Esfinge egípcia
A imagem das esfinges é tradicionalmente representada
como a de criaturas que tem o corpo de leão e a cabeça de um humano ou falcão, embora
algumas vezes possam ter a cabeça de outros animais. Diferentemente da esfinge
grega, as egípcias são geralmente apresentadas com seres humanizados, além
disso, as esfinges egípcias eram vistas como muito benevolentes, em contraste
com sua versão grega, que era malévola, sendo consideradas como uma espécie de
guardiãs, muitas vezes representadas em enormes estátuas colocadas nas entradas
dos templos.
Cada tipo de esfinge possui uma denominação diferente, que
esta de acordo com o modelo de sua cabeça. Os tipos mais comuns de esfinges egípcias
são: androsfinge - corpo de leão com cabeça de humano; hierocosfinge -
corpo de leão com cabeça de falcão; criosfinge - corpo de leão e cabeça de
ovelha (usada para representar o deus Amon).
Quando representadas com a cabeça humana, geralmente era a
cabeça de um faraó. Assim como as pirâmides, também simbolizavam uma
demonstração extrema de poder, com associações solares sagradas. A maior e mais
famosa é a esfinge do planalto de Gizé, a Sesheps, na margem oeste do Nilo,
possuindo um pequeno templo entre suas patas. Acredita-se que essa esfinge
carregue o rosto do faraó Quéfren ou possivelmente a de seu irmão, o faraó Djedefré,
sendo datada de algum momento na quarta dinastia, um período que compreende
entre 2723 a.C. a 2563 a.C. Contudo, há algumas teorias alternativas que datariam
a esfinge ao período que antecede o antigo império, que pode ter sido em tempos
pré-históricos.
Esfinge grega
Na tradição grega havia uma única esfinge, ela era um demônio que
trazia com sigo muita destruição e má sorte e de acordo com Hesíodo era
filha da Quimera com Ortro, outros dizem que era filha de Tifão e
Equidna. A esfinge tem pernas de leão, asas de águia, cauda de serpente e o
rosto de mulher, era uma criatura tida como extremamente traiçoeira e impiedosa.
A mitologia grega conta que a esfinge foi enviada por Hera ou Ares
de sua casa na Etiópia para guarda a entrada da cidade grega de Tebas,
permitindo apenas a passagem de viajantes que conseguissem responder sua
charada, o quebra-cabeças mais famoso da história, conhecido como “O Enigma
da Esfinge”, o quebra-cabeça exato perguntado pela esfinge não foi especificado
por vários contadores de histórias, e não era padronizado como o dado abaixo
até mais tarde na história grega:
- Decifra-me ou devoro-te: Que criatura pela manhã tem
quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três e é mais fraca quando tem
mais pés?
Como ninguém conseguia responder corretamente, ela
estrangulava e depois devorava qualquer um que tentava cruzar a passagem, dai a
origem do nome esfinge, que deriva do grego sphingo (estrangular).
Após essa grande matança que deixou o povo de Tebas aterrorizado, ela foi facilmente
derrotada por Édipo, o único que foi capas de concluir que a resposta seria “O
homem, pois engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta, e
usa um arrimo (bengala) quando é ancião”.
Furiosa com tal resposta, a esfinge teria cometido suicídio,
atirando-se de um precipício. Versão alternativa diz que ela devorou-se.
Esfinges na arte
Na arte decorativa europeia, a imagem da esfinge teve um
grande ressurgimento durante o Renascimento. Mais tarde, as esfinges que
seguiam muito o conceito original egípcio, foram incorporadas em muitas outras
culturas, embora muitas vezes interpretadas de forma bastante equivocada, devido
a problemas nas traduções dos escritos originais e da evolução do conceito em
relação a outras tradições culturais. Geralmente, o papel das esfinges está
associado a grandes estruturas arquitetônicas, como tumbas reais e templos
religiosos. A esfinge mais antiga conhecida foi encontrada perto de Gobekli
Tepe, em Nevali Cori, Turquia, datada de 9.500 a.C.
muito bom seu blog, faltou alguns com áudio, algumas musicas, para curtir um som quando se lê
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