29 de setembro de 2017

Aramazd

۞ ADM Sleipnir

Arte de Andranik Asatryan

Aramazd
era a principal divindade do panteão pré-cristão da Armênia. 
Chamado pelos armênios da época de "Arquiteto do Universo, Criador do Céu e da Terra", era considerado o pai de todos os outros deuses e deusas, e o criador do universo. Também era considerado a fonte da fertilidade da terra, deus da colheita e das frutas, e o festival em sua homenagem, chamado de Amanor, era celebrado no dia do ano novo no antigo calendário armênio.

Embora seja chamado de pai dos deuses, não há nenhuma indicação de que ele possuia uma esposa ou consorte. Existe uma vaga referência em alguns textos de que a deusa Anahit era sua esposa, mas, embora seja possível, não existem provas diretas.

Aramazd era uma divindade sincrética, uma combinação da figura lendária autóctone armênia Ara e o Ahura Mazda irânico. Durante o período helenístico, Aramazd passou a ser comparado ao Zeus grego.

Um dos principais templos de Aramazd se localizava em Ani (atual Kamakh, na Turquia), um centro administrativo e cultural da antiga Armênia. O templo foi destruído no fim do século III, após a adoção do cristianismo como religião estatal do país.

fontes:
  • Wikipedia
  • Encyclopedia of Ancient Deities, de Charles Russell Coulter e Patricia Turner
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27 de setembro de 2017

Adar Llwch Gwin

۞ ADM Sleipnir



Os Adar Llwch Gwin são ferozes pássaros mágicos semelhantes a grifos pertencentes a mitologia galesa. De acordo com o conto galês Culhwch and Olwen, eles eram três pássaros e pertenciam a um cavaleiro da corte do rei Arthur chamado Drudwas ap Tryffin, que os havia recebido de presente de sua esposa, que era na verdade uma fada. Os pássaros eram capazes de compreender a fala humana, e obedeciam qualquer ordem que lhe fosse dada por seu mestre.

O conto narra que Drudwas possuía uma inimizade com Arthur, e certo dia o desafiou para um duelo. Eles definiram uma hora e local para o mesmo, mas Drudwas, contando que Arthur chegaria no horário combinado, ordenou os Adar Llwch Gwin a atacar e matar a primeira pessoa que chegasse ao campo de batalha. Drudwas só não contava com o fato de que justamente nesse dia, Arthur acabaria se atrasando. Chegando ao local, Drudwas foi imediatamente atacado e trucidado pelos seus próprios pássaros, que só pararam de atacar quando perceberam que era o seu mestre que eles haviam matado.

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25 de setembro de 2017

Barba Ruiva

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

O Barba Ruiva, também chamado de Urué, Barba Nova ou Cabeça Vermelha, é um personagem do folclore do estado do Piauí, sendo bastante popular na região da lagoa de Paranaguá. Ele é um ente encantado, considerado filho da sereia Iara. Sua figura está associada a a lenda do surgimento da lagoa de Paranaguá.

De acordo com a lenda, no local onde hoje existe a lagoa de Paranaguá, havia em seu lugar uma imensa mata de carnaubeiras cortada por um pequeno riacho. Próximo a esse local, vivia uma viúva e suas três filhas. Um dia, a filha mais nova ficou doente e ninguém foi capaz de descobrir qual era a sua doença. Mais tarde, foi descoberto que ela estava grávida de um menino, filho de seu namorado que havia morrido antes de se casar com ela.

Ao chegar o momento de dar à luz, a moça entrou na mata. Confusa e sentido muitas dores, ela decidiu que ia abandonar a criança ali mesmo. Assim que a criança nasceu, ela a embalou em um tacho de cobre e a deixou dentro do riacho. O tacho afundou, mas foi trazido à tona por Iara, a rainha das águas. 


Triste e brava pela mãe ter abandonado o filho em suas águas, Iara provocou o crescimento das águas, que, em uma enchente sem fim, alagaram e encharcaram toda a região. As águas tomaram toda a várzea, passando por cima das carnaubeiras e dos buritis. Desde então, a lagoa tornou-se um lugar mágico, onde se ouvem estranhas vozes e observam-se luzes de origem desconhecida. Muitos moradores da região dizem que, durante a noite, pode-se ouvir o choro de um bebê vindo do fundo das águas. 

Conta ainda a lenda que, às vezes, surge das águas um ser humano que, pela manhã, é menino, ao meio-dia, é um rapaz de barbas ruivas e, à noite, um velho de barbas brancas. Muito tímido, ele foge dos homens quando é visto, porém, gosta de se aproximar das mulheres que vão até a lagoa bater roupa, tentando abraça-las e beijá-las. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo. Por causa disso, nenhuma mulher bate roupa ou toma banho na lagoa sozinha, com medo de ser atacada pelo Barba Ruiva. 



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22 de setembro de 2017

Kokabiel

۞ ADM Sleipnir

Arte de Mitchellnolte

Kokabiel ou Cocabiel (em aramaico: כוכבאל; em grego: χωβαβιήλ, "estrela de Deus"); também pronunciado Kôkabîêl, Kôkhabîêl, Kakabel, Kochbiel, Kokbiel, Kabaiel, ou Kochab, é um anjo caído de acordo com o antigo texto apócrifo conhecido como o Livro de Enoque. Ele é um dos 20 anjos líderes dentre os 200 anjos caídos, sendo o quarto anjo mencionado. É dito que ele comanda um exército de 365000 demônios.

Apesar de quase todos textos apócrifos em que ele é mencionado o descreverem como um anjo caído, o Sepher Raziel ("o Livro de Raziel"), o descreve como sendo um anjo santo. Ele domina a astrologia e a teria ensinado aos seres humanos.

Cultura popular

No anime/light novel Highschool DXD, Kokabiel é um dos principais antagonistas, sendo caracterizado como um jovem com cabelos pretos, orelhas pontudas e cinco pares de asas negras.


fontes:
  • The Encyclopedia of Demons and Demonology, de Rosemary Guiley; 
  • Wikipédia (em inglês).
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20 de setembro de 2017

Kyōrinrin

۞ ADM Sleipnir


Kyōrinrin (em japonês: 経凛々ou きょうりんりん, "Sutra inspirador") é um yokai ilustrado por Toriyama Sekien no livro  Gazu Hyakki Tsurezure Bukuro (画図百器徒然袋, "A bolsa ilustrada dos cem demônios aleatórios" ou " Uma horda de utensílios assombrados"), o 4º de sua famosa série. Ele é um tipo de tsukumogami (付喪神 - "espírito artefato") formado a partir de livros, escrituras e pergaminhos antigos que foram negligenciados pelos seus donos e foram deixados largados em algum local por bastante tempo. Comprimidos pela sabedoria dos séculos, eles se juntam e transformam em um espírito cuja a aparência se assemelha a um dragão.


Um Kyōrinrin é muitas vezes extravagante; enfeita-se com os volumes e pergaminhos mais ornamentados, e usa-os como um quimono, além de usar rolos com borlas para enfeitar sua cabeça. Desenvolve um bico em forma de pássaro e braços longos e extensíveis, os quais usa para atacar os proprietários ignorantes que deixam esses tesouros e conhecimento inestimáveis caírem em desuso.

Arte de Matthew Meyer

fonte:


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18 de setembro de 2017

Lâmpades

۞ ADM Sleipnir


Lâmpades (do grego Λαμπάδες, em latim: nymphae avernales, "ninfas infernais") são ninfas do submundo de acordo com a mitologia grega. Companheiras de Hécate, a deusa titânide grega da feitiçaria e encruzilhada, elas carregam tochas e acompanham a deusa nas suas viagens e aparições noturnas. Alguns diziam que suas tochas tinham o poder de levar uma pessoa à loucura.

As Lâmpades eram as contrapartes divinas dos celebrantes de Elêusis, que carregavam tochas durante os ritos noturnos dos mistérios de Deméter.



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15 de setembro de 2017

Adlet

۞ ADM Sleipnir

Adlet (ou Erqigdlet) são uma raça de canídeos com características humanoides pertencentes a mitologia inuíte. Segundo o mito, eles eram o fruto do acasalamento entre Niviarsiang, uma jovem inuíte, e Ijirqang, um cão vermelho que era capaz de se transformar em um ser humano.

De acordo com o mito inuíte, Niviarsiang já havia recusado muitos pretendentes, e seu pai Savirqong, já sem paciência, lhe disse que se nenhum homem era suficientemente bom para ela, ela poderia muito bem casar-se com um cão. No dia seguinte, um novo pretendente, Ijirqang, bateu a sua porta, usando um amuleto em formato de garras de cão. Desta vez, Niviarsiang não recusou seu pretendente, e os dois foram morar em uma ilha próxima. Após um tempo, Niviarsiang começou a suspeitar que Ijirqang era na verdade um cão que podia assumir a forma humana, mas suas suspeitas só vieram a se confirmar quando ela deu a luz a uma ninhada de cinco filhotes de cachorro e cinco bebês humanos.




Em uma versão da lenda, os cinco filhos totalmente caninos foram abandonados em um barco a deriva no mar, e vieram a se tornar os ancestrais dos povos brancos europeus. Já os cinco bebês humanos permaneceram com a mãe, e com o tempo se transformaram em Adlets, tornando-se viciosos guerreiros canibais.

Numa segunda versão deste mito, Ijirqang nadava até a casa do pai de sua esposa todos os dias para ser alimentado, uma vez que em sua forma de cão, ele era incapaz de caçar. Após um tempo, o pai  da jovem se cansou de alimentar a família de sua filha, por isso ele colocou pedras no saco junto da carne que ele deu a Ijirqang. Com o peso da bolsa, Ijirqang não conseguiu ir muito longe, morrendo após afundar no mar e se afogar. Niviarsiang tomou conhecimento do fim que levou seu marido, e assim que seu pai veio visitá-la, ela enviou seus filhos cães sobre ele, e eles o mataram. Sem marido e agora sem seu pai, Niviarsiang não tinha mais meios de manter a si mesma e seus dez filhos, então decidiu deixar seus filhos entregues à própria sorte. Ela transformou suas botas em barcos e colocou seus dez filhos neles, despachando-os ao mar. Apesar disso, eles sobreviveram, e de acordo com a crença inuíte, eles vieram a se tornar os ancestrais dos povos nativos americanos e também dos povos brancos.


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14 de setembro de 2017

5 Anos de Blog!

۞ ADM Sleipnir


Olá pessoal! Hoje completamos 5 anos de Portal dos Mitos. Tenho me esforçado bastante para manter o blog sempre atualizado, e tentando trazer o melhor conteúdo possível. Agradeço a todos que nos acompanham por aqui, pela página ou pelo nosso canal no Youtube, que no momento encontra-se paralisado por falta de tempo para me dedicar a ele.

Deixo um agradecimento especial a vocês que comentam as postagens. Eu gosto muito quando vejo uma publicação nossa recebe um feedback de vocês, seja positivo ou negativo, pois me mostra onde estou acertando e onde estou errando no que faço aqui no blog.

Obrigado a todos vocês! Que venham mais 5 anos!!

Rodrigo Viany (Sleipnir)


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13 de setembro de 2017

Popobawa

۞ ADM Sleipnir


Popobawa (ou também Popo Bawa, literalmente "asa de morcego" em suaíli) é um espírito maligno presente na mitologia e na crença popular da África Oriental. Ele é geralmente representado como uma criatura semelhante a um enorme morcego, de pele vermelha e com apenas um olho na face, porém ele é um ser metamorfo capaz de assumir formas humanas ou animais, e também capaz de metamorfosear rapidamente de uma forma para a outra. Às vezes ele combina formas humanas e animais, assemelhando-se a bestas dos tipos mais exóticos.

O Popobawa é dito ser uma criatura de hábitos noturnos, cuja presença pode ser identificada por um forte odor de enxofre. Ele ataca indiscriminadamente homens, mulheres e crianças, podendo atacar todos os membros de uma família, antes de passar para outra casa na vizinhança. Seus ataques podem ser apenas físicos ou acompanhados de fenômenos poltergeist. Um dos comportamentos mais perturbadores e temidos associados ao Popobawa é o estupro/sodomia das suas vítimas.



Durante um alegado ataque de um Popobawa, muitas pessoas tentam se proteger passando a noite acordados fora de suas casas, muitas vezes reunidos em torno de uma fogueira com outros membros da família e vizinhos. 

Os primeiros avistamentos atribuídos ao Popobawa foram relatados em Pemba, Zanzibar, no ano de 1965 e o último ocorreu em Dar es Salaam, Tanzânia, em 2007. Os relatos de ataques costumam aumentar com o ciclo eleitoral em Zanzibar, embora as vítimas argumentem que o Popobawa é apolítico. Uma explicação apresentada para a conexão do Popobawa com o ciclo eleitoral é a afirmação de que o Popobawa é o fantasma vingativo do ex-presidente Abeid Karume, assassinado em 1972, ou então é um demônio invocado pelo partido político Chama Cha Mapinduzi.


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11 de setembro de 2017

Namtar

۞ ADM Sleipnir

Arte de Matias Cabezas, para o card game Mitos Y Leyendas

Namtar
(também Namtaru, ou Namtara, ''destino"), era uma divindade menor do submundo na mitologia mesopotâmica, conhecido como o portador das doenças e pestilências. Ele era filho dos deuses Enlil e Ereshkigal, sendo gerado durante o período em que Enlil esteve nos domínios da deusa, pela punição por ter violado a deusa Ninlil.

Ao crescer, Namtar tornou-se um vizir de Ereshkigal, e atuava como seu mensageiro. Ele comandava sessenta doenças na forma de espíritos malígnos que podiam penetrar em diferentes partes do corpo humano. Ao lado de Nergal (sob a forma do deus Erra), Namtar era considerado o causador de todas as doenças do mundo.

Em certa ocasião Enlil quis destruir a humanidade por causa do barulho que produziam em suas cidades. Então mandou Namtar à Terra para que espalhasse uma terrível praga, mas ao chegar, Namtar foi surpreendido pelas inumeráveis oferendas que os homens lhe prestavam, e por isso não teve coragem de destruir a humanidade.

Namtar tinha uma consorte, a deusa Hushbishag, que guardava o registro do tempo de morte dos indivíduos.

Arte de Namtar no mobile game Tower of Saviors



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8 de setembro de 2017

Tir

۞ ADM Sleipnir

Arte de Andranik Asatryan
Tir (ou Tiur, em armênio: Տիր) era o deus da linguagem escrita, da aprendizagem, da retórica, da sabedoria e das artes, adorado na antiga Armênia.

Ele era o filho de Hayk ( lendário patriarca e fundador da nação armênia) e considerado mensageiro do deus supremo Aramazd. Era também um adivinho, explicava sonhos, registrava as boas e más ações dos homens e também guiava as almas para o mundo inferior. Tir passava um mês do ano documentando os nascimentos e mortes de pessoas em seu diário, e durante os outros onze meses, ele se dedicava a dar inspiração a escritores, poetas, músicos, escultores e arquitetos.

O templo de Tir era localizado perto da cidade de Artaxata. O 4º mês do antigo calendário armênio foi nomeado após Tir; "Tre" ou "Tri". Também levam o nome a montanha Tirinkatar, a cidade Tirakatar, as aldeias Tre e Tirarich, e alguns nomes armênios como Tiran, Tirots e Tiridates. No período helenístico, os armênios consideravam Tir como os deuses gregos Apolo e Hermes.

Arte de Andranik Asatryan
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6 de setembro de 2017

Amaethon

۞ ADM Sleipnir


Amaethon (ou Amathaon, "lavrador", "lavrador divino" ou "grande lavrador" em galês), era um deus galês da agricultura, associado com animais selvagens e a fecundidade da terra. Ele era filho de Don, a grande deusa mãe galesa (equivalente a celta Danu), e seus principais irmãos eram Gofannon, o deus dos ferreiros, Gwydion, o deus da magia e Arianrhod, a deusa lunar. Os filhos de Don eram conhecidos como os "filhos da luz" e constantemente estavam em guerra com o deus do mar Llyr e seus filhos, que eram conhecidos como os "filhos da escuridão".

O mito mais famoso sobre Amaethon diz respeito a uma ave, um cão sagrado e um cabrito branco que ele roubou de Arawn, um dos reis do submundo, usando sua magia. Amaethon era capaz de entrar e sair do submundo sem ser prejudicado ou alterado de alguma maneira.

O roubo desses animais deu início a uma batalha entre Arawn e Amaethon, que foi ajudado por Gwydion. Esta batalha foi chamada de "Batalha das Árvores" (Cad Goddeu), porque Gwydion usou sua magia para transformar árvores em guerreiros durante o conflito, e isso lhes permitiu derrotar Arawn e seu exército.


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4 de setembro de 2017

Carcinos

۞ ADM Sleipnir

Arte de Markus Stadlober

Carcinos (grego: καρκῐ́νος, Karkinos) é um caranguejo gigante pertencente à mitologia grega. Durante o segundo trabalho de Héracles (matar a Hidra de Lerna), a deusa Hera enviou Carcinos na tentativa de distrair o herói e, assim, dar à Hidra de Lerna a vantagem. Carcinos no entanto, não foi páreo para Héracles, que com apenas um pisão abriu sua casca e o matou.

Como uma recompensa por dar sua vida seguindo as ordens de Hera, a deusa colocou Carcinos entre os céus como a constelação de Câncer, que tem como vizinha a constelação de Hidra.



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1 de setembro de 2017

Ghatanothoa

۞ ADM Sleipnir

Arte de Borja Pindado

Ghatanothoa, também conhecido como "Deus Sombrio," é uma entidade fictícia introduzida em 1935 no conto Out of the Aeons ("Além dos Éons"), escrito por Hazel Heald e  H. P. LovecraftEle é descrito como um “deus infernal ou demônio patrono,” trazido à Terra em tempos pré-históricos por alienígenas vindos de Yuggoth (identificado em outros contos como o planeta natal dos Mi-Go). Esses seres construíram uma colossal fortaleza sobre o monte Yaddith-Gho, em K'naa, no continente perdido de Mu, selando Ghatanothoa em uma cripta abaixo de um imenso alçapão. Quando os humanos surgiram após a partida dos alienígenas, começaram a adorar o monstro, movidos pelo medo de seu terrível poder, oferecendo-lhe sacrifícios para evitar que ele escapasse e desencadeasse destruição.

Embora sua aparência seja considerada indescritível, Ghatanothoa é imaginado como uma combinação grotesca de um polvo e um elefante, com pele escamosa e enrugada, enquanto mantém uma forma amorfa e mutante. Sua aparência é tão repulsiva que qualquer pessoa que o observe diretamente – ou mesmo uma réplica perfeita dele – é condenada a uma petrificação horrenda, transformando-se em uma múmia viva, presa em seu próprio corpo. Suas vítimas ficam permanentemente imobilizadas, com a pele endurecida como couro e os órgãos internos preservados. O cérebro, mantido em total consciência, torna a experiência ainda mais terrível, já que apenas a destruição do cérebro ou a utilização de um raro feitiço poderia liberar o infeliz de sua prisão eterna. Entretanto, a maioria das vítimas se torna irremediavelmente insana antes de qualquer possibilidade de libertação.

Arte de João Sérgio


Culto e Influência

O culto de Ghatanothoa foi extraordinariamente poderoso em K'naa, embora enfrentasse a oposição dos sacerdotes de Shub-Niggurath. Com o afundamento de Mu nas profundezas do Oceano Pacífico, resquícios de sua adoração se espalharam pelo mundo, surgindo em "Egito, Caldeia, Pérsia, China, nos esquecidos impérios semíticos da África e em lugares como México e Peru no Novo Mundo." Em tempos modernos, práticas relacionadas ainda podem ser encontradas em partes do Extremo Oriente e nas ilhas do Pacífico. 

Lovecraft atribui grande parte da história inventada sobre Ghatanothoa e seus seguidores ao livro Nameless Cults, criado originalmente por Robert E. Howard.

Expansões no Mito

Outros autores ampliaram o mito de Ghatanothoa. Lin Carter, em The Thing in the Pit, apresenta-o como um Grande Antigo e o primogênito de Cthulhu, gerado por Idh-yaa no planeta Xoth. Colin Wilson conecta Ghatanothoa aos Lloigor em The Return of the Lloigor (1974), expandindo suas influências cósmicas.

Arte de João Bosco

fonte:


Postagem revisada e atualizada em 29/10/2024

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Ruby