۞ ADM Sleipnir
Svetovid (ou Svantevit, Svyentovit, Svantovit, Swietowit, Svevid ou simplesmente Vid) é o deus eslavo da guerra, da fertilidade e da abundância, também associado à adivinhação. Ele era a principal divindade dos eslavos do báltico e seu culto era altamente conectado com a fortaleza Arkona, localizada na ilha de Rugen, que já foi considerada a "terra sagrada" dos eslavos. A maior parte das informações sobre Svetovid provém desse antigo santuário eslavo. Svetovid era o protetor das terras aráveis e o deus do sol e da luz para aqueles que acreditavam nele. Para todos os outros, ele era um deus da guerra, destruição e derrota.
Representações
Representações
Svetovid é geralmente representado como um deus de quatro cabeças, com duas cabeças olhando para a frente e as outras duas olhando para trás. Em sua mão direita, Svetovid carrega um chifre de beber e na mão esquerda ele empunha um arco ou uma espada. Estátuas que retratam o deus mostram um homem com quatro cabeças, com cada uma olhando para uma direção distinta, uma representação simbólica das quatro direções da bússola, e talvez, das quatro estações do ano. Segundo o historiador Boris Rybakov, as cabeças de Svetovid representariam as seguintes divindades do panteão eslavo: Perun, Svarog, Lada e Mokos, que unidas, vigiavam todos os quatro lados do mundo.
O Templo em Arkona
No centro da fortaleza Arkona ficava localizado o templo de Svetovid, rodeado por cercas de madeira. O templo também era feito de madeira, como todos os outros templos eslavos, por isso hoje quase não existem vestígios destas construções. O tamanho do templo era de 20x20 metros e na parte interna existia uma estátua do deus, de 8 metros de altura, também de madeira. O chifre em sua mão direita era feito dos mais diferentes tipos de metais, e estava sempre cheio de vinho ou de néctar. De acordo com a quantidade de líquido no mesmo, o sacerdote previa o futuro da terra. O corpo da estátua possuía esculturas talhadas, as quais eram divididas em três partes. A parte superior simbolizava o mundo espiritual, a do meio era o material e a parte inferior simbolizava o inferno.
O templo de Svetovid era também um oráculo bem conhecido, que os eslavos frequentavam para saber sobre o futuro. No templo, havia um cavalo branco, que supostamente pertencia a Svetovid. Ninguém podia tocá-lo, exceto o sacerdote que cuidava do templo. Acreditava-se que Svetovid montava no cavalo branco e liderava seu povo nas batalhas contra os seus inimigos. O cavalo branco era usado na previsão do resultado das batalhas que se aproximavam. Antes de partirem para a guerra, os sacerdotes colocavam uma linha tripla de lanças em frente do templo, e o cavalo era conduzido para cruzá-las. Se o cavalo começasse a se mover com a perna direita, considerava-se que resultado seria favorável. Se ele começasse com a perna esquerda, a guerra era adiada. O templo também possuía um grande tesouro guardado em seu interior, guardado por cerca de 300 bravos guerreiros. Os eslavos eram obrigados a doar parte da sua colheita para o templo, bem como os despojos obtidos nas batalhas.
O santuário de Svetovid em Arkona foi destruído no ano de 1168 pelo rei dinamarquês Valdemar I. A estátua do deus foi demolida, cortada em pedaços e queimada.
Rituais
Uma vez por ano, durante o período de colheita, as pessoas sacrificavam animais e ofereciam partes deles ao deus (geralmente a cabeça de animais domésticos) em frente ao templo. Esta era também a ocasião de uma grande festa religiosa onde muitas pessoas tomaram parte. Durante essa festa, o sacerdote previa abundância ou escassez para o próximo ano e rezava para Svetovid prover fortuna e prosperidade para toda a terra.
Um dia antes da festa, o sacerdote limpava o templo com uma vassoura, tomando cuidado para não respirar dentro do templo. Quando ele precisava respirar, simplesmente corria até a porta para tomar fôlego, uma vez que não poderia permitir que a respiração humana profanasse o templo. No dia da festa, o sacerdote levava o chifre da estátua. Se a quantidade de líquido diminuísse, o ano seguinte seria de pobreza, e se nele houvesse o mesmo volume de antes, havia a promessa de abundância. No restante do festival, as pessoas comiam, bebiam e dançavam, o que também era parte do ritual e celebração de Svetovid .
Interpretações do nome
Algumas interpretações dizem que Svetovid era outro nome para Radegast, enquanto outros afirmam que ele era um deus falso, uma invenção galesa com base no nome de São Vito. No entanto, uma prática comum da Igreja Cristã era substituir divindades pagãs e locais de culto por pessoas análogas e rituais com conteúdo cristão inserido, por isso, parece mais provável que São Vito tenha sido criado para substituir o original Svetovid. De acordo com uma interpretação questionável, Svetovid era a contraparte rugiana do deus Perun.
fontes:
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