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fontes:
- Dragon Gate. Disponível em: <https://chinesedragonstudy.weebly.com/dragon-gate.html>;
- Longmen (mythology). Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Longmen_(mythology)>.
Portão do Dragão

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Barbarika

Barbarika (em sânscrito: बर्बरीक, também grafado como Barbarīka, Barbareek ou Belarsen) é um herói lendário da mitologia hindu, atestado no capítulo 66 do Skanda Purana como um guerreiro que seria capaz de por fim sozinho na guerra de Kurukshetra, narrada no épico Mahabharata. Barbarika foi sacrificado antes do início da guerra pois, do contrário, a história pós-guerra teria tomado um rumo completamente diferente.




Goiabão

O Goiabão é uma figura pertencente ao folclore do município de Missão Velha, no interior do estado do Ceará. Trata-se de um suposto espírito de um frade que, segundo relatos, assombrava as redondezas do Ginásio Paroquial de Missão Velha, antigamente um colégio religioso que abrigava padres e frades.
De acordo com a tradição oral, quando o período de estudos dos missionários no Ginásio Paroquial chegou ao fim, um dos frades ou padres que ali residiam foi assassinado. Diz-se que seu espírito permaneceu no local, manifestando-se altas horas da noite, especialmente sob um pé de goiaba dentro do colégio — o mesmo local onde teria sido morto.
O Goiabão era descrito como uma aparição que se exibia de formas diferentes, sempre com o intuito de assustar quem passava pelas ruas desertas durante a madrugada. Uma das narrativas mais conhecidas, relatada pelo memorialista Bosco André, descreve o fantasma sentado no muro do colégio, com uma perna estendida para a Rua Dom Bosco e a outra para a Rua Coronel José Dantas, criando uma imagem aterrorizante. Além disso, a lenda ganhou o nome de "Goiabão" justamente por sua associação com a goiabeira onde o frade teria sido morto. O espírito também era temido pelos alunos do internato, que afirmavam ser alvo de suas assombrações.
Com o tempo, os relatos sobre o Goiabão diminuíram. Muitos acreditam que isso ocorreu após o corte do pé de goiaba onde o frade teria morrido, rompendo sua ligação com o mundo físico. Atualmente, o antigo Ginásio Paroquial abriga um campus da Universidade Regional do Cariri (URCA), mas a lenda do Goiabão permanece viva no imaginário popular, sendo repassada entre gerações como parte do folclore e da identidade cultural de Missão Velha.


Baekpo-geonho

Baekpo-geonho (coreano 백포건호, "Tigre com Lenço Branco") é uma criatura folclórica coreana descrita em textos antigos como Yongjae Chonghwa (coreano: 용재총화, "Coleção de ensaios de Yongjae") e Imha Pilgi (coreano: 임하필기 “Escritos Coletados Sob as Árvores”). Trata-se de um tigre idoso que usa um lenço branco na cabeça, assumindo a forma de um velho monge.
Lenda
Durante a dinastia Goryeo, o famoso oficial Gang Gam-chan (948 – 1031) foi nomeado magistrado de Hanyang (atual Seul). Na época, tigres assombravam a região, atacando os moradores. O governador local estava desesperado, mas Gang Gam-chan agiu com calma. Ele escreveu um aviso oficial (bujeop) e ordenou que um servo fosse até um penhasco ao norte da vila, onde encontraria um velho monge de lenço branco sentado sobre uma rocha. O servo obedeceu e, ao entregar o aviso, o monge concordou em segui-lo.
Ao chegar diante de Gang Gam-chan, o monge curvou-se respeitosamente. Gang Gam-chan então, gritou com ele, dizendo que, se ele e seu bando não deixassem a região em cinco dias, todos seriam mortos a flechadas. O governador riu, duvidando que um simples monge pudesse controlar os tigres. Então, Gang Gam-chan ordenou:
— Mostre sua verdadeira forma!
Imediatamente, o velho monge transformou-se num tigre gigante, rugindo e escalando colunas com ferocidade. O governador desmaiou de terror. Gang Gam-chan, então, ordenou que o tigre parasse, e ele voltou à forma humana, curvou-se e partiu. No dia seguinte, o Tigre do Lenço Branco liderou um grupo de tigres para longe da cidade, cruzando o rio. Depois disso, Hanyang nunca mais sofreu ataques.

fontes:

Pryderi
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| Arte de Trejoeeee |

"Meu sofrimento acabou, mas meu cuidado (pryder) por ele nunca cessará."



Guai Zai
۞ ADM Sleipnir

Guai Zai (em chinês: 怪哉) é uma criatura lendária da mitologia chinesa, descrita como um inseto misterioso que surgiu a partir do ressentimento e da tristeza de pessoas inocentes que foram injustamente presas durante a dinastia Qin (221–206 a.C.). A lenda do Guai Zai é frequentemente associada ao imperador Wu de Han (156–87 a.C.) e ao sábio Dongfang Shuo, que teria explicado a origem do inseto e como eliminá-lo.
A história do Guai Zai aparece em várias obras clássicas chinesas, incluindo o "Romances" (小说) de Yin Yun, da dinastia Liang (502–557 d.C.), e o "Biografia de Dongfang Shuo" (东方朔别传). Segundo a lenda, o imperador Wu de Han, durante uma visita ao Palácio Ganquan, encontrou um inseto vermelho no caminho, com cabeça, dentes, orelhas e nariz. Ninguém sabia o que era, e o imperador ordenou que Dongfang Shuo, um famoso erudito e conselheiro, examinasse o inseto.
Dongfang Shuo explicou que o inseto era a manifestação física do ressentimento acumulado de pessoas inocentes que haviam sido presas e morrido nas prisões da dinastia Qin. Ele afirmou que o local onde o inseto foi encontrado era, provavelmente, o local de uma antiga prisão da dinastia Qin. Para eliminar o inseto, Dongfang Shuo sugeriu que vinho fosse derramado sobre ela, já que "a tristeza se dissolve com vinho". O imperador então ordenou que a criatura fosse mergulhada em vinho, e ela desapareceu num instante.


Fantasma da Bailarina Azul

O Fantasma da Bailarina Azul é uma lenda associada ao Teatro José de Alencar (TJA), localizado no centro de Fortaleza, Ceará. De acordo com a narrativa popular, a Bailarina Azul é uma figura fantasmagórica, translúcida e vestida com um traje azul. Ela aparece nos corredores e no palco do teatro, executando movimentos de balé. Antes de desaparecer, sussurra a frase: "Eu preciso ensaiar", sugerindo que seu espírito está preso ao local por algum propósito artístico inacabado.
Não há registros oficiais sobre a identidade da bailarina ou como a história começou, mas relatos orais e testemunhos ajudaram a perpetuá-la. Um dos casos mais intrigantes, contado pela ex-diretora do teatro, Selma Santiago, ocorreu durante as comemorações dos 90 anos do teatro, quando um funcionário teria sido convidado para uma valsa por uma mulher vestida como bailarina. Ele acreditava tratar-se da artista contratada para representar o espírito da Bailarina Azul em uma performance especial. No entanto, mais tarde, ao se aproximar para agradecê-la pela dança, ouviu da própria artista que não havia dançado com ninguém e que, logo após o espetáculo, ela havia trocado de roupa e ido para a festa no jardim.

fontes:

Macchanu
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| Arte de Za-Leep-Per |
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| Arte de Rajesh Nagulakonda |

A Jornada ao Oeste: Capítulo LXI
۞ ADM Sleipnir
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| Arte de Moyi Zhang |

Contávamos que o Rei Touro partiu em perseguição ao Grande Sábio. Ao vê-lo cruzando alegremente os céus, carregando o leque de folhas de palmeira nas costas, ficou impressionado e pensou consigo mesmo:
— Esse macaco é tão astuto que até mesmo descobriu como usar o leque. É óbvio que, se eu exigir que ele o devolva, ele se recusará. Além disso, se resolver usá-lo contra mim, poderá me lançar a mais de trezentos mil quilômetros daqui, deixando o caminho livre para ele. Ouvi dizer que, além dele, acompanham o monge Tang o espírito do Rio da Corrente de Areia e um Porco que, ao que parece, alcançou a perfeição. Conheço os dois, pois já os vi algumas vezes durante os banquetes que participei. Acho que o melhor a fazer é me passar por esse porco e tentar enganar esse macaco. Ele parece tão satisfeito com a vitória que, com certeza, baixou a sua guarda.
O Grande Sábio ficou muito contente ao vê-lo. Não à toa diziam os antigos: “o gato vitorioso ruge como um tigre”. Estava tão embriagado pela facilidade de seu triunfo, que nem sequer reparou nos detalhes da pessoa que corria em sua direção. Bastou-lhe a semelhança com Bajie para assumir que era ele mesmo.
— Para onde está indo, irmão? — perguntou-lhe o Grande Sábio, sorrindo
— Não há mais com o que se preocupar — respondeu o Peregrino, com um sorriso ainda mais brilhante. — Acabei de obtê-lo!
— Sério?! — exclamou o Rei Touro, fingindo surpresa — Como o conseguiu?
— Depois de tanto esforço, você deve estar muito cansado — disse o Rei Touro. — Se quiser, posso carregar o leque um pouco para você.
Sem perceber que aquele diante dele era um impostor, e nem mesmo considerar a possibilidade disso acontecer, o Grande Sábio entregou-lhe de bom grado o leque.
O Rei Touro, claro, sabia muito bem como fazê-lo crescer ou encolher à vontade. Assim que o pegou nas mãos, recitou um encantamento e, no mesmo instante, o leque se reduziu ao tamanho de uma folha de amendoeira. Recuperando então sua forma habitual, o Rei Touro gritou:
"Ainda que o Macaco da Mente se eleve a dez mil pés de altura,o Tao permanece com um.Para apagar o fogo que queima a montanha,é preciso o leque sagrado, que emana o frescor da pureza.Mesmo que a Bruxa Amarela cerque o caminho do mestre,a Madeira rompe a névoa, dissipando os monstros.E quando as Cinco Fases se harmonizam,tudo flui, límpido, rumo ao Oeste."
— Por que esses guerreiros celestes estão vindo em nossa direção?
— Somos nós que deveríamos nos sentir honrados em vê-lo, pois está prestes a concluir sua alta missão — responderam em coro os Quatro Protetores Diamantinos. — Viemos por ordem de Buda para prestar toda a ajuda que precisar e para dizer que deve perserverar no caminho da perfeição, sem jamais desanimar.
"Por centenas de milhas, as montanhas de fogoIluminavam o céu e a terra com suas chamas infames.Quando o fogo consome os cinco desejos, o elixir não pode ser criado.Quando a chama arde nas três passagens, o Caminho se torna impuro.Pra baixar a chuva com o leque de folhas de palmeira,Os deuses celestiais tiveram que ajudar com seu poder espiritual.Quando o touro é levado até o Buda, precisa abandonar o mal.Quando a água e o fogo se aliam, a natureza se acalma".
Livre do calor, Sanzang sentiu desaparecer todas as suas angústias; sua mente se purificou e sua vontade se acalmou. Agradecidos, os quatro viajantes reafirmaram seus votos de fidelidade aos Protetores Diamantinos, que retornaram rapidamente ao seu lugar de origem. Os Seis Deuses da Luz e os Seis Deuses das Trevas, por sua vez, elevaram-se e se prepararam para prestar contínua proteção aos peregrinos. Os demais deuses também retornaram aos seus postos, exceto o Devaraja Li e o Príncipe, Nezha, que levaram o touro até a presença de Buda. O Espírito da Montanha mal se despediu deles, pois mantinha os olhos fixos na Rakshasi, que permanecia de pé a um lado, com a cabeça baixa.
— Sua miserável! — gritou Bajie, furioso. — Parece que você não tem limites! Não basta termos poupado sua vida? Você acha que vamos abrir mão desse leque assim, depois de tanto esforço para consegui-lo? Talvez o troquemos por comida mais tarde. O melhor que você pode fazer é ir embora. Aqui não há mais nada para você. A chuva logo irá inundar tudo.
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