exército de Chu, Kou Yoku (Xiang Yi);
      • Gan Jiang é um dos heróis presentes no mobile game Honor of Kings. Em seus braços, ele carrega sua amada Mo Ye durante as partidas.
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      13 de dezembro de 2017

      Lugalbanda

      ۞ ADM Sleipnir

      Arte de Christoph Peters

      Lugalbanda, conhecido pela alcunha de "O Pastor", foi um lendário rei semi-divino da Suméria, cujo reinado ocorreu no terceiro milênio a.C. De acordo com a Lista de reis da Suméria, ele foi o segundo rei da cidade de Uruk (onde atualmente fica o Iraque), e o seu reinado teria durado 1200 anos. Lugalbanda era filho do deus solar Utu (correspondente ao deus acadiano/babilônico Shamash). De acordo com a Epopéia de Gilgamesh, ele e sua consorte, a deusa Ninsun, foram os pais do grande herói Gilgamesh.

      Lugalbanda ocupa um lugar proeminente como herói em dois contos sumérios datadas da terceira dinastia de Ur (séc XXI a.C)., chamados pelos estudiosos de "Lugalbanda na Caverna das Montanhas" (ou Lugalbanda I) e "Lugalbanda e o Pássaro Anzu'' (ou Lugalbanda II). Estes contos fazem parte de uma série de histórias que descrevem os conflitos entre Enmerkar, rei de Uruk e Ensuhkeshdanna, senhor de Aratta, uma região provavelmente localizada no planalto iraniano. Nessas duas histórias, Lugalbanda é um soldado no exército de Enmerkar, cujo nome também aparece na Lista de Reis Sumérios como o primeiro rei de Uruk e predecessor de Lugalbanda. 

      No conto "Lugalbanda na Caverna das Montanhas", enquanto Enmerkar e seu exército marchavam em direção a terra de Aratta, Lugalbanda acaba adoecendo, e seus companheiros o abandonam para morrer em uma caverna junto com algumas provisões. Lá, Lugalbanda roga aos deuses Utu/Shamash, Inanna e Nanna para que ele seja curado, e acaba obtendo o auxílio deles. Poucos dias depois, ele captura um touro selvagem e duas cabras selvagens antes de se deitar e dormir. Durante o sono, Lugalbanda recebe um sonho instruindo-o a sacrificar os animais que ele havia capturado, e assim que ele acorda, sacrifica os animais conforme instruído pelo sonho. O restante do conto é fragmentado e de difícil compreensão, mas lança luz no comportamento dos deuses, que embora fossem poderosos, exibiam um caráter sombrio.


      Já no conto "Lugalbanda e o Pássaro Anzu"', Lugalbanda encontra um filhote do pássaro divino Anzu, e o alimenta. Ao retornar ao ninho, o pássaro Anzu chama seu filhote mas este não responde. Uma vez que ele descobre que o seu filhote não atendeu seu chamado por já ter sido alimentado, Anzu agradece a Lugalbanda e lhe presenteia com a habilidade de viajar em altas velocidades. Assim Lugalbanda consegue chegar rapidamente a Aratta, para acompanhar seu rei e seus companheiros, que naquele momento cercavam a cidade de Aratta. Mas seu rei Enmerkar estava enfrentando problemas com o cerco e depois de um ano de reveses sem sucesso, decide buscar o auxílio da deusa Inanna que estava em Uruk. Lugalbanda se oferece para ir até Uruk, e graças ao dom recebido do pássaro Anzu, ele foi capaz de atravessar uma distância de sete cadeias de montanhas em apenas um dia, chegando até o local onde Inanna se encontrava. Inanna atende ao pedido de Lugalbanda, lhe entregando uma parábola instruíndo Enmerkar como tomar o controle de Aratta e de seus recursos. Graças a ajuda de Inanna, e ao protagonismo de Lugalbanda, Enmerkar finalmente vence a guerra contra Ensuhkeshdanna, e toma a terra de Aratta.

      Em algum ponto da história, Lugalbanda torna-se rei de Uruk e inicia um relacionamento com a deusa Ninsun, com quem mais tarde teria um filho, Gilgamesh. Seu reinado, segundo a lista real sumeriana, teria durado 1200 anos.


      Gilgamesh, Arte de Mateusz Ozminski


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      11 de dezembro de 2017

      Jentilak

      ۞ ADM Sleipnir


      Os Jentilak (plural, singular: Jentil, "gentil" ou "pagão") eram uma raça de gigantes que de acordo com a mitologia basca viveram ao lado do povo basco durante a era pré-cristã. Eles eram descritos como seres cobertos de pelos e tão altos que podiam andar dentro do mar. Dotados de uma incrível força, eram capazes de levantar e arremessar rochas enormes de uma montanha para outra. Eles também usavam as rochas para construir monumentos estranhos, tendo muitas estruturas neolíticas antigas atribuídas a eles. 


      Os Jentilak também são reconhecido pelos bascos como os criadores da metalurgia, agricultura e também de um jogo de bola chamado Pelota valenciana. Alguns atribuíram aos Jentilak a derrota de Rolando na Batalha de Roncesvales, onde os bascos derrotaram o exército franco atirando pedras sobre eles. 

      Uma lenda conta que os Jentilak desapareceram da face da terra um dia quando alguns deles viram uma estranha luz no céu. Não sabendo o que poderia significar, procuraram o mais velho e sábio entre eles e este, após ver o fenômeno, disse: "Essa luz anuncia a chegada de Kixmi (Cristo), é o fim de nossa raça"Dito isso, todos os Jentilak correram para um abismo, onde entraram e se esconderam no subsolo. Uma outra lenda conta que um dos Jentilak permaneceu e se converteu ao cristianismo: este é o Olentzero, um personagem tradicional do Natal do país basco, conhecido por trazer presentes para as crianças bascas no Natal.

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      8 de dezembro de 2017

      Sha

      ۞ ADM Sleipnir


      Sha, também conhecido como animal-seth, é na mitologia egípcia um estranho animal associado a Seth, o deus da destruição, do caos e do deserto. Ele também era chamado de besta tifônica, pelo fato de Seth ser identificado com a monstruosa deidade grega Tifão.

      O animal era geralmente ilustrado como um canino muito magro semelhante a um lébrelcom uma cauda rígida com a ponta no formato de uma flecha ou bifurcada. Também possui orelhas eretas com um formato quadrada ou triangular, com a base mais fina do que as pontas, terminando a cabeça com um focinho alongado com uma leve curva para baixo. Geralmente era descrito como preto ou avermelhado, e era comum vê-lo representado de pé, sentado ou deitado.


      Ao contrário dos animais associados a outros deuses egípcios, o animal-seth a não é fácil de identificar com qualquer animal da natureza. Entre os egiptólogos, existe uma concordância geral de que ele nunca foi real, e que só existia na imaginação do antigo povo egípcio. Possivelmente, sua presença em hieróglifos servia para indicar eventos relacionados ao caos, como tempestades, violência ou sofrimento.

      Arte de Gavran Vrani
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      6 de dezembro de 2017

      Céos

      ۞ ADM Sleipnir

      Arte de chamakoso

      Céos
      (também Ceo ou Coios; do grego Κοῖος, "questão", em latim Coeus, ou ainda Polos, "Eixo Celeste") foi um dos doze titãs filhos de Urano e Gaia
      Ele era o titã da inteligência e era associado ao eixo celestial em torno do qual as constelações parecem girar e aos oráculos celestiais, enquanto sua irmã e esposa Febe ("Brilho") estava relacionada a Delfos, tida como eixo e centro da Terra, e a seu oráculo terrestre.

      Céos e Febe tiveram duas filhas, Leto Astéria, ambas também associadas à profecia. Leto e seu filho Apolo herdaram o aspecto celeste ou olímpico das práticas de adivinhação (inclusive a astrologia), enquanto Astéria e sua filha Hécate estavam ligadas a seu lado terrestre ou ctônico (ou seja, a necromancia). Apolo também herdou a associação do avô com o Pólo Norte, através de sua ligação com os hiperbóreos.

      Céos, Arte do mobile game Immortal Conquest

      Participação nos mitos

      A única participação conhecida de Céos na mitologia grega foi na conspiração de Cronos, para destronar seu pai Urano. Liderados por Cronos, os irmãos prepararam uma emboscada para o seu pai enquanto ele descia para deitar-se com Gaia. Céos, Crio, Hipérion e Jápeto se posicionaram nos quatro cantos do mundo e quando Urano finalmente desceu, eles o agarraram e o seguraram firmemente, enquanto Cronos, escondido no centro, castrou-o com uma foice. Neste mito, os quatro irmãos provavelmente representam os quatro pilares cósmicos encontrados no cosmogonias do Oriente Próximo, que separavam o céu e a terra. Neste caso, Céos foi certamente o titã do pilar do norte, enquanto seus irmãos Crio, Hipérion e Jápeto eram deuses dos pilares do sul, oeste e leste, respectivamente.

      Apesar de seu nome não ser citado, Céos também participa da Titanomaquia, mas ele e os demais titãs são derrotados por Zeus e os olimpianos, sendo lançados no poço do Tártaro. Segundo Píndaro e Ésquilo (em sua peça perdida, "Prometeu Acorrentado") os titãs acabaram sendo posteriormente libertados do poço, através da clemência de Zeus.


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      4 de dezembro de 2017

      Velha Do Peito Só

      ۞ ADM Sleipnir

      Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

      A Velha Do Peito Só, também conhecida como "Anciã da Fartura", é uma assombração pertencente ao folclore piauiense, cujo relatos sobre aparições surgiram no século XIX na cidade de Oeiras. Trata-se de uma figura com a aparência de uma mulher idosa, com somente um seio enorme no peito e dotada de uma força incomum. De acordo com a lenda, ela costumava atacar viajantes solitários durante a madrugada em estradas ou em trilhas na mata, derrubando-os no chão e forçando-os a mamarem em seu único seio.

      Quando a sua vítima se recusava a mamar, a velha dizia: -" Ou mama por gosto meu filho, ou contra vontade!". Se mesmo assim a vítima continuasse a rejeitar o seio da velha, ela pegava as orelhas da pessoa e as torcia com força, como se estivesse torcendo pano molhado. Depois disso, encostava o peito na boca do infeliz e fazia com que ele mamasse até não aguentar mais, chegando ao ponto de sair espuma pelos cantos da boca do pobre coitado. 

      Até hoje, existem relatos afirmando que ela vaga durante a madrugada pelas ruas desertas de Oeiras. Dizem que apesar de vitimar alguém volta e meia na zona urbana da antiga capital, prefere atacar aqueles que se aventuram altas horas da noite nas matas das redondezas de Oeiras, principalmente na região da localidade Tranqueira, onde acontecem a maior parte de seus ataques, sendo muitos os homens por ali que dizem já ter mamado em seu seio.


      fontes:


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      1 de dezembro de 2017

      Millalobo

      ۞ ADM Sleipnir

      Arte de Hugo Espinosa

      Millalobo (do mapugundun milla, "ouro" e do espanhol lobo) é uma importante divindade da mitologia chilota, considerado o ser mais poderoso dos mares depois da serpente Cai Cai Vilu, tendo sido escolhido por ela para ser seu representante e governar tudo o que reside no mar. Ele é uma criatura semelhante a um tritão, possuindo a metade superior do corpo de um homem e a metade inferior de um leão-marinho, e o seu rosto é a mistura de ambos. É dito que ele não pode falar, porém se comunica por uma espécie de balido semelhante ao de um leão marinho, e o significado de seu balido é facilmente compreendido pelos seres humanos.

      Arte de NobunagaVIII

      De acordo com a mitologia, Millalobo nasceu do acasalamento de uma mulher humana com um leão marinho, o qual a salvou de morrer afogada, na época do confronto entre as serpentes Cai Cai Vilu e Ten Ten ViluAo vê-lo, Cai Cai Vilu o achou de seu agrado, e após o término de sua batalha contra Ten Ten Vilu, concedeu seus poderes a ele, tornando-o o governante dos mares.

      Millalobo habita o fundo do mar junto de sua esposa Huenchula e de seus três filhos, Pincoya, Pincoy e a Sirena Chilota, que o ajudam no dever de administrar os mares. Além de sua família, Millalobo possui ainda inúmeras criaturas marinhas mitológicas subordinadas a ele,  e responsáveis por diversas tarefas como cuidar do desenvolvimento de frutos do mar e de peixes, gerenciar o clima marinho e ainda orientar e cuidar das almas daqueles que morrem no mar.

      Arte de Argus Del Norte

      fontes:


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      Ruby