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12 de abril de 2021

Amaru

۞ ADM Sleipnir

Amaru (ou Amaro, "serpente" na língua quechua, também conhecido como Katari) é uma criatura quimérica pertencente à mitologia das antigas civilizações andinas. Ás vezes considerada uma divindade singular, outras uma espécie, Amaru é descrita como sendo uma serpente ou dragão alado com uma cabeça de lhama (ou com duas cabeças, sendo uma de lhama e a outra de um puma), uma cauda de peixe e o corpo coberto por escamas e/ou penas coloridas. Descrições posteriores da criatura, narradas após os espanhóis conquistarem a região, incorporam características correspondentes aos dragões medievais europeus, como garras afiadas e a capacidade de cuspir fogo.

Os povos andinos acreditavam que os Amaru possuíam poderes sobrenaturais, sendo arautos de mudanças repentinas no mundo natural, como secas, enchentes, mudanças de líderes, guerras ou pragas. Eram frequentemente descritos como vindos das profundezas de montanhas, cavernas ou rios, e também acreditava-se que os Amaru tinham a capacidade de transitar entre os pachas (os planos cósmicos da mitologia inca). 


Representações do Amaru podem ser encontradas em cerâmicas, roupas, joias e em esculturas, a maioria datada de várias centenas de anos. Nos dias de hoje ele ainda é visto como uma divindade por membros modernos da cultura inca e falantes da língua quechua.

Lendas

Geralmente, os Amaru eram tidos como seres moralmente ambíguos, mas existem histórias onde eles assumem papéis benignos ou malignos.

De acordo com uma lenda, o antigo povo da cidade peruana de Junin vivia em cavernas como refugiados, com medo de serem devorados pelos animais selvagens que habitavam o território. O deus Viracocha tomou ciência da situação e decidiu fazer algo sobre isso. Ele pediu a ajuda do arco-íris e de seu peito surgiu o primeiro Amaru: uma criatura negra e assustadora. O animal sagrado foi enviado para exterminar todos os animais selvagens e perigosos, mas, uma vez que o seu trabalho havia terminado, esse Amaru negro começou a atacar os homens por ver que estes eram perigosos para si mesmos. O povo chorou e clamou a Viracocha. Seu coração foi tocado pelo clamor deles, e para ajudá-los, ele enviou um segundo Amaru, este prateado e possuidor de todos os atributos do primeiro, porém nobre de coração.

Os Amarus negro e prateado lutaram ferozmente e destruíram tudo com sua luta, resultando em uma situação pior do que a anterior. Viracocha, zangado com seu erro, enviou um trovão e os ventos para eliminar ambos os Amaru. Uma vez que as duas bestas estavam mortas, seus corpos foram transformados na Cordilheira dos Andes.

Guardiões do povo Inca

Outra lenda conta que após a conquista espanhola, um grupo de incas conseguiu fugir da captial Cuzco, viajando para o leste pelas montanhas, carregando artefatos sagrados e construindo pontes pelo caminho. Encantamentos foram colocados sobre essas pontes para que ninguém pudesse seguir seus passos (as tentativas de segui-los produzem um sono eterno). Esses Incas se aventuraram nas profundezas da floresta tropical, construindo uma cidade-fortaleza secreta chamada Paititi ("Casa do Pai Jaguar"), guardada por Amarus e por felinos gigantes Uma profecia diz que um dia esses Incas retornarão, refazendo seu caminho de volta a Cuzco. Seu retorno será acompanhado por fenômenos naturais devastadores, como terremotos e tempestades de granizo. Os Amarus rugiram, assustando aqueles que usurparam o poder dos Incas, e mais uma vez os Incas governarão.


fontes:
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