31 de julho de 2014

Mokosh

۞ ADM Sleipnir


Mokosh (Makosh, Mokos, em russo: Мокошь) é a deusa eslava da fertilidade, da água e da terra, e associada ao lar e à ocupações femininas como fiação e tecelagem. Seu nome é derivado de mokosi ou mokryi, que significa "molhado, úmido". Ao lado da deusa Mati-Syra-Zemlya, e provavelmente servindo como sua serva, Mokosh garante que o sêmen dos homens seja rico em espermatozóides, e protege as mulheres e seus descendentes, durante o trabalho de parto. 

Outro dos papéis de Mokosh era proteger as ovelhas e seu velo. Os antigos eslavos costumavam realizar oferendas para ela, colocando um par de tesouras, manjericão e um novelo de lã usado aos pés de uma estátua sua, com o objetivo de assegurar a proteção para as ovelhas que ainda não tinham sido tosquiadas. A figura de Mokosh também era relacionada à magia. As mulheres russas que praticavam bruxaria no século XVI eram chamadas de mokose


Mokosh foi uma das divindades eslavas mais populares entre os eslavos orientais. Foi também a única divindade feminina dentre os ídolos erguidos por Vladimir, o Grande, no seu santuário em Kiev, em torno de 980 D.C. Imagens dela sobrevivem até hoje na arte russa e em bordados, onde costuma ser representada como uma mulher com as mãos erguidas e ladeada por cavalos, aves e veados. Era também simbolizada por pedras em forma de seios e acreditava-se que a chuva era o leite que saía deles. Na época seca, as pessoas iam em peregrinação às pedras a ela consagradas para pedir saúde, sorte e prosperidade. 

O festival dedicado Mokosh era celebrado entre 25 de outubro e 1° de novembro, dependendo da data em que caísse a sexta-feira. Após o advento do Cristianismo, seu culto foi substituído pelos cultos à Virgem Maria e a Santa Paraskeva. Mesmo assim, continuou sendo uma deusa popular entre os russos e embora nenhum novo santuário tenha sido dedicado a ela desde aquela época, ela ainda é venerada por mulheres russas até os dias atuais.No norte da Rússia, ela sobrevive como um espírito caseiro chamado Mokysha ou Mokusha, representado por uma mulher alta com uma cabeça grande e braços longos.




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30 de julho de 2014

Sucellus

۞ ADM Sleipnir


Sucellus ou Sucellos ("Aquele que bate forte") é o deus da agricultura, das florestas e também das bebidas alcoólicas na mitologia celta/gaulesa e também na mitologia lusitana. Consorte de Nantosuelta, a deusa da natureza, Sucellus é descrito como um homem forte, barbudo e de meia-idade, usando uma túnica ou uma pele de lobo. Pode ser representado também com uma coroa de folhas na cabeça, e ao seu lado sempre há um cão de caça. Em uma de suas mãos, Sucellus carrega um grande martelo de cabo longo, que ele usava para ferir a terra, despertando as plantas e anunciando o início da primavera. Alguns acreditam que ao invés de um martelo, Sucellus carrega uma vara com uma caneca de cerveja em sua ponta. Na outra mão, ele segura um pote ou uma taça contendo bebida, representando o produto da colheita levada a bom termo devido à proteção do deus.

Muitos argumentam que Sucellus era uma espécie de divindade criadora e, em vez de seu martelo ser um símbolo da agricultura, ele seria na verdade uma arma, que o tornava um feroz e poderoso deus da guerra. Outras representações sugerem que Sucellus se assemelhava mais a um caçador, mas seja qual for o caso, o seu martelo continua a ser uma parte importante de sua iconografia. 


Sucellus também era representado com atributos como círculos e cruzes em sua roupa, que provavelmente faziam alusão ao céu. Somente se conhecem representações suas na Gália de influência romana, e ele é muitas vezes confundido com o deus romano Silvano, por compartilharem os mesmos atributos. Sua esposa, Nantosuelta, às vezes é representada ao seu lado. Quando juntos, eles são acompanhados por símbolos associados à prosperidade e domesticidade. 

Neste relevo em Sarrebourg, perto de Metz (França), Nantosuelta, usando um vestido longo, está de pé à esquerda. Em sua mão esquerda ela segura um pequeno objeto em forma de casa com dois orifícios circulares e um telhado pontiagudo - talvez um pombal - em uma longa vara. Sua mão direita segura uma patera que ela está derrubando em um altar cilíndrico.

Sucellus possui a importante missão de manter o “verde” vivo. Por isso, passa grande parte de seu tempo caminhando pelo meio selvagem, observando e cuidando do seu equilíbrio. Embora os antigos povos celtas acreditassem que Sucellus tinha o hábito de embebedar belas jovens e violá-las, eles também criam que ele protegia as plantações, fazendo-as abundarem. Estes dois fatos criavam uma interação dúbia dos homens com o deus. Como eles queriam que suas plantações fossem férteis e abundantes, era necessário manter Sucellus perto delas. Por outro lado, eles redobravam o cuidado com suas filhas para mantê-las seguras das investidas do deus.


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29 de julho de 2014

Lakshmi

۞ ADM Sleipnir



Lakshmi (Mahalakshmi, Laxmi ou Lacximi) é a deusa hindu que governa todas as formas de riqueza e sucesso e os caminhos, meios e resultados de todas as formas de prosperidade. Seu nome é derivado do sânscrito laksya que significa "alvo", ou "objetivo". Lakshmi é consorte do deus Vishnu, que cada vez que desce à terra como um avatar, é acompanhado por um avatar dela. Dois desses avatares foram Sita (esposa de Rama) e Radha (amante de Krishna). Lakshmi tem ainda uma irmã chamada Alakshmi, a deusa do infortúnio.

Lakshmi é uma das deusas mais populares da mitologia hindu. É comumente retratada como uma bela mulher, com quatro braços, de pé ou sentada sobre uma flor de lótus. Ela veste um sari vermelho e geralmente há um, ou às vezes dois elefantes atrás dela, ungindo-a com água. Ela aparece segurando flores de lótus nas mãos, e um cântaro que jorra moedas de ouro. Ela também é frequentemente retratada sentada debaixo de Vishnu, massageando seus pés. 



O Renascimento de Lakshmi 

Uma das histórias mais interessantes na mitologia Hindu é a da agitação do oceano lácteo. É a história da disputa entre devas (deuses) e asuras (demônios) para obterem a imortalidade. A história tem como ponto culminante o renascimento de Lakshmi. De acordo com o Vishnu Purana, Lakshmi é a filha de Bhrigu e Khyaati e residia em Swarga, a morada de Indra, o rei dos deuses.

À Indra foi dada a responsabilidade de proteger o mundo da ação dos asuras. Ele cumpriu essa tarefa com excelência por muitos anos, e a presença da deusa Lakshmi garantia o seu sucesso. Um dia, um sábio chamado Durvasa ofereceu à Indra uma guirlanda de flores sagradas. Em sua arrogância, Indra jogou as flores no chão. Segundo a crença hindu, este gesto de arrogância irrita Lakshmi profundamente, e ela acaba deixando o mundo dos deuses e entra no Oceano Lácteo. Sem a presença de Lakshmi, os deuses deixaram de ser abençoados.


A Agitação do Oceano Lácteo
O mundo tornou-se mais tenebroso, as pessoas se tornaram gananciosas, e as ofertas deixaram de serem feitas aos deuses. Os deuses começaram a perder o seu poder e os asuras, liderados pelo rei Bali, ganharam o controle do universo. Indra questionou Vishnu sobre o que deveria ser feito, e Vishnu aconselhou os devas a os aconselhou a tratarem os asuras de forma diplomática. Asuras e devas teriam que formar uma aliança e juntos agitarem o Oceano Lácteo (Kshirsagar). Este evento é conhecido como Samudra manthan. Vishnu também conta que o oceano possuía muitos tesouros, e entre esses tesouros estava Amrita, o elixir da vida, que lhes daria a imortalidade. Os asuras ajudam os devas sob a condição de ambos compartilharem do elixir, porém não é o que acontece.

Juntos, os asuras e devas agitaram o oceano por cerca de 1000 anos, sem que nada viesse à superfície. Depois de tanto tempo, finalmente os tesouros começaram a surgir na superfície. O último tesouro a surgir foi uma bela mulher, em pé sobre uma flor de lótus. Esta era Lakshmi, que havia retornado ao mundo, e trouxe consigo o elixir. Iniciou-se uma grande batalha entre os devas e os asuras, e no final, os devas consumiram sozinhos o elixir, tornando-se imortais e tendo suas forças restauradas. De posse de Lakshmi e do elixir da vida, os deuses finalmente foram capazes de derrotar os asuras e restaurar a ordem. 

Ashta Lakshmi, as Personificações da Deusa




Ashta Lakshmi ("oito Lakshmis") é um grupo de oito personificações secundárias de Lakshmi, que presidem ao longo de oito fontes de riqueza. Essas oito manifestações são sempre retratadas em grupo nos templos. Abaixo as oito formas da deusa:
  • Veera Lakshmi: Ela dá a força e a coragem que precisamos para enfrentar nossas dificuldades e superá-los;
  • Gaja Lakshmi: Ela concede poder e autoridade para aqueles que a buscam;
  • Santhana Lakshmi: Ela concede farta descendência para aqueles que a buscam;.
  • Vijaya Lakshmi: Simboliza a vitória, e é invocada para ajudar a atingir objetivos e superar os obstáculos em nossas vidas;
  • Dhanya Lakshmi : Ela é a provedora da riqueza agrícola, por exemplo: o crescimento de um jardim, a construção de uma despensa;
  • Adhi Lakshmi: Sobre este atributo divino Adhi Lakshmi é uma só com Vishnu, e condece felicidade a humanidade
  • Dhanas Lakshmi: Provedora de ouro e dinheiro, geralmente em períodos de necessidade;
  • Aishwarya LakshmiCondece a totalidade do conhecimento, tanto material quanto Espiritual. 
Diwali, o Festival das Luzes


A Suástica é um símbolo associado à Lakshmi

Lakshmi é reverenciada durante todo o ano em diferentes festivais em cidades e vilas por toda a Índia. Mas o festival mais importante associado a ela é o Diwali,  o "festival das luzes", quando ela é invocada para trazer saúde e prosperidade para a casa de seus devotos. Muitos devotos de Lakshmi ficam acordados durante toda a noite com as portas e janelas de suas casas abertas para que Lakshmi entre e os abençoa com a sua presença. Como a deusa está associada à fortuna e à prosperidade, comerciantes reverenciam seus livros caixa nesse dia.

Lakshmi e a Coruja


Em algumas gravuras, Lakshmi aparece voando montada em uma coruja. A coruja é a uma representação simbólica de Indra, e é chamada de Uluka. Nessa forma, Indra personifica a riqueza, o poder e a glória.

Essa associação do Deus Indra a um pássaro que é parcialmente cego à luz do dia adverte sobre a procura secular da riqueza espiritual. Lakshmi, associada ao Indra-coruja torna-se mestra da sabedoria espiritual que dá todo o suporte para a riqueza material.



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28 de julho de 2014

Labatut

۞ ADM Sleipnir

Arte de Ikarow

Labatut é um monstro antropófago do folclore do sertão nordestino. Conhecido na região da Chapada do Apodi, na divisa entre o Ceará e o Rio Grande do Norte, o Labatut possui uma forma humanóide com o corpo coberto de pelos, pés redondos, mãos compridas, e cabelos longos e assanhados. Ele possui apenas um olho na testa e seus dentes são similares ao de um elefante. Os nativos da região consideram o Labatut uma criatura pior que o Lobisomem, a Caipora e o Cão-Coxo (Diabo). 

A lenda conta que ele vive "no fim do mundo", e que ele percorre as cidades durante a noite,afim de saciar sua fome, que é enorme. O seu caminhar é acompanhado por uma ventania. Ele perambula atento a  qualquer som ao seu redor, e se alguém sussurrar, já é o suficiente para o Labatut encontrar e devorar o mesmo. Ele possui ainda a particularidade de devorar crianças, devido ao fato delas terem a carne mais mole que a dos adultos.



Origem da Lenda

A figura do Labatut se originou das horríveis lembranças que os nativos da região tinham da atuação do general francês Pedro Labatut, que esteve no Ceará entre junho de 1832 e abril de 1833 reprimindo a ação de revoltosos contrários a unificação do país, durante a Guerra de Independência do Brasil. Conta-se que esse lendário general era extremamente violento e cruel, e não poupava seus adversários e opositores. Fuzilou muitos homens e mulheres de forma banal, e em virtude de incontrolável crueldade, acabou revoltando até o exército.

General Pedro Labatut. Pouco se sabe sobre a vida de Pedro Labatut antes da sua vinda ao Brasil, a convite de D. Pedro I e José Bonifácio, para formar e comandar o Exército Pacificador durante a Independência do Brasil na Bahia. Veterano do exército napoleônico, existem relatos de sua participação nas guerras de Independência da América Espanhola, quando recebeu a alcunha de “Pirata do Caribe”.


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25 de julho de 2014

Lilim

۞ ADM Dama Gótica


De acordo com a mitologia e folclore judaicos, os Lilim (sing. Lili) seriam as crias de Lilith, a suposta primeira esposa de Adão, que o abandonou por estar infeliz em submeter-se a ele sexualmente. Após abandonar Adão, Lilith fugiu para uma caverna perto do Mar Vermelho, aonde se juntou com Samael e então se tornou um demônio. Todos os dias ela dava à luz a uma centena de demônios. 

Os Lilim são geralmente considerados demônios femininos, embora exista uma forma masculina chamada de Lilu e duas formas femininas, Lilitu ou Ardat Lilith para designar esses seres, pois algumas fontes afirmam que todos os seus filhos, independente do sexo, recebem esse nome. Asmodeus, que segundo algumas fontes seria filho de Adão e Lilith, também é considerado um Lili.

Os Lilim são descritos como sendo seres cobertos de pelos por todo o corpo e rosto, exceto em suas cabeças. Eles possuem sede de sangue e se saciam atacando crianças, veados, peixes, mulheres menstruadas, grávidas e homens que fazem sexo com suas esposas enquanto fantasiam sobre outras mulheres. 

Eles tambem atormentam recém-nascidos do sexo masculino com até 8 dias de vida ou até serem circuncidados, e recém nascidos do sexo feminino que tenham até 20 dias de vida, chegando até a sequestrá-los e consumi-los se tiverem a oportunidade. Devido a essas ações os Lilim são muito temidos pelas mães. E segundo a lenda, essa ações são uma conseqüência da vingança de Lilith, devido a perda de 100 de suas crias demoníacas por dia, como castigo por ter se recusado a voltar para seu marido Adão, e viver em promiscuidade com os demônios.


Acredita-se que os Lilim são gerados quando Lilith se coloca entre os lençóis da cama de um casal onde eles fizeram amor ou quando ocorre uma violação por parte de um homem ou mulher. Isso ocorre quando gotas de sêmen escapam de ser depositado no útero da mulher, Lilith é capaz de capturar qualquer "faísca" ou energia gerada pela violação e assim produzir sua própria prole, os Lilim. É dito que os Lilim multiplicam-se, comem, bebem e morrer como os humanos.

Segundo as leis judaicas, todas as crianças nascidas fora do casamento ou que foram concebidas em pecado, pertencem à Lilith, pois crianças bastardas não poderiam ser legalmente concebidas. Tais regulamentos foram criados para destruir completamente todo o prazer lascivo e sexual entre marido e mulher e fazer com que a sua união sexual fosse estritamente para procriação. 


O cristianismo também teve sua regulamentação, por exemplo, a Igreja Católica frequentemente aconselhava seus fiéis a terem relações sexuais sob o retrato de Jesus ou da Virgem Maria, e a manterem pensamentos religiosos em suas mentes durante o seu clímax mútuo. Não seguir essas recomendações poderia resultar em um filho engendrado com alguma imperfeição física por causa de seu pecado, assim como caindo sob a influência do diabo. Há um ditado que diz que os católicos são influenciados pela Igreja desde o berço até o túmulo, mas o aconselhamento anterior torna pré-berço.

A fim de evitar tal destino trágico, ou o desprazer de Deus, os judeus procuravam o conselho do Zohar. E isso envolvia concentrar-se na santidade de Deus durante a hora da relação sexual, e recitar uma oração especial que termina "Eu segurar o Santo, Envolva-me em santidade do rei." O marido era instruído tambem a cobrir sua cabeça e de sua esposa por uma hora, e continuar fazendo por três dias durante a tentativa de gerar uma criança. Outros relatos dizem que por trinta dias durante a tentativa deveria-se jogar um pouco de água limpa em torno da cama. Atualmente lilim são comumente chamada de incubus e succubus. 


fontes: 

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24 de julho de 2014

Belerofonte

۞ ADM Sleipnir


Belerofonte era um herói e guerreiro da mitologia grega, filho de Poseidon e Eurimedéia, esposa de Glauco. Ele morava em Corinto, até que ele foi forçado a deixar a cidade após matar acidentalmente um homem chamado Belero (que algumas fontes afirmam ser seu irmão). O nome Belerofonte é na verdade uma alcunha que significa "aquele que matou Belero", sendo desconhecido o verdadeiro nome do herói.

Após deixar Corinto, Belerofonte procurou a proteção do rei Proteu de Tirinto, que permitiu que ele ficasse sob o seu teto. A esposa de Proteu, Antéia (também chamada Estenebéia), logo se apaixonou por ele e tentou seduzi-lo, mas Belerofonte resistiu aos seus avanços. Irritada por ter sido rejeitada, Antéia contou ao marido que Belerofonte havia tentado estuprá-la. Proteu ficou furioso, mas não queria matar seu hóspede, temendo ser punido pelos deuses, por isso ele enviou Belerofonte ao pai de Antéia, Ióbates, o rei da Lícia. Ele também enviou uma carta explicando o que tinha acontecido e pedindo para Ióbates matar Belerofonte.

Ióbates abriga Belerofonte durante nove dias em seu castelo, antes de finalmente ler a carta. Ao tomar conhecimento do pedido de Proteu, Ióbates também fica relutante em matar seu hóspede, e então decide enviar Belerofonte em missões perigosas, certo de que elas dariam cabo dele. Primeiro, Ióbates enviou Belerofonte para combater a Quimera, um terrível monstro que aterrorizava a Lícia.

A Domação de Pégaso


Homero, o primeiro a contar a história de Belerofonte, não menciona o famoso cavalo alado da mitologia grega. No entanto, todos os relatos posteriores descrevem a captura e o uso de Pégaso por Belerofonte durante o cumprimento de suas tarefas. Pégaso é um cavalo alado e imortal, que surgiu da cabeça da Medusa quando a mesma foi morta por Perseu. Pégaso também é filho do deus Poseidon.

Antes de entrar em combate contra a Quimera, Belerofonte consultou o vidente Póiido, que o aconselhou a recorrer, se possível, para a luta, ao cavalo Pégaso. Para esse fim, o jovem deveria passar a noite no templo de Minerva. Belerofonte o fez, e a deusa veio a ele em um sonho, mostrando-lhe uma visão de Pégaso bebendi água no poço de Pirene. Ela também trouxe-lhe um freio de ouro e instruiu Belerofonte a sacrificar um touro branco para Poseidon. Quando Belerofonte acordou, encontrou o freio e rapidamente fez o sacrifício. Depois disso, ele foi facilmente capaz de abordar e domar Pégaso, que aceitou de bom grado o freio de ouro. 

A Luta contra a Quimera


A Quimera é uma figura mítica caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e com capacidade de lançar fogo pelas narinas. A quimera pode ter cabeça e corpo de leão, com outras duas cabeças, uma de cabra e outra de serpente; cabeça e corpo de leão, com outras duas cabeças, uma de cabra e outra de dragão; duas cabeças ou até mesmo uma cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente.

A batalha contra o terrível monstro foi relativamente fácil. Belerofonte, montado no Pégaso, voou acima das nuvens e não tardou a encontrar a Quimera. Ele lançou um ataque direto dos ares, matando a Quimera com apenas um golpe. Após cumprir sua primeira missão, Belerofonte retornou à presença do rei Ióbates, que logo lhe determina uma nova tarefa. 

Segunda e Terceira Tarefas -  Os Sólimos e as Amazonas 

Depois de derrotar a Quimera, Ióbates enviou Belerofonte para lutar contra a temível tribo dos Sólimos, e depois contra as amazonas, uma raça de mulheres guerreiras. Belerofonte sozinho derrotou a todos. Já sem opções, o rei Ióbates enviou seus melhores guerreiros para emboscar o herói, mas Belerofonte facilmente derrotou todos eles. 

Após estas vitórias surpreendentes, Ióbates ficou convencido de que Belerofonte devia ser um semi-deus. Para se redimir, Iobates lhe deu a mão de sua filha, FilonoéBelerofonte e Filonoé tiveram 3 filhos: Isendro, Hipóloco e Laodamia, que se tornaria a mãe de Sarpedão. O casal viveu feliz durante anos e após a morte de Ióbates, Belerofonte se tornou o novo rei da Lícia. Este seria um bom final para o herói, porém Belerofonte logo descobriria que o orgulho precede a queda.

O Fim de Belerofonte 

Após tantos feitos magníficos, Belerofonte acabou deixando o orgulho dominar seu coração, e decidiu voar montado no Pégaso até o Monte Olimpo, morada dos deuses. Irritado com tamanha arrogância, Zeus enviou uma vespa para picar Pégaso, que acabou atirando Belerofonte ao chão. Atena amaciou o chão para que ele não morresse com o impacto, porém Belerofonte acabou ficando aleijado. Belerofonte perde tudo e se torna um mendigo, e passa o resto da vida à procura de Pégaso, mas o mesmo havia sido transformado por Zeus em uma constelação.



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23 de julho de 2014

Portal dos Mitos no Youtube!!!




Olá pessoal, é com muito orgulho que anunciamos nosso canal oficial no Youtube! Lá vocês poderão acompanhar a cada semana um novo vídeo, trazendo os mais variados temas relacionados aos mitos e lendas mundiais.



Por favor, prestigiem essa nossa nova empreitada! Inscrevam-se no canal e divulguem os vídeos para seus amigos. Nos ajude também, enviando sugestões e críticas para nosso e-mail: portaldosmitos@gmail.com

Atualização 15-09-2016

Após um ano parado, o canal está de volta, e trará vídeos todas as terças e quintas!


Assista a nova intro do canal!


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Hone-onna

۞ ADM Sleipnir


Hone-onna (japonês 骨女 ou ほねおんな, literalmente "mulher de osso") é um yokai do folclore japonês descrito como uma mulher esquelética, que sob o disfarce de uma jovem e bela mulher, vaga por ruas escuras, becos e cemitérios em busca de homens para seduzir e sugar sua energia vital. 

Mesmo após sua morte, a Hone-onna ainda retém sentimentos amorosos por seu antigo amante, o que permite que ela continue a querer estar junto do mesmo. Ela deixa sua sepultura durante à noite e vaga até encontrar a casa de seu ex-amante. Sua visão é um grande choque para todos aqueles que acreditavam que ela estava morta. Este choque inicial rapidamente se transforma em alegria, de tal forma que cega à todos para quaisquer indícios de que algo pode estar errado. Até mesmo a Hone-onna não sabe de sua condição, pois ela é impulsionada apenas pelo amor, e só renasce como um fantasma para continuar a viver com o seu amado.


A Hone-onna aparece para o seu amante com a mesma aparência que tinha quando viva - geralmente uma mulher jovem e bela. Somente aqueles não envolvidos pelo amor dela, ou com uma forte fé religiosa são capazes de enxergar através de seu disfarce a sua verdadeira forma: um cadáver pútrido e esquelético retornado do túmulo. Uma vez que sua verdadeira forma não seja descoberta, ela irá passar a noite com o seu amor e irá embora pela manhã, e essa união profana pode continuar por dias ou até semanas, sem que sua real forma seja detectada. A cada relação, ela drena parte da energia vital de seu amante, que vai aos poucos ficando fraco e doente. Sem intervenção, ele acabará morrendo, juntando-se à sua amante para sempre nos braços da morte.

Na maioria dos casos, um amigo ou um servo de seu amante conseguirá enxergar através da sua ilusão e alertá-lo sobre a verdadeira identidade da Hone-onna. Apesar de seu amante rejeitá-la após descobrir a verdade, a Hone-onna não percebe sua condição e continuará a visitá-lo todas as noites. Uma casa pode ser protegia com orações e encantos mágicos contra a entrada de fantasmas, mas eles só funcionam enquanto o dono da casa desejar que eles o façam. Conforme o seu corpo se decompõe, a sua beleza só aumenta, e, eventualmente, a maioria dos homens sucumbem e deixam ela entrar em suas casas uma última vez, sacrificando suas próprias vidas para o fantasma da mulher que amava.



Lendas

A história mais conhecida sobre uma Hone-onna é a contada no Botan Doro (牡丹燈籠, "A Lanterna Peônia"). Essa história fala sobre uma linda mulher chamada Tsuyu, que vendia balões de papel em forma de flores. As gueixas de sua cidade à invejavam por sua beleza, e seu namorado estava sempre arranjando novas dividas. Para pagar algumas delas, ele vende Tsuyu para um bordel. Lá, Tsuyu conhece uma mulher que acabou se tornando sua melhor amiga, Kion

Após um tempo, as duas planejam fugir, mas para isso precisavam matar o amante de Kion. Elas conseguem matá-lo e depois jogam o seu corpo em um lago. Quando elas iam fugir, alguns homens apareceram e mataram as duas, jogando seus corpos no lago também. Mesmo após morrer, a alma de Tsuyu continuou viva em seu cadáver, e ela passou a andar pela cidade com aparência de uma mulher muito magra, mas mesmo assim muito linda. Durante a noite, ela caminhava pela cidade com uma lanterna de papel em forma de flor e  ia até a casa dos homens mais bonitos da cidade. Após sua visita, os homens nunca mais apareciam. 

Um dia, um velho muito curioso seguiu a moça até a casa de um jovem samurai, se escondeu e espiou pelas frestas da janela do quarto do rapaz. Quando o fogo da lanterna de papel se ascendeu, o velho quase infartou com o que viu: o jovem samurai estava na cama com um esqueleto, e aos poucos o esqueleto foi tomando a forma de uma mulher, e o samurai se tornando um esqueleto. Na manhã seguinte, só o que foi encontrado na casa do samurai foi um esqueleto na cama e o cadáver de um velho do lado de fora do quarto.  



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22 de julho de 2014

Taranis

۞ ADM Sleipnir


Taranis (ou Taran, Taranos, Taranuos, Taranucnus, Taranucus, Taranoou, Etirun) é um obscuro deus celta, associado às tempestades e, mais especificamente, aos trovões e relâmpagos associados a elas. Conta-se que ele cruzava os céus em uma carruagem de prata e os relâmpagos são as faíscas produzidas pelos cascos dos cavalos, enquanto o som do trovão é o barulho das rodas da carruagem.

Ele era cultuado essencialmente na Gália, nas Ilhas Britânicas, e também nas regiões de Rhineland e Danúbio, dentre outras. Como uma personificação do trovão, Taranis é frequentemente identificado com deidades semelhantes encontradas em outros panteões indo-europeus, como Thor (nórdico), Júpiter/Zeus (greco-romanos) e Tarhun (hitita). 

Arte de Jackcoraxan

Características

Taranis foi representado muitas vezes como um homem barbudo e nu, segurando um raio em uma mão e uma roda de biga na outra. A roda simbolizava também as estações do ano, que se sucediam consoante as relações rituais de Taranis com Duir, um espírito feminino representado pela árvore mais sagrada para os Celtas, o carvalho. Estas relações eram simbolizadas pelos raios que atingiam a árvore, unindo o Céu e a Terra, e os pedaços da árvore destruídos pelos raios eram usados pelos celtas como amuletos de proteção. 

Taranis foi um dos três deuses mencionados pelo poeta romano Lucano em seu poema épico Farsália, sendo os outros dois Esus ("Senhor") e Teutates ("Deus do Povo"). Segundo os romanos, à essa trindade eram feitos sacrifícios humanos com o intuito de aplacar a sua sede de sangue. Entre estes sacrifícios estavam a queima de uma série de homens ainda num tonel de madeira ou a decapitação dos mesmos, para ofertar suas cabeças aos deuses. O sacrifício pelo fogo parecia ser o mais comum, uma vez que Taranis era o deus do relâmpago.


fontes:
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21 de julho de 2014

Dakuwaqa

۞ ADM Sleipnir

Arte de Herckeim

Dakuwaqa (ou Dakuwanga, Ndakuwang-Ga, Ndakuwangga) é um deus-tubarão da mitologia fijiana, e um dos mais conhecidos dentro de seu panteão. Ele é um dos temíveis deuses guardiões dos recifes das ilhas Fiji, e o mais arrogante, agressivo e agitado dentre eles. Dakuwaqa é um ser metamorfo, capaz de assumir a forma que quissesse. Sua forma mais comum é a de um homem forte e com o torso de tubarão, mas ele frequentemente se transforma em um tubarão completo, e nessa forma. viaja ao redor das ilhas de Fiji desafiando os demais deuses guardiões do recife.

Dakuwaqa estava sempre à procura de um desafio, viajando de ilha em ilha e buscando enfrentar qualquer um  disposto a enfrentá-lo. Segundo uma lenda, certa vez ele desafiou o deus da província de Lomaiviti e após sair vitorioso, decidiu partir em direção à Suva. O guardião do recife de Suva aceitou o desafio de Dakuwaqa, e uma grande batalha entre os dois ocorreu. Seu combate foi tão intenso que o choque entre seus golpes provocou grandes ondas que avançaram para dentro da boca do rio Rewa, inundando a região ao redor do rio. 

No fim, Dakuwaqa saiu vitorioso novamente, e então prosseguiu o seu caminho de lutas. Perto da ilha de Beqa, outro deus-tubarão (e seu amigo) chamado Masilaca contou-lhe sobre a grande força dos deuses que guardavam a ilha Kadavu e, maliciosamente, perguntou a Dakuwaqa se ele teria coragem de enfrentá-los. No mesmo instante, Dakuwaqa assumiu sua forma de tubarão e saiu em disparada em direção à Kadavu.  Assim que ele se aproximou do recife, avistou um polvo gigante guardando a passagem para o mesmo.. 

O polvo, chamado Rokobakaniceva, também era um deus, e ao ver Dakuwaqa vindo em sua direção, se prendeu no recife com quatro de seus tentáculos, enquanto usou os outros quatro para prender Dakuwaqa e apertá-lo fortemente. Em seguida, se soltou do recife e usou os outros tentáculos para envolver Dakuwaqa completamente. Totalmente imobilizado, Dakuwaqa tentou o que pode mas não tinha nada que ele fosse capaz de fazer para se soltar de Rokobakaniceva. Após muito tempo lutando e tentando resistir, Dakuwaqa acabou se rendendo.

“The Octopus”, ilustração de Tara Bonvillain, copyright 2017

Rokobakaniceva prometeu a Dakuwaqa que iria libertá-lo, mas sob duas condições: a primeira era que Dakuwaqa deveria deixar de ter raiva o tempo todo e ficar buscando briga com os outros guardiões; a segunda, que ele iria parar de assediar as criaturas que viviam nos recifes. Outra versão do conto afirma que Dakuwaqa implorou pela misericórdia de Rokobakaniceva, e garantiu ao polvo que se ele poupasse sua vida, ele nunca mais faria mal a qualquer pessoa de Kadavu.

Independente da versão, Dakuwaqa foi liberto, e não só passou a proteger os recifes e as criaturas que vivem lá, mas também aos pescadores e mergulhadores que respeitam o magnífico mundo subaquático de Fiji. Ainda hoje, quando os pescadores locais saem para pescar, eles derramam uma taça de yaqona (a bebida ​​local de Kadavu) no mar para que Dakuwaqa lhes garanta um retorno seguro.

Os altos chefes de Kadavu são considerados descendentes diretos de Dakuwaqa e seu totem tubarão é dito aparecer para o chefe reinante em ocasiões quando uma notícia importante está para ser anunciada.

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18 de julho de 2014

Ran

۞ ADM Sleipnir


Ran (nórdico antigo Rán, "mar" ou "ladra", também Rana ou Rahana) é a deusa nórdica primordial dos oceanos e mares. Ela os governa juntamente com seu irmão e consorte Aegir. Ran era reverenciada como a rainha das ondinas e sereias, e admirada por sua beleza, seu talento musical e o seu poder de sedução. Ela era a protetora das moças e das mulheres solteiras, e também a padroeira dos afogados, sendo considerada também uma deusa da morte.

Ela é caracterizada como uma bela e gigantesca mulher, com longos e perfumados cabelos de algas marinhas e usando colares de ouro e pedras preciosas. Com Aegir, Ran foi mãe de nove belas filhas conhecidas como as Donzelas das OndasAssim como a mãe, as filhas podiam aparecer em forma de sereias, que no inverno se aproximavam das fogueiras dos acampamentos dos pescadores e assumiam corpos e trajes de mulheres para seduzi-los. Elas se relacionavam com eles e depois desapareciam, e os homens adoeciam de tristeza e saudade, definhando até a morte.


Com a ajuda de suas filhas, Ran atraía os marinheiros para os penhascos, e uma vez dentro de seu alcance, ela lançava sua rede mágica sobre eles, para em seguida arrastá-los para o seu reino. Ran também era chamada de deusa marinha das tempestades, pois se enfurecia quando algum marinheiro desrespeitava seu marido ou suas filhas.

Os antigos nórdicos acreditavam que todos aqueles que morriam no mar não eram admitidos em Valhalla; em vez disso, eles eram levados para o reino de Ran. Caso os mortos carregassem ouro consigo, eles seriam tratados com regalias pela deusa, e por isso, os marinheiros sempre colocavam moedas e pepitas de ouro em seus bolsos antes de viajar, para garantir que seriam bem recebidos por Ran, caso viessem a morrer no mar. Naqueles tempos, muitos navios ostentavam em suas proas uma imagem de Ran entalhada em madeira, como forma de proteção e reverência à deusa. Acreditava-se que assim, estariam livres dos perigos do mar e dos caprichos da deusa. 

Conta-se que Ran permitia que os mortos no mar assistissem os seus enterros. Se a família do morto visse o seu fantasma durante o sepultamento, isso era para eles um sinal de que o mesmo estava bem, aos cuidados de Ran em seu reino.

Arte de Libou


fontes:
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Ruby